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Correr na Cidade

S. Silvestre Lisboa 2012: Race Report#1

É bom Correr Na Cidade! No sábado passado (dia 29 de Dezembro), na São Silvestre de Lisboa 2012, tive a possibilidade de correr pelas artérias principais da minha cidade.Apesar de preferir ter provas de manhã, porque a excitação de uma prova às 17h30 não pára de aumentar à medida que o dia avança, correr na “minha” cidade de noite e na época natalícia é uma experiência inolvidável. Desta vez fomos três: eu, Bruno Andrade e Nuno Espadinha – este último regressava às provas depois de uma série de lesões que o afastou desde a Mini Maratona da Ponte Vasco da Gama.268047_10151340479514819_126615553_nA excitação, como já dei conta, era grande uma vez que a organização falava em 7 mil participantes no total. Tenho que sublinhar que participei nesta prova a convite da Garmin. Parti(mos) da linha dos sub-50, o convite da Garmin assim o ditou.Arrancámos a grande velocidade, como é natural em provas deste género. Mantive-me na peugada do Bruno no Rossio e na Rua do Ouro – onde o piso de tão irregular ia-me pregando uns sustos a cada passada. E assim foi até perto de Santo Apolónia, onde se inverteu a marcha. Aqui foi a última vez que vi o Bruno. Percebi que estava a ficar demasiado cansado e as subidas da Av. da Liberdade e da Fontes Pereira de Melo não me deixavam continuar no mesmo ritmo. O fator psicológico foi determinante!Contornado o Terreiro do Paço, ainda com gente a correr muito junta, a ligeira subida da Rua da Prata deitou por terra alguma esperança de alcançar o Bruno. Deixei de o ver e comecei a preparar-me para as subidas que se adivinhavam. Quando a subida realmente começou ainda me senti pior, pensei em andar, mas refleti nas palavras da minha t-shirt que diziam “Correr Na Cidade”, e não “Andar na Cidade”. Continuei a ritmo baixo, perto dos 6´06´´ por KM, e a custo lá consegui chegar ao Marquês de Pombal.Ouve antes um momento decisivo para continuar com força: a passagem dos campeões (Rui Silva, Dulce Félix, etc) para cortarem a meta. Inspiraram-me. Já na Fontes Pereira de Melo voltei a sentir-me bem e em forma, apesar de ainda estar a subir sentia, fisicamente, que estava a rodar em piso plano. A mente estava com medo mas o corpo pedia mais velocidade, assim que inverti a marcha no Saldanha fez vontade ao corpo e começou aí uma nova corrida para mim.Sempre a descer, acelerei, acelerei e desci a uma velocidade interessante. Aí percebi se mantivesse esse ritmo muito provavelmente baixaria o meu record da distância em quase um minuto. Foi a motivação que faltava, tinha a noção de estar a fazer uma prova miserável e afinal não….Os balões da Asics confundiram-me um pouco e ao longe tentava perceber onde era mesmo a meta. Acabei a sprintar e bati o Recorde Pessoal dos 10K para os 52:47 tempo de chip, 52:38 no Endomondo. O ano não podia acabar de melhor forma!Pontos Positivos:- a participação em massa dos corredores- o apoio do público que assistia. Nunca tinha visto nada assim- Cobertura mediática da prova, muito importante para levar mais gente a participar em provas futurasPontos Negativos:- Afunilamento no final. Quando se acabava a prova demorou-se demasiado tempo a sair do “funil”- O traçado da prova. Não gostei de subir, subir, subir e depois, descer, descer, descer. Devia ser mais equilibrado.- Irrita-me os corredores VIPS e as tendas VIPS neste tipo de prova que é a celebração do atleta de pelotão.Por Filipe Gil(fotos retiradas da página de Facebook da São Silvestre Lisboa 2012).