De volta à Guarda para a Etapa da Volta 2021
Passaram 2 anos desde a última edição da Etapa da Volta, na Guarda, e voltar à Guarda 2 anos depois foi um misto de emoções.
Se por um lado acho que experiências felizes dificilmente são repetidas da mesma forma, por outro, tanto eu como o André queríamos voltar a experienciar o que vivemos há 2 anos.
Mas, como uma receita que é feita com os mesmo ingredientes por pessoas diferentes dá pratos diferentes, a experiência deste ano foi igualmente diferente, mas não menos feliz, apenas diferente.
Tendo em conta as medidas, necessárias, devido à situação pandemica, houve procedimentos e alterações de última hora que podiam ter sido melhor comunicados mas o mais importante para todos estava lá, o podermos voltar a pedalar juntos pelas nossas bonitas estradas e desfrutar do que o nosso país tem de melhor.
Na edição deste ano havia cerca de 800 participantes, pelo que houve 2 partidas a dividir os participantes em 2 pelotões, uma às 10:00 e outra às 10:30.
Em cada partida houve separação por cores em varias boxes, algo que fez todo o sentido, não fosse a maior parte dos participantes não perceber o critério de separação ou porque isso não estava claro nas informações.
Num evento que se realiza em Agosto, acho que a hora de inicio é demasiado tardia, sobretudo quando a parte mais desafiante do percurso é no final e a temperatura, como é normal nesta altura do ano, está alta. Penso que o arranque nunca deveria ser depois das 09:00, para salvaguardar os participantes mais lentos de fazerem toda a subida final já pela hora de almoço.
O percurso teve 2 partes bem distintas, a primeira até ao abastecimento, aos 43Km, com muitas descidas bem divertidas e um percurso rápido e muito bonito, e uma segunda parte bem desafiante com a subida longa até à meta na Guarda. A partir do Km 53, mesmo no inicio da longa subida final, iniciou-se a roda livre, para a classificação final da vertente competitiva do evento.
Eu que adoro subir, e adoro aquela subida longa, adorei a primeira parte bem rápida, e até passámos junto do hotel onde estávamos onde estavam as nossas companheiras que nos tiraram a foto acima.
O abastecimento aos 43 Kms contou apenas com líquidos, água e isotonico, informação também dada tardiamente no dossier do atleta na véspera da prova, algo também a melhorar.
Felizmente, e porque há gente boa e de coração grande, e vem para a berma da estrada apoiar quem vai na estrada, tivemos direitos a 2 abastecimentos líquidos, mas com cevada da boa :)
Para quem acha que este tipo de abastecimento não combina com a atividade desportiva, revejam o nosso artigo acerca dos benefícios da cerveja na corrida, também serve para o ciclismo :D
O local da meta na Guarda é emblemático e como podem relembrar, o André lembra-se bem de como a foi atravessar em 2019.
São cerca de 500m finais em paralelo, com uma autêntica parede de 200m no final para passar a linha de chegada. Não há ciclista que queira pedalar mais 1 metro depois da meta até recuperar o folego.
Felizmente depois da meta pudemos contar com água e recuperador.
Este ano não participámos no almoço da prova, então decidimos voltar a pedalar em modo recuperação para o hotel, felizmente quase sempre a descer novamente até lá.
E assim foi mais uma participação na Etapa da Volta, evento que tanto gosto e pretendo continuar a realizar nos próximos anos, seja onde for, e com a esperança que sem pandemia para que o convivio ainda seja mais e melhor.
À organização deixo os Parabéns pelo desafio de organizarem com qualidade e segurança tanto a Etapa da Volta como toda a Volta a Portugal em bicicleta e o apelo para que tratem da comunicação aos participante de todas as formalidades com antecedência, antecipando também a hora de começo do evento para uma hora mais cedo para irmos mais fresquinhos.
Até 2022!