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Correr na Cidade

"A Decade On" - um documentário sobre o Western States Race

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A Andrea, a mulher de Brian, é Portuguesa e contactou-me a partilhar uma história inspiradora, que achei que merecesse ser partilhada aqui.

 
Há dez anos atrás, um jovem ultra-corredor de Washington, Brian Morrison, foi para a Califórnia para participar na prova "avô" do ultra trail, o Western States Endurance 100 milhas. Brian assumiu a liderança durante a primeira metade da corrida. Quando entrou na pista em Placer High School, onde a corrida termina, ele desmoronou na pista. Ele conseguiu levantar-se e correr um pouco mais mas caiu novamente. Eventualmente seus pacers ajudaram-no a levantar-se novamente e após mais alguns colapsos, Brian terminou e ganhou a prova.
 
Só no dia seguinte Brian foi desqualificado por ter recebido assistência nas últimas 3 milhas da corrida de 100 milhas.
 
Esta corrida assombrou-o por 10 anos. Brian voltou várias vezes mas nunca foi capaz de terminar a corrida, muito menos chegar perto de ganhar novamente.
 
No verão passado, dez anos depois, Brian voltou ao Western States Endurance e a sua viagem foi filmada pelo Ginger Runner, Ethan Newberry. O resultado chama-se "A Decade On" (uma década depois). O filme foi lançado no YouTube há uma semana e meia.
 
O filme inclui entrevistas com os pacers de Brian: Scott Jurek, Ben Gibbard e Morgan Henderson e com o Diretor do Western States Endurance, Craig Thornley.
 
Segue o trailer e podem ver o filme completo aqui: https://youtu.be/OArKXKj5PeU

 

Sucesso é tropeçar de fracasso em fracasso sem perda de entusiasmo

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Grandes recompensas advêm muitas vezes de trabalho e suor, pelo menos quero acreditar que sim. Mas não era necessário custar, demorar e doer assim tanto, ainda por cima sendo a segunda vez que passo por este processo.

 

Mas afinal de que raio estou para aqui a falar? Do recomeço. De voltar a correr com mais afinco, de deixar de ser um corredor de domingo, sem menosprezo algum, e tentar novamente regressar ao ritmo e forma que tinha em 2015, não era muita mas era bem superior à atual.

 

Mas não está a ser fácil, nada. E eu pensava que desta vez iria ser menos complicado, bastariam dois ou três treinos mais duros e isto voltava aos eixos, mas não. Afinal onde anda a famosa memória muscular?

 

A corrida não é minha amiga e tenho que merecer cada segundo ganho, cada quilómetro alcançado e sacrificar-me quase diariamente para melhorar neste desporto tão duro principalmente na modalidade de resistência.

 

O sucesso desportivo depende em grande medida do nosso cérebro e da forma como encarramos e aguentamos a dor, o sofrimento, o sacrifício e a solidão. O grau de compromisso é proporcional ao nosso treino, quanto mais tentamos mais dispostos estamos a aguentar todas estas privações.

 

Dificilmente algum dia serei um atleta de topo, não tenho os atributos físicos para tamanha façanha, mas balanço a minha pouca aptidão natural com o treino de capacidades psicológicas que são essências em provas de resistência e que me ajudaram a mudar nestes últimos anos.   

 

Este ano decidi, após mais de 12 meses de afastamento, regressar a correr e aos trilhos. Simplesmente porque adoro correr na natureza e tinha saudades de sentir a minha alma carregada depois de correr nos trilhos. Mas um ano afastado é muito tempo e o regresso fácil que almejava não se concretizou.

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Não vou aqui falar de VO2 Max, nem de características fisiológicas essenciais para se ser um corredor rápido e eficiente. Não é esse o meu propósito. Treino, e treino para ficar em melhor forma e o meu organismo adaptar-se, capacidade muscular e cardíaca, e influenciar a minha performance ao reduzir a minha perceção do esforço.

 

O que me têm mantido motivado, apesar das dificuldades, da dor e do sofrimento de alguns treinos, é o compromisso e o medo. O facto de me ter comprometido a alcançar algo grande, ainda que para muitos possa parecer pouco ou mesmo insignificante. Esse compromisso e esse medo de falhar comigo próprio têm sido a minha força motriz, que me levanta do chão e me faz sair do conforto relativo a que me habituei. Sei que ainda não estou pronto e que não terei o tempo necessário para estar a 100%. Mas tenho algum tempo para fazer alguma coisa relativamente à minha falta de capacidade atual.

 

Não tem sido fácil conquistar os pequenos objetivos a que me propus, mas a cada falhanço insisto e tento novamente com mais força.

 

A tolerância para aguentar o desconforto e a minha perceção de esforço tem aumentado gradualmente, mas ainda estão longe do pretendido, mas estou comprometido e não quero falhar.  

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“Sucesso é tropeçar de fracasso em fracasso sem perda de entusiasmo”

 

EGT aqui vou eu!

Vou participar no Estrela Grande Trail e vou ter ajuda!

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No final de Maio vou participar no Estrela Grande Trail. O ano passado também já tive a oportunidade de correr na bela Serra da Estrela, num evento de excelência organizado pelo Armando Teixeira, um dos meus ídolos do trail running nacional.

 

Sabiam que o Armando Teixeira foi treinado por alguém para chegar onde chegou? Sim, o Armando, e muitos outros atletas de trail running de referência em Portugal, foram treinados por um senhor chamado Paulo Pires.

 

Pessoalmente, como nunca ambicionei fazer pódios ou grandes tempos, nunca ponderei contratar um treinador. Entretanto, à minha volta, parece que cada vez mais pessoas que optam pelo treino acompanhado. O Tiago escreveu um excelente artigo sobre os benefícios de ter um treinador. Então pensei que a minha participação no Estrela Grande Trail deste ano merecia um apoiozinho, pois é uma prova muito desafiante em termos de tecnicidade e altimetria.

 

Foi pelo Pedro Luiz que conheci o Paulo Pires, um treinador de UltraDistâncias, UltraTrail, Triatlo, Maratonas. Paulo é licenciado em Desporto e Educação Física pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, FADEUP, na opção de Desporto de Alto Rendimento. Além disso, é mestre em Gestão Desportiva pela Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, FADEUP. Paulo é professor de Educação Física/Desporto e praticou várias modalidadescomo atleta, monitor, e/ou treinador: Atletismo, Natação, Polo-Aquático, Canoagem, Badminton, Montanhismo/Alpinismo.

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Será que vamos apanhar neve no EGT deste ano? 

 

Vamos conhecer um pouco melhor que é o Paulo Pires e como será o meu programa de treinos?

 

Paulo, Há quanto tempo és treinador?
Eu sou treinador desde que terminei o curso da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Estive muito anos ligado à Natação de Competição e há 9 anos que segui o caminho de “TREINADOR” de ultradistâncias em montanha, desafiado pelo Carlos Sá e Carlos Peixoto. Depois Comecei também a trabalhar com o Armando Teixeira, Natércia Silvestre, Leonardo Diogo… e do nosso trabalho começaram a surgir muito bons desempenhos em provas internacionais de referência. Colocamos o ultratrailrunning português no mapa internacional. Com os nossos bons resultados comecei a ser solicitado para orientar para mais atletas portugueses e estrangeiros. Dessa procura surgiu a necessidade de criar plataforma de treino “beAPT”, sistematizando o trabalho que vínhamos fazendo com a Armada Portuguesa do Trail.

 

Quais as modalidades em que gostas mais de ser treinador?
Eu gosto do desafio das ultradistâncias pela planeamento estratégico que envolvem. Pelos riscos que temos que assumir. Mas realizo-me principalmente, a ajudar os meus ultrarunners a concretizar os seus desafios. Sejam eles sedentários que resolveram mudar de vida e começar a treinar ou atletas de referência mundial a participar nos desafios mais competitivos. Contudo, até ao momento, há um conjunto de desafios que me marcaram pelas dificuldades que implicaram e pelas emoções que vivemos juntos:

  • o 1º UTMB (2011) com o Armando Teixeira e Carlos Sá.
  • Colocar 2 portugueses na Ronda dels Cims no top10 (Armando Teixeira e Claudio Quelhas).
  • Record de ascensão do Aconcágua com o Carlos Sá.
  • Em 2015 em 11 ultratrailrunners dos nossos presentes no circuito do UTMB (occ, tds, ccc, utmb), todos foram finishers.
  • Haver um sentimento de identidade e de pertença à APT que nos orgulha. Porque primeiro que os treinos, há uma filosofia de vida que nos une.

 

Como funcionam os teus programas de treinos?
Os nossos treinos são desenvolvidos de acordo com uma metodologia própria, resultante de e investigação científica e de anos de uma saber de experiência feito como treinador e montanhista.

 

A quem se destinam os teus programas de treinos?
A nossa metodologia pode ser aplicada a um sedentário que resolve fazer actividade física para melhorar a sáude e perder peso ou a para atletas que buscam rendimentos e desempenhos superiores.

 

Como se diferenciam os teus programas de treinos dos outros que existem no mercado?
A nossa plataforma de treinos (www.beapt.pt) permite prescrever treinos individualizados de acordo com o perfil biométricos do atleta em função do seu objectivo/desafio e nível de rendimento. Os treinos de base aeróbia são acompanhados com um plano de trabalho de reforço muscular (força) e flexibilidade.
Para trabalhar connosco é necessário realiazar/aprensentar um conjunto de exames médicos que atestam da capacidade funcional da pessoa para o nível de treino a que se propõe. Temos também uma preocupação constante na longevidade e saúde dos nossos atletas. Disponibilizamos também um conjunto de serviços complementares na área da medicina desportiva, nutrição e avaliação fisiológica.

 

Nas próximas semanas irei partilhar convosco, uma vez por semana, como está a ser a minha experiência rumo ao Estrela Grande Trail com o programa beAPT Se tiverem alguma dúvida em relação aos programas de treino do Paulo, não hesitem em contactá-lo a ele ou a mim :)

Como não fazer uma Meia Maratona

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Por Filipe Gil:

 

Como não fazer uma Meia Maratona!?


Sei que aqui no Correr na Cidade estão habituados a que vos falem de como devem fazer isto e aquilo em relação à corrida e a viver uma vida saudável. É a missão desta gente fantástica que mantém a melhor informação sobre corrida de Portugal. Como estou de fora (mesmo!) tenho a liberdade para poder escrever coisas parvas.

 

Em primeiro lugar porque já não sou corredor, corro apenas de vez em quando, e quando me apetece - no pelotão a partilhar as dores e alegrias dos corredores anónimos. E em segundo lugar não tenho a pressão de representar uma marca, um nome, uma filosofia de qualidade que é o Correr na Cidade. Assim, por minha conta e risco, avançou com 5 coisas que nunca devem fazer numa Meia Maratona – e que eu fiz. No caso de reclamações ou contradições, eu agora moro aqui, escrevam para lá!


1. Não treinar como deve de ser! Fiz um treino de corrida de 7kms no dia antes da Meia Maratona. E antes, sendo que o antes foi há uma semana e meia ante do dia 19 de março, tinha feito 10kms pelos trilhos de Monsanto. Sabem há quanto tempo não fazia uma Meia Maratona: 3 anos. (No ano passado desisti por lesão). Ainda para acrescentar passei a véspera da prova a jogar basket com os meus putos. Foi mesmo bom!

 

 

 

Review: Kalenji Kiprun SD 2017

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Testado por: Bo Irik

Características pessoais: Passada Neutra, 68 kg

Condições de teste: Treinos de 10 a 17km, algumas vezes com tempo chuvoso

 

Em Janeiro do ano passado estive na Run Blog Camp da Kalenji em Nice onde tive o privilégio de experimentar em primeira mão os Kalenji Kiprun SD 2016. Os Kiprun do ano passado ajudaram-me a bater o meu recorde pessoal aos 10km, recorde que se mantem até hoje (podem ler a minha review final dos Kiprun SD de 2016 aqui).

 

Este ano, assim que cheguei dos meus três meses fora, tinha as sapatilhas Kiprun SD 2017 à minha espera. O modelo que experimentei é o Kiprun SD para mulher que pode ser consultado e comprado no site da Decathlon. Há modelos masculinos e femininos e várias cores disponíveis. A primeira impressão foi ótima e segue agora a review:

 

 

 

Race Report: Trilhos do Paleozóico 2017

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No dia 19 de Março realizou-se uma das provas mais míticas de Portugal, o Trilhos do Paleozóico em Valongo. Se não me engano, o Trilhos do Paleozóico já vai na sua 5ª edição e tem 48km com 2500d+ (apontado pela organização). Desde que comecei esta aventura do trail e corrida (2014) que ando para fazer esta prova, mas por vários motivos nunca se realizou, até este ano.

 

Race Report: 3º Trail de Almeirim - Na Rota do Vinho e da Sopa da Pedra

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É sempre bom voltar onde já fomos bem tratados, e foi por este motivo que voltei a participar no Trail de Almeirim.

 

Em preparação para a primeira Ultra no Piodão, há 2 anos participei na 1ª edição do Trail de Almeirim. Na altura estava num bom momento de forma e fiz a prova a bom ritmo, mesmo desfrutando demais dos bons abastecimentos da prova :)

 

O ano passado não tive oportunidade de voltar a Almeirim como queria, e este ano quando o nosso campeão Stefan disponibilizou o seu dorsal para os 30Km do Trail de Almeirim, mesmo com muito pouco treino, decidi voltar aos trilhos ribatejanos.

 

 

Race Report: Meia Maratona Lisboa 2017 - A walk on the memory lane

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Este ano retornei à Meia-Maratona da Ponte 25 Abril para correr. Sozinho, no meio da multidão, entre conhecidos e desconhecidos. Ir fazer km's sem qualquer segunda intenção. Cansado e com muitas horas de treino em cima nesta semana, a meia fazia parte do plano que tracei há pouco mais de 1 mes atrás.

Continuo a achar monótono fazer 10km sempre em linha reta sem qualquer obstáculo. É muito complicado ocupar a cabeça e concentrar.

 

 

 

New Balance Fresh Foam Zante

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A New Balance é uma marca conhecida pela estética dos seus modelos e utilização de cores fortes. Além da continuação da aposta no seu recente modelo Fresh Foam Zante, que já vai na versão 3, a marca apresenta uma nova coleção de têxtil D2D Run. A coleção D2D resulta de uma pesquisa avançada feita através da Data to Design. Os tecidos permitem maior amplitude de movimento e estão preparados para o processo arrefecimento natural do corpo.  

 

O meu GPS anda maluco?

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Por Bruno Tibério:

 

Um dos seguidores do blog perguntou "porque razão ao correr com amigos as aplicações mostram valores diferentes mesmo tendo ido os dois lado a lado" e eu fui chateado pela malta do CnC para responder a esta questão.

 

É o que vou tentar explicar na óptica de utilizador e baseado na minha experiência com sensores do mesmo género. Sendo que a conversa pode tornar-se demasiado chata para alguns, deixo aqui a versão TL,DR ou se calhar de forma mais adequada "Demasiado nerd, não vou ler".

Na primeira parte irei falar sobre mesmo ficheiro de dados enviado para várias aplicações e na segunda irei mostrar a comparação entre os ficheiro sem tratamento, o Strava, e um gps de gama profissional.

 

 

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