Trail do Piódão - video report
Pelo terceiro ano consecutivo não resisti ao Piódão. O Inatel Trail de Piódão já vai na sua quarta edição. Em 2014, participei, com o Nuno Malcata, na prova dos 25km. Foi a nossa primeira prova de trail “à séria” – uma verdadeira aventura numa serra agressiva e que impões respeito.
A Serra do Açor é bela pela sua dureza, tal confirmou-se em 2015, quando, com a Rute, enfrentamo-la na prova dos 50km. Foi duro, muito duro e foi aí que decidi que, para mim, o Piódão era uma prova de 25km e não de 50.
Para correr 50km, os 50km têm que justificar-se em termos da beleza natural. Enquanto serrra árida, agressiva, desafiante e provocante, para mim, no Piódão, os 25km chegam. A sua variedade em termos de flora não justifica correr 50km, como é o caso da Serra da Lousã, por exemplo - muito rica em flora e paisagens. Foi por isso que este ano me inscrevi na prova dos 25km. E ainda bem.
Foi uma aventura. Não só a prova em si, mas também a viagem com os manos Portugal - o Tiago e o Frederico – e a Ângela. Depois de uma bela chanfana em Miranda do Corvo, ficamos a dormir numa casa da família do Pedro Luís na Lousã. Na manhã seguinte, acordámos às 6:00 para chegarmos a tempo de levantar os dorsais com calma e os rapazes se alinharem na partida da prova dos 50km pelas 9:00 e as meninas na prova doa 25km.
A prova correu muito bem. Foi dura, como era de esperar, mas senti-me bem (vejam no meu Strava). Consegui tirar mais de uma hora do meu tempo de 2014, e com 3h20 fiquei em 6º lugar no meu escalão e 8º na geral feminina da prova dos 25km. Isto de melhorar o meu desempenho está me a "dar pica"!
Este ano, com auxílio do telemóvel, fiz um vídeo para relatar a minha experiência.
Acerca da prova:
Pontos positivos:
- Variedade nas provas: caminhada, 15km, 25km e 50km.
- Acolhimento no Inatel Piódão: lobby do hotel, quentinho e com serviço de bar e acesso à piscina depois da prova.
- Massagens: excelente equipa de massagistas.
- Abastecimentos: frequentes e bons, com bifanas e sopas no final.
- Presença de fotógrafos de excelência.
- Dureza do percurso: gostas de muita altimetria e trilhos com muita pedra? Esta prova é para ti!
- As aldeias de xisto são mágicas.
- Sinalização do percurso.
Pontos a melhorar:
- Comunicação com os atletas: tom de voz nada profissional, tanto nos meios de comunicação social como ao vivo durante o evento (com algumas exceções, claro).
- Prémio de finisher: uma colher de pau igual para todas as provas.
- T-shirt: é unissexo, ficando “a boiar” nas mulheres.
- Dorsal: não tem perfil altimétrico.
- Balneários: água fria, ou melhor, congelada, e poucos chuveiros (principalmente para os homens).
- Distância anunciada: prometeram 25km mas foram 22km.
- Muito estradão: principalmente na prova dos 50km.
Será que para o ano a Serra do Açor me conquista outra vez?