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Correr na Cidade

Lesões na corrida. De bestial a besta!

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Quase um ano sem correr em condições. Doze meses nos quais a corrida se tornou um prazer que vejo apenas na cara dos outros. Já desisti e já voltei a tentar correr, e já desisti novamente. Já não me sinto corredor. Estou farto, fustigado de colocar o verbo correr no pretérito imperfeito. Porque é assim mesmo que me sinto: imperfeito.

Nem 10 quilómetros? Nem trinta minutos para combater a barriguinha que teima a aparecer? Uma leve corrida para suar ou até sentir aquele gosto de sangue que nos vem à boca quando corremos com muita força? E as saudades dos cheiros do mato? Da terra molhada e da lama nas canelas? Das viagens com os amigos? Das provas apontadas meses antes no calendário. 

Tudo isto está arredado lá para um cantinho do cérebro que teima em surgir de quando em vez. E não, não é para ter pena. Porque em parte a culpa é minha. Tantos meses e o que fiz para contrariar? Muito pouco. No princípio do ano com a ajuda da Sara Dias a coisa melhorou bastante. Houve uma altura que estava bom, livre e recomecei a correr. Mas uma escorregadela num dia de chuva, em cima daquela coisa inenarrável a que chamamos de calçada portuguesa, deitou tudo a perder.

Agora, passados uns meses é o meu golpe final. Uma bateria imensa de ecos e raios X. Alguma coisa há de ser decidida. Ou ir à faca ou paragem completa e nunca mais pensar nisto, ou (fisio)terapia para voltar a fazer umas corridas. Não espero voltar a grandes distâncias. Mas se conseguisse, um dia, fazer uma Meia Maratona, sei que ia gostar muito. Mesmo muito.

Lembro-me de há uns anos no programa da RTP Running ter dito, entre outras citações melosas, que me via correr até ser velho e até não poder mais. Que a corrida em mim era algo intrínseco. Vamos lá ver então se sim ou não. Espero dar boas notícias daqui a umas valentes semanas. Quem sabe ainda nos cruzamos por aí com aquelas roupas que só nós, corredores percebem para que servem. Ou não. 

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