Viajar e correr: benefícios e equipamento essencial
Adoro correr nos sítios para onde viajo. Seja qual for o motivo da viagem. Quando viajava muito para a Holanda por motivos profissionais, levava sempre o equipamento comigo par uma corridinha matinal ou duas. O mesmo fiz quando fui visitar amigos em Dublin. Agora mais recentemente, numa viagem de negócios, corri no Rio e São Paulo. Que sonho!
Como já vos contei, encontro-me na Tailândia uns meses. Vim mudar de ares e conhecer um mundo novo enquanto mantenho o meu trabalho, mas remotamente. É claro que trouxe o meu equipamento! Os benefícios de correr enquanto viajamos são vários.

Na minha perspetiva, as principais vantagens de correr noutros países são:
- Manter a forma enquanto começamos, pois é fácil perder o ritmo e em viagens maiores, o impacto pode ser grande se não mantivermos os treinos.
- Descobrir a cidade. Normalmente, tenho desenhar um percurso no Google Maps em torno do meu alojamento ou pela net vejo quais os melhores parques para correr. Muitas vezes, acabo por me perder um pouco mas garanto sempre que sei como voltar, através de uma referência perto do alojamento. Adoro “perder-me” em locais desconhecidos e assim descobrir coisas que nunca descobriríamos se não fosse desta forma: um lago, uma igreja ou templo escondido, um mercado local.
- Conhecer pessoas locais. Aqui na Tailândia, procurei no Facebook grupos de corredores na cidade onde me encontro, Chiang Mai. Rapidamente descobri um grupo de runners que se encontram uma vez por semana para correr. E foi assim que conheci algumas pessoas com quem tenho ido correr com alguma frequência. Além de correr, é claro que há muita conversa. É fixe conhecer pessoas daqui ou outros “expats” que vivem em Chiang Mai.
Em termos do equipamento essencial, como vinha para a Tailândia por um período de tempo não definido, não sabia quantos treinos iria fazer. Normalmente, quando vou uma semana de viagem, levo equipamento para dois treinos em estrada. Neste caso, seria equipamento para um, dois ou quem sabe três meses, com a possibilidade de lavar, claro. Decidi levar uma bagagem muito minimalista para este período. Uma mochila de bagagem de mão tinha que suficiente. Então, o que optei por levar teve que ser muito bem ponderado e leve. Assim, trouxe o seguinte:
- sapatilhas: trouxe, além de uns chinelos que uso quase todos os dias, dois pares de sapatilhas. Optei pelos GoFit da Skechers para usar no dia-a-dia e eventualmente num ginásio. São super leves e confortáveis e são discretos e giros para o dia-a-dia também. Tenho usado as GoFit para caminhadas citadinas e no avião. Para correr, trouxe as minhas queridas Skechers GOrun Ride 4. Estas sapatilhas foram as minhas companheiras na maratona de Barcelona e simplesmente adoro-as. Optei por levá-las nesta viagem porque são muito leves e têm a vantagem de terem uma excelente aderência. Na verdade, até em Lisboa, em treinos de estrada + trail optava sempre por estes ténis. Assim, e como não sabia se cá iria correr mais em trilhos ou estrada e como não queria levar dois pares de tênis para correr, os Skechers GOrun Ride 4 foram uma boa aposta. Na prática tenho corrido 50%-50% em trilhos e estrada e em termos de sapatos, a escolha foi muito acertada ;)
- t-shirts: trouxe duas t-shirts e um singlet, assim dá para fazer 3 treinos por semana e lavar e secar a roupa entretanto. No que toca à escolha das t-shirts, estas da Puma do Correr na Cidade, são um pouco quentes para o clima daqui e preferia correr de manga cava. Para o ano já sei ;)
- tops: trouxe dois sutiãs desportivos. O top mais leve é o melhor porque seca muito rapidamente.
- corta-vento: trouxe um corta-vento preto da Outpace, não par correr, porque sabia que com o clima daqui não seria necessário mas para eventualmente usar em noites mais frias ou passeios de mota ou barco. A vantagem deste tipo de casacos é que são leves e ocupam pouco espaço na mala. Até agora, com um mês de viagem, ainda só usei o meu uma vez, num passeio de scooter na montanha. Já valeu!
- mochila, relógio e outros: estava indecisa se devia trazer mochila ou não. Optei por fazê-lo e ainda bem! A mochila tem vindo comigo até nos treinos mais curtos, pois aqui não aguento uma hora ou duas sem beber, como aguento em Lisboa. Levo sempre água, telemóvel e algo para comer na mochila. Além disso, em trilhos que passam por templos, é recomendado levar um sarong para tapar as pernas se quisermos entrar no templo. Além disso, embora ocupe um bocado de espaço na mochila, o meu colete da Raidlight é muito leve e as soft flasks também. Para acompanhar as corridas e caminhadas, o meu relógio não podia faltar! De resto, trouxe 3 pares de meias para correr e um buff.
No geral, estou bastante satisfeita com o meu “kit de runner” para esta viagem. Só mudaria as t-shirts. E tu, costumas correr no estrangeiro, e o que levas? Tens outras recomendações ou sugestões?