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Correr na Cidade

Descobri a “minha” modalidade: SwimRun

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Foi no passado domingo, na Praia Fluvial de Monsaraz, que se realizou o SwimRun Portugal Series - Alqueva. O Tiago e o Nuno já haviam experimentado esta recente modalidade, que chegou a Portugal o ano passado, na Arrábida. Na altura, o Tiago falou com o organizador para vos explicar um pouco melhor no que é que o SwimRun consiste e o Nuno relatou a sua experiência aqui no blog.

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Fiquei super entusiasmada com o feedback dos dois. Correr e nadar na natureza, intercalando as duas modalidades várias vezes parecia-me um desafio brutal! Foi por isso que o Nuno e eu nos inscrevemos no SwimRun do Zêzere o ano passado mas este acabou por ser cancelado devido aos incêndios. Desta forma, ficamos automaticamente inscritos na versão deste ano. Aí, como não estávamos preparados fisicamente, decidimos pedir que adiassem a nossa inscrição para a edição do Alqueva em Maio. E ainda bem que o fizemos, pois não imagino fazer uma prova destas com frio!

 

Foi então, depois de semanas a correr em estrada e trilhos e a nadar pelo menos 1x por semana, que no sábado nos dirigimos em direção ao Alqueva. Se estávamos fisicamente preparados não sei bem, até diria que não, principalmente com as alterações last minute ao percurso. No entanto, loucos como somos, inscrevemo-nos no Standard, com uma distância de 25km no total com 4 a nadar e 21 a correr, intercaladamente, com cerca de 10 transições. (10 transições? Sim, nada-se de ténis e corre-se de fato, é verdade!) A outra opção era o Sprint com cerca de 10km e 5 transições. O Sprint pareceu-nos pouco desafiante, mesmo sendo a primeira vez nesta modalidade para mim e o Xiko. Então decidimos arriscar e fazer o Standard.

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Os 25km seriam desafiantes, principalmente para quem não tem experiência a nadar em águas livres. Dos 4km a nadar, a distância maior seriam 1300m. OMG! 1300m a nadar non stop em águas abertas?! Sim, decidimos arriscar. Fiz vários treinos na piscina e um treino no mar e senti-me bem e a ideia de numa barragem a água ser mais quentinha e calma era confortante.

 

Uma das características do SwimRun é que existe a opção de fazer a prova em duplas, do mesmo sexo ou mistas. Decidimos abraçar esta oportunidade e eu fiz equipa com o Nuno e o Xiko com o Tiago. Pois eu e o Nuno éramos ligeiramente mais fortes na natação e o Xiko e o Tiago claramente na corrida. A ideia das duplas é irem sempre juntos e partilham apenas um chip. Isto gera um espírito de equipa, como é óbvio. Nalguns países onde também se pratica o SwimRun, as duplas até vão presas com uma espécie de elástico entre si.

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Eu e o Nuno tínhamos perfeita noção de que iríamos penar à séria ao longo dos 25km de prova previstos. E, com um tempo limite de 5 horas, nem sabíamos se iríamos concluir a prova. Na verdade, preferíamos desistir ou sermos desqualificados por não cumprir o tempo limite da prova dos 25km do que fazer a prova dos 10km e cruzar a meta com a sensação de “quero mais”. Foi com esse mindset que nos inscrevemos nos 25km. Vamos desafiar-nos e ver até onde conseguimos ir, em dupla.

 

É interessante ver que a maioria dos participantes (apenas cerca de 120) são triatletas. Penso que poucos eram “do trail” como nós. Foi giro ver que para eles a parte desafiante eram os trilhos “técnicos” (básicos para nós) enquanto para nós, a maior preocupação era a natação.

 

Posso adiantar já que parece que encontrei a “minha” modalidade. Adorei a combinação do “Swim” e do “Run”. Aproximar-nos mais da natureza, é difícil.

 

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