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Correr na Cidade

Review: As renovadas Berg Pantera

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Depois de algumas semanas a testar os Berg Pantera chegou a hora da Review final.

Alguns dos pontos indicados na preview confirmaram-se, outros mudaram um pouco com a habituação de correr com este novo modelo.

A maior parte dos testes foram feitos com terreno seco, mas um treino longo feito debaixo de chuva e com terrenos bastante molhados permitiram experimentar os Pantera em condições bastante diversificadas.

Digo já que fiquei bastante agradado com os Berg Pantera, embora haja ainda algumas características que alterava, mas conto tudo na análise em cada uma das categorias habituais.

 

Modelo: Berg Pantera

 

Características pessoais: 

Passada Neutra com tendência a pronação ligeira, peso elevado.

 

Condições de teste:

Cerca de 150km em trilhos. Usados em vários treinos até 20km, com diferentes condições climatéricas e tecnicidade de terreno e 1 prova de 36km (Montejunto Trail).

 

 

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CONFORTO 

Começo pelo parte que menos gostei nos primeiros testes com os Pantera, o conforto. O motivo principal foi o material utilizado no calcanhar, diferente do restante que envolve o pé, e que além de desconfortável enquanto não "partiu" me provocou uma bolha chata. O segundo motivo foi a parte frontal mais estreita, que não sendo um defeito mas uma característica para competição, não permite a liberdade nos dedos que gosto, provocando algum desconforto inicial.

 

Felizmente estas sensações desaparecem com a utilização frequente, ao final de 2 semanas já com cerca de 70Km feitos com os Pantera o incómodo no calcanhar desapareceu e o formato do ténis deixou de ser um problema. O tamanho um pouco maior que o normal (28cm em vez dos 27,5cm que normalmente uso), dado que não há meios números, também permitiu que os dedos tivessem espaço suficiente sem o tamanho do ténis ser maior demais.

 

Os restantes materiais são bastante confortáveis e até em provas com maior duração, como a que tive em Montejunto durante quase 7h, permitem terminar com os pés em óptimas condições. 

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DESIGN/CONSTRUÇÃO

Em termos de design fiquei logo bastante agradado desde que abri a caixa, gosto do look e das cores. Adoro a bolsa para guardar os atacadores! O material reflector ajuda em treinos nocturnos, mas fica igualmente giro, dá um look semi brilhante.

 

A construção é de bastante boa qualidade, tanto nos materiais utilizados como na construção. A sola embora não sendo desenvolvida pela Berg é de boa qualidade e não mostra sinais ainda de desgaste depois de mais de 150Km.

 

O tecido superior tem tecnologia Cordura que permite uma maior durabilidade e resistência a rasgões, o que foi altamente comprovado.

 

Tenho a apontar como ponto negativo para mim a falta da dupla furação para o aperto dos atacadores, algo que para alguns atletas poderá não ser fundamental, mas para mim é dado que permite um ajuste perfeito do ténis ao pé.

 

Um dos pontos altos da construção é a biqueira, feita numa borracha que permite uma óptima segurança, corri em terrenos com muita pedra e bastante técnicos e quanto mais se corre mais segurança os Pantera transmitem.

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ESTABILIDADE E ADERÊNCIA

Com um drop de 9,5cm, os Pantera são um modelo sem protecção de pronação, algo que em trail se torna irrelevante, adequando-se a todos os tipos de passada. São um modelo mais estreito que outros que utilizei, pelo que necessitei de alguma habituação, dado que inicialmente tive alguma tendência a torções, algo que também aconteceu pela rigidez inicial. Nos últimos treinos já os senti muito mais flexíveis, o que me ajuda a manter uma passada mais adequada a cada tipo de terreno e assim mais estável.

 

O anterior modelo dos Pantera, que também testámos, tinham fama de boa aderência tal como o animal que lhes dá nome. Os renovados Pantera não são diferentes, a sola Vibram com composto Megagrip garante uma excelente aderência em praticamente todo o tipo de terrenos, embora em lama abundante ou rocha molhada não haja milagres. Como já referi quanto mais corro com eles mais segurança sinto, como se já fizessem um pouco parte de mim, tanto a atacar subidas mais técnicas como na minha maior dificuldade, as descidas.

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AMORTECIMENTO:

O amortecimento dos Pantera sendo razoável não é nem exagerado, nem demasiado reduzido, a melhor palavra para o qualificar é "equilibrado".

 

A palmilha Ortholite de 4mm e a sola intermédia EVA permitem uma passada confortável. As sensações do terreno não se perdem, o que é bom, mas senti na parte intermédia do ténis alguma fragilidade. A flexibilidade deste ponto também permite alguma pisadelas mais dolorosas quando se pisam pedras mais bicudas com o meio do pé, algo que não sendo frequente, nem recomendado numa passada com boa técnica, acontece. 

 

PREÇO:

PVP: €99,99

 

O PVP é justo. Para a renovação do seu modelo a Berg apostou num valor equilibrado que permite aos fãs da versão anterior renovar os seus Pantera, quando os kms já forem muitos, ou permitir a quem quer testar o valor do topo de gama da marca nacional avançar sem esvaziar a carteira como em outros topos de gama de outras marcas.  

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CONCLUSÃO:

Tal como indiquei no inicio, a avaliação dos Berg Pantera é bastante positiva. Como pontos a melhorar, no meu ponto de vista, tem a falta da furação dupla para os atacadores, o material duro e desconfortável que envolve o tornozelo e a pouca protecção na zona intermédia da sola. Como pontos a destacar tenho a boa aderência, bons e resistentes materiais, os atacadores e a sua fantástica bolsa integrada para os guardar.

 

Gostei tanto da utlização que tive nos treinos e prova que já fiz com os Pantera que são os eleitos para o Estrela Grande Trail que irei participar na próxima semana.

 

AVALIAÇÃO FINAL:

 

Conforto 15/20

Design/Construção 16/20

Estabilidade/Aderência 18/20

Amortecimento 16/20

Preço 17/20

 

Total 82/100

 

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