Race Report: Corrida Jorge Pina 2019
Decorreu hoje, no Parque de Jogos 1º de Maio em Lisboa, a 4ª Corrida Associação Jorge Pina. E é claro que, depois da “festa” do ano passado, este ano não falhámos! Chamamos a corrida de festa porque o convívio no Parque de Jogos 1º de Maio antes e depois da prova é sempre excelente. Trata-se de uma prova inclusiva, além dos habituais 5 e 10K, também provas jovens: Benjamins A e B, Infantis, Iniciados, Juvenis e Juniores. Havia realmente participantes de todas as idades e também atletas em cadeiras de rodas e invisuais. Que inspiração!
A parte que mais me encanta nesta prova é que é de cariz solidário e que tem como objetivo angariar fundos para as obras de requalificação da Academia Jorge Pina, no Bairro do Armador, em Marvila. Com o desenvolvimento das atividades da Associação Jorge Pina pretende-se apoiar crianças e jovens inseridos em diferentes contextos familiares, sociais e económicos, com ou sem limitações físicas e/ou psicológicas, proporcionando-lhes a prática de diferentes modalidades desportivas.
Combinamos com o Luís Costa, que vinha fazer a prova connosco, no meio do relvado da pista de atletismo. Que belo dia que estava! E finalmente, depois da Corrida do Tejo da semana passada, onde senti o corpo ainda muito cansado da aventura de 3 dias nos Açores na semana anterior, estava a sentir-me com mais energia e forte! Não estava a contar com um PBT, pois o meu foco este ano não tem sido velocidade, mas sim distância.
A prova arrancou na pista no estádio, que é sempre um bom começo! Saímos do Parque de Jogos, por Alvalade para a Avenida da República, em direção à Saldanha. Sim, passamos pelos túneis, tanto na ida e na volta, mas confesso que acho que até dá alguma dinâmica ao percurso. O facto de ser ida e volta também tem a sua piada porque acabamos por passar por muitas caras conhecidas, promovendo o incentivo mútuo.
Sentia-me bem, arranquei forte, com a grande Elisabete, com os batimentos sempre em altas. Quando sentia os batimentos a exceder os 180, abrandava um pouco. E fui gerido dessa forma, sem tempos, sem pace, só com o coração. Entretanto a Elisabete arrancou (e fez pódio no escalão!) e fiquei “sozinha” e um pouco desmotivada. Felizmente, rapidamente fui apanhada pela Ana Monteiro e fomos puxando uma pela outra até a meta. A meta também é na pista, o que nos incentiva a acelerar nos últimos metros!
Olhei para o relógio e fiquei muito satisfeita quando vir que este marcava 45 minutos, seria claramente um PBT. Só que não! A prova não foi 10.000 metros, faltavam 600 metros… Foi pena. Na zona da meta encontrei vários amigos na mesma situação. Espero que a organização para o ano tenha mais cuidado com a distância exata do percurso para evitar este tipo de situações.
No final, o belo do gelado! Tão bem que soube. Não há medalhas para todos, só para os primeiros três de cada escalão, o que, pessoalmente, acho muito bem, pois só ligo a medalhas de provas maiores, mas é uma questão de opinião.
A prova serviu para testar algum material novo. Usei os novos calções de trail da Kalenji e adorei o espaço para arrumar o telemóvel, na cintura dos calções. No início estranhei, mas rapidamente me esquecia que levava o telemóvel às costas! À nível de calçado, levei pela primeira vez os Kiprun KD Light à uma prova e correu muito bem. São realmente “light” (review em breve, aqui no blog)!
Foi, mais uma vez, um evento muito lindo. De facto, a corrida é uma modalidade para todos. Para todas as idades e para todas as pessoas, tenham ou não necessidades de saúde especiais. Todos os participantes estavam super sorridentes e entusiasmados com a corrida. Foi realmente inspirador. O desporto, e em particular a corrida, é para todos, em grande parte, graças a pessoas como o Jorge Pina. Obrigada, Jorge!