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Correr na Cidade

Como é correr 65km nos Açores

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Correr nos Açores é o arquétipo da perfeição

O pináculo da criação.

Podia ser este o refrão de uma ode ao Azores Trail Run.

Tive a sorte de regressar ao Faial para participar nos 65 km da Ultra Blue Island, prova organizada pelo Azores Trail Run e que contava igualmente com provas de 118km, 42km, 25km e 11km.

Foi o meu regresso aos Açores e mais especificamente ao Faial, 2 anos depois de ter participado no Triangle Adventure, outra grande experiência que já relatei no blogue. No Correr na Cidade temos a sorte de já vários de nós termos corrido nos Açores e no Faial, podem por exemplo ler aqui o relato da Bo.

Regressando a 2019, os Açores têm todos os ingredientes necessários a uma grande experiência, bons trilhos, uma organização fantástica que pensa em cada pormenor, um povo cativante e que vibra com os atletas e boa comida. Juntando tudo isto o resultado só pode ser fantástico.

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Aproveitei a prova para gozar uns “merecidos” dias de férias, conhecer melhor o Faial e até deu para num dos dias ir até ao Pico, alugar uma mota e percorrer uma estrada fantástica ao longo da costa parando nas várias praias e piscinas naturais que ia descobrindo. Uma aventura que vale a pena. 

Os 118k arrancaram no dia 24 de maio às 22h00 e os 65k começavam no dia seguinte às 05h30 em Porto Pim, mesmo na cidade da Horta. As restantes provas iam começando ao longo do dia 25 de maio, e uma das características que mais gostei foi que todos os percursos se iam juntado gradualmente e íamos encontrando vários atletas de todas as distâncias. Uma ideia original e que achei interessante.

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Depois dos 50km do Piodão a minha preparação tem sido sobretudo efetuada à base de 5 treinos semanais de crossfit e 2 treinos de corrida, um de rampa ou séries e outro mais longo. Estava por isso um pouco apreensivo com a distância pois já não corro mais de 50km há vários anos.

A prova correu maravilhosamente bem até ao abastecimento da levada-Cedros, km 45,8km. A partir daí foi sofrer, às vezes muito, e a gerir o cansaço cada vez maior. Mais uma vez a falta de energia “tramou-me” e apesar dos géis da GU terem feito o seu trabalho de forma exemplar faltou-me um pouco mais de nutrientes para aguentar até ao fim. Talvez treinar mais corrida também fosse ajudar mas já não vale a pena pensar nisso agora. Fica a ideia para a próxima. 

Os 65k arrancaram às 05h30, numa noite espetacular. O percurso teve de tudo e foi muito bem planeado, depois de ver as restantes provas penso que esta é a mais equilibrada e ideal para quem se quer aventurar em distâncias maiores. Os trilhos no Faial são lindos, com paisagens fantásticas, subidas duras e uma coisa que adoro dão para correr. Algumas provas apostam cada vez mais em percursos muito técnicos e complicados em que é difícil ou quase impossível correr, pois bem nas provas do Azores Trail Run as provas estão pensadas para o corredor. E claro, penso que é caso único no mundo, subir a um vulcão e ter a oportunidade de dar a volta completa a uma caldeira com paisagens deslumbrantes, desde que se tenha sorte com o tempo.

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Em termos de equipamento utilizei as sapatilhas que mais confiança me dão, as Brooks Cascadia 12, umas meias stance e a mochila da Salomon Ultra 3l cheia de géis da GU.

Adorei a prova e quero regressar aos Açores brevemente para descobrir novos trilhos e claro desfrutar da fantástica gastronomia local e simpatia dos açorianos.

Para quem ainda tivesse dúvidas o Crossfit ou crosstraining é um complemento fantástico para quem gosta de correr e uma ajuda enorme no reforço muscular, essencial para evitar lesões. 

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