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Correr na Cidade

Tetris familiar

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Por Carmo Moser:

 

Acordar, fazer pequenos-almoços, despachar os miúdos para não chegarem tarde à escola, trabalhar (aqui nem vale a pena ser muito descritiva... ), ir buscar os miúdos à escola, levá-los à natação, ao karaté, ir ao supermercado, fazer o jantar e lanches, estender roupa, arrumar casa, mandar os miúdos para a cama I, apanhar brinquedos pela casa fora, mandar os miúdos para a cama II, arranjar as roupas para o dia seguinte, mandar os miúdos para a cama III (Irra!!!!! que os miúdos levam a minha paciência aos píncaros) e no meio disto tudo ir correr.

 

Não sou nenhuma supermulher e há que fazer a ressalva que tenho sorte de poder gerir o meu horário de trabalho, mas a gestão familiar é um verdadeiro Tetris, em que muitas vezes começo a ver as peças a atingirem rapidamente o topo, sem conseguir encaixá-las no sítio certo. Então aqui entra uma peça fulcral! Aquela que salva o jogo, pois faz a diferença toda: o meu GPS preferido; o meu querido marido!

 

Sem o apoio dele seria bastante complicado conciliar a vida familiar com a corrida. Não que ele fique com os miúdos para eu poder ir treinar, mas porque tem a mesma paixão que eu pelo desporto e compreende que os treinos são o meu verdadeiro antidepressivo. Apoia-me a 100% nestas minhas aventuras, incentiva-me a dar o meu melhor, tem uma paciência de santo quando saio para correr e só chego passadas muitas horas. Hoje em dia, posso dizer que a corrida até veio fortalecer o nosso casamento, pois também eu compreendo muito melhor as suas intermináveis voltas de BTT.

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Outra peça fundamental neste Tetris, são as bicicletas! Descobri que a melhor forma de poder correr durante as férias ou fins-de-semana sem ter de prescindir da companhia da minha família, é correr acompanhada pela minha “trupe” de ciclistas. Ok, não dá para fazer treinos muito complicados ou longos e muitas vezes tenho que ligar o meu chip de “gestora de conflitos familiares” para tentar amansar as típicas discussões de irmãos: “tu és uma lesma, pedalas mesmo devagar!”, “a minha bicicleta é muito melhor que a tua!” (o que tem as suas vantagens, pois pratico exercício físico e mental de uma vez só); mas dá para conciliar o melhor dos 2 mundos: a família e a corrida!

Posso ainda não ter descoberto o “Santo Graal” da gestão familiar, mas se fossem só facilidades a vida não teria metade da piada!

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