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Correr na Cidade

New Brief on the Blog!

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Foi há 6 meses que enviámos por e-mail a primeira CnC Brief, como tão bem descreveu na altura o Filipe "Uma espécie de curadoria de assuntos de corrida. Com novidades, tendências e um resumo do que se tem escrito e falado de mais importante sobre corrida."

 

Em cada semana temos falado "ao ouvido", de uma forma mais intimista, aos subscritores desta newsletter, mas achamos que o podemos fazer de uma melhor forma como chegamos todos os dias a quem nos lê aqui no Blog.

 

Assim, a partir de agora a CnC Brief continuará a ser feita aos Domingos, aqui, no sítio do costume.

 

Esta semana tem sido algo complicada e diferente para mim, fui operado na segunda-feira, correu tudo bem, e a recuperação será algo demorada. Assim, volto a um ciclo que vivi nos últimos 2 anos, treinar com afinco e concretizar algumas provas durante alguns meses, e depois ter de parar abruptamente, os últimos 2 anos com lesões e agora para esta intervenção.

 

Não é fácil lidar com estas paragens! Para quem gosta de desporto, e vive este mundo da atividade desportiva com tanto entusiasmo estar em casa sossegado não é o melhor dos cenários. Mas desta vez sei que é para melhorar a qualidade de vida e daqui a umas semanas retomarei os treinos, voltando ao treino base, e os objetivos a médio prazo já existem, qualquer dia conto-vos tudo.

 

Hoje estou aqui para resumir um pouco o que foi a semana no Blog, uma semana que segui atentamente também como leitor e em que aprendi bastante.

 

Ficámos a saber pelo Filipe um pouco dos benefícios de correr descalços e do importante que é avaliar a forma como corremos, não só para melhorar a nossa performance mas sobretudo para não pormos em risco a nossa integridade física quando o fazemos incorretamente.

 

A corrida em estrada é aquela por onde quase todos começamos, e a Liliana trouxe-nos a review dos Skechers GoRun Strada W, um modelo idealizado para os treinos e provas em estrada. E foi na estrada, na Meia Maratona de Madrid que a Joana aprendeu uma lição, uma lição que todos deveremos aprender.

 

Mas depois de correr em estrada, correr nos trilhos começa a ser o fascinio de muitos, onde me incluo. O Tiago esta semana deu-nos algumas dicas sobre corrida em trilhos, e seja para quem está a começar a fazer trail ou já faz, são dicas excelentes. Excelente na minha opinião têm sido os modelos para Trail que a Merrell tem lançado no mercado nos últimos 2 anos. Eu já experimentei alguns e sou fã, agora está a ser a vez da Sara uns Merrell, e esta semana tivemos direito à preview dos AllOut Terra Light.

 

Seja em estrada ou nos trilhos, continuem a correr, e venham correr connosco! Nas próximas semanas temos treinos ideais para quem quer começar a correr nos trilhos e para quem ainda nem sequer corre mais quer começar a correr. Saibam tudo no nosso calendário de treinos para Maio!

 

Bons treinos!

Aprender uma lição na Meia Maratona de Madrid

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Como sabem, o Nuno Malcata propôs-se a um desafio: fazer a Maratona de Madrid abaixo das 4 horas. Existindo provas de 21km e de 10km, aproveitei o incentivo, para regressar aos treinos e a retomar o exercício físico.

 

Quem me conhece, sabe que nos últimos tempos a minha saúde não andou nos seus melhores dias, e no momento em que me propus a fazer a Meia Maratona de Madrid, nem adivinhava o quanto abaixo de forma estaria nesse dia.

 

Tenho estado concentrada no trabalho e afastada do desporto, e o corpo deu sinais que era preciso voltar ao exercício.

 

Não treinei o que devia, mas sabendo que o meu coração estava capaz do esforço, aventurei-me a estar na linha de partida da meia maratona. Sabia que a conseguia fazer, não sabia se conseguia chegar a correr.

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Chegámos a Madrid a tempo de fazer tudo nas calmas. Ir à feira, levantar os dorsais, aproveitar a pasta party, descansar durante a tarde de sábado, preparar o equipamento, e jantar a famosa “massa com atum”, para nos dar hidratos para o dia seguinte.

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Acordámos cedo. A ansiedade sentia-se no prédio. Não éramos os únicos a ir à prova.

 

Estando relativamente próximos da partida, fomos ruas acima e ruas baixo até à retunda do Neptuno onde eu e o Nuno nos separaríamos: ele para o curral 3, eu ficaria no 5.

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E aí começam os nervos a atacar... 40 minutos para o tiro de partida. Os atletas todos vestidos a rigor, tudo pronto para correr.

 

Partida.

«Vamos devagar, tenho tempo, afinal o Nuno vai fazer abaixo das 4h, tenho tempo para ir ver a paisagem.»

 

Passamos pelo Museu de Ciências Naturais, Estádio Santiago de Barnabéu, pela rotunda Europa, pelos Novos Ministérios, e quando vejo o parque do Retiro, já vejo a luz (leia-se a meta).

 

Tal como acontece na Meia Maratona de Lisboa, aos 16km estamos a passar em frente à meta, mas ainda temos 5km pela frente. Contornando o parque entrariamos pela “Calle de Alcalá” dentro do mesmo, e após 1km estaria a meta.

 

Acabou! Consegui! Estou bem. «Tragam-me uns pézinhos novos, se faz favor!» 

IMG_20160424_123442.jpgDurante a prova, fui sendo apoiada por outros atletas, ora pelos portugueses dos Montes Saloios, ora por outra portuguesa que estava lesionada e não pôde fazer a Maratona, tendo feito apenas a Meia, ora por duas americanas, que quase fomos até ao fim juntas, não fossem os meus ricos pés a pedir descanso... O excesso de peso em cima dos tornozelos não ajuda, mas consegui.

 

Tinha avisado que iria fazer o que podia. Estaria ali junto ao carro de vassoura para que os útimos não se sentissem sós, e eles não me deixaram sentir só a mim.

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Não faltaram águas e isotónico para quem os pediu, nem autocarros para recolher quem quisesse desistir.

 

Senti falta de apoio madrilenho. Não sei porquê, mas achei que face às duas Maratonas que acompanhei o Nuno em Sevilha, que o povo lá se envolve mais, e apoia mais os atletas.

 

Não consegui estar na meta para ver o Nuno chegar. Éramos logo “expulsos” da zona de chegada, e mal conseguia estar de pé. Assim que o vi, fiquei mais descansada e feliz por ele ter conseguido ter atingido o objetivo dele.

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Fiquei triste por não ter conseguido treinar o que devia. Aprendi a minha lição. Não fomos feitos para estar apenas sentados à secretária, e a pensar só no stress do trabalho. Se queremos estar bem, e sentirmo-nos bem, temos de dar tempo ao nosso corpo para se exercitar, e “deitar cá para fora” os problemas sob a forma de suor e lágrimas.

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Um agradecimento especial à Adidas pelo apoio que me deu a mim e ao Nuno na preparação e inscrição para a Maratona e Meia Maratona de Madrid.

 

Equipamento:

- Ténis Adidas Ultra Boost v2

- Tshirt Climate Run Tee

- Corsários Ultimate Fit City Adidas

- Meias Compresport

- Relógio Suunto 2S

4 Dicas sobre corrida em trilhos

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Por: Tiago Portugal

  1. Como preparar uma ultra na cidade?

    R: Nunca é simples prepararmo-nos para uma prova de trail morando numa cidade ou numa área com pouco desnível, felizmente, habitando em Lisboa, este problema não se coloca. Mas é sempre possível encontrar soluções para ultrapassar a falta de desnível. Uma das possíveis alternativas é organizar alguns fins-de-semana fora dedicados à preparação, treinos intensos e com muito desnível, positivo e negativo, dando maior enfâse a este último, as descidas. É possível simular desnível positivo através de treinos em bicicleta, metendo mais carga, ou treinando em passadeiras com a maior inclinação possível. No entanto, simular treino de descida é impossível, por isso aproveite cada oportunidade para treinar desnível negativo. Uma das maneiras de adquirir forma é através dos treinos de escadas, subir e descer escadas várias vezes, saltar vários degraus com os dois pés ou ao pé-coxinho é uma forma de fortalecer o trem inferior do corpo.

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  1. Como treinar para uma prova de trail curto, velocidade e desnível.

    R: De forma a progredir e melhorar a performance num trail curto é recomendável efetuar um plano de treinos parecido com os utilizados para as meias-maratonas, existem muitos planos disponíveis na internet, ou em alternativa aplicação da Asics. Como principais diferenças deverá efetuar treinos de subidas, preferencialmente nos trilhos, sessões inicias de 30s a 90s (4 ou 5 vezes) que deverão passar para séries de 3m a 5m a subir, com uma recuperação ativa efetuada a descer até ao ponto de partida, pode também em alternativa efetuar treinos de escadas. Nas sessões longas, fim-de-semana, efetuar treinos até 2h30 preferencialmente em trilhos.  

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  1. Correr com bastões, afinal vale a pena utilizá-los?

    R: A utilização dos batões pode ser uma grande vantagem nas provas em que temos subidas compridas e acentuadas. Em termos musculares a utilização dos bastões pode permitir poupar cerca de 20% da nossa energia nos membros inferiores, o que numa prova ou treino é muito considerável. Nas descidas a grande vantagem dos bastões será para auxiliar na estabilização e dar mais um suporte para nos segurar. Em ultra trails os bastões podem ser uma verdadeira vantagem e uma grande ajuda em termos musculares e energéticos. No entanto, para tirar o máximo proveito da sua utilização é imperativo aprender a utilizá-los e efetuar vários treinos com eles, caso contrário poderão ser mais um entrave em vez de um auxílio.

 

    4. Como gerir o período de treino entre duas provas?

R: Esta questão é sempre delicada de responder pois o tempo de recuperação difere muito de indivíduo para indivíduo e depende igualmente da distância, desnível e intensidade da primeira prova. O recomendável é que após uma prova longa exista um período de 7 a 10 dias de repouso e regeneração. Devemos durante esse período efetuar uma recuperação ativa através da prática de outros desportos como natação ou bicicleta, mas sempre com uma intensidade baixa. É igualmente importante que antes da segunda prova exista um período de 1 semana de relaxamento durante a qual a intensidade do treino é mais baixa. Nesse sentido, se o período entre 2 provas for de sensivelmente 1 mês, teremos cerca de 2 semanas para treinar de forma mais intensa. Importa destacar que os benefícios do treino intenso e a preparação efetuado para a primeira prova ainda se farão sentir durante este período e que a primeira prova servirá também de treino para a segunda. É importante preparar conveniente a primeira prova e respeitar os períodos de descanso e relaxamento de forma a evitar possíveis lesões ou fadiga, recordando sempre que o descanso é uma parte vital do treino.

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Sabemos que Merrell é a marca de eleição para muitos em calçado de montanha, contudo tem ganho terreno em calçado de trail.

 

Como todos sabem Nuno Malcata e Bo Irik são fãs incondicionais da marca, raramente os vemos a correr trilhos sem Merrell nos pés. E quando o tema é sapatilhas, então aí não há hipótese, têm argumentos e mais argumentos para que se experimente. O entusiasmo deles levam à curiosidade e surge a oportunidade de eu testar uns All Out Terra Light.

 

A marca em Portugal só comercializa o modelo de senhora até ao tamanho 40, eu tenho a base do pé larga (não muito comum nas mulheres), a maioria das sapatilhas versão feminina não me servem por serem muito justas em termos de largura. Atendendo a este pormenor, tive de optar pelos All Out Terra Light modelo masculino. Ora as diferença são poucas, as conjugações de cores deixam de ser tão femininas e o molde da base da sapatilha passa a ser mais larga e maior, tirando isso as características são iguais.

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Neste modelo não está presente a meia tal como o modelo Merrel All Out Terra Trail, que evita entrada de pedras. A nível estético estamos presente de um modelo bem giro, pessoalmente gosto muito desta combinação de cores.

Ao calçar achei que são leves e confortáveis, agradou-me a malha superior ser ventilada com o tempo mais quente vai ajudar a não haver pés tão quentes. O que me deixou mais curiosa foi a tecnologia Merrell M-Select® DRY, protege a entrada de água na sapatilha. A biqueira agradou-me imenso por ser reforçada e claro sola Vibram não podia faltar nesta sapatilha.IMG_20160428_172203.jpg

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Outra coisa que fiquei fã da Merrell é o facto de saber que são 100% veganAgora é hora de testar mais intensamente e em breve darei a minha opinião.

Bons treinos.

Devemos correr descalços?

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No domingo passado, dia 1 de maio, para além de se ter comemorado o Dia do Trabalhador e o Dia da Mãe, como sabem, também foi dia de comemorar o Dia da Corrida Descalça, ou seu no termo original: International Barefoot Running Day.

A convite do simpático Sylvain Griot (que muitos se recordarão desta entrevista) encontramo-nos às 10h perto do relvado do Café In, ali para os lados de Belém, em Lisboa. Aos poucos os participantes foram chegando. O Sylvain quebrou o gelo e começou a falar de como descobriu a sua paixão por correr descalço.

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Entre os temas, falamos dos benefícios e da abordagem cuidadosa que se deve ter, dos cuidados, etc. Sim, caro leitor, isto de correr descalço requer uma aprendizagem demorada (cerca de um ano ou mais) por isso se quiser experimentar, façam-no com muito cuidado e de forma progeressiva. Pouca distância nos primeiros tempos e aumentando com calma e gradualmente. E por vezes é necessário regredir um pouco na distância e treinar menos tempo e menor distância do que no treino anterior. Há que ouvir o corpo, neste caso os pés.

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Voltando ao workshop, falou-se da forma de aterrar o pé e da cadência do passo (180 bpm é a frequência mínima aceitável, com velocidades mais rápidas as cadencias podem ir aos 200 ou 210 bpm - e usamos este aparelho na imagem para nos guiar na cadência certa das passadas). Abordou-se ainda a forma como incluíndo o treino descalço no nosso esquema de treinos pode ajudar a melhorar a passada e a evitar lesões. Mas, melhor do que estar a inventar sobre uma coisa que não sei, decidi entrevistar o Sylvain para partilhar um pouco mais sobre o que é isto de correr descalço:

 

No passado domingo comemorou-se o Dia Mundial do Barefoot Running. O que comemora ao certo esse dia?

Existe um website chamado The Barefoot Runners Society  que é simplesmente uma comunidade de pessoas que gostam de correr descalço. Muitos americanos, ingleses, franceses e alemães. E alguns portugueses também. Porque somos minoritários no mundo da corrida, e ao mesmo tempo convencidos dos benefícios da nossa prática, uma vez por ano organizamos o nosso pequeno "Dia Mundial da Corrida Descalça" para divulgar e explicar aos outros corredores o que estamos a fazer. Este ano, houve eventos em 20 países e estados diferentes. Em 2015 na Eslovénia foram 200 pessoas a correram juntas!

 

Organizaste um encontro em Portugal, qual foi o objetivo?

Quis comunicar sobre a importância dos exercícios descalços para aprendermos a correr corretamente, para corrigir a técnica de corrida. Vejo que a maioria dos corredores amadores não sabem correr e sofrem muitas lesões. Quis explicar que a primeira coisa antes de tentar correr uma prova é aprender a correr, e que o pé descalço é o melhor professor para esta aprendizagem. Quero ajudar as pessoas a correr melhor com menos lesões e com mais prazer. Tivemos um evento muito giro, com 18 pessoas. Aprendemos a sentir o chão com a sola dos nossos pés e graças a essas sensações, a corrigir a nossa técnica de corrida.

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Há cada mais gente a correr descalça em Portugal ou ainda é muito residual?

Somos mais de 200 pessoas no grupo facebook "Correr Descalço Portugal". Acho que muitas pessoas gostam da ideia, estão interessadas e acreditam nos benefícios da pratica, mas não ousam fazer o primeiro passo, principalmente por falta de informação, e também se calhar por medo das criticas. Nem sempre é fácil fazer algo que a sociedade não percebe nem encoraja.

 

É um modo alternativo de viver a corrida?

Hoje, 90% do meu treino é feito descalço. Sim, para mim é efetivamente uma filosofia de vida alternativa. A cada treino afirmo que quero viver e sentir o meu corpo de maneira completa. Estou a procura de uma certa liberdade, quero um dia poder afirmar "o meu corpo não precisa de plástico para poder avançar". Mas mesmo sem o aspeito filosófico, sei que todos os corredores deviam fazer pequenos exercícios descalços duas ou três vezes por semana, todas as semanas, para sentir a precisão e a precaução necessárias, e assim desenvolver uma técnica de corrida mais fluida e com menos impactos.

 

Que benefícios trás para os corredores?

A corrida sem proteção obriga a perceber o corpo de maneira mais completa. Descalço, percebemos que as sensações, os sensos, fazem parte da experiência e ensinam a correr de maneira mais inteligente, mais precisa, mais respeitosa do nosso corpo, e mais eficiente também. Aprendemos a corrigir a nossa técnica, a nossa postura, e o nosso comportamento também. Aprendemos a perceber e a respeitar a dor. Aprendemos a respeitar os nossos limites. Aprendemos também a ter um corpo mais relaxado, porque os nervos do pé estão ligados ao corpo inteiro. Outra coisa, a corrida descalça permite de desenvolver o pé de maneira completa: força (músculos), flexibilidade (tendões e ligamentos), resistência (os 26 ossos dos pés). Muitos corredores amadores têm pernas muito fortes e pés muitos fracos, o que provoca um desequilíbrio no corpo e acaba por provocar lesões.

 

É possível fazer treinos descalço e usar sapatilhas nas provas? Ou se corres descalço é para abandonar as sapatilhas para sempre?

Sim, é perfeitamente possível fazer treinos descalços e continuar a correr e fazer provas com sapatos. Scott Jurek explica muito bem que "Barefoot running does not have to be an all-or-nothing approach. Like any tool or training technique, it can encourage positive change and benefit the runner whether it is for performance or injury prevention. This in turn can enhance the running experience". Todas as coisas que vamos aprender com a corrida descalça vão continuar de ser muito úteis quando estamos a correr com sapatilhas. Scott Jurek, Mo Farah, Anton Krupicka, muitos campeões calçados, fazem pequenos treinos descalços todas as semanas para sentir, corrigir e aperfeiçoar as suas técnicas de corrida.

 

Que conselhos dás a quem quer começar a correr descalço?

Começar direitamente em pisos duros, tipo alcatrão. Para sentir e perceber que o piso é duro e assim começar a desenvolver uma reposta menos agressiva, mais fluida e mais respeitosa do corpo. Confiar nas suas sensações. Esquecer qualquer objetivo de distância, de velocidade, deixar o GPS e o relógio em casa. Os primeiros meses, não estamos a falar de "treinos", apenas estamos a descobrir o nosso corpo, pesquisar o movimento certo, sentir, jogar, brincar, aperfeiçoar, as vezes falhar, para corrigir e crescer. E bom começar com sessões de apenas 5 ou 10 minutos no máximo. Correr na praia é fixe, da muito prazer, mas a areia é tão permissiva que não vai convidar a corrigir a nossa técnica. Para quem esta à procura de mais informação, deixo a dica que aprendi imenso com o fantástico livro do KB Saxton, "Barefoot Running Step by Step"  - é o livro o mais inteligente que existe sobre a corrida. Estas duas páginas do mesmo autor são muito interessantes também e resumem bem a ideia da corrida descalça. Convido as pessoas a ler essas os seguintes linke varias vezes para bem assimilar todas essas ideias: aqui e aqui

 

Depois de muita prática os termos técnicos de "supinador", "pronador" corredor de passada "neutro" deixam de fazer sentido?

Efetivamente, a questão da supinação/pronação é um problema que nasceu com as sapatilhas. Pouco a pouco o corredor descalço vai aprender a pôr o pé no chão e a tirar o pé do chão com muita delicadeza, e com alta precisão: sem impacto, sem frição, e sem erros de supinação ou pronação. Apenas uma aterragem subtil seguida de uma decolagem.

 

Na tua opinião, a industria de sapatilhas está “toda errada” ou ainda há marcas a fazerem coisas certas?

O grande campeão Gordon Pirie (Running Fast and Injury Free), explica bem que a sapatilha mais inteligente é a sapatilha mais simples, sem amortecimento, nem drop, nem suporte. Apenas uma proteção entre o pé e o chão para evitar as dificuldades do terreno, tipo vidro, pedras, etc. Para mim o problema maior hoje é o discurso das marcas, da televisão, das lojas. Elas estão sempre a afirmar que a corrida é um desporte com impacto e que necessariamente precisamos de amortecimento e tecnologias para suportar o dito impacto. Temos que mudar de ponto de vista e afirmar o contrário: a corrida com uma técnica correta não provoca nenhum impacto nem nenhuma lesão no corpo. Gordon Pirie correu mais de 340.000 km com sapatilhas ultra minimalistas (Guinness Book of Records do homem com mais quilómetros na sua vida) e nunca teve lesões, porque sempre correu com uma técnica lindíssima. E a melhor ferramenta para chegar a esta técnica correta são os exercícios descalços, para sentir precisamente instantaneamente o que estamos a fazer.

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Ninguém esquece a tua imagem na Meia Maratona de Lisboa, em 2014, que fizeste descalço (e vestido de Tarzan), como tem evoluído a tua corrida desde então?

Corri esta meia maratona apenas um ano depois de ter começado a correr descalço, foi a prova mais rápida da minha vida (1h26m) e deu-me muita felicidade. Mas senti também que isso tudo aconteceu demasiado rapido, e não dei  tempo suficiente ao meu corpo e à minha mente para aceitar e assimilar a sabedoria toda da corrida descalça. Pouco a pouco percebi que tinha que ter menos pressa na realização dos meus objetivos. Já são 18 meses sem nenhuma prova, mas  continuo a treinar de maneira intensa todas a semanas e tenho muitos objetivos na minha mente. :)

 

E que objetivos são esses? 

Depois do verão, gostava de correr a Rota Vicentina, de Porto Covo até Sagres em poucos dias com um amigo meu, descalço quando for possível, e calçado quando for necessário para os meus pézinhos ainda demasiado civilizados.

 

Modelo: Skechers GoRun Strada

Drop: 8mm

Testado por: Liliana Moreira

Características pessoais: Pronadora e 83Kg de peso

Condições de teste: Cerca de 80km percorridos em ambiente urbano, como alcatrão e calçada portuguesa, terra batida e pista de tartan, em vários tipos de condições climatéricas.

 

As primeiras sensações que descrevi destas sapatilhas na preview, de uma forma bastante positiva, mantiveram-se e consolidaram-se. Fora do ambiente de trilhos técnicos, estas sapatilhas têm sido as minhas companheiras de eleição e tem sido na sua leveza, conforto e amortecimento que tenho depositado a minha confiança. Mas vamos lá aos detalhes:

 

 

DESIGN & CONSTRUÇÃO

Esteticamente não acho que sejam as sapatilhas de estrada mais atraentes pela sua forma. As cores são vibrantes e divertidas mas à primeira vista, em termos de estrutura, parecem um pouco “amatacoadas”, com uma biqueira larga e uma sola proeminente que nos faz questionar sobre o seu peso e se serão uma boa escolha para “brincar as séries” numa pista de atletismo.

 

É uma sapatilha cuja forma primeiro estranha-se mas depois entranha-se… os primeiros treinos com elas, sobretudo para quem não está familiarizado com Skechers, podem-se tornar ligeiramente desconfortáveis, mas a realidade é essa amplitude da ala frontal que permite que durante a corrida os dedos dos pés possam expandir livremente como se estivéssemos descalços.

 

O material lateral que conecta com os atacadores é denso, conferindo uma excelente base de suporte para que o pé não ande a deslizar dentro da sapatilha, evitando assim as indesejáveis bolhas de fricção. O upper é feito de uma malha resistente e maleável, em que o contraforte no calcanhar é ligeiramente mais alto e estruturado que a maioria das sapatilhas para conferir mais apoio e estabilidade.

 

O têxtil interior não tem costuras e é suave ao toque. Para quem costuma ter uma passada em que por vezes roça um pé no outro, há de salientar que o têxtil apresentou-se bastante resistente e não deu quaisquer sinais de desgaste. A língua tem uma dimensão equilibrada e não é demasiado espessa mas tem tendência para descair para o lado externo do pé em utilizações mais prolongadas. Por norma foi difícil identificar um equilíbrio ao nível de aperto dos atacadores nesta sapatilha, ligeiramente elásticos mas muito finos e com tendência a enrolarem. Em termos de apresentação, na zona de transição dos atacadores para a topo da biqueira, em pés mais estreitos, há apresentação de excesso de material têxtil no topo da sapatilha, mas que não confere por si só qualquer problema ou desconforto… apenas não fica perfeito.

 

Independentemente se agrada ou não, sem dúvida que captam a atenção!

ESTABILIDADE & ADERÊNCIA

No que diz respeito à estabilidade esta sapatilha, apesar de neutra, tem características de controlo de pronação, permitindo a colocação e estabilização do pé para uma passada o mais natural possível, sem que a liberdade de movimentos seja comprometida. Este controlo é feito em grande parte pela tecnologia M-Strike que promove uma passada realizada com a parte media-frontal do pé que, em consonância com a tecnologia Skechers GOimpulse, proporciona uma experiência de corrida mais ágil.

 

Em termos gerais o maior inimigo da estabilidade nestas sapatilhas diz respeito à escolha do número correcto. Esta sapatilha no nosso número tradicional pode ser ligeiramente mais folgada do que seria desejável. Para minimizar esta questão basta que estejam atentos às tabelas de conversão da Skechers (ver no interior da língua), identifiquem o comprimento do vosso pé em centímetros e escolham o vosso número em conformidade.

 

Em relação à aderência a Skechers Performance promove que esta sapatilha é um modelo todo-o-terreno, eu tomo a liberdade de reformular dizendo que é um TT apenas considerando ambientes tipicamente urbanos. Não encontro características na sola, em termos de rigidez ou proeminência de rasto, que me permitam ter confiança em colocar estas sapatilhas em terrenos como os de Monsanto ou Sintra, sem que o resultado final seja diferente de ter deixado metade da sola pelo caminho. Considero que quanto muito podemos usufrui-las num offroad pouco técnico como estradão em areão. Estas sapatilhas são plenas, confiáveis e cumprem muito bem este segmento em treinos ou provas seja em alcatrão ou calçada portuguesa, mesmo quando molhados. Em treinos de pista são nota 20, agarram muito bem o piso mesmo em pistas já com ligeiro índice de degradação onde a acumulação de poças de água no inverno é recorrente.

 

Para além da corrida, também tive oportunidade de testar estas sapatilhas em treinos funcionais ao ar livre, como os do PIMP YOUR MUSCLES ;) em que por vezes temos de subir e descer algumas elevações em relva molhada, posso sublinhar que tiveram um comportamento exemplar sem quaisquer escorregadelas descontroladas.

 

CONFORTO

Este é um ponto em que, ultrapassadas as primeiras sensações de adaptação ao formato desta sapatilha, as opiniões são consistentes... a maioria das pessoas que calçam sapatilhas da Skechers consideram-nas umas autenticas “pantufas”. As GoRun Strada não são excepção. É uma sapatilha que tem bons acabamentos, de têxtil suave e agradável ao toque, sem costuras proeminentes. A própria palmilha está muito bem incorporada na estrutura da sapatilha sem que sejam evidentes quaisquer rebordos ou rugosidades que possam causar desconforto.

 

Como já referi, o contraforte junto ao calcanhar apesar de ser ligeiramente mais alto que o habitual não causou problemas de mobilidade na zona do tendão de Aquiles e a biqueira sendo efectivamente mais larga que numa sapatilha tradicional, permite que o pé não esteja apertado e sejam naturais e confortáveis todos os movimentos de expansão dos dedos dos pés realizados durante a corrida.

 

Apesar do seu aspecto pouco ligeiro é, na verdade, uma sapatilha razoavelmente leve (284 g no modelo de homem e 234,9 g no modelo de senhora) e maleável, sem que tenha sentido a tradicional rigidez dos materiais da sola enquanto novos.

 

AMORTECIMENTO

Para mim é no resultado dos materiais aplicados na entressola que se encontra o melhor cartão de visita para esta sapatilha. A Skechers denomina de Resalyte o composto de borracha cuja função reside na dissipação da energia resultante do impacto da passada, sem que esta seja transferida para as articulações.

Esta absorção do impacto é bastante relevante para pessoas com algum excesso de peso, como é o meu caso, e na minha experiência tem sido um factor determinante para as continuar a utilizar nos meus treinos. Entenda-se que o amortecimento aqui patenteado não só fornece uma sensação de sola “fofa” e confortável, mas que é igualmente dinâmico e de rápida resposta às mudanças bruscas de ritmo, direcção ou até irregularidade de piso.

 

PREÇO

As Skechers GoRun Strada têm um PVP de 130€ (aprox.) que no meu ponto de vista é um preço interessante para as sensações de conforto, suporte e estabilidade que conferem.

 

AVALIAÇÃO FINAL:

Design/Construção 16/20

Estabilidade e Aderência 17/20

Conforto 17/20

Amortecimento 18/20

Preço 15/20

Total 83/100

 

Em suma, os GoRun Strada da Skechers Performance são uma excelente opção a ter em conta se estão à procura de uma sapatilha leve, com durabilidade e bom amortecimento para acompanhar-vos sobretudo em treinos mais longos ou recorrentes.

A importância de avaliar a forma como corremos

Há cerca de duas semanas fui convidado pela Athletika, uma nova clínica de desporto (que, entre outros conta na sua equipa clínica com o médico e atleta olímpico Arnaldo Abrantes) a fazer uma avaliação técnica da minha corrida. Cada vez mais tenho consciência que devo conhecer os meus erros a correr, sobretudo os técnicos, de forma não só a melhorar a performance como a evitar as malfadadas lesões.

 

Assim, decidimos experimentar a parte do teste feito com câmaras de filmar e fotografar na pista do Estádio do Jamor. Num dia em que a chuva ora vinha ora ia, eu e o técnico biomecânica de desporto da Federação Portuguesa de Atletismo, Paulo Oliveira, fizemos as filmagens para serem avaliadas a posteriori tanto por ele, como pelo fisioterapeuta Ricardo Paulino e, claro, pelo médico/atleta Arnaldo Abrantes.

 

Fizemos três corridas, com um ligeiro intervalo entre elas, em que, de cada vez tive que correr 1000 metros na pista (sendo que cada volta é, como sabem, de 400 metros, por isso…é fazer as contas).Da primeira vez fiz os mil metros a uma média de 4,45 por km; na segunda tentativa baixei e fui até aos 4,30 por km e na última, já cansado e a denotar a minha falta de forma, voltei a fazer mais tempo em 4,40 ao km. Mas foi o que bastou para se gravar e fotografar o que era necessário para a minha avaliação de atleta amador – talvez num atleta profissional tenha de se fazer mais umas quantas voltas à pisa.


Passado pouco menos de uma semana, o simpático Paulo (e restante equipa da Athletika) apresentou-me os resultados desta análise.Talvez tenha de escolher outro desporto porque os erros são tantos que nem sei por onde começar... Fora de brincadeiras, percebo agora perfeitamente porque me lesiono com facilidade. Não tenho a postura correta, tenho "uma questão mecânica" no pé direito, e nem vou escrever o quão incorreto aterro com os pés. Ah, e para não falhar nada, nota-se encurtamentos nas coxas o que, volta não volta potencia a lesão. A nível da passada um elemento importante: "em ambos os passos de corrida verifica-se um ligeiro apoio do tipo supinador". Sendo recomendado o uso de sapatilhas do tipo neutro com palmilha adequada ao apoio. 

 

Depois de terem analisado a amplitude do meu passo, o tempo do passo, a frequência do mesmo e a velocidade média (da perna esquerda e da direita), deu nisto:

1.jpg

Braços:

Tenho uma má definição dos braços e consequente oscilação do tronco (ver imagem acima) o que me faz perder energia. E ainda: os meus braços tanto trabalham de forma interna (junto ao tronco) como externa é isto que me faz balançar. E passei a saber que tenho de aumentar a abertura do braço e do antebraço para um ângulo de cerca de  60º (o aconselhável), coisa que não faço. 

 

2.jpg

 

Joelhos:

Aqui há boas notícias: o joelho são neutros e não apresento risco de lesão. Yes!!!!

 

Pé:

O esquerdo está bem, e não apresentou nenhum comportamento irregular na fase aérea. Já o pé direito….vejam a figura acima. Esquisito, não? E esta brincadeira, segundo a Athletika, coloca-me em risco de lesão sucessivamente (glup!).

3.jpgAspetos técnicos Gerais:

Não aterro o pé nos 2/3 deste, como se consegue perceber pela imagem é com o calcanhar que aterro – e até dói ao ver. Tenho flexão de joelho exagerada – o que denota falta de força. E devia levantar mais a perna livre a cada passo. Para além disso a frequência do passo entre a perna esquerda e direita é diferente, e essa diferença aumenta com a velocidade.

Em termos de avaliação de fisioterapia, e há que ter em conta que não fiz avaliação estática que é mesmo muito importante, mas segundo o fisioterapeuta Ricardo Paulino “apresento uma anteriorização da cabeça e tenho o pescoço em contração". Em suma, para não vos maçar: apresento uma predisposição para problemas neuromusculares como ciatálgias, inflamação dos tendões dos músculos isquiotibiais e fascite plantar! 

Pimba, todo o tipo de lesão que costumo ter. Foi como ir à bruxa!


E agora?

Bem, depois desta avaliação preciosa os responsáveis descansaram-me e afinal não tenho que me dedicar à pesca! – pelo menos por enquanto. Preciso sim é de melhorar a postura e fazer treinos técnicos, se possível com um treinador ou alguém que me possa corrigir a postura.

Confesso que desde que recebi a avaliação, tento perceber a forma como corro, tento melhorar aqui e acolá, ora na passada, ora no pé, ora no grau dos braços. Se está a funcionar, duvido, porque sem uma ajuda mais profissional irei demorar muito mais tempo e nunca irei conseguir o perfeccionismo. Mas estou a tentar.

 

Claro, já estão a pensar, ter treinador acarreta custos. É verdade! É uma opção pessoal. Não posso deixar de sublinhar que mais vale prevenir do que remediar. Tal como nas massagens desportivas, mais vale ter alguém de confiança que nos massage regularmente do que ir apenas quando dói. Por isso, acho que uns meses com a ajuda de um treinador para melhor a técnica podem fazer a diferença. 

 

Não é por ter tido o privilégio de ter sido convidado pela Athletika que o escrevo, mas aconselho a fazerem este tipo de teste. Como me disse o atleta Arnaldo Abrantes os erros técnicos na corrida levam a lesões mas também existem alterações no nosso corpo (e muitas possíveis de serem corrigidas) que podem levar à má técnica de corrida.

E vocês, não têm curiosidade em saber como correm e como podem melhorar alguns aspetos?

Sem excepção, o mês de Maio é para que todos tenham oportunidade de fazer bons treinos... e nós queremos ajudar! Vem daí... Relembramos apenas que os nossos treinos são guiados e não organizados, ou seja, sem seguro colectivo, pelo que cada participante é responsável por si próprio. São treinos grátis em que a boa disposição e a vontade de correr são os únicos pré-requisitos que exigimos!

 

INTO THE WILD
Data: 3 de Maio, terça-feira
Ponto de encontro: Parque de estacionamento do Bairro da Serafina (38.736384, -9.172351)
Hora de Encontro / Partida: 19h30 / 19h45
Distância / Duração (aprox.): 60 min
Tipologia de treino: trail
Não esquecer: sapatilhas de trail (obrigatório), frontal (obrigatório), roupa reflectora, hidratação e telemóvel
Guias Correr na Cidade: Bo Irik e Tiago Portugal
Confirma no Facebook a tua presença!


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Soft Trails 4 Hard Runners
Data: 10 de Maio, terça-feira
Ponto de Encontro: Monsanto - Estacionamento do Penedo
Hora de Encontro / Partida: 19h30 / 19h45
Distância / Duração (aprox.): 10km
Tipologia de treino: trail
Não esquecer: hidratação, frontal e sapatilhas de trail
Guias Correr na Cidade: Sara Dias e Liliana Moreira
Confirma no Facebook a tua presença!


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Beginner’s Luck II
Data: 18 de Maio, quarta-feira
Ponto de Encontro: em frente ao Clube de Padel (nas Docas de Sto Amaro)
Hora de encontro / partida: 19:15 / 19:30
Distância / Duração (aprox.): 5km
Tipologia de treino: estrada, para quem se quer iniciar na corrida
Não esquecer: hidratação
Guias Correr na Cidade: Filipe Gil, Bo Irik e Rui Pinto
Confirma no Facebook a tua presença!

 

 

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Get Back On Track
Data: 31 de Maio, terça-feira
Ponto de Encontro: INATEL - Parque de Jogos 1º de Maio (Av. Rio de Janeiro)
Hora de Encontro / Partida: 19h15 / 19h30
Distância / Duração (aprox.): 60 min
Tipologia de treino: velocidade e/ou técnica de corrida em pista
Não esquecer: hidratação
Guias Correr na Cidade: Luís Moura, Bo Irik e Pedro Tomás Luiz
Confirma no Facebook a tua presença!

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