Review: Kalenji Lanterna Run Light
Gentilmente cedida pela Decathlon andei nos últimos tempos a testar a lanterna de corrida Run Light da Kalenji. Com um design inovador, uma potência de 250 lumens max e com autonomias que podem variar entre as 2h e as 8h, tudo PVP de 39,95€ (agora está com um desconto de 10€).
Pontos Positivos:
- A luz. Além de muito brilhante, mesmo nos modos mais baixos, que nos fazem pensar que estamos perante uma luz muito mais potente que o que realmente é referenciado (comparando com outra de uma marca bem mais conceituada com os mesmo lumens, com a da Kalenji temos a sensação de ser muito mais brilhante), a temperatura da mesma é de um branco quase imaculado que nos dá uma excelente visão noturna;
- O alcance: ilumina seguramente 20 metros, o que nos permite antecipar os nossos passos;
- Luz de presença: nas costas, na caixa da bateria existem 3 LED's vermelhos que assinalam a nossa presença;
- Recarregável: usar bateria e não pilhas, não diminui o peso como é mais barata e amigo do ambiente.
- O conforto: apesar de ter um aspecto “matacão” é surpreendentemente confortável, não causa incómoda e os elásticos permitem um excelente ajuste.
- Autonomia: Não é uma autonomia gigante, mas cinco horas já é bastante razoável
Pontos Negativos:
- O botão de on/off: este botão é horrivelmente pequeno, duro colocado no rebordo interior da lanterna. Estas três coisas em conjunto geram bastante dificuldades na operabilidade da lanterna, principalmente em andamento; Solução: É só aumentar o tamanho do botão e torna-lo mais sensivel
- A direção da luz: o facto da luz ser fixa, não havendo a opção de poder direciona-la, gerou dois problemas: o primeiro sempre que queria olhar para o chão à frente dos meus pés ficava “cego” pela luz, ou seja como a luz é tão brilhante torna-se impossível olhar para o chão; o segundo torna-se impraticável descer escadas com a lanterna ligada. Solução: Kalenji é só colocar um ajuste que permita direcionar a lanterna.
- O Posicionamento da luz no peito. Sendo a sua maior a colocação da luz no peito, ao invés da cabeça, na minha opinião, este design ainda não está totalmente bem conseguido. Quando corremos o nosso troco gira enquanto a nossa cabeça se mantém fixa, o que quer dizer que estando a lanterna junto ao peito vai girar com ele, o que na pratica em vez da lanterna estar sempre a apontar para a frente vai ter um efeito como se fosse um farol (muito mais ligeiro) mas que pessoalmente me perturba bastante. Solução: Kalenji posicionar a lanterna na zona mais central e mais baixa iria acabar com este movimento excessivo.
- Autonomia: 5 horas já é bastante razoável, no entanto se pensarmos em estender a sua utilização a Ultra Trails o ideal andaria era que fosse 7 horas.
- O sistema de elásticos: O sistema atual inviabiliza a utilização de mochila simultaneamente com a lanterna (confesso que não tentei esticar os elásticos ao máximo por forma a passarem por cima). Solução: Kalenji que tal arranjar forma de ser acoplado a uma mochila?
Conclusões:
Se o queremos é ver, ser vistos, ter conforto, uma boa autonomia e acima de tudo correr em terrenos planos, esta lanterna satisfaz todas as nossas necessidades, por um preço bem acessível (29,99€). Da minha parte, para 70% dos meus treinos noturnos esta lanterna chega e sobra. Para os restantes 30%, o frontal de cabeça continua ser imprescindível, dado que é necessário ver para onde estou a olhar. Que tal combinar dos dois posicionamentos.