Race Report : I Trail Almeirim 30km
Por Luís Moura:
Eventos de pessoas que fazem as coisas com gosto e paixão, o resultado final normalmente é sempre fantástico ou no mínimo bem acima do espectável. Quando ainda por cima, uma prova é feita de corredores para corredores, as expectativas são elevadas.
No passado fim-de-semana a crew do Correr na Cidade foi correr a Almeirim no primeiro trail organizado pela Associação 20km de Almeirim. Se dentro dos elementos que lá foram correr existiam ambições e objectivos diferentes, à partida a parte da diversão e do gosto pelo que fazemos já estavam bem definidos...
5h30m
Tudo começou com o despertador a tocar às 5h30m da manhã. Bolas, 3h de sono mais ou menos completas...
"Problema" das provas que nem são perto nem longe de casa, é a logística da viagem. Saímos do Montijo por volta das 7 da manhã e fomos calmamente para Fazendas de Almeirim. Chegamos pelas 8h10m e fomos logo levantar os dorsais.
Com a partida da corrida dos 30km marcada para as 9 da manhã, assistimos logo ali a um pequeno problema, pois às 8h20m a fila para levantar os dorsais era relativamente extensa, com uma percentagem grande das pessoas que estava à nossa frente a ir para a corrida dos 18km - que só iria sair às 9h30m. Entretanto criaram uma "segunda fila" para dar prioridade a quem ia para os 30km e lá se levantou os dorsais apressadamente.
Voltar ao carro, vestir o resto dos "acessórios da moda" para correr e regressar ao ponto da partida e já eram quase 8h50m...Resultado, nada de aquecimento, coisa que já não fazia há umas boas provas... talvez dois anos que isto já não acontecia. E revelou-se de facto mais à frente um pequeno problema.
Entretanto fui ao WC fazer o "xixi da praxe", tirar foto com o resto da crew e entrar para a box de partida. 8h55m... Ufa, mesmo em cima da hora.
A organização ao aperceber-se que na hora prevista ainda havia algumas pessoas a entrar na box, adiou a partida 3 minutos. Pareceu-me uma decisão sensata e que não interferiu nada com o resto da prova.
Prova
Com algumas caras conhecidas do circuito de trail, a minha expectativa para a prova, tendo em conta a distância curta, a altimétria relativamente baixa e alguns km de "estradão", era apontar para ficar entre os 30 primeiros dentro das 3 horas. Parecia-me uma meta alta mas com boas hipóteses de serem atingidas.
Como nas ultimas semanas tenho feito menos velocidade e mais trabalho de força nas subidas, já contava que iria ter alguma "dificuldade" em acompanhar os mais rápidos, mas cada corrida é uma corrida e lá fomos nós.
Às 9h03m dá o tiro de partida e o grupo da frente salta em verdadeira correria. Ultrapassei muita gente que se tinha colado na parte da frente da corrida e ao fim de uns 200 metros já o pelotão rolava "tranquilamente" abaixo dos 4/km ao minnuto numa das ruas que sai de Fazendas de Almeirm. Pela altimetria que tivemos acesso antes da prova via-se que os primeiros 6km seriam sobe e desce, com alguns declives mais exigentes. E assim foi.
Primeiros 2km's muito rapidos (4:05 e 4:13/km) e depois entramos no tal sobe e desce, num mix de single tracks entre pinheiros e corta-fogos.
Tal como imaginei, o coração disparou para os 180bpm nesta altura devido a não ter feito aquecimento.É uma diferença enorme arrancar para uma prova sem ter feito um mínimo de aquecimento, para que o corpo não tenha um impacto enorme assim que começa a correr rápido. Ao terceiro km abrandei ligeiramente para o corpo recuperar um pouco o fôlego.
Estabilizei no ritmo e no lugar na classificação que ocupava e os seguintes 3km's foram muito rápidos dentro de single tracks. 4:47, 5:07 e 4:45. Entretanto ao km 3,5 passamos o primeiro abastecimento e do grupo da frente só 2 ou 3 beberam copo de água. O resto nem olhou para a banca.... disseram-me que tinha liquidos e solidos.... :)
Paredes ?
Depois destes km's mais rapidos, começámos a apanhar os corta-fogos mais "agrestes". O 6km foi a 6:57/km com duas subidas enormes e muito inclinadas, mas não quis atacar muito cedo e deixei-me seguir em ritmo mais lento. Depois foram vários km's de constantes de sobe e desce. Umas vezes por single tracks e outras em estradões.
Em alguns sítios era monótono para quem gosta de correr na montanha, mas nem tudo é perfeito. Alguns single tracks eram deliciosos e tiravam sorrisos, mas eram curtos!
Até ao km 13 foi sempre a médias perto dos 5:10/5:20. Em alguns sítios poderia ter apertado mais um pouco e ter cortado algum tempo, mas achei que não andar no limite seria uma boa opção a longo prazo na prova. Começamos com algumas nuvens e vento ligeiro mas fiquei com uma premonição de que iria aparecer sol em barda durante a prova... e apareceu mais à frente.
Entretanto damos com o abastecimento dos 13km junto a um rio, bebi 2 copos de água e comi uma banana e arranquei. Mais à frente aparece uma escalada com quase 50D+ em que tivemos que subir quase metade "de quatro" para ter tracção. São subidas engraçadas mas muito desgastantes para os músculos devido ao grau de inclinação que têm.
Retorno a Fazendas
Por esta altura estávamos a correr em Raposa e começa-mos a fazer o regresso para Fazendas. Fomos dar uma voltinha por estradões, sobes e desces, desces e sobes. Em algumas zonas parecia que estava a fazer uma maratona tal o ritmo a que rolávamos e noutros no meio de tantos praticantes de BTT's que encontramos pelo caminho, parecia que estávamos em serras ou montanhas bem mais altas do que estávamos mesmo.
Do km20 ao 23, fomos por estradões mais ou menos sempre a subir. Ligeiramente, mas a subir. Mói... São fáceis de transpor, mas moem nas pernas. E a areia que apanhamos... O Serrazina deve ter começado a pensar "olha estes a imitar o Trail Noturno de Óbidos !!! "
Entretanto, junta-se o percurso das provas dos 18km com o dos 30km e para além das subidas e descidas íngremes que recomeçaram, visto que estávamos a fazer o regresso pela mesma serra por onde saímos, ligeiramente ao lado, agora tínhamos a companhia do pelotão dos 18km. Alguns ficavam surpresos por verem pessoas pouco depois do meio do percurso deles a passarem tão depressa, outros davam palavras de alento e motivação, outros iam na "converseta", outros já diziam mal da vida deles porque estavam ali no meio da serra, ao sol a subir aquelas subidas tão "inclinadas". E passei por imensa gente a caminhar já com um ritmo de passada muito pesado.
É impressionante ver no terreno o salto gigante que dei na corrida nos últimos 4 anos. Como estamos presentes sempre que nós corremos, muitas das vezes nem nos apercebemos das diferenças no nosso corpo. Quando somos colocados lado a lado com outros corredores que estão a dar os primeiros passos agora ou simplesmente só querem fazer aquilo, aí nota-se muito as diferenças de ritmo.
Nesta altura seguia com outro corredor quase sempre por perto e mais atrás vinha o Bruno. Devemos ter passado mais de 200 corredores dos 18km seguramente naqueles km. Alguns iam-se desviando e deixando passar, outros nem se apercebiam que chegávamos atrás deles e demorava algum tempo a passa-los nos single tracks. No abastecimento dos 25km paro para beber dois copos de agua e comer mais uma banana e o Bruno passa para a minha frente e vejo mais dois elementos a chegar ao abastecimento.
Tempo de meter corda nos atacadores !!! Apanhamos uma recta enorme de sobe e desce, e recuperei uma posição que tinha perdido no abastecimento.
A cerca de 3,5km da meta, apanhamos um excelente single track. Foi curto e rápido, mas é daqueles que nos dá um sorriso de canto a canto. Neste troço quem seguia à minha frente dos 18km também ia rápido, mas não aguentaram aquele ritmo mal saímos do single-track/descida e passeios logo a seguir ficando novamente sozinho com os muitos fotógrafos que existiram pelo caminho.
Meta "lá ao longe"
A cerca de 2km entramos em troço de estrada/estradão e deu para ver que ia ser muito rápido o final. Quem tivesse pernas e pulmão ainda dava para dar uma perninha como tinha dito o Omar antes do tiro de partida. Há minha frente seguiam dezenas de pessoas da caminhada e alguns dos 18km e foi quase como um "slalon". Na parte final, mesmo em cima da meta ainda passamos por imensa gente da caminhada...
Um aparte para os que me vão ler... não ocupem uma estrada de ponta a ponta quando estão a fazer uma caminhada.... Existe sempre alguém mais rápido que nós que pode querer passar sem andar a fazer "slalon" como se estivesse na Suiça a descer a neve...
Deu para 4:42 no km29 e para.... 4:42 no ultimo km sem forçar muito. Já não fazia sentido forçar mais as pernas. Estava a testar uns calções de compressão novos e estava a sentir bem a diferença na força da compressão.
Chegada à meta em 2:48:55, 2:46:43 em movimento. 2min parado num percurso de 30km... para mim, é obra... foi sempre a abrir como tinha planeado.
Fui felicitar o Filipe Torres por ser um dos responsáveis da prova e por termos estado a falar bastante sobre o evento nas últimas semanas.
Fui até à zona das massagens que tinha duas mesas onde fisioterapeutas estavam a "aviar" os mais ariscos. Sim, aqueles malucos que depois de sofrerem na corrida ainda vão sofrer mais um bocado deitados e alguém a dar porradas... parece uma cena saída de um filme as caras que algumas pessoas fazem quando estão a levar porrada.... perdão, massagens nas pernas.
Esperei pelos restantes colegas de equipa, assisti à entrega dos prémios das categorias e depois fomos tomar banho e almoçar.Tudo pertinho e bem organizado. Depois saímos "de fininho" para casa que os mini-empenos com poucas horas de sono doem!
Prova
Com tudo o que já se escreveu nos últimos dias sobre a prova, não me vou alongar muito mais. Para uma primeira edição acho que estiveram muito perto de ter nota 10/10. Foram de facto brilhantes no planeamento e na execução.
Nas semanas anteriores ao evento notava-se por tudo o que ia aparecendo na pagina oficial do evento no Facebook que todos os detalhes estavam a ser bem pensados e planeados. Ninguém estava à espera era que eles cumprissem tudo o que tinham prometido.
Percurso - Muito rápido, com muitas e pequenas subidas inclinadas. Às vezes custam mais que poucas e grandes. Teve alguns single tracks deliciosos. Menos bom: alguns estradões - mas muitas vezes é preciso ligar sectores desta maneira. As placas ao longo do percurso com diversas frases humoristicas foram um extra muito bem conseguido e que arrancou sorrisos a quase toda a gente.
Marcações - muito perto da perfeição. Nos primeiros 3 ou 4km dentro do mato quase que não conseguíamos sair do trilho tal a quantidade de fita e paus no chão a direccionar os corredores. Nos últimos km as marcações eram em muito menor numero, mas por essa altura as pessoas já se tinham habituado a elas e estavam quase todas em sítios lógicos e visíveis. Não me perdi Filipe !!!
Abastecimentos - numa prova curta os abastecimento tem uma "menor" importância, então quando são de 5 em 5km, tudo fica mais fácil. Sempre com água e outras bebidas à escolha, assim como bananas, laranjas, sal ou tomates . Para mim eram simples e directos. Diria mesmo: funcionais. Ouvi dizer que existiram bolos no ultimo abastecimento, mas não vi nada. Sinceramente não lhes dei muito atenção, fora a agua maravilhosa.
Acompanhamento durante a prova - Bombeiros, BTT's, voluntários da organização, etc... penso que nunca estive numa prova onde estivesse com tanta "companhia" como aqui. Penso que só na Serra D'Arga, no Geres, existe uma detalhe tão grande e parecido como nesta prova em termos de nos sentirmos acompanhados no percurso. Estão todos de parabéns e com o meu agradecimento pela paciência de ficarem horas parados a ajudar quem passa.
Prémio de finisher - uma colher de pau semelhante à usada para fazer a sopa da pedra. Original, diferente e sem duvida a mostrar que não é preciso "medalhas" ou as típicas canecas com o nome da prova para que seja memorável.
Banhos e almoço - Instalações boas e bem colocadas. Água quente e almoço com direito a tigela de sopa da pedra, bifana e um pampilho, doce típico da região de Santarém. Melhor não era necessário. Tudo no ponto. Ouvi dizer que havia vinho, mas álcool é uma cena que não me assiste...
Para fechar, que já vai longo
Parabéns acho que não chegam para transmitir toda a gratidão que todos nós devemos ter por todos aqueles que perdem centenas de horas a preparar e executar provas deste calibre e mais uma vez se prova que quando existe esforço, dedicação e atenção "ao cliente", as coisas correm bem.
Toda a equipa envolvida na preparação do trilho está de parabens e notava-se toda a alegria e simpatia entre todos os colaboradores e voluntários que apanhamos no Domingo passado na prova.Aqueles que fazem provas apenas para o lucro, mais cedo ou mais tarde desaparecem na escuridão.
Vou fechar o artigo com duas chamadas de atenção que me parecem oportunas e que para mim enquanto atleta e utilizador do evento, devem ser melhoradas para que o 10/10 no próximo ano seja consensual.
Entrega dos dorsais - já se esperava que fosse um pouco confusa visto que a grande maioria dos corredores viriam de fora da vila e que o levantamento do mesmo fosse feito na manhã do evento. A criação de duas filas para as duas distâncias logo às 8 da manha teria sido o ideal. Quando já estava a ficar tarde, aperceberam-se que ainda estava muitos atletas na fila para levantar o dorsal para os 30km e resolveram o problema. Prejudicou um pouco alguns atletas, eu incluído.
A entrega dos prémios - Assunto já foi referenciado e a organização fruto da sua inexperiência também já chegou a essa conclusão e penso que na próxima edição vão corrigir com certeza o tema. Uma boa parte das pessoas não ficaram para levantar os prémios devido ao tempo que passou entre o fim das provas e a hora da entrega. Dos 3 primeiros classificados da geral dos 30km, só o primeiro estava presente, por exemplo. E em muitas outras categorias não estava 1 ou 2 dos 3 primeiros classificados.
Ou adiantam um pouco o horário da entrega ou fazem com que os atletas permaneçam perto do local da entrega. Como os banhos e o almoço eram a uns 500 metros, muitos já não regressaram ao local do crime.
Prova aos olhos dos outros elementos da crew CnC
O Malcata fez a prova abaixo das 4H e podem encontrar aqui o relato dele na primeira pessoa.
A Liliana fez a sua estreia em provas de 30km e fica aqui o que ela achou da prova :
Não me vou alongar… o Luís com a sua enorme capacidade de resumo já detalhou, como de costume, grande parte todos os pormenores da prova. Aproveitei toda a conjuntura desta prova para me estrear nos 30km… já os tinha feito em estrada em Sintra durante um treino, mas é normal que os ritmos em prova sejam diferentes. Há mais adrenalina… e no meu caso havia focus, objectivo!
Estudei a altimetria do I Trail de Almeirim e previsão era a de concluir em cerca de 5 horas e picos… sendo o elemento sexy slow da crew que não tem ritmos acelerados, teria nesta prova o desafio da resistência... física e psicológica. Consegui conclui-la a 2 minutos das tais 5 horas. Para mim um sucesso!
Mais sucesso para mim foi tê-la feito em grande parte sozinha e a demorar muito pouco tempo nos fartos abastecimentos com que nos brindaram. Os tais bolinhos que o Luis não viu… eu dei-lhes a devida atenção! Deliciosos… assim como o chouriço! Para quem me conhece é um pormenor estranho… mas não toquei no vinho Lezírias. Não por falta de vontade mas por estratégia… sabia lá o que ainda ia encontrar e como o meu corpo iria responder ao esforço que lhe estava a aplicar. Não me arrependo da decisão! Almeirim não está assim tão longe e nitidamente merece uma visita pela sua gastronomia (e trilhos também!) Haverão outras oportunidades com certeza!
Vi-me em trilhos muito bonitos, bem marcados em que “até os cegos eram capazes de ver”, que chegaram mesmo a passar no meio de um rebanho de ovelhas que, propositadamente, ou não, por ali andava a pastar… ou por single tracks verdejantes, passagens por pontes nos ribeiros e retas gigantescas pelos eucaliptais. Confesso, que me ri e falei muitas vezes sozinha a apreciar o caminho que a organização nos fez percorrer! Também confesso que praguejei mais vezes ainda nas subidas e descidas dos corta fogos que, sendo curtas, eram bem inclinadas, arenosas e massacrantes. Saltamos pequenos muros, tivemos descidas em modo rappel… houve de tudo um pouco.
Gostei da presença e atenção de todos com que me cruzei pelo caminho… dos muitos fotógrafos, voluntários, bombeiros, BTT’s… até do abade que nos esperava num abastecimento de colher de pau na mão! Nunca faltou um “Bom Dia” e não foram poupados os “Força!”. Fiquei com a sensação que alguns deles também eram atletas. Acho que foi o trato que os denunciou, o carinho para com os que vêm no fim do pelotão… mais em esforço, mais frágeis. Tive também o privilégio de conhecer dois elementos do Lágrimas Team, o João e a Ana com quem partilhei uma pequena parte do meu trilho e que sem saberem tão simpaticamente me ajudaram a distrair das muitas dores que sentia nas pernas e joelhos.
Nos últimos 3 km’s sou literalmente puxada pelos restantes elementos da equipa Correr na Cidade e que me vi grega para acompanhar. Estava em “terrenos” poucos explorados e sem dúvida que sem aquele “push” final não teria concluído abaixo da previsão. Recebi a minha “colherada finisher de Almeirim” e pela primeira vez recebi uma massagem no fim de uma prova, achei que se justificava e por ter chegado quase em último não havia filas. Sempre que me lembro da tareia, aliás Senhora Dona Tareia faz favor, que levei naquela marquesa pareço o Bonga… com uma lágrima ao canto do olho. Doeu na altura, mas fez bem depois… tanto que no dia seguinte conseguia andar praticamente sem dores.
Respondendo aos mais engraçados que por aqui passam neste estaminé… é verdade, durante a prova tive momentos em que caminhei! Não tenho vergonha de admitir. Não sou top máquina. E no que me diz respeito, quando vou correr, o ego deixo-o em casa porque em prova ou em treino a competição é comigo e com mais ninguém… mesmo que no fim me coloquem num ranking. Para já fico feliz por ter chegado ao fim, consciente que dei o “litro e a pinga” e que a curva de aprendizagem e experiência se está a compor.
Espero, muito honestamente, que a sub-secção de Trail da Associação 20km de Almeirim continue a crescer e nos volte a brindar com trilhos ribatejanos e o seu bem receber. Muito respeito por estes atletas que passaram para o outro lado da acção e deram deles o melhor da sua própria experiência, com humildade.
Por fim, não sei se foi do esforço, da fome ou se da mão experiente de quem a fez… nunca comi sopa da pedra que me soubesse tão bem na vida!
Obrigada e até para o ano!