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Correr na Cidade

Correr, conversar, beber e amar!

 

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Por Filipe Gil

 

O Correr na Cidade Running Crew faz três anos este novembro. A data certa e estipulada é o dia 15 de novembro, mas por motivos de agenda profissional e de provas decidimos comemorar mais cedo. Assim, na sexta-feira passada organizamos um jantar entre nós e alguns amigos mais próximos. Gente que ao longo dos últimos anos se tornaram nossos amigos, quer nas corridas ou fora delas. 

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Foi um jantar "daqueles", muito divertido, a que se seguiu uma ida à zona do Cais Sodré para continuarmos a beber e a conversar. Alguns mais resistentes foram depois dar um pé de dança até ao "clássico" Jamaica. Se um dos nossos lemas é o #crewlove outro é sem dúvida o #runhardpartyharder. Gostamos de nos divertir, de estar juntos e nessa noite apesar da corrida estar sempre a vir à tona nas nossas conversas, estivemos mais concentrados no resto dos assuntos das nossas vidas. Os treinos, o acordar cedo para ir para os montes correr, podem esperar. Pelo menos ness noite não foram a prioridade.

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Mas o resto do fim-de-semana passámos, claro está a correr. Sobretudo no domingo, depois do Gurosan ter atuado...pelo menos em alguns, como eu. Ora a treinar, como eu e o Rui Pinto fizemos na manhã solarenga de domingo, ou a participar na prova Wine Run, na Quinta do Gradil, com a participação do Pedro Luiz (que ficou em 5º lugar), a Bo Irik (que ficou em 4º lugar), e o Nuno e a Joana Malcata. A Liliana e o Luís Moura andaram a preparar o próximo treino do dia 22, o Pisco da Matinha.

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Foi sem dúvida um fim-de-semana de celebração. Onde estivemos juntos, conversamos entre nós e com os nossos amigos, comemos bem, bebemos ainda mais e corremos, que é aquilo que amamos fazer e nos leva ao título deste post.

 

Três anos numa crew é muito pouco tempo. Três anos de um blogue ainda é menos. Mas esta comemoração de aniversário, teve um sabor especial porque nos sentimos cada vez mais unidos, mais uma família. Sobretudo porque o último ano não foi fácil para uma parte da crew, com muitas lesões graves (infelizmente, estou nesse naípe), e com algum abrandamento nos desafios desses corredores.

Mas o que conta é o todo, a crew, e como as nossas 17 individualidades nos tornam um grupo forte e coeso. Que venham muitos mais anos para continuarmos a correr e a divertirmo-nos, e com a vossa ajuda! Obrigado por nos lerem e aparecerem nos nossos treinos. Estamos a preparar coisas muito giras que em breve daremos conta.Fiquem atentos.

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Preview: Merrell All Out Terra Women's

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Por Bo Irik:

 

Adoro os ténis da Merrell para correr nos trilhos. Quem me conhece, bem sabe: é raro encontrar-me nos trilhos sem Merrell nos pés. Tive o primeiro contacto com a marca no âmbito do treino Just Girls Go Trail com os Merrell All Out Rush. Os Out Rush são muito minimalistas, levezinhos e com drop reduzido. Os Out Rush acompanharam-me na minha primeira ultra-maratona, o Piódão, em Marco deste ano (53km), onde se ‘portaram muito bem.

 

Pouco antes de me lançar no grande desafio do Gerês Trail Adventure, a marca deu.me a oportunidade de testar os Merrell All Out Peak. Estes tênis de cor laranja mecânica acabaram por ser os meus melhores amigos ao longo dos quatro dias de aventura no Gerês. Fiquei fã. Também no Ax Trail deste ano escolhi os Peak porque me dão muita confiança em pisos escorregadios como é o caso do Xisto na Serra da Lousã.

 

Recentemente foram lançados em Portugal a nova aposta da Merrell para o trail: os Merrel All Out Terra Trail. Estas sapatilhas foram estreadas no Trilho das Bruxas em Bucelas e gostei muito. São muito parecidos aos All Out Peak mas têm uma diferença engraçada: têm uma meia incorporada para evitar a entrada de areia e pedrinhas no sapato.

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Primeira impressão? São lindos, combinações de cores lindas, tanto para homem como para mulher e o tamanho 39 para mulher serviu-me perfeitamente (cuidado porque o 39 mulher equivale ao 40 homem, sendo 25,5cm).

 

Tal como os All Out Peak, os All Out Terrain apresentam uma proteção 360º de rochas e detritos enquanto enfrentamios os trilhos mais duros. As características desta sapatilha são: 

 

Malha / tecido:

  • Parte superior em malha e TPU. 
  • Meia elástica de proteção – grande fator de diferenciação perante outros tênis de trilhos. 
  • Sistema de ajuste tradicional em atacares sintéticos. 
  • Detalhes refletivos para aumentar a visibilidade em ambientes de pouca luz.
  • Forro de malha ventilada tratado com M-Select™ FRESH para controlar o odor.

 

Sola Intermédia / Exterior: 

  • 6mm Drop/16mm Cush/24mm stack height 
  • Palmilha removível. 
  • UniFly™ sistema de amortecimento inserido na entressola que permite dispersar os impactos e proporciona estabilidade extra para decolagens sólidas.
  • A tecnologia Trail Protect™ proporciona suporte extra e proteção nos trilhos. 
  • Sola Vibram com rasgos de 6mm de profundidade. 
  • Calçado "vegetariano". Não contém materiais de origem animal.

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Durante o Trail das Bruxas deu para tirar algumas conclusões. A primeira é o conforto e o espaço para os dedos dos pés, já identificado como ponto forte dos outros modelos da Merrell. Outro ponto forte é a aderência, a sola Vibram com rasgos de 6mm de profundidade proporciona muita confiança em pisos escorregadios (já no alcatrão, trava bastante). O seu peso, 300 gramas, é bem superior aos All Out Peak (244 gramas) e isso nota-se. Um fator a apontar, mas que pode ser que melhore com o uso, é que no final da prova, embora os últimos 800m tenham sido percorridos em alcatrão, vinha com os sapatos muito pesados devido à lama acumulada na sola (desvantagem dos rasgos com 6mm). Tenho que ver se ao bater com o pé no chão, livro-me dela :) De resto, cinco estrelas, a meia é muito confortável, senti-me bem, nada de bolhas. Ah, a Natália e eu ficamos em 4ª e 5ª lugar do nosso escalão. Será dos sapatos? :p

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Há mais amantes de Merrell por aí? Contem-nos a vossa experiência!

Bons treinos!

E-Fit Lisboa Expo

 

Por Liliana Moreira:

 

Perguntam vocês...

É treinar com choques?! Perguntei-me eu... Posso adiantar que é e não é bem assim, mas já lá vamos...

Foi através do maravilhoso mundo do instagram que conheci a marca E-Fit Portugal em que várias publicações davam conta do nível de exigência e aparato tecnológico associado a cada treino. Sendo uma geek assumida (ou não fosse informática) e uma consumidora de todo o tipo de informação relacionada com o fitness (para me motivar a fugir do sedentarismo da minha profissão e da ideia que só a corrida chega quando já todos percebemos que não é bem assim), a proposta de fazer um treino funcional enquanto estou ligada a uma maquineta que electricamente estimula os músculos pareceu-me, no mínimo, interessante. Desportivamente sempre associei este tipo de metodologia à recuperação muscular, sobretudo em atletas de alto rendimento. A verdade é que também pode ser aplicada ao exercício propriamente dito... e imagine-se, ao mais comum dos mortais!

 

Mas explica lá isso melhor!

A experiência que a E-Fit proporciona baseia-se na aplicação da tecnologia EMS (estimulação eléctrica do músculo) durante a prática activa do exercício físico, aplicando os impulsos de corrente eléctrica sobre os músculos fazendo com que os mesmos se contraiam e relaxam para além do que é solicitado pelo exercício em si, proporcionando uma estimulação integral durante o treino, tendo como pressuposto que assim chega às camadas mais profundas do músculo, que são também as mais difíceis de activar com o treino tradicional. O que imediatamente nos remete para treinos mais curtos, de intensidade superior e naturalmente com resultados mais rápidos e eficazes.

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Dito assim imaginei isto como a nova moda fitness apenas disponível a celebridades de novelas e reality shows, às tantas até se sua "pocaxinho"... como estava enganada! A verdade é que não sou exemplo para ninguém... corro sim, faço natação e ginásio também... mas os quilos de sedentarismo de mais de uma década estão a ser mais difíceis de sair das minhas coxas do que aquilo que alguma vez imaginei! E a poucos meses do meu maior desafio desportivo (oh meu deus, o que é que vem aí!?) em que cada quilo carregado faz mossa, sinto-me impelida e motivada a procurar soluções mais efectivas. Seria então esta uma solução eficaz para quem corre? Em que medida poderá a melhorar o rendimento da minha corrida?

 

O plano de ataque

Foi com estas dúvidas que me lancei ao desafio das 5 semanas E-Fit...  e as mesmas caíram logo por terra na primeira sessão! Fui extremamente bem recebida nas instalações da E-Fit na Expo, não só pelo gerente Luiz Santana mas também pelo instrutor Cristóvão, curiosamente ambos com formação na área do atletismo. Adiantaram que o plano de treinos que tinham pensado para mim estava logicamente vocacionado para aumentar a eficiência da minha corrida, com reforço e tonificação de todo o grupo muscular do core e posteriores, para além de exercícios técnicos de mobilidade e pliometria (exercícios de explosão). Passei pelo "exame" rigoroso de avaliação para conhecerem melhor "a matéria prima" com o que iam trabalhar... onde fui medida e pesada, revelei quais os meus objectivos, quais as minhas dificuldades, o que já realizei desportivamente e como é a minha tradicional semana de treinos. Fiquei assim com uma base de comparação para quando terminar o programa de 10 sessões e re-avaliar em busca dos resultados.

Tirados todos os indicadores fui apresentada a sala de treino onde estava um senhor de meia idade a treinar e literalmente a suar em bica. Se isto é para "vedetes"... então são "vedetes" com garra, catano! Confesso que fiquei admirada e até feliz por perceber que ia ser à séria e que de passivo ia ter pouco ou nada. Isso da-me a sensação de estar a trabalhar para resultados concretos, reais, desafiantes mas atingíveis e que não surgem apenas por obra divina. O espaço E-Fit da Expo de clínica de estética tem pouco, embora o espaço esteja muito bem conseguido: é funcional, está bem equipado e tem uma imagem bastante moderna! Não é grande, permite apenas 2 pessoas em treino simultâneo... e por isso fiquei com a sensação de que é um factor importante a experiência pessoal do cliente

 

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Vesti o fato de duas peças (pernas e tronco) com os eléctrodos em diferentes zonas do corpo (gémeos, músculos extensores e flexores da perna, glúteos, lombar, abdominal, peito e todo o perímetro do braço) e literalmente ligaram-me à ficha. Foram 25 minutos de treino activo com várias séries de cerca de 20 repetições cada, onde foram incluídos no menu do dia vários agachamentos, lunges, skippings e onde até não faltou a elíptica. A cada exercício proposto era realizada a calibração da intensidade eléctrica em cada eléctrodo individualmente, o objectivo era estimular no limiar do conforto. Não causa dor, nem tão pouco é desconfortável. Em muitos exercícios a sensação da constante contracção muscular serviu-me até de distracção para o esforço que estava a realizar. O facto é que com o acumular dos exercícios o cansaço estava presente e em pouco tempo senti que tinha feito o dobro daquilo que de facto tinha realizado.

No final do treino avisaram-me que era possível que dois dias depois pudesse sentir algumas dores musculares, para não me assustar... não me assustei. Habituada à pancada dos treinos semanais, era delas que estava à espera para confirmar o trabalho aplicado... e elas vieram :) mas não foram demasiado fortes, mas estão cá a relembrar-me que há músculos no meu corpo que não só existem como até funcionam!

 

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 Estou bastante entusiasmada, vou continuar o meu plano treinos e no fim conto-vos tudo, tudo...  até qual o mega desafio em que me vou meter daqui a uns meses! ;)

 

Até lá! Bons treinos.

 

Urban Trail

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 Por Tiago Portugal

 

Para os mais puristas as palavras Urban e Trail são antónimas, e a junção das duas na mesma frase causa até alguns arrepios na espinha.

 

Segundo o site da ATRP o Trail Running é caracterizado por: “Corrida pedestre em Natureza, com o mínimo de percurso pavimentado/alcatroado, que não deverá exceder 10% do percurso total, em vários ambientes (serra, montanha, alta montanha, planície, etc) e terrenos (estradão, caminho florestal, trilho, single track, etc), idealmente – mas não obrigatoriamente – em semi ou auto-suficiência, a realizar de dia ou durante a noite, em percurso devidamente balizado e marcado e em respeito pela ética desportiva, lealdade, solidariedade e pelo meio ambiente.”

 

Enquandrando esta definição de trail de que forma é possível trazê-lo para o meio urbano? Com muita imaginação, diversificação do percurso, boa organização e vontade dos participantes.

 

Como justificar então o crescimento exponencial das corridas de Urban Trail e a sua grande adesão por parte dos corredores portugueses e de que forma podem as cidades ajudar na iniciação ao trail.

 

O trail urbano tenta misturar as características naturais das cidades, parques urbanos existentes e em alguns casos locais normalmente fechados ao público para tentar criar um ambiente e percurso diversificado, uma das especificidades do trail. Para algumas cidades estas provas são uma oportunidade única de mostrar o seu património cultural e urbanístico.

 

Correr nas cidades permite frequentemente descobrir locais escondidos e ruas que desconhecíamos.

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Estas provas são, por norma, menos competitivas do que as habituais provas de estrada, e são encaradas mais como uma festa ou para a grande maioria dos participantes uma corrida turística, uma nova perspetiva sobre as cidades e uma nova forma de ver alguns dos locais onde habitualmente só passamos de carro ou simplesmente não visitamos.

 

Algumas das características dos Urban Trail são:

  • Distâncias curtas, em Portugal cerca de 10-12km, sendo que noutros países da europa já existem provas de 30-40km, sendo o Ecotrail de Paris com os seus 80km uma das maiores provas desta natureza;

 

  • Algum desnível positivo, através de uma sucessão de subidas curtas, ou de várias partes de escadas, que impõe aos participantes uma alteração do ritmo da prova, a título de exemplo o Meo Urban Trail de Sintra teve um D+ de 600m;

 

  • Inclusão de escadas, a subir ou a descer, são vários os segmentos de escadas, que impõe um esforço físico adicional;

 

  • Grande percentagem da prova feita em estrada/alcatrão.

 

Distâncias relativamente curtas, desnível pouco acentuado e secções de escadas. Qual a melhor maneira de treinar para estas provas?

 

Não sendo as distâncias muito grandes podemos adaptar o treino que fazemos para nos preparar para provas de 10km ou meias-maratonas. Começar por incluir algumas corridas em terreno acidentado, sessões específicas de subidas (4 x 3m a subir), o que não falta em Lisboa são subidas em que podemos treinar. Introduzir escadas no nosso percurso ou mesmo treinos só de escadas, a subir e a descer.

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Isto permitirá trabalhar a capacidade de resistência a estes elementos, subidas e escadas, e enfrentá-los com outra confiança, conseguindo nas provas ultrapassar estes obstáculos sem perder muito ritmo.

 

O treino em terrenos acidentados permite melhorar a propriocepção, (consciência da postura, do movimento, das partes do corpo e das mudanças no equilíbrio, além de englobar as sensações de movimento e de posição articular), essencial para quem corre em percursos acidentados.  

 

A nível de material e sendo o percurso maioritariamente em meio urbano optar por utilizar as sapatilhas de estrada que habitualmente utiliza ou pode optar por um modelo apropriado para City Trail que algumas marcas já disponibilizam, caso da Salomon por exemplo. Sendo provas rápidas e com vários abastecimentos não se torna necessário levar nenhum sistema de hidratação.

 

O desenvolvimento deste tipo de provas prova que existe um público para este tipo de corridas e que a inclusão de algumas características do trail e elementos naturais leva muitos corredores de estrada a dar os primeiros passos no Trail.

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Em Portugal, temos condições e cidades idílicas para a criação de várias provas deste tipo. Por agora são 4, mas poderão em breve ser mais.

 

Para os organizadores ficam algumas sugestões ou desafios:

  • Para quando um prova em Almada com subida ao Cristo Rei? A cidade tem grandes condições para este tipo de provas;

 

  • Criação de um percurso maior em Lisboa, 20km e permitir que os participantes escolham entre os 10km e 20km.

 

Bons treinos a todos.

Trail das Bruxas - Bucelas: Trilhos "assustadoramente" assustadores!

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Por Natália Costa:

 

No passado sábado realizou-se a primeira edição do Trail Noturno das Bruxas em Bucelas. Quando me inscrevi, fascinou-me a ideia de correr por montes e estradões de terra durante a noite, mas ao mesmo tempo tinha algum receio que o percurso não estivesse devidamente sinalizado, que me pudesse perder ou mesmo magoar devido à fraca visibilidade.


Sábado, lá me encontrei com a Bo Irik e com o João Campos e seguimos para Bucelas. Na conversa falámos do tempo que íamos levar a fazer os 15 km. O João sugeriu que talvez os fizéssemos em duas horas. Eu, competitiva como sou, disse que queria fazer abaixo desse tempo, mas logo se veria...


Estava devidamente caracterizada de bruxa, já que o evento apelava a isso. Vá, metade bruxa, metade corredora. Chegamos uns 45 minutos antes da partida para levantar os dorsais e encontrar-me com o meu irmão mais velho que se ia estrear nestas andanças do trail, e logo de noite! 12112033_901145883300077_8269111121816301792_n.jpg

Perto da hora marcada, colocamo-nos na linha de partida, a afinar os frontais, a tirar as fotos da praxe e a aquecer as articulações, pois a noite estava assustadoramente fria!  Partimos os quatro e durante os dois primeiros kms íamos em amena cavaqueira e a pisar poças de água para ver quem molhava quem, resumindo, íamos muito animados! Na primeira subida o meu irmão avançou e nunca mais o vi! Raça do Homem, está mesmo em forma, só nos voltamos a encontrar já na meta.


A primeira parte do percurso foi mais penosa, são aproximadamente 7 km sempre a subir. Valeu-me as palavras dos companheiros de corrida mais habituados às subidas, principalmente o João Campos, que com tanta escada que sobe e desce nos seus treinos, lá me ia dando alento e mandava continuar.


O medo foi-se perdendo, havia estacas com LED's de 50 em 50 metros, assim como membros da organização (desfarçados de zombies e famtasmas) em alguns pontos críticos. Os frontais iam dando a luz suficiente, e a animação entre os três era grande. Eu e a Bo aproveitamos, ora para uivar, ora para dizer que a bruxa estava a chegar, que era assustador.... e o João aos poucos lá foi entrando no espírito. Resumindo, estava a ser um programa de Halloween super animado.


Ao longo do trajeto íamos encontrando alguns bonecos assustadores pendurados nas arvores, abóboras no chão, membros da organização vestidos de fantasma, tudo para nos lembrar que era o trail das bruxas. Às tantas o João olha para o relógio e diz, bem se continuarmos neste ritmo, somos capazes de acabar com 1h45. Sempre era menos que 2 horas, pensei eu.


Aproximadamente ao Km 8 encontramos o abastecimento. Parei, bebi água, comi laranja, banana, tudo nas calmas... E o João e a Bo a gritarem, "Vamos embora, não nos podemos demorar". Eu pensava, “Oh pá, mas que chatos, nem me deixam comer”, mas a verdade é que aprendi uma lição! Ali é para despachar porque íamos com uma ótima média e corríamos o risco de ser ultrapassados, o que acabou por acontecer... Sou mesmo verdinha nisto do trail.


A partir daqui foi prego a fundo serra abaixo, sempre a descer! A 4  quilómetros do final, começamos a encontrar os participantes da caminhada e vínhamos tão lançados que só gritávamos, “encostem à esquerda, deixem passar, obrigada”, parecíamos aquele cartoon do coiote, o pássaro que faz “bip, bip”. Lá ultrapassamos mais uns quantos participantes e de repente estávamos outra vez na Vila, a correr no alcatrão a dar tudo por tudo, a subir e a descer mais umas quantas escadas ao pé da igreja (disse tantas asneiras para mim própria), e assim como partimos juntos dentro do pavilhão, chegámos desta vez de mãos dadas, com um sorriso de orelha a orelha e com o sentimento de dever cumprido, de ter dado o máximo! Foi em 1h39m!


Foi de tal maneira que as duas meninas do CNC chegaram em 8º e 9º lugar da geral feminina e 5º e 6º lugar do escalão. UAU! Quero mais, ficou qualquer coisa a borbulhar cá por dentro…Quero dar os parabéns à organização, estava tudo muito bem assinalado durante o percurso, bem organizado e aquele caldo verde e a bifana no final caíram que nem ginjas.


E claro está, ao meu super marido, que apesar de não ter participado por ainda não estar a 100%, me acompanhou para dar aquele apoio!

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Preview : Salomon S-LAB Wings SoftGround

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Por Luis Moura :

 

Na pagina principal da Salomon tem um slogan :

"SALOMON WAS BORN IN THE FRENCH ALPS IN 1947. OUR PASSION FOR MOUNTAIN SPORT PROGRESSION, PRODUCT DEVELOPMENT, QUALITY, AND CRAFTSMANSHIP DRIVES US TO CREATE PROGRESSIVE GEAR TO ENABLE FREEDOM AND HELP YOU CHALLENGE YOURSELF IN THE MOUNTAINS."

 

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Introdução Salomon
A Salomon é uma empresa com provas dadas na elaboração e apresentação de sapatilhas de montanha e trail.
No entanto, nos ultimos 3 anos a concorrencia apercebeu-se deste gigantesco mercado e tentou rapidamente chegar-se ao lider indiscutivel do mercado e colocaram imensa pressão nos criadores da marca Filandesa.


A marca todos os anos tem lançado novos modelos para novos nichos de mercado e tem aperfeiçoado alguns modelos de maneira a acompanhar as cada vez maiores exigencias dos atletas, seja de topo ou os do pelotão. Algumas vezes tem conseguido e noutros não tem tido tanto sucesso.

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Nesse contexto, temos a sorte de ir testar as novissimas S-LAB Wings FW15 no modelo SoftGround, que é neste momento consideradas as topo de gama da Salomon. Isto porque muitos dizem que as sapatilhas de corrida SENSE são damasiado frageis para o comum dos mortais. São debates paralelos, mas interessantes. Em breve vou fazer a review das minhas SENSE 3.

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S-LAB Wings SG
No ano passado as XT wings deram o salto para as então novas WINGS PRO e para 2015 existe uma nova (r)evolução. E gigante no conceito. Existe uma convergencia entre os conceitos das gamas SLAB Wings, WINGS PRO e SENSE, e passa a existir as SLAB Wings.
As Wings perdem o esqueleto mais pesado e central que já vinha sendo apanágio deste modelo desde o seu inicio e adquire influencias das SENSE ULTRA, ficando a meio caminho entre as Wings PRO e as SENSE.

O que acarreta essas mudanças ? Temos uma sapatilha robusta, com uma enorme aderencia em quase todos os pisos, durabilidade maior ( para os standards da SALOMON ) e uma leveza superior face ás anteriores.

 

 

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O que é que isto quer dizer na pratica ?
É o que vou tentar descobrir nas proximas semanas. Para já deixo-vos aqui algumas fotos dela antes e depois do treino de Sexta-feira de manha na hora dos esquilos e um video introdutorio da propria Salomon.

Do treino de hoje de manha de 7km, onde corremos em lama, estradão e pedra molhada, só posso dizer que corresponderam às minhas ( elevadas) expectativas.

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Não percam os proximos capitulos :)

 

Bons treinos

 

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Aceitam o nosso desafio?

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Por Tiago Portugal e Filipe Gil:

 
Gostamos de nos desafiar! Não só a nós mas também aos nossos leitores. Por isso, desta vez, lançamo-nos num desafio e queremos estendê-los a vós. Especialmente aos homens que tem uma vida sedentária. Vejam o que é o THE PACK OF SIX, e juntem-se a nós! 

 

Tiago: 

 

Tirando um período quando era adolescente, entre os 15 e os 19 anos, e agora sempre tive alguns problemas com excesso de peso. Nada de extraordinário, como alguns jovens obesos que vimos hoje em dia, mas sempre fui mais pesado do que a maioria dos meus colegas, o chamado "gordinho" da turma. Em adolescente nunca pratiquei desportos que implicassem um grande esforço físico, tirando os pontuais jogos de futebol e ténis entre amigos. Sempre fui mais adepto de jogos de computador e passar muita horas no vício do PES e Football Manager, antigo CM.    

 

Graças a esta falta de atividade nunca fui propriamente detentor de um físico invejável. Já em adulto e numa fase mais sedentária da minha vida cheguei a pesar mais de 90kg. Tendo em conta a minha altura, 1m72cm e a minha estrutura, mais parecia uma bola.

 

Há cerca de 4 anos decidi tentar emagrecer mais a sério e comecei com as minhas irmãs a seguir o Shaun T e comprometemos-nos a fazer o programa dele durante dois meses, o Insanity Workout, uma loucura. Entre muito esforço, suor, lágrimas, mau-estar e alguns vómitos o meu peso diminuia gradulamente e ganhei alguma auto-estima e forma física. 

 

Nessa mesma altura comecei a correr, ainda que pouco de cada vez. Mas apesar de todo este esforço e de ter atingido os 70kg o ano passado nunca consegui vislumbrar 1 abdominal sequer. Verdade que estou melhor, passei de ter uma bola gigante na barriga para 3/4 pregas abdominais. A suster a respiração ao máximo, a luz certa e alguma imaginação acho que vejo pelo menos 2 abdominais já marcados.

 

Pode ser algo supérfluo e aceito as críticas que me possam fazer mas para quem sempre foi gordinho alcançar o 6 pack era, ainda é, um sonho. Nem que seja por pouco tempo. O objetivo é fortalecer o core, se entretanto conseguir ficar mais definido na região abdominal melhor.

Não me pretendo exibir nem por fotos em todo o lado, simplesmente quero saber que sou capaz ou pelo menos que tentei e que se quisesse fazia capa de qualquer revista de desporto.  

 

Em conversa com o Filipe descobri que partilhávamos em segredo este desejo e decidimos que seria agora a altura certa para abraçarmos este desafio. Porque esperar mais? 

 

Tenho à partida alguns handicaps. Não sei se a genética está do meu lado e sou extramente guloso. Com aquilo que corro já devia estar mais magro, mas o meu regime alimentar não é o melhor. Não há dia em que não coma um doce, ou dois. Salgados não é comigo, mas metam-me uma mousse de chocolate ou um bolinho e eu não resisto. Tão bom como os doces só mesmo o pão. 

 

Sou persistente e quando abraço um novo desafio não desisto tão facilmente. Assim a partir de hoje vou "tentar" comer menos bolos e pão, continuar a correr, apostar no Cross Fit, reforço muscular em casa (não sou fã de ginásios) e conto com a vossa ajuda para se juntarem a mim ou algumas dicas do que devo fazer.   

 

Quem se junta a nós? Até dia 1 de junho vamos acabar com a barriguinha.  

 

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Foto esquerda: A respirar normal.Lado Direito: A posar para a foto e com a luz certa. 

 

 Filipe:

 

A não ser quando estava nos início dos meus 20 anos e fazia surf, ou pelo menos tentava, os meus abdominais sempre foram uma miragem. Desde essa altura que, fofinho e preocupado, arranjei-lhes uma bela camada adiposa que os tem protegido desde então. Uma vezes mais volumosa, e hoje em dia nem tanto, graças à corrida. Mas a memória de alguma espécie de abdominais ou o "famosos" six pack desvanesceram-se nas brumas da memória.

 
Ora, qual crise dos 40, e em conversa com o Tiago Portugal, e apesar de ele ser mais novo, decidimos trabalhar para o six pack, nem que seja só para os ter durante uma semana nas nossas vidas.Assim, aceitei o desafio de trabalhar para o tal six pack, que é estensível aos nossos leitores que nos quiserem acompanhar. Irei usar as mais variadas técnicas: corrida, treinos do CNC, apps para abdominais, boa nutrição, etc.
 
Começamos o desafio ontem, 1 de novemebro, e o objetivo é chegar a 1 de junho com abs de fazer inveja aos senhores que aparecem nas capas da Men's Health!
 
O meu desconhecimento sobre como será o processo é total. Não faço ideia de qualquer outro exercício para além das pranchas (aguento 2:30 minutos. E tu Tiago?). Por isso, aí desse lado, quem quiser ajudar, todas a ajuda  é bem-vinda.
 
É mais um desafio público aqui no blogue. Se há quase três anos eu e o Bruno Andrade contamos como perdemos, com sucesso, 6 a 8kgs numa dieta equilibrada. No ano passado, estava por esta altura a inscrever-me nos 50km do Piódão, que apesar de terem sido feitos levaram-me a uma lesão com 8 meses, e por isso o sucesso foi relativo. Agora este desafio com o Tiago. Espero seja um sucesso, apesar se saber que será o mais difícil até ao momento.
 
Deixo aqui uma foto do meu estado (lastimável) atual. MAs esta barriga "fofinha" tem os dias contados!!! Conto com a vossa ajuda? Vamos a isso? Juntos?

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November Run

  ... podia ser o nome de um dos êxitos dos Guns n' Roses, mas não. Vai ser mesmo o nosso e o vosso mês de Novembro... uma autêntica chuva de treinos! Portanto aproveitem as temperaturas mais frescas para se porem em forma ou até mesmo melhorar a vossa performance. 

Resta frisar que os nossos treinos são abertos e gratuitos a todos os que queiram participar! Relembramos apenas que os mesmos são guiados e não organizados, sem seguro colectivo, pelo que cada participante é responsável por si próprio.

 


PIMP YOUR MUSCLES

Data: 3 de Novembro, terça-feira
Ponto de Encontro: Jardim do Campo Grande (junto aos campos de Padel)
Hora de encontro / partida: 19:15 / 19:30
Distância / Duração (aprox.): 60 min
Tipologia de treino: funcional para corredores
Não esquecer: Hidratação
Guias Correr na Cidade: João Gonçalves e Bo Irik

Confirma a tua presença no Facebook!

 

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LET’S MEET AT THE PARK 

Data: 9 de Novembro, segunda-feira
Ponto de Encontro: Parque Eduardo VII, junto aos autocarros turísticos
Hora de encontro/partida: 19h15 / 19h30
Distância / Duração (aprox.): 10km
Tipo de treino: misto - estrada e trilhos
Não esquecer: frontal (obrigatório), roupa clara ou reflectora e hidratação
Guias Correr na Cidade: Bo Irik e Tiago Portugal

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CORRIDA DE A a Z

Data: 14 de Novembro, sábado
Ponto de Encontro: Cais Fluvial de Belém
Hora de Encontro / Partida: das 09h00 às 12h30
Distância / Duração (aprox): 5/6km
Tipologia de treino: Encontro informal em que poderás aparecer em qualquer momento no horário definido. Tem como objectivo a troca de conhecimentos, partilha de truques e dicas e sobre tudo o que é necessário para começar a correr ou evoluir na sua corrida. Contem connosco para retirar dúvidas que tenham sobre treinos, material, provas, alimentação ou suplementação. E porque conversar não aquece, a cada 30min sairá um grupo para correr cerca de 5 a 6km.
Guias Correr na Cidade: Tiago Portugal, João Gonçalves e restante Crew

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INTO THE WILD - The Return

Data: 17 de Novembro, terça-feira
Ponto de encontro: Parque de estacionamento do Bairro da Serafina
Hora de Encontro / Partida: 19h30 / 19h45
Distância / Duração (aprox): 10kms
Tipologia de treino: Trail com 300 de D+
Não esquecer: sapatilhas de trail (obrigatório), frontal (obrigatório), roupa reflectora, hidratação e telemóvel
Guias Correr na Cidade: Filipe Gil e Nuno Malcata

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PISCO DA MATINHA

Data: 22 de Novembro, domingo
Ponto de Encontro: Palácio de Queluz
Hora de Encontro / Partida: 8h45 / 9h00
Distância / Duração (aprox): 8km / 1hora
Tipologia de treino: Trail (soft)
Não esquecer: hidratação
Guias: Liliana Moreira e Miguel Pinho

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GET BACK ON TRACK
Data: 24 de Novembro, terça-feira
Ponto de Encontro: INATEL - Parque Jogos 1º de Maio (Av. Rio de Janeiro)
Hora de encontro / partida: 19:15 / 19:30
Distância / Duração (aprox.): 1 hora
Tipologia de treino: técnica de corrida em pista
Não esquecer: hidratação e sapatilhas de estrada
Guias Correr na Cidade: Pedro Tomás Luiz e Liliana Moreira

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SEXY SLOW TRAIL @ JAMOR

Data: 29 de Novembro, domingo
Ponto de Encontro: Jamor -  frente ao café da canoagem
Hora de Encontro / Partida: 9h00 / 9h15
Distância / Duração (aprox): 8K / 1h15
Tipologia de treino: iniciação ao trail running
Não esquecer: sapatilhas de trail, hidratação e boa disposição!
Guias Correr na Cidade: Ana Sofia Guerra

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Então, vais ficar em casa com "medinho" da chuva?! Anda daí!

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