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Correr na Cidade

Review: Puma Faas 600 v2 Nightcat

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Dois dos elementos do Correr na Cidade testaram o modelo Puma Faas 600 v2 Nightcat, cedidos gentilmente pela marca (este modelo é a evolução do revisto aqui). É um modelo Faas 600 v2 mas com elementos refletores para segurança do corredor que corre sem a luz natural do dia.

Para além de serem muito refletores, têm dois LED’s azuis, que podem ser retirados das sapatilhas se assim entendermos e que dão ainda maior nota aos outros (corredores, automóveis, bicicletas, peões) por onde estamos a correr. Os LED’s são recarregáveis via porta USB e são de fácil aplicação. Quem os ligar, seja em modo intermitente seja em modo permanente, não vai passar despercebido a ninguém. Estas sapatilhas fazem parte de uma linha, a Nightcat com calções e casacos próprios para corridas noturnas, ou com pouca luz. Esta é a nossa primeira review a duas mãos, e que se seguiram mais. 

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Tiago: Desde a minha adolescência que sou fã da Puma. Tive vários pares de sapatilhas Suede, sendo que para tristeza dos meus pais, os meus preferidos eram os amarelos. Foi por isso com alguma nostalgia que voltei a usar esta marca, mas desta vez para correr. E se a Puma se queria destacar e chamar a atenção no mundo da corrida certamente o conseguiu com esta versão v.2 dos Nightcat. A aposta no aumento da visibilidade noturna e na segurança enquanto corredores é a imagem de marca destes Puma Faas 600 v2 NightCat. Este modelo tem elementos refletores ao longo de toda a sapatilha e a puma revolucionou ao introduzir um sistema de luz, 2 LED’s, que funcionam a bateria, o que para esta altura de outono, inverno, em que as horas de luz são mais reduzidas permite uma maior segurança para quem corre perto de estradas. A tecnologia ao serviço da corrida.

 

Filipe: Tenho uma história muito engraçada com estas sapatilhas e que provavelmente não ficarão de lado quando as deixar de usar para correr. Profissionalmente, e amiúde, sou solicitado para fazer apresentações e falar para audiências na temática de retalho e comunicação. Gosto de fazer as apresentações da maneira mais confortável possível, já que estou bem exposto ao olhar de todos durante, pelo menos, 30 minutos. E de preferência gosto de estar de sapatilhas calçadas. Assim, tenho utilizado este modelo como “talismã” dessas apresentações, não só porque são sóbrios q.b., mas também porque utilizo os LED’s disponibilizados neste modelo para “arrebitar” a audiência quando vejo que está a perder a atenção daquilo que estou a dizer. Ligo, eles piscam, há, geralmente, uma risota na audiência, e volto à minha palestra (e desligo os LED’s). E tem corrido bem. Por isso, e apesar de ainda só ter corrido com eles cerca de 60 Km, já tem uma longa vida nos meus pés para lá do running.

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DESIGN

 

Tiago: Este modelo chama a atenção e não passa despercebido. Apesar de ser todo preto, neste caso até gosto, a incorporação da tecnologia refletora e dos Led’s, faz com que visualmente se destaquem. Utilizei este modelo pela 1ª vez no Meo Urban Trail de Sintra e foi um sucesso. Assim que ligamos os LED’s já sabemos que seremos o centro das atenções. Outro aspeto positivo é o reforço da ponteira que me faz recordar umas botas antigas de futebol. Acho este modelo tão bonito que é dos poucos sapatos de corrida que uso no meu dia-a-dia.

 

Filipe: Confesso que ténis todos pretos não são a minha preferência. Dá-me sempre a impressão que são ténis de alguém que em adolescente foi “metálico” e que não consegue gostar de outras cores que não sejam o preto escuro ou o preto claro; Contudo, há que dizer que estas sapatilhas não são nada feias, e são uma excelente evolução do modelo anterior. E quando “iluminadas” quer seja pelos LED’s que disponibilizam que pelo reflexo de outras luzes, ganham uma nova vida. Tem pormenores bonitos, são harmoniosos e são ténis com “muita” pinta para correr os tais treinos sem luz. Se ligarem os LED’s vão, certamente, captar a atenção (e talvez a inveja) de quem passa por vós.

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CONFORTO

Tiago: Depois dos primeiros treinos e provas que realizei com elas, ficou claro que não é uma sapatilha de corrida pensada para correr rápido. São ideais para quem efetuar treinos mais tranquilos e quer sentir-se cómodo ou para quem se está a iniciar na corrida e dá valor ao conforto em detrimento da velocidade. Uma das caraterísticas que aprecio é sentir que não tenho os pés apertados e neste caso senti uma grande liberdade para mexer os dedos. Este modelo é relativamente leve e o melhor elogio que se pode dar é que pouco ou nada se sente no pé. Ter em atenção o tamanho do sapato, o 43 corresponde a um 10 US, 28cm.

 

Filipe: São sapatilhas muito confortáveis. Mesmo muito. Não se pense que ao calçá-las vão sentir que estão a andar na Lua, não. São estoicamente confortáveis e ganham uma relação com o pé que é cimentada à medida que vamos correndo mais vezes com eles. Gosto muito da envolvência que o material da parte superior dá ao pé. Têm sido uma grande surpresa. São ténis a ter muito em conta a quem se está a iniciar na corrida.

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PREÇO

Tiago: O preço de venda ao público é segunda a Puma 130€, relação preço-qualidade razoável, tendo em consideração a tecnologia refletora e os 2 LED’s com bateria que distinguem este modelo. Neste momento pode encontrar os sapatos em promoção na Sportzone a 99,90 €. Uma boa aquisição para a temporada de outono/inverno 2014-2015.

 

Filipe: Segundo o site da Puma este modelo custa 130€. Um preço bastante aceitável para umas sapatilhas refletoras e com dois LED’s à disposição do corredor. Fosse noutras marcas e o valor deste “pacote” ultrapassaria, certamente, os 150€. Atenção, são ténis da linha especial Nightcat. O que reforça o que acabei de escrever. É uma edição especial de Outono/Inverno em que a marca poderia ter sido mais gananciosa e colocado um preço mais alto. Mas não. E ainda bem.

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ESTABILIDADE

Tiago: Este modelo da Puma é mais adequado aos corredores com passada neutra. O amortecimento e a boa flexibilidade providenciam uma passada suave. Os Faas 600 v2 foram construídos de forma a diminuir a pronação e proporcionar uma transição mais gradual da zona média do pé até ao calcanhar, sendo que o Drop deste modelo é de 8mm. Mas atenção, não é um modelo adaptado aos corredores com pronação severa. Talvez devido ao facto de o número 43 ser meio centímetro maior do que o que usualmente calço, 28 cm em vez dos 27,5cm, senti em algumas ocasiões que o calcanhar não estava bem preso e andava meio solto, tendo que reajustar, por diversas vezes, o aperto das sapatilhas. 

 

Filipe: Como corredor pronador que sou, tudo o que seja sapatilhas para corredores neutros, como estes Puma Faas 600 v2, fazem-me torcer o nariz e ter um real medo de me lesionar. Por isso, não arrisco e coloco sempre as minhas palmilhas da Ironman, o que altera, um pouco, a perceção real de algumas características das sapatilhas. Contudo, há modelos que mesmo com as “minhas” palmilhas me senti inseguro, banbuleante – aliás, ao fim de uma corrida se isso acontece dou-os a outro membro da crew do Correr na Cidade que calce o mesmo tamanho. Já aconteceu, pelo menos, umas quatro vezes. Com estes Puma não. Apesar de serem neutros, sinto-me protegido – com a ajuda das palmilhas, é certo – mas sinto estabilidade q.b. O meu conselho para quem quiser optar por este modelo é: se for neutro, força, têm aqui ténis que aguentam bastantes quilómetros em cima. Se forem pronadores, também, desde que tenham umas palmilhas par a vossa passada.

 

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AMORTECIMENTO

Tiago: Apesar de ser a versão 600 da gama Faas (a escala de amortecimento vai de 100 a 1000), achei estas sapatilhas um pouco duras. A sola consiste numa peça única de Faas Foam+, tecnologia da Puma que garante uma maior durabilidade e leveza da sola. Da primeira vez que os utilizei fiquei surpreendido pela dureza, porque esperava muito mais amortecimento, mas rapidamente nos habituámos. Se pretendem uma sapatilha com grande amortecimento onde pouco ou nada sentem o chão este modelo talvez não seja o mais indicado para vocês.

 

Filipe: Da primeira vez que os usei achei que eram “duros”, que se sentia bastante a estrada debaixo do pé. O que para mim é bastante positivo, gosto desta sensação. Contudo, achei estranho já que se tratava de uns Faas 600 (ou seja, na escala de amortecimento da Puma, que vai de 100 a 1000, estes são com um bom nível de amortecimento). Aliás, comentei o facto de serem “duros” com a própria marca. Contudo, só depois me lembrei que, sendo sapatilhas neutras, eu substituo a sua palmilha por umas especiais para pronadores, da Ironman, e que são duras. Como tenho utilizado estas sapatilhas para as tais apresentações que vos escrevi no início deste texto, aí tenho utilizado as palmilhas originais e vejo que são confortáveis. Confortáveis q.b., o que para mim até parece mais correto que os ténis com tamanha camada de amortecimento que fazem com que o pé nem saiba bem o que comunicar ao cérebro em relação o piso que pisamos.

 

AVALIAÇÃO TIAGO:

Design: 19
Conforto: 17
Preço: 16
Estabilidade: 16
Amortecimento: 16


AVALIAÇÃO FILIPE:

Design: 16
Conforto: 17
Preço: 18
Estabilidade: 17
Amortecimento: 16

 

AVALIAÇÃO FINAL (de 0 a 100):

Tiago: 84

Filipe: 84