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Correr na Cidade

Review: Skechers Gorun 5

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Quando cheguei da Tailândia, onde tive a oportunidade de gastar os meus queridos Skechers Gorun Ride 4 até não dar mais, estava a precisar de uns ténis novos de estrada. Foi então que fiquei muito feliz com o lançamento destes Skechers Gorun 5 como podem ler na Preview.

 

Esta review vem super atrasada mas é por um bom motivo. As sapatilhas eram tão boas que nem tive tempo para escrever sobre elas ahaha. Na verdade não é essa a “desculpa”, é o facto de profissionalmente estar numa altura de muita carga.


Desde que voltei da Tailândia, há 5 meses, não me recordo de correr em estrada com outras sapatilhas que estas maravilhosas Skechers Gorun 5. Na verdade já vão com uns bons 500km! Penso que maior elogio seria impossível.
O Luís Moura fez uma review por vídeo e a minha opinião sobre estas “pantufas” segue por escrito.

 

Vídeo do Luís: 

 

Review da Bo:


DESIGN & CONSTRUÇÃO

Os sapatos mais lindos e confortáveis que já tive. É preciso dizer mais? ;)

 

ESTABILIDADE & ADERÊNCIA

Nada a apontar nesta seção, é uma sapatilha estável e com uma boa aderência. Na minha opinião, a Skechers é das melhores marcas no mercado em termos de aderência. Mesmo em calçada molhada e até em trilhos, estas sapatilhas deixam-me muito confiante. De facto, segundo a marca, “a sola Parametric Web, de grande leveza, durabilidade e flexibilidade, proporciona tração em diversas superfícies”.



CONFORTO

Tal como os outros modelos da Skechers, considero este modelo uma sapatilha que tem boa qualidade de materiais e isso releva-se no conforto. São ténis super confortáveis, desde o primeiro treino aos de hoje, uns 500km depois. Nada de bolhas, nada de fricções. É daí que chamo estes ténis de “pantufas” :)


Segundo a marca, “o upper GOknit, visualmente sem costuras, proporciona grande apoio, conforto e transpirabilidade, enquanto as tiras de suporte interno dão estabilidade e ajuste. A língua Air-Mesh contribue ainda para uma maior respirabilidade e comodidade do pé.”


Esta sapatilha diferencia-se pelo “Quick Fit” na traseira da sapatilha o que torna o ato de calçar e descalçar mais rápido e fácil.

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AMORTECIMENTO

Para mim os Skechers Gorun 5 são o equilíbrio perfeito entre amortecimento e minimalismo. São super levesm, com apenas cerca de 212 gramas, para um modelo de referência masculino, tamanho 42,5. Os Skechers Gorun 5 têm um drop de apenas 4 mm.


A entresola com 5Gen fornece o amortecimento adequado. Também a tecnologia Mid-foot Strike promove uma passada mais eficiente e menos prejudicial para as articulações.



PREÇO

Este modelo está disponível a partir de cerca de 100€ (vejam aqui na Deporr ou nas lojas Skechers) o que considero um excelente preço. Na verdade, até pondero comprar mais um par para mim :)



AVALIAÇÃO FINAL:

Concordo com o tag da Skechers em relação a este modelo: “LEVEZA, FLEXIBILIDADE E REATIVIDADE NUMA SÓ SAPATILHA”. Foram os melhores ténis de estrada que já tive e também os mais giros! O que mais posso pedir!?


Design/Construção 19/20

Estabilidade e Aderência 18/20

Conforto 20/20

Amortecimento 17/20

Preço 17/20

Total 90/100

 

Palmela Run – a corrida solidária e ideal para principiantes

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O kit original - estas toalhas dão imenso jeito

 

Há já algum tempo que não corria numa prova oficial, ou melhor, há já algum tempo que não corria. Sim, as desculpas são sempre as mesmas: a falta de tempo, o calor, não apetece, etc. Mas não quis deixar de participar na prova Palmela Run, não só por ser uma prova relativamente fácil (quando comparada com outras provas) e por ter um caráter solidário.

No sábado, o calor deu alguma trégua e o tempo adivinhava-se fresco para esta prova. Já conheço um pouco da cidade e não foi difícil chegar até lá e estacionar. Perto do local da Partida, reparei que o ambiente era de festa e o levantamento dos dorsais foi (novamente) dos mais rápidos que tive. Tentei reconhecer algumas caras conhecidas do mundo das corridas, mas não reconheci ninguém. Achei estranho, mas compreensível.

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Chegámos cedo...

 

Para mim, esta prova serviu para testar os Berg Jaguarundi noutro tipo de terreno e dificuldade (o teste final seria no Louzantrail, mas não foi possível) e os produtos da Tailwind (o stick pack sabor natural e o soft flask). Como esta prova era de 12,5 Km, com 400D+ de altimetria, com tempo fresco e com um abastecimento ao Km 7,5, decidi não levar a minha mochila e levei apenas o soft flask com o Tailwind lá dentro. No final da prova conclui que esta decisão foi acertada, pois não tive necessidade de beber ou comer mais nada e corri bem mais leve.

Voltando ao início da prova, o Nuno Abílio fez as honras da casa ao dar o briefing da prova e que, para mim, se revelou muito útil, pois ajudou-me a controlar melhor o esforço durante a prova. Dado o tiro de partida, a prova começava com uma pequena rampa inclinada e depois com uma descida em calçada para nos afastarmos um pouco do centro da cidade. Quem me conhece sabe que adoro estas descidas e costumo apanhar um bom balanço, destacando-me de muitos dos que vão à minha frente. Ao descer com estas sapatilhas na calçada, relembrei-me da sensação de correr com outras (Asics Kayano 21) e na segurança que estas me transmitiam.

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Foto tirada pelo Sr. Tobias Rocha - Fomos apanhados com as novas t-shirts!

 

A prova continuou durante algum tempo em estradas de areia que ligavam algumas quintas da zona e que permitiam esticar um pouco as pernas. Um pouco mais à frente, cruzámo-nos com a malta da caminhada e aí sei que perdi muito tempo: o percurso era uma descida por uma espécie de escadas de madeira, feitas com tábuas que pareciam as dos carris dos comboios. O problema era que, não só as tábuas estavam um pouco afastadas umas das outras, como muitas delas não estavam bem presas. Por isso, este percurso foi feito mais lentamente. Passada esta etapa, apanhámos uma estrada que permitiu voltar a esticar as pernas. Durante este percurso passámos por algumas pessoas que nos deram aplausos de incentivo que souberam mesmo bem.

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Mesmo cansada, não perco o meu sorriso :) 

Chegada ao abastecimento, voltei a juntar mais água no soft flask e comi algumas batatas-fritas. Sabia que tinha comido bem antes da prova, estava bem, não tinha fome e a energia proveniente do Tailwind era suficiente para aquela etapa. Já tinha começado a sentir alguma fraqueza nas pernas e sabia que a parte mais dura da prova vinha já de seguida – a subida ao Castelo de Palmela – e que, segundo o Nuno Abílio, o ideal era subirmos antes de ficar de noite.

Confesso que a subida ao Castelo de Palmela foi dura e feita a passo de caminhante, mas queria reservar alguma energia para a descida até à meta. Conseguimos chegar ao Castelo antes de anoitecer, mas as pernas reclamavam algum descanso. Neste ponto tive a consciência que o problema não estava na alimentação, mas sim na falta de treino. Não tinha nenhum objetivo de tempo de prova em mente, mas gostava de fazer em menos de 2h00. E consegui, apesar de ter perdido mais de 9 minutos nas escadas de madeira.

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Parabéns aos vencedores! 

No final, tivemos direito a um pão com chouriço quentinho que me soube muito bem e um ambiente de grande festa naquele largo!

Esta prova é excelente para quem quer estrear-se em provas de trail ou voltar a estas provas. A organização é muito dedicada e simpática e isso é algo a que eu dou muito valor. O percurso é bonito e a chegada ao Castelo faz-nos lembrar que todo o esforço valeu a pena.

Boas corridas!