Uma corrida vista por fora
Por Filipe Gil:
Não todos na crew do Correr na Cidade pudemos correr a Meia Maratona de Lisboa, uns porque não conseguiram entradas, outros porque não tinham interesse em fazer (os apenas 21K) outros porque tinham compromissos e outros ou porque estavam lesionados ou ainda porque razões familiares falaram mais alto e não puderam ter disponibilidade para fazer esta bonita prova. Foi o meu caso. Pela primeira vez assisti de fora a uma Meia Maratona de uma forma intensa. Sobretudo porque tinha os meu colegas de Crew, entre as quais duas meninas a fazerem a distância pela primeira vez, e das duas, uma é a minha mulher. O nervoso imperava.
Assim, pouco após as 10h30, eu e o Nuno Malcata, e o meu filho mais velho, posicionamo-nos numa zona de Pedrouços para apoiarmos e incentivarmos não só os nossos amigos de crew, mas todos os outros - conhecidos e desconhecidos.
Umas horas antes disso já alguns dos elementos da crew se tinham encontrado para rumar à Ponte 25 de abril. Passadas 1h15m começamos a tentar ver o Tiago Portugal, o nosso corredor mais bem preparado para hoje. Contudo o Tiago anda com problemas de joelhos, desde que fez os Trilhos dos Abutres, e nunca o chegámos a ver. Soubemos mais tarde que pelo km 15 o Tiago não aguentou as dores e desistiu.
Passados uns minutos começaram a passar os nossos corredores, o Nuno Espadinha (acima na foto), a Bo (1a foto abaixo), o Bruno Andrade (2a foto abaixo), e as estreantes na distância Ana e Natália (3ª foto abaixo), uns metros mais atrás a Joana (4ª foto abaixo) que estava cheia de dores nos tendões de Aquiles, "fechava" a equipa.
No final enquanto a Joana recuperava, porque se sentiu um pouco indisposta (o que levanta aqui a questão de ter uma Meia Maratona a começar às 10h30m, algo que a organização tem de rever urgentemente para começar a prova mais cedo) encontramo-nos nos jardins de Belém.
O Nuno Espadinha e o Bruno Andrade aproveitaram para repor a sede e beberam várias garrafas de Vitalis. Aproveitando assim para agradecer os dorsais que esta conhecida marca de água lhes ofereceu.
No final estivemos ainda um pouco à conversa e a trocar experiências, e a felicitar as duas meninas (Natália e Ana) que se estrearam na distância da Meia Maratona.
Para mim (e também sei que para o Nuno Malcata) que estive de fora no apoio aos corredores, confesso que foi uma experiência incrível. Mesmo. Eu estava preocupado, emocionado, excitado, triste por não estar a correr, contente por estar a apoiar a minha crew e todos os corredores que conhecia (e os que desconhecia). Senti que o meu apoio foi importante para alguns. Adorei bater palmas ao Luís Ferreira dos Scalabis; ao incansável João Campos; ao Luís Moura e ao Bruno Dias que correram com as cores do Correr Lisboa, e outros. Mas nomeadamente uns cinco corredores que passaram por mim a andar e que os incentivei a voltar a correr. E assim o fizeram.
Fiquei muito, muito orgulhoso da minha mulher. Em menos de um ano passou de sedentaria a meia maratonista. E isto tudo com dois filhos e uma profissão muito exigente. É obra! Espero que o seu exemplo sirva para outras mulheres fazerem o mesmo.
E enquanto isso na Serra de Montejunto...o Pedro e o Stefan faziam 27K para "aquecer" e preparar as suas provas de ultra trail running.
Esta crew não pára quieta!