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Correr na Cidade

Os 10 mais lidos de 2015

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Por Bo Irik:

 

E já estamos no último dia do ano. Foi um ano de altos e baixos para a crew do Correr na Cidade. 2015 foi o ano de estreias em maratonas, ultras e PBTs aos 10km. Paralelamente também foi o ano de meses com lesões ou até afastamento da corrida por tempo indeterminado. Faz parte.

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Entre dicas sobre material, lesões e alimentação e ainda experiências pessoais e outras crónicas, fechamos o ano com os 10 posts mais lidos em 2015:

 

1. Prevenir e tratar a lesão "Pata de Ganso" pela naturopata Sara Dias.

2. O que comer antes de uma Meia Maratona pela nutricionista Ana Sofia Guerra.

3. Supinador, Pronador ou Neutro - ou é tudo uma grande treta? Por Filipe Gil.

4. Ajudar os outros a perder peso, também pelo Filipe.

5. Os novos Nimbus 16 e Cumulus 16 da ASICS.

6. 8 dicas para correr a primeira Meia Maratona por Filipe Gil e Tiago Portugal e testemunhos de outros elementos da crew.

7. Review: Under Armour Speedform Apollo pelo Tiago Portugal.

8. Review: ASICS Gel - Pulse 5 pela Bo.

9. Review: Asics Gel Super J33 pelo Filipe Gil.

10. O disparate de uma estátua para quem corre, uma crítica disruptiva pelo Filipe.

 

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É engraçado que alguns destes posts são de anos anteriores.

 

2015 foi um ano de muitos treinos em boa companhia, por toda a cidade e até Sintra. Foi o ano de 510 000 page views no blog e quase 10 000 likes no facebook.

 

Obrigada a vocês que nos têm acompanhado. Amanhã há mais!

 

Boas entradas!

Coração só temos um, ame-o.

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Por Bo Irik:

 

Este ano não participei na São Silvestre de Lisboa, na qual costumo participar todos os anos. Estava a acompanhar a prova pela net, para saber como vos tinha corrido, até que o Filipe partilhou que “na subida para a rotunda do Marquês de Pombal estava um senhor, novo, deitado no chão a levar massagem cardíaca”. O Filipe ficou impressionado, e muito. Eu não assisti à situação neste caso mas já vi situações idênticas noutras provas e fiquei também com um vazio no estômago. O Filipe partilhou ainda que, “ao passar pelo cenário, nada agradável, estava lá o nosso Tiago Portugal a ajudar o senhor. O Tiago não correu mais, mas se calhar ajudou a salvar uma vida”. O meu objetivo com este texto não é homenagear o Tiago; é sim, acordar-vos para este tipo de situações.

 

É um facto que muitos acidentes cardiovasculares não podem ser prevenidos porque podem não apresentar sintomas, mas também existem casos em que podemos prevenir este tipo de situações. Foi por isso que, no Verão de 2014, quando me comecei a preparar para a minha primeira maratona, a de Sevilla em fevereiro de 2015, fui ao hospital fazer um check-up ao coração. Coração só tenho um e quero tratá-lo bem. Fiz um eletrocardiograma, um Echo Doppler (ecocardiograma) e a prova de esforço. Para além disso fiz análises ao sangue e à urina, que até então nunca tinha feito porque era uma “menina jovem e muito saudável”.

 

Em termos práticos, gastei pouco tempo no hospital e em termos financeiros também não gastei um balúrdio. Em relação às despesas, temos que ver o tipo de seguro de saúde que temos. Eu fui ao hospital privado, mas também podemos falar com o nosso médico de família e solicitar este tipo de check-up mencionando o objetivo da prática desportiva. Quando cheguei ao hospital para fazer os exames os médicos perguntaram logo: mas porque é que a menina com essa idade quer fazer estes exames? Ou seja, nem os médicos acham “normal” fazermos este tipo de exames. Devia ser normal. Todos os atletas deviam fazê-lo. Mas entre tu e os teus amigos corredores, quantos já o fizeram?

 

Acho que grande parte da prevenção deste tipo de situações como a da São Silvestre parte de nós próprios. Somos nós que devemos saber os nossos limites e somos nós que devemos cuidar do nosso corpo. No entanto, nalguns países, ou melhor, nalgumas provas, a autoridade impõe-se neste tipo de prevenção ao exigir atestados médicos para a participação em provas. Em Portugal, nas provas de 10K ou Meias Maratonas nas quais participei tal não acontece. Nem nas ultramaratonas em trilhos portugueses (em Portugal, só no OH MEU DEUS - Ultra Trail Serra Da Estrela - 100 Milhas é obrigatória a apresentação de atestado médico)! Aconteceu sim no Prom Classic, uma prova de 10K que se realiza no início de cada ano em Nice, França.

 

Inscrevi-me nesta prova, pela internet, mas foi exigido logo um atestado médico. Lembraste-te do atestado que tiveste que pedir para tirar a carta de condução? Pois, é algo parecido. Um documento onde o médico declara que estamos aptos para a prática de atividade física, ligeira e moderada, não federada, e adequada ao participante. Não sei que exames / análises se fazem normalmente; no meu caso foi muito rápido. Bastou apresentar os resultados das análises que fiz ao coração e ao sangue o ano passado e ouvir a respiração, em repouso. Questiono então porque e que nalguns países em provas “pequenas” com as de 10k exigem atestados e noutros, nem em ultramaratonas e provas de três dígitos o exigem. Será que em Portugal as organizações das provas também deveriam exigir atestados para evitar este tipo de situações?

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Outra coisa que acho é que cada um de nós, enquanto atleta, pode e deve fazer, é tirar um curso de primeiros socorros. Há cursos de 4 ou 5 sessões em horário pós laboral, baratos ou até gratuitos, que podem ensinar-te a salvar vidas. Sabes fazer uma massagem cardíaca? Sabes em que situações deves imobilizar a pessoa ou não? Lembras-te da posição lateral de segurança? Estancar uma ferida? Tudo isto pode salvar vidas, ainda mais em meios sem equipas de emergência por perto, como é o caso de trilhos.

 

O senhor que foi assistido na São Silvestre de Lisboa está, segundo informações da organização, fora de perigo e a recuperar. Felizmente.

 

Proponho-te então uma excelente resolução para 2016: faz um check-up médico para corredores e tira um curso de primeiros socorros.

 

Bons treinos e boas entradas!

Adizero XT Boost – Back in Black!

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Por Filipe Gil:

 

Estes ténis não são para mim! Este foi o primeiro pensamento que tive quando os tirei da caixa. A Sónia Fernandes, responsável da Adidas já me tinha indicado que este modelo era super leve mas com o apoio do Boost. E mal os calcei, confirmei isso tudo. E torci o nariz.

 

Então eu, que estou agora a apostar em conforto para os impactos do meu joelho e tenho optado por modelos (em estrada) como os Ultra Boost, também da Adidas, ou os Gorun Ultra Road da Skechers, vou correr com um modelo que é quase mais leve que caixa que o transporta??? Será que isso não irá provocar uma recaída na minha recuperação?

 

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Ainda antes de os calçar, como geralmente faço, pesquisei na Internet algumas reviews sobre este modelo em sites internacionais – em Portugal somos os primeiros a ter o privilégio de os receber. Ah, não vos disse ainda quais são? São os Adizero XT Boost, modelo ultra leve para trail e com uma espécie de meia elástica que acompanha até ao início da perna. Algo que a Adidas decidiu apostar. E bem. Mas já lá vamos.

 

Vi nas tais reviews que a marca alemã pegou na experiência dos seus Adizero, que são sapatilhas de elite para maratonistas – aqueles tipos que fazem kms em três minutos ou menos – e que construiu um modelo de trail, a que adicionou uma parte de Boost.

 

Ora, isso ainda me fez ter mais a certeza daquilo que vos disse: não são sapatilhas para mim! Pelo menos, nesta altura de recuperação de lesão e onde preciso (nem que seja mentalmente) algum apoio e cushining. Mas a sensação de ter umas sapatilhas novas em casa e não as experimentar é como levar os nossos filhos a uma loja de gomas e dizer que não pode comer nem uma…

 

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Assim, na quinta-feira passada, véspera de Natal, combinei um treino com o Nuno Malcata. Foi o meu regresso a um treino em trilhos. Já não corria em Monsanto, desde meados de março...

 

E aqui um parentisis. Foi estranho, porque voltei nove meses depois, mas pareceu que foi ontem, isto porque a vegetação em Monsanto é a mesma desde o último treino, tais como as sensações de correr com algum frio, iguais – a primavera, verão e outono passaram-me ao lado nos trilhos, infelizmente. Ao mesmo tempo, parecia que há uma década que não corria em trilhos.

 

Foi um treino ligeiríssimo, de 13km. Mas deu para ter uma impressão destes Adizero XT Boost. São, de facto minimalistas. Mas ao mesmo tempo envolvem o pé de uma forma muito interessante. O Boost nota-se, sobretudo, nas subidas, quando o fazemos com a parte da frente do pé, ou mesmo em bicos de pés. 

 

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E como só há Boost na parte da frente, nota-se, sobretudo a falta dessa “ajuda” nas descidas. De resto, a tal meia elástica que nos acompanha até parte da perna, nem se nota. Está lá a fazer o seu papel de não deixar entrar pedras, mas não incomodam nem atrapalham. E até são um ponto bastante positivo.

Em termos estéticos, gostaria que este modelo tivesse alguma cor, para além do preto e do branco (do Boost), sei que na panóplia de versões deste modelo há, nestes não. São All Black. Caso para parafrasear aquela música dos AC/DC: Back in Black. (Sim, andamos loucos a fazer contas para comprar os bilhetes para o concerto dos australianos).

 

Em suma, nesta 1ª impressão, são sapatilhas fantásticas adequados a corredores rápidos e leves, para trilhos não muito longos, talvez entre distâncias de 30 a 50 kms. São sapatilhas para um nível superior de corredor. Apenas lhe indicou uma falha, falta-lhe uma placa protetora na sola. Sei que isso iria prejudicar a leveza deles, mas protegia de alguns "ais, e uis" que se diz ao sentir as pedras do caminho - e isto foi num treino em Monsanto... 

 

Em breve, eu ou outro corredor da crew iremos fazer a review final.

 

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7 perguntas à...Puma

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Por Tiago Portugal e Filipe Gil

 

No seguimento das 7 questões que estamos a colocar a várias marcas que estão presentes no setor da corrida em Portugal, damos lugar às respostas da Puma. Se o último ano (2015) foi muito importante para a marca, com o lançamento dos Ignite e uma verdadeira aposta no running, quisemos perceber como veem, de facto o mercado nacional. Fique com a entrevista a Filipe Semedo, responsável pelo marketing da Puma para o mercado nacional, que deixa algumas novidades no ar. 

 

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Filipe Semedo (Puma)

 

Como analisam o setor da corrida em Portugal?
Extremamente dinâmico, ultra-competitivo, onde os drivers inovação, segmentação e comunicação são cada vez mais os pontos-chave para os que pretendem destacar-se e liderar no métier.

 

A corrida é uma moda? Vai desvanecer ou veio para ficar?
Apesar do boom dos últimos anos em países como o nosso, a verdade é que o running, nas suas inúmeras variantes, já faz parte do dia-a-dia de milhões de pessoas também em Portugal. A crescente preocupação com o bem-estar físico e mental, a facilidade de poder faze lo em qualquer lugar a qualquer hora sozinho ou acompanhado ou o custo reduzido são exemplos de factores que ajudam a justificar o porquê do sucesso de algo tão natural como a “corrida”.
O crescimento é pois sustentado, a indústria tando do lado dos fabricantes como dos retalhistas tem feito um excelente trabalho no sentido de colocar ao dispor do consumidor os melhores produtos aos preços mais competitivos com ofertas transversais pelo que nenhuma dúvida que “veio para ficar”.

 

Qual a vossa sapatilha de corrida com mais sucesso entre os portugueses?
O modelo Ignite, que permite aliar conforto, durabilidade e visual de excelência ao retorno de energia após cada passada é, cada vez mais, o nosso best-seller.

 

Que novidades vão ter para os corredores nas próximas coleções?
Em 2015 tivémos um grande lançamento, os Ignite, disponíveis num enorme variedade de cores e materiais. Lançámos igual a versão Ignite XT, para training. Em 2016 teremos uma 3ª e muito especial variante da colecção Ignite (a revelar em breve), updates das versões já disponíveis de Running e Training assim como a incorporação da tecnologia Ignite na linha Faas, que passará a designar-se Speed.

 

Em Portugal vende-se vestuário para corrida ou os portugueses apostam mais nas marcas apenas nas sapatilhas?
O focus inicial das marcas, como na maioria das modalidades e até no lifestyle, incidiu, naturalmente, no calçado. Mas há já alguns anos que com a consolidação do mercado, um consumidor cada vez mais informado, atento e exigente em todos os prismas, também o têxtil se tornou numa prioridade e a Puma não é excepção. Temos uma fabulosa colecção, inigualável também em termos de value for money, que alia tecnicidade a visuais ultra apelativos, uma das imagens de marca da Puma.  

 

Como marca, que outras áreas/deportos estão a apostar para conquistar os corredores?
O Running é a categoria-mãe de grande parte das modalidades mas o Fitness/Training nas suas diversas variantes é, cada vez mais, uma aposta da Puma também em Portugal. Temos um vasto portfolio de modelos que permitem as melhores performances não apenas em estrada mas também em ginásios, trilhos e demais locais ou estilos de treino, pelo que há muito que alargámos o espectro, tentando ir ao encontro das necessidades específicas de cada runner, consoante oos seus modelo e formato de treino.

 

De que forma as marcas podem intervir e contribuir para que os jovens se tornem menos sedentários? 
Não se trata sequer de responsabilidade social mas sim de uma consequência daquilo que fazemos diariamente: ao inspirar, fomentar e potenciar ao máximo a prática de desporto através de todos os touch points, as marcas estão a estimular as diversas faixas etárias para os benefícios do exercício físico. Os mais jovens, passo a passo e amiúde incentivados pelos pais, também vêm aderindo entusiasticamente aos eventos e campanhas que, cada vez mais, os principais players levam a cabo.

 

 

Correr atrás do Sol (vídeo)

Filipe Gil:

 

Como é domingo, voltamos aos vídeos que habitualmente colocamos aqui. Depois da São Silvestre de ontem pelas estradas de Lisboa, voltamos aos trilhos, como tanto gostamos. Este video (com cerca de 45 minutos) conta como foi a 2ª edição da corrida Beat The Sun, organizada pela marca Asics, em plemo Montblanc, numa competição com equipas dos vários continentes. 

 

 

1ª impressão: Skechers Gorun Ultra Road - Olá de novo!

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Filipe Gil:

 

E dois anos depois voltei a calçar uns Skechers. Quem segue o blogue desde o ínicio recorda-se, certamente, de vos contar do meu espanto a primeira vez que recebi em casa umas sapatilhas desta marca norte-americana. Deixei de a usar depois de me ter sido diagnosticada uma fascite plantar que ainda demorou uns quatro meses a curar, isto entre o final de 2012 e o íncio de 2013. 

 

Mas, durante muito tempo, e muitos modelos de sapatilhas diferentes, nunca cheguei a ter as mesmas sensações a correr em estrada do que as que tive com os Skechers GoRun 2. Leveza com conforto, o apoio na passada do meio do pé, e ao mesmo tempo uma prazer enorme em correr com elas – apesar da cor não ser da minha preferência (amarelo e verde estridente).

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Depois de achar que eram os Skechers que me fizeram a fascite e que devia correr sempre com palmilhas para pronador, nunca mais “toquei” em nenhum, vários foram os modelos que foram parar lá a casa e que distribui pelo resto da crew. E a Skechers já não é a mesma de há dois anos - inclusive com a vitória da Maratona de Boston em 2014 por Meb Keflezighi, o corredor da marca, a percepção junto dos corredores mudou para melhor. E os modelos evoluíram de tal forma, que em comum apenas têm o nome.

 

A única falha que aponto à marca é ainda não terem nenhum modelo especificamente para trail. Tiveram um modelo minimalista que foi muito bem recebido pelos corredores, o Skecher sGoRun Bionic Trail, mas que foi descontinuado. Foi precisamente este o último modelo que usei antes da lesão no pé, no Trail de Casaínhos, edição 2013.E recentemente lançaram o Skechers Go Run Ultra (já com duas versões) - que acho que nem a própria marca percebe se é para corredores de estrada ou de trail. Acho que quiseram seguir - e até acho que fizeram bem - o hype da Hoka One One

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Entretanto, e agora, curisosamente, a recuperar de outra lesão – isto diz muito do tipo de corredor que sou – recebi em casa os novos Skechers Gorun Ultra Road. Umas sapatilhas de estrada com muito amortecimento, 4 mm de drop, com uma espécie de upper na famosa malha knit (estreada pela Nike e que hoje em dia é usada por muitas marcas: da Adidas à Puma). Sem medos, peguei neles e fiz-me à estrada. Ainda por cima, achei-os muito bonitos

 

A primeira coisa a sentir foi o M- Strike, o tal alto no meio do pé que nos intui a fazer uma midfoot strike. "Olá de novo, há 2 anos que não sabia nada de ti?", pensei. Os especialistas dizem que é a melhor forma de aterrar com o pé, e que evita lesões. Fiz, nesta primeira impressão, 10 km. Lentos. Muito lentos. Não estou em forma! 

 

O conforto é top! Mesmo. Senti mais confiança a pisar o chão e senti. também, que estava mais protegido de impactos no joelho. Calçam muito bem, contudo o tal upper não é igual ao da Adidas, Nike e Puma. O destas marcas colam-se ao pé como se fosse uma meia (há que deteste esta sensação), o da Skechers é mais hirto e mantem a sua posição inicial "emoldurada". O que não incomoda.O único senão, até ao momento, deste modelo é que é são volumosos e grandes e por isso tornam-se um nada pesados. Sentimos que temos dois blocos confortaveis agarrados ao pé, mesmo a olhar em frente, temos a sensação que os vemos no canto inferior do olho, a cada passada.

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Mas é uma questão de hábito, digo eu. Fiquei curioso em fazer longas distâncias - que é para isso que foram construídos (pelo menos assim o diz a marca).

 

Nesta primeira impressão deu para matar saudades da marca. Fiquei com a impressão que são ténis excelentes para quem sofre um pouco de joelhos, para quem tem um pouco de peso a mais (mas depois atenção que o modelo é neutro e não tem muito suporte), e penso serem um bom par de sapatilhas para longões, apesar de algo pesados. 

 

Para os corredores rápidos, agéis, habituados a usarem, este modelo não é para eles - à primeira vista. Vou correr com eles mais um par de quilómetros e dentro de algumas semanas têm aqui o meu veredicto final. Contudo, acho que já deu para perceber alguma coisas destes Gorun Ultra Road

 

Boas Corridas. Boas Festas!

 

O Natal chegou mais cedo, a minha primeira prova no G.P. do Natal

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Correr é o que nos junta, mas os treinos do Correr na Cidade têm sido para todos nós a oportunidade de trocar experiências, aprender uns com os outros e criar lanços.  Recentemente num dos nossos treinos descobrimos que o Bruno Tibério nunca tinha participado numa prova, e tivemos muito gosto em o convidar para participar connosco no G.P. de Natal que decorreu no passado dia 13. Este é o seu testemunho.

 

Por Bruno Tibério

 

Nos últimos meses tenho frequentado regularmente os treinos dos sempre bem dispostos e alegres Correr na Cidade para combater um pouco a monotonia que estava a ser para mim fazer corrida sozinho. Em conversa num dos habituais treinos semanais, revelei que nunca tinha participado em nenhuma prova oficial. Não sei bem explicar o porquê mas não via interesse em provas. Não sou louco por corridas. Gosto de correr sim, como meio de me manter em forma e, como tem sido nos treinos com este fantástico grupo, como meio de diversão e convívio praticando exercício.

Para além da questão monetária que nem sempre é acessível em muitas provas, sempre achei que o lado competitivo adjacente a uma prova oficial, apenas impulsionava o egocentrismo de cada corredor e isso em nada me motivava para inscrever numa corrida.

Pois bem, o grupo do CnC quis mostrar que existia mais para além da minha visão e ofereceram-me uma prenda de Natal antecipada, um dorsal para participação no 58º Grande Prémio de Natal EDP. Confesso que fiquei surpreendido com o gesto do grupo, afinal conhecem-me à relativamente pouco tempo, mas decidi aceitar o desafio proposto.

Olhando para as informações disponibilizadas no site oficial da prova, verifiquei que não existia grande grau de dificuldade. É um circuito sem subidas exigentes e na sua maioria plano. O facto de serem 10km não me assustava pois estou habituado a fazer distâncias semelhantes, a não ser que acontecesse alguma lesão.


Durante a semana que antecedeu o evento não fiz qualquer preparação extra a pensar na prova, mantive a minha rotina habitual de exercício e apenas tentei não forçar os meus limites para garantir que não ia para a prova com dores musculares.

Eis que chega o dia da prova. Decidi acordar bem mais cedo para garantir que estou bem desperto na altura da prova, tendo em conta que em geral as minhas práticas de exercício são feitas no período da tarde ou ao final do dia. Desloco-me de autocarro até ao Campo grande, e neste já me cruzo com mais uma ou duas pessoas que se dirigiam de igual modo para a prova. Saindo dos transportes, vou descendo a pé a avenida em direção à zona da partida observando em meu redor as delimitadas faixas para os corredores e as várias pessoas que iam aquecendo, todas elas vestidas a rigor e com aspeto de grandes velocistas. O visual bastante atlético das pessoas que ia vendo, só me trazia à memória a ideia que tinha das provas e me levava interiormente questionar se isto era para mim. Não podia estar mais enganado. 

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Ao chegar a Entre Campos já se via pessoas de todo o tipo. Desde corredores assíduos a pessoas mais idosas (mas jovens no seu interior).

Enquanto esperava no ponto de encontro combinado, observava em redor em busca de caras familiares e simultaneamente os rostos que passavam junto a mim.

Grupos de amigos, casais, namorados, famílias, tudo se ia concentrando junto à zona de partida. Finalmente as caras conhecidas começaram a surgir.

 

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Eis que surge a partida. O arranque no inicio da prova foi o que menos gostei em toda a corrida. A aglomeração de pessoas faz com que tenhamos que ser bastante cautelosos para não embater noutra o que torna o inicio bastante lento a um ritmo praticamente de caminhada. Os primeiros 4km foram feitos a ritmo calmo acompanhando outras pessoas. Afinal de contas não tinha definido qualquer objetivo para a prova que não fosse o de chegar ao fim. O facto de estar a correr numa zona bastante confortável permitia também estar mais atento ao ambiente que se estava a viver. Não posso deixar de destacar talvez os que mais me impressionaram, entre gente que estava claramente a divertir, famílias que não esqueceram os seus membros mais pequenos, casais cuja a força interior é invejável e não se deixam abalar pelas dificuldades que a vida de alguma forma apresentou.


É este espírito, que estas pessoas representam, que é motivador e nos mostra que quando a paixão pelo que fazemos é maior não há dificuldade que nos impeça.

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Na viragem no Campo Grande, deixei o egocentrismo que aparentemente tanto desprezava subir um pouco ao de cima. Sabia que conseguia fazer bem melhor e sentia um pequeno prazer em querer saber qual meu limite e o quão  melhor conseguia fazer. O ritmo aumentou e bem. O facto de conhecer o percurso dava-me bem a noção para saber gerir o esforço. A cada Km tentava manter o ritmo mais elevado e se possível aumentar. Sobretudo depois do Marquês de Pombal o declive negativo ajudava e visualização da meta foi o que precisava para puxar ao máximo. E eis que se atinge a desejada meta!

 

Após analise dos dados colhidos pelo GPS, verifiquei que nunca tinha marcado um ritmo tão elevado em qualquer das corridas que tinha feito anteriormente e acho que teria sido difícil arranjar motivação para descobrir os meus próprios limites se não tivesse deixado o ego subir.

Se valeu a pena a experiência?


Sem dúvida que sim. Mudou um pouco a visão que tinha das provas oficiais. Nem todos vão para provar que são melhores que os outros. Como aprendi, muitos vão apenas por amizade, fazer companhia, divertir-se e outros, tal como eu nos últimos quilómetros, testar os seus limites, descobrir até onde se conseguem superar.

7 perguntas à...La Sportiva

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Por Tiago Portugal e Filipe Gil

 

No seguimento das 7 questões que colocamos às várias marcas que atuam no nosso mercado esta semana é altura de ler o que a marca italiana La Sportiva respondeu. 

 

Curioso? Fique com a entrevista a Carlos Vieira da empresa Dmaker, distribuidores da marca em Portugal.  

 

Como analisam o setor da corrida em Portugal?

 

Temos assistido a uma forte adesão à corrida um pouco por todo o país o que pode ser explicado por uma maior consciência do papel do desporto na saúde e bem-estar de cada um, e pelo relativo baixo custo do acesso a esta prática, comparativamente com outras modalidades.

 

A corrida é uma moda? Vai desvanecer ou veio para ficar?

 

A corrida está na moda mas não apresenta indícios de ser um fenómeno efémero para desvanecer nos próximos tempos. A corrida tem conseguido saber conciliar a vertente competitiva com estilos de vida activos, onde famílias e grupos de amigos se reúnem e partilham experiências comuns. O trail running em particular e as corridas fora de estrada em geral, têm usufruído de igual modo de um crescimento notável pela comunhão que oferecem com a natureza, e estas práticas são ainda bastante mais recentes em Portugal.

 

Qual a vossa sapatilha de corrida com mais sucesso entre os portugueses?

 

As sapatilhas Ultra Raptor continuam a ser o modelo mais popular e consensual em Portugal apesar de verem a sua liderança ameaçada pelo modelo Bushido com apenas dois anos de mercado. O sucesso reside na estabilidade, aderência e conforto que ambas proporcionam em todos os tipos de terreno.

 

Que novidades vão ter para os corredores nas próximas coleções?

 

A grande novidade para 2016 é o modelo Akasha que promete se tornar em mais um caso de sucesso da marca. As Akasha foram concebidas para longas distâncias e aliam um design elegante para uso casual com a máxima absorção de impactos e tracção para os melhores desempenhos em todo o tipo de terrenos. A marca estará também presente em Portugal com uma colecção de vestuário mais abrangente, totalmente coordenada com as cores e texturas do calçado.

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Em Portugal vende-se vestuário para corrida ou os portugueses apostam mais nas marcas apenas nas sapatilhas?

 

A marca é reconhecida pela fiabilidade e performance do seu calçado mas os portugueses começam a descobrir e a abraçar as restantes soluções têxteis da marca. As sapatilhas são a escolha primordial de cada corredor mas as vendas de vestuário técnico têm também crescido à medida das necessidades de cada um.

 

Como marca, que outras áreas/deportos estão a apostar para conquistar os corredores?

 

A marca tem uma tradição fortíssima em calçado para actividades de montanha e, em Portugal, está igualmente presente no sector de escalada com calçado específico para a prática da modalidade. Fundada em Itália, em 1928, a marca é reconhecida internacionalmente pela inovação e excelência dos seus produtos, razão para a forte fidelização de clientes em todos os seus domínios.

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De que forma as marcas podem intervir e contribuir para que os jovens se tornem menos sedentários?

 

As marcas têm o poder e dever de estimular estilos de vida activos, saudáveis e em harmonia com as comunidades onde estão inseridas. Esta responsabilidade é intrínseca e sublinhada pelos modelos que utilizam para corporizar a marca sejam eles atletas, competições ou acções de relações públicas. O contributo das marcas em cativar os mais jovens é a sua capacidade em gerar atracção e desejo dos mais novos em se tornarem – ou ao menos fazerem parte de – todos os mundos que elas representam.

CrossFit para crianças? Sim existe e eles adoram!

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Por Filipe Gil:

 

No passado sábado, dia 12 de Dezembro, faz hoje precisamente uma semana, fui até à box de CrossFit situada na Boa Hora, em Lisboa, a XXI CrossFit. Não foi mais uma ida da crew para experimentar uma nova box de CrossFit como temos feito com alguma regularidade.Desta vez foi diferente!

Quais os seres que mais amamos e nos preocupamos? As nossas crianças, claro! Assim, sabendo que a XXI CrossFit é uma das poucas “boxes” em Portugal certificada para aulas para crianças, levamos filhos, sobrinhos e amigos a experimentarem uma sessão de CrossFit.

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Isto porque, não me canso de escrever, um dos grandes objectivos do Correr na Cidade (CnC) é tentar mudar e influenciar as vidas das pessoas que nos rodeiam de forma a que estes incluam o exercício físico no dia-a-dia. Por isso, mais do que ir atrás de modas acreditamos realmente que o CrossFit em conjunto da corrida nos torna seres mais saudáveis. Em todas as idades.
 

A aula teve início às 12h15 e durou uma hora. Para os miúdos passou a voar – disse a maioria. No total, os “nossos” cool kids eram nove. Dos 7 aos 14 anos. E todos eles adoraram. Sim, mesmo! Eles ficaram mesmo entusiasmados. A Marta do blogue Dolce Farniente levou as suas crianças. no mesmo grupo e conta-vos, também, como foi esta experiência. 

 

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Estava curioso se eles iriam comparar a sessão de CrossFit com uma aula de ginástica da escola, que muitos acham aborrecida. Na comparação esta (CrossFit) foi “muito melhor”, disseram, Todos alinhados, entusiasmados, trapalhões q.b.. Foi muito interessante ver como interagiam e competiam, saudavelmente. 

 

Saltaram, correram, pularam, andaram de gatas, puxaram o corpo em argolas, fizeram o pino, etc. Rapazes e raparigas, sem nenhum se imiscuir dos exercícios. E, zás!, de repente a aula estava a acabar. À pergunta, voltavam a fazer isto, alguns responderam. “quando será a próxima aula”. Aqui prova que o Crossfit, tal como a corrida é para pequenos e graúdos (se bem que sou daqueles que a corrida de longa distância só deve ser praticada a partir de uma certa idade, mas isso sou eu).

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No mesmo dia, o meu filho mais velho, que voltou a estar com alguns dos mesmos amigos com quem partilhou a hora de Crossfit, só falava disso, e com eles passou parte da tarde a comprar os músculos uns dos outros, que, segundo eles: estavam maiores depois da aula…; uma semana depois ainda me diz, de vez em quando, depois de comer um doce: "tenho de voltar ao crossfit".

 

E é isto! Incutir o exercício físico na vida deles, uma geração que relembro, e de acordo com muitos estudos, e que devido ao sedentarismo e à má alimentação podem vir a ter uma esperança de vida inferior que nós. Mas mais preocupante do que debater esses números é não fazer nada. Por isso, se acharem piada à experiência que aqui vos conto, falem com o XXI CrossFit para levarem os vossos filhos às aulas de crianças (ou teenagers). Certamente vão gostar…todos! Apenas uma advertência, certifiquem-se que a box está certificada e qualificada para dar sessões de CrossFit aos mais pequenos. 

 

 

 

 

 

 

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