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Correr na Cidade

Turismo a correr

Por João Figueiredo:

Tive de ir uns dias a Paris – onde nunca tinha ido – e, como sempre faço levei o meu equipamento de corrida enfiado na mala de viagem.Enquanto ainda ia no avião pus-me a pensar… e se em vez de fazer um treino num jardim qualquer, fosse conhecer a cidade a correr?


Com essa ideia na cabeça, mal aterrei fui ao hotel deixar a mala e equipar-me imediatamente. Além do equipamento de corrida habitual teria de ter alguma atenção em levar alguns extras:a carteira, o porta-moedas, o telemóvel e um casaco de treino.


Iria correr, mas também queria visitar alguns locais e teria de comer alguma coisa
pois isto podia prolongar-se por muitas horas.


E lá fui eu … e a experiência não podia ter sido melhor.

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É claro que neste tipo de treino o que menos interessa é o tempo ou o pace, até porque são incontáveis as paragens para tirar fotografias ou simplesmente para admirar algo incrivelmente bonito.

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Não tinha nenhum percurso pré-definido, aliás nem sequer tinha olhado para nenhum mapa da cidade, sabia mais ou menos onde ir e o que queria ver, o resto foi por intuição ou ia perguntando indicações às pessoas na rua. Foi para mim um verdadeiro “desbravamento de trilhos urbano”.

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À medida que me ia aproximando do centro histórico de Paris ia aumentando o número de turistas que passeavam na rua ou andavam nuns riquexós movidos a pedais conduzidos por uns indivíduos-que-são-profissionais-em-nos-aliviar-a-carteira-de-peso.

Apesar de nesta altura já ter cerca de 10 quilómetros feitos sentia-me completamente fresco,  até nem queria acreditar no GPS. Quando corremos distraídos e animados tudo passa de maneira diferente. E eu estava a adorar esta experiência.

 

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Vi alguns turistas cansados, exaustos mesmo, sentados ou deitados nos jardins. E pensei que fazer turismo, aproveitando ao máximo tudo o que podemos usufruir, é uma actividade fisicamente exigente. Quanto melhor forma física tivermos, melhor iremos aproveitar a nossa viagem.

Perder horas a descansar quando há imensas coisas para visitar, parece-me um grande desperdício de tempo e dinheiro.

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Depois de ter visitado alguns locais emblemáticos, estava na altura do “recovery”. E nada melhor que um mega crepe carregadinho de Nutella… soube-me pela vida. Limpei as beiças e continuei o treino.

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Mais corrida por ruas apinhadas de gente de todas as nacionalidades. Devo referir que foram executados magníficos slaloms naqueles passeios de Paris hehehe. Até que cheguei à Torre Eiffel e aí andei às voltas a correr e a tirar fotografias de todos os ângulos possíveis.

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Há duas possibilidades de irmos até ao 2º nível da torre Eiffel: elevador ou escadas. Meus amigos, nem pensei duas vezes (umas "Escadinhas e Subidinhas" by João Campos aqui, era de valor).

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E é claro que subi todas aquelas escadas em passo de corrida hahahaha. Chegar ao 2º nível depois daquele esforço foi um momento fabuloso, estava cansado mas imensamente feliz. Para ir mesmo ao topo da torre só é possível ir de elevador. E pronto, lá fui eu enjaulado com os outros turistas até lá acima.

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Depois voltei para o hotel, também a correr.


No total foram 33.4 quilómetros, feitos à tarde e à noite, numa cidade que me esmagou por ser tão magnificamente bela. E conhecer Paris desta maneira, a correr, foi muito intenso emocionalmente.Foi a primeira vez que fiz uma coisa assim e adorei. Correr e ao mesmo tempo fazer turismo é saudável, é muito económico e é muito divertido.


Irei repetir a brincadeira e aconselho-vos a fazerem o mesmo.


Au revoir.

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