“Vais-te constipar!!”
Por João Filipe Figueiredo
Esta é a típica frase que ouvimos quando vamos correr e lá fora chove que Deus a dá!. Vamos mesmo constipar-nos por correr à chuva ou podemos arriscar sem nenhuma reserva?
Deixo-vos aqui o meu testemunho:
Não me lembro da última vez que estive constipado ou com febre e de cama. Nunca consegui gozar uma baixa médica no trabalho, nem me lembro de ter faltado às aulas, quando estudava, por motivos de gripe ou coisa parecida. Sou o terror para a indústria farmacêutica.
Quando comecei a correr, quase diariamente, há quatro anos, tinha alguma reserva em correr nos dias de chuva. No entanto, rapidamente esse problema foi resolvido. Nessa altura, estar mais de 2 dias sem correr era incomportável para o meu sistema nervoso e não conseguia dormir à noite, pelo que tive de me fazer aos treinos mesmo com chuva.
E…não é tão mau como parece…
Há no mercado uma parafernália de mercadoria para evitar a chuva: desde o tradicional impermeável até ao guarda-chuva XpTo a jato de ar. Se estarmos molhados até aos ossos fosse uma ameaça, o ser humano já estava extinto há milénios. Levar com água da chuva no frontispício nunca matou ninguém.
Os truques para mantermos o termómetro médico lá de casa em estado de “Nunca utilizado” são simples e de senso comum: Nunca permitir que o corpo arrefeça depois de correr! Para isso: Após o treino ou corrida, devemos tirar logo a camisola/calções molhados e vestir roupa seca; Devemos secar a cabeça com uma toalha; Se formos para o carro, devemos ajustar a temperatura no interior para o “quentinho”; Se formos para os transportes públicos, devemos vestir uma camisola de mangas compridas e mais grossa; E, devemos minimizar o tempo até chegarmos ao (delicioso) duche quente.
Correr à chuva não deve ser visto como algo muito complicado. Pode ser usado como uma experiência de sacrifício/superação e, … no fim sentirmo-nos triunfantes. Não se esqueçam que com a chuva a piso fica muitíssimo mais escorregadio, tenham por isso muito cuidado para evitar “mergulhos” nas poças de água e na lama.
Adaptem-se, improvisem, “toquem Jazz” com a vossa passada por qualquer piso por onde corram.As outras pessoas irão olhar-vos com admiração pelo prazer que lhes estão a transmitir.
Correr à chuva é fabuloso!