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Correr na Cidade

Reeducação Alimentar: O Meu Regime Paleo

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Há cerca de 5 meses, quando as análises ao sangue me assustaram um pouco – o meu colesterol insistia em manter-se em níveis que me desagradavam – decidi mudar a minha alimentação. Consciente da necessidade de adoptar uma atitude ainda mais saudável, relativamente à minha alimentação, dei por mim, naturalmente, num processo de reeducação alimentar e a dar de caras com o mundo ‘Paleo’.

 

 Descobri receitas maravilhosas e uma forma de comer completamente nova!

 

 

Claro que já tinha ouvido falar imenso sobre este regime, mas nunca acreditei que fosse capaz de seguir por esta via e prescindir de coisas (até então) absolutamente obrigatórias na minha alimentação, como queijo, spaghetti carbonara, pão, ou outras iguarias maravilhosas. (Eu sou aquele que achava que me poderia alimentar, exclusivamente, de pão, a todas as refeições!). Ainda por cima, há sempre aquele mito dos hidratos de carbono, que paira na cabeça daqueles que correm, pelo que a sua restrição me parecia despropositada e ‘contranatura’. (Ignorância minha, confesso!). (Claro que os hidratos de carbono são absolutamente necessários em qualquer regime saudável e equilibrado, sendo que, neste, o apport destes nutrientes é assegurado através da ingestão de legumes e fruta, maioritariamente.)

 

Faço aqui um parêntesis para reforçar que não sou especialista na matéria, nem consultei um especialista na matéria, quando iniciei esta alteração comportamental. Por isso, tudo o que aqui relato restringe-se ao meu caso pessoal, a alguma pesquisa e, acima de tudo, a bom senso.

 

A verdade é que, desde que comecei a seguir este regime, perdi cerca de 10 quilos, completamente sem passar fome e sem qualquer esforço. (Sim, a sério!). E nem sequer tenho um plano de treinos exigente que justifique esta perda. Foram, cerca de 2 quilos por mês, sem perceber muito bem como, apenas denunciados pelas calças de ganga que teimam em querer cair pelas pernas abaixo, e alguns comentários do estilo ‘estás tão magro! o que é tu andas a fazer?’.

 

Neste processo, segui alguns princípios básicos:

  1. Prescindi dos hidratos de carbono simples. Esqueçam as massas, o arroz e o pão. Troquei a batata por batata doce, o que, no meu caso, não foi sequer um sacrifício, pois adoro batata doce!
  2. Esqueci igualmente os cereais e as leguminosas. (excepção feita à aveia, no meu caso). Tento evitar o trigo e o glúten, sempre que posso.
  3. Disse adeus aos açucares adicionados, (parece mais difícil do que na realidade é!), e aos bolinhos da minha pastelaria favorita.
  4. Prescindi dos laticínios, principalmente dos queijos, e troquei o leite por bebida de amêndoa ou soja.
  5. No que toca à proteína, dou preferência às carnes brancas e aos peixes gordos.
  6. Evito ao máximo álcool. Uma cervejinha, raramente, com os amigos, porque faz mesmo falta! E um copo de vinho tinto, em ocasiões especiais, só se for mesmo bom!

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  Já lá vão as torradas com meia de leite!

 

No que toca a benefícios, posso afirmar convictamente que não me sinto tão inchado ou pesado, como antes. A verdade é que descobri receitas óptimas e saudáveis; como abundante e maravilhosamente – especialmente ao pequeno-almoço! –, e nunca tenho fome entre refeições ou a necessidade de ir comer um bolinho, a meio da manhã… Começo o dia com mais energia e sinto que essa energia perdura por mais tempo, durante o dia. E, sim, estou com uma passada mais ligeira e consigo notar perfeitamente a mudança de velocidade, nas subidas, quando corro.

 

Se o meu colesterol teve melhorias? Sim, teve, é o que vos posso dizer. Ainda sob observação, e, também por isso, vou continuar com este regime. Mas, acima de tudo, porque me sinto bem, desta forma, e porque vejo resultados no meu corpo.

 

Tudo isto sem fundamentalismos, claro, como em tudo na vida. Continuo a comer a minha dose diária de chocolate preto e não vou abdicar da aveia, por exemplo. Muito ocasionalmente, não resisto a uma boa pizza, ou a um (sempre) maravilhoso palmier. Mas sigo sempre uma máxima: se vou prevaricar, então que o ‘objecto ‘ dessa prevaricação valha mesmo a pena! Relativamente ao resto, é tão mais fácil do que parece!

 

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  Já não passo sem estes super alimentos!

 

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