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Correr na Cidade

Confirma-se a São Silvestre da Amadora é épica!

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Comecei a correr em 2013 e foi então que corri a minha primeira São Silvestre. Foi a São Silvestre de Lisboa. Lembro-me bem. Amei correr à noite, no centro da cidade que adoro, iluminada pelas luzinhas de Natal e com um público bem presente. A energia da multidão foi incrível. 

Este ano, decidimos apostar forte nas São Silvestres. Começamos logo dia 1 de Dezembro com Corroios, passando pelo GP de Natal e a São Silvestre de Lisboa. O remate final foi a nossa primeira participação na mítica São Silvestre da Amadora dia 31 de Dezembro. Já tínhamos ouvido falar muito bem desta prova, no que toca à sua excelente organização, mas principalmente devido ao grande envolvimento do Amadorenses que aplaudem os atletas com um enorme entusiasmo. E sim, confirma-se! A São Silvestre da Amadora, foi sem dúvida das provas que mais gozo nos deu em 2019.

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Dia 31 é aquele dia em que se trabalha a meio gás e à tarde, só nos apetecia ficar em casa, na preguiça, em vez de enfrentar o frio e sair de casa às 15h30, para levantar até às 16h e correr às 18h. Mas, na expectativa de uma prova mega divertida, ignoramos a preguiça e a dor nas pernas (da SS de Lisboa, e dos 2 treinos que fizemos entre a SS de Lisboa e a SS da Amadora), e rumamos à Amadora. Estacionamos ao pé do Lidl e fomos levantar os dorsais. O ambiente já estava muito animado, pois estava prestes a começar a corrida da pequenada. Fomos muito bem recebidos e o kit do atleta foi uma agradável surpresa! Além de uma t-shirt muito gira, incluía uma garrafa de espumante e até passas! 

Ficamos então a assistir à corrida da pequenada e depois fomos lanchar. Nada melhor do que um lanche que adoro mas como muito raramente: café, leite Ucal e torrada em pão de forma. Sim, nem sempre cumpro as ordens da nutri Ana Guerra :p mas felizmente, desta vez, até resultou bem!

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Estava fresquinho quando nos dirigimos à zona da partida, mas decidi ir apenas de t-shirt porque acho mais confortável e confiava que o público nos iria aquecer! E assim foi! Tínhamos submetido um diploma de uma prova onde tivéssemos feito menos de 45min para podermos começar no bloco de partida do sub45. Assim, conseguimos arrancar logo a 4:30 e tentar manter essa média, ou menos, ao longo dos 10K.

Tinha 3 objetivos:

  1. Divertir-me e desfrutar de cada passa nesta festa de atletismo
  2. Fazer jus ao bloco de partida e fazer menos de 45min
  3. Ficar no top 25 das mulheres, pois nesta prova há prémio monetário para os 25 primeiros homens e mulheres a cruzar a meta. Dados que na SS de Lisboa fiquei em 50a e havia muitos mas muitos mais participantes, ficar no top 25 na Amadora, era uma possibilidade.

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Tinha-me esquecido do relógio, e tão bom que foi! Normalmente, nem costumo olhar muito para o relógio, mas correr sem relógio é realmente uma experiência fixe. O Xiko foi a minha lebre, e decidi simplesmente, correr “no limite”, durante os 10kms. Sabia que assim provavelmente iria fazer 43-45min. 

Sobre o apoio do Amadorenses, confirma-se: há muitas, mas muitas palmas! E como gosto de palmas, fiz grande parte da prova com as mãos no ar, a puxar pelo público, gritando “Amadora é linda”. A resposta foi incrível! Muitas palmas, apitos e palavras de incentivo! Os kms passaram “a correr”. 

A prova não é propriamente fácil, começa-se logo por uma subida grandinha, sobe-se cerca de 80m em 2 km. No entanto, esta subida quase não se sente, pois somos levados por uma onda de palmas e palavras de incentivo que nos faz viver o “quem corre por gosto não se cansa”! Depois, uma grande mas gradual descida, sempre com muito apoio até ao km 5,5. Aqui, numa zona mais periférica, há menos apoio, menos luzinhas e uma subida relativamente acentuada de cerca de 500m. Ia quebrando, senti o cansaço acumulado nas pernas, respiração ofegante... Felizmente, quando não aguentava mais e ia dando os primeiros passos de caminhada, ouço uma bela surpresa: uma banda a meio da subida! Vamos lá voltar ao ritmo de corrida e aproveitar a batida dos tambores para reganhar força! Que excelente ideia da organização, posicionar esta banda maravilhosa neste lugar. E houve mais 3 ou 4 pontos de música, ao vivo e não, ao longo do percurso. Foi uma verdadeira festa!

Havia tanta gente na rua a apoiar e a desejar bom ano que até houve um troço onde o público criou uma espécie de túnel, onde passei a correr de braços abertos dando high-fives aos dois lados em simultâneo. Foi épico. Ao escrever isto, volto a arrepiar-me. Senti-me a rainha da prova, como se estivesse em primeiro lugar. Ainda hoje estou radiante. 

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No que toca aos meus objetivos acima descritos, os primeiros 2 foram claramente superados (podem ver o meu Strava aqui). Sobre o objetivo do TOP 25, não vão acreditar, mas os resultados provisórios indicam que fui a 26a mulher a cruzar a meta. Nada de prémios para mim este ano, portanto. E ainda por cima fui ultrapassada por uma menina a uns 300m da meta e não consegui recuperar, por mais que o Xiko puxasse por mim (talvez se soubesse que ia em 26a, sim eheheh). Enfim, será uma boa razão para voltar a tentar em 2020.

Para quem gosta de provas com apoio, venham experimentar a São Silvestre da Amadora. É imperdível. Em 2020, lá estaremos! Muito obrigada à organização e a todos os amadorenses que nos proporcionaram estes momentos inesquecíveis.