Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

Correr na Cidade

Race Report: Meia Maratona de Cascais 2020

MM Cascais 6.jpg

Uma semana depois dos duros trilhos dos Abutres, onde tive a oportunidade de “passear” quatro horas e meia na serra, estava na linha de partida da Meia Maratona de Cascais. Nunca tinha feito esta prova, só na sua versão “20km de Cascais”, há uns belos anos atrás. Na verdade, acho que Meias Maratonas não são bem a minha cena. A minha última tinha sido em Março de 2019, em Milão. No entanto, como me tenho sentido mais forte, queria, pelo menos uma vez na vida, aproveitar para fazer 1h45.

Não passei muito bem a semana antes da prova. Os Abutres cansaram-me bem e fiquei constipada, mas felizmente, no sábado já me sentia bem para correr. Comi uma bela massa na véspera e uma deliciosa aveia antes da prova e estava pronta!

MM Cascais 5.jpg

Prometia ser uma linda manhã em Cascais, com amigos e família, pois o Chris veio connosco e havia mais amigos que iriam participar enquanto o Xiko e a pequena nos iam apoiar. Uma grande vantagem das provas “Montepio” é tornarem os eventos de running verdadeiros eventos de família, com insufláveis, pinturas faciais e corridas para crianças. Desta vez não participamos na corrida das crianças porque esta decorreu no sábado e não era oportuno deslocar-nos a cascais dois dias seguidos.

Comecei com o Chris e arrancamos no último bloco de partida, de 1h45+, mas felizmente fluiu logo bem e conseguimos arrancar no ritmo pretendido. Fiz os primeiros 5-6 km na conversa com o Chris. Quando encontrei a Sofia, ele “deixou-me” com ela e arrancou. Grande Chris, fez um grande tempo! Na conversa com a Sofia e mais amigos, os kms ao lado do bonito Atlântico fizeram-se muito bem até ao km 17. Fui sempre ligeiramente abaixo dos 5min/km (podem ver o meu Strava aqui). 

MM Cascais 3.jpg

Sentia-me bem. O equipamento estava confortável e a alimentação correu muito bem (2 scoops de Tailwind, numa soft flask de 500ml). No entanto, no km 16-17, quando o percurso começa a subir ligeiramente, encontrei o meu amigo “muro”. É um clássico para mim, em Meias Maratonas, quando vou sem “pacer”, sou sempre confrontada com o “muro” nesta altura do percurso. É um fenómeno difícil de explicar. Por exemplo, o Xiko não entende como é possível tal acontecer-me já que estou numa fase bastante “forte” ehehe Mas, sim, quebrei emocionalmente. Surgiram as questões do “porquê estou a fazer isto”, “já não quero mais”, “tenho as pernas cansadas dos Abutres”, “tenho que ir a casa de banho” (e quando cruzo a meta, já não tenho que ir). É isso, tenho que trabalhar isso e aceito dicas de muito bom gosto. 

Felizmente, houve vários atletas que me viram a “atrofiar” e deram-me umas palavrinhas de incentivo. Entre correr e andar, fiz os últimos 4km a 5:30, ou seja, perdi uns 2min, mas lá cheguei à meta com 1h45. Objetivo cumprido.

84569508_10157177200866025_1201268456809299968_o.j

Se consegui? Sim. Se era capaz de melhor? Sim. Se quero melhor? Não faço questão (para já). Se sofri? Sim, mas acho que faz parte. E sim, prefiro maratonas, mas basta uma por ano e provas de 10km (isto falando de estrada, claro). Mas sim, passamos uma bela manhã (e tarde) ao ar livre e estou feliz (e com as pernas doridas).

A prova estava muito bem organizada. Fluiu tudo muito bem. Como ponto de melhoria, sugiro à organização HMS Sport, pensar numa solução para dorsais reutilizáveis (ou pelo menos recicláveis) e substituição das garrafas de plástico nos abastecimentos por copos de papel. Além disso, levantar o kit do atleta em Cascais é um pouco complicado para quem não vive lá (para não falar do impacto ambiental das deslocações). Que tal podermos indicar no momento da inscrição se queremos levantar o dorsal em Lisboa ou em Cascais? ;) 

E agora, antes do grande desafio na Terceira em Março, não tenho mais provas marcadas. Sugestões?

Boas corridas!