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Correr na Cidade

A Corrida do Tejo fica-nos na cabeça?

Credito Filipe Gil

Creditos Filipe Gil

Primeiro recusei. Recebi um convite para participar na Corrida do Tejo (pela 6ª vez) mas recusei. Depois de dois anos e meio sem lesões - o que coincidiu com a não existência de provas por causa da pandemia - voltei a ter uma estranha lesão em novembro passado. E por isso, achei que não devia ir. 

Para quem gosta de saber das dores dos outros, a minha lesão é simples de explicar. Numa só frase: o meu corpo não gosta de correr. A minha mente sim, mas o corpo não. Fora isso, juntou-se a falta de alongamentos e sobretudo, para quem tem 48 anos, não compensar a corrida com outros desportos: ginásio, natação ou ciclismo. 

Depois de uns meses de "amuo" com a impossibilidade de não correr - que treta, eu fui dos que criei o CNC e não posso correr??? -  voltei ao ginásio, comprei uma bicicleta e tenho andado a fazer umas belas voltas ora na estrada, ora em gravel, ou a trabalhar a força no ginásio. 

De vez em quando tenho tentado correr mas com esses extras, tenho sentido que a dor não é a mesma. E isso fez-me pensar em voltar a fazer uma prova de 10k. A última foi antes do covid, algures em 2019. 

E não sei bem porquê, voltei a aceitar o convite. E lá decidi ir buscar o dorsal da Corrida do Tejo. Mais uma, prova que falhei poucas vezes desde que o Correr na Cidade existe (2012). 

Mas preveni-me, fiz alguns exercícios na véspera. E levei uma protecção para o joelho. E a coisa correu bem. Não tive dores na corrida - o que é normal - mas o pós costuma ser sempre muito traumático. Mas desta vez, mais de 24 horas depois, nada de especial. 

Na corrida senti-me bem apesar de fora de forma. A dada altura "tive" que andar por uns segundos - o cérebro gritava para eu parar desde o km 2 ... aguentei mais 6 km até dar uns passos.

E irritei-me, lembrei-me dos que não podem mesmo correr, das várias cadeiras de rodas empurradas por verdadeiros super homens que entretanto passavam por, e recomecei a correr novamente. O tempo, o meu, não interessa. Fiquei feliz de no final dar um grande abraço ao Tiago Portugal e ao João Gonçalves que fizeram a prova a voar. 

Estava calor, a organização compensou bem com os chuveiros na prova e o abastecimento. E a animação - confesso que é algo que não sou grande apreciador - esteve lá mas não intrusiva (...o que me irritava aqueles mini concertos da meias maratonas do Rock!!!). Gosto muito de fazer este percurso - ligeiramente modificado este ano e para melhor. 

Agora é um dia de cada vez. Continuar a fazer bicicleta, ginásio, e ir correndo de vez em quando. Contudo, esta Corrida do Tejo tão depressa não me vai sair da cabeça. 

E a vossa? Como foi?

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