27 dias sem correr. E agora?
27 dias sem correr. Ou, por outras palavras em 2019 ainda não corri. E estou-me a aguentar.
Claro, não corro porque estou lesionado. Isto porque, desde outubro que uma dor começou a surgir no joelho esquerdo. A mesma perna que parti há ano e meio.
Depois de várias tentativas de descansar-correr- dor na perna - voltar a correr - descansar e por aí fora, a dor começou a intensificar-se e cheguei a um ponto que não conseguia dobrar o joelho. Decidi que o melhor mesmo era parar (é uma perna com material dentro do osso, e nestas coisas temos de prevenir). Parei de correr mas não deixei de fazer exercício físico.
Aproveitando as resoluções de ano novo, decidi inscrever-me num ginásio para fortalecer as pernas. Aliás, era isso que devia ter feito depois dos quase cinco meses de fisioterapia pós-operatória. Na altura, decidi voltar logo a correr e, se calhar, devia tê-lo feito em conjunto com reforço muscular.
E cá ando, tranquilo, a treinar o core e as pernas para que estas aos pouco comecem a ganhar massa muscular e possa voltar à estrada/trilhos.
Lembro-me que da primeira vez que isto me aconteceu, desesperei. Andava stressado. Não me consegui concentrar. Acho mesmo que fiquei meio depressivo a ver os outros correr.
Hoje em dia, nada disso (felizmente) acontece. Aprendi a viver como corredor que se lesiona frequentemente, e muito mais do que deseja (tem a ver com a minha biomecânica e falta de força nas pernas).
Tenho tido a ajuda a Sara Dias que me tem “guiado” em mais uma lesão. Em breve, sem pressas, volto à estrada. Com as pernas mais fortes - e mais magro, e com o core mais forte. Afinal, nem tudo é mau numa lesão.