Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Correr na Cidade

Unboxing: Mochila Raidlight OLMO R-ZONE

Para vos mostrar as novidades das mochilas de hidratação, o representante da marca Raidlight em Portugal, a DMAKER, gentilmente nos cedeu uma mochila Raidlight OLMO R-ZONE. Tal como mencionamos num post há uma semana, o mercado dos sistemas de hidratação, nomeadamente das mochilas, em Portugal é maioritariamente representado por 4/5 marcas que são as principais escolhas entre os corredores nacionais. Estamos naturalmente a referir-nos à Salomon, Kalenji, Quechua, Berg, Ultimate Direction, sendo que pontualmente surgem mochilas da Raidlight e de outras marcas.  

 

No site oficial da marca podem consultar as principais características da Raidlight OLMO R-ZONE. A Bo Irik irá testar a mochila, a começar amanhã, nos Trail de Bucelas 27K. Fiquem a aguardar a review final aqui. 

IMG_20150131_154440.jpg

IMG_20150131_154455.jpg

IMG_20150131_154505.jpg

IMG_20150131_154537.jpg

IMG_20150131_154559.jpg

IMG_20150131_154617.jpg

E tu, já tens experiência com Raidlight? Que modelos?

Boas corridas!

As novidades da New Balance para a primavera/verão

Por: Tiago Portugal

 

A New Balance acaba de apresentar a sua coleção de sapatilhas de corrida - estrada e trail - para a primavera/verão. Estes são alguns dos modelos que achámos mais interessantes.  

 
Coleção Homem 

760

 

 

m760bo1_2.png

 870

m870bo3_2.png

 890

m890bo5_2.png

 980- Fresh Foam

m980bo2_2.png

mt110 (trail)

 

 

mt110ap2_2.png

 mt980 (trail)

mt980bo_2.png

 1210 (trail)

mt1210b2_2.png

 

Coleção Mulher 

790

w790sb4_2.png

 880

w880gp4_2.png

 980- Fresh Foam

w980ps2_2.png1500

 

w1500pg_2.png

 1980

W1980WP_2.png

 10rx minumus

wr10rx2_2.png

 

Por Liliana Moreira

 

Ontem foi o treino semanal do Correr na Cidade e como divulgámos, foi um treino diferente do habitual, primeiro porque foi totalmente em pista e depois porque tivemos a presença do atleta para-olímpico Jorge Pina e de mais dois elementos da Associação com o seu nome.

Muitos de nós já se devem ter questionado como é possível um invisual praticar atletismo, sobretudo em alta-competição, qual será a sensação de correr recorrendo apenas aos outros sentidos e o que fazer, ou dizer,  quando se guia alguém nestas condições.

Ontem mesmo com ameaça de chuva e fortes rajadas de vento reunimos um quorum de 25 participantes nas instalações do Inatel. Pelo menos 15 dos participantes estavam completamente alheios ao que se ia passar, confiaram em nós, tiveram a coragem de questionar e permitiram que fosse o Jorge Pina a guia-las nesta descoberta.

Não resta a menor dúvida que foi um treino muito rico, não só pela componente humana como pela componente técnica, porque se julgam que foi só conversa… estão enganados!

A pista do Parque de Jogos 1º de Maio ontem foi nossa e deixamos lá muito suor também. 

 

Treino_CnC_AssociacaoJP.jpg

 

Julgo que a satisfação relativa ao treino foi geral, pelos menos os sorrisos dos participantes assim o indicaram, mas partilho convosco algumas palavras sobre o treino.

 

João Filipe Figueiredo

"O Jorge Pina é amblíope, tem perda total de visão de um olho e apenas vê 10% do outro olho. Vê vultos, como ele descreve. Mas nem por isso se sente diminuído. Tem uma força interior impressionante. Começou o início do treino com uma pequena introdução à Associação com o seu nome, cujo objectivo principal é apoiar jovens e atletas que estão na mesma situação que ele.

Após um aquecimento de cerca de meia hora à volta do campo de treinos, fomos todos fazer series para a pista de tartan. Foi magnifico o acompanhamento do Jorge e a sua boa disposição constante. Andamos ali às voltas a fazer sprints que nem doidos.

Depois veio uma experiência completamente fora do normal, correr com uma venda nos olhos e guiados por um companheiro de treino. É incrível a diferença entre correr e ver e correr e não ver nada, com olhos completamente vendados. Primeiro tive a tendência para ir para a direita, o meu guia, o Luís Moura, lá me foi acalmando e indicando-me o caminho. A sensação de que podemos cair ou bater contra qualquer coisa esvai-se após alguns metros e começamos a ter uma autoconfiança que desconhecíamos. No fim até acelerei um pouco mais. De olhos fechados parece que o tempo de dar uma volta à pista parece menor do que em circunstâncias normais.

Foi uma experiência incrível. "

 


Inês Machado

"Something Special by Correr na Cidade - o título já nos dizia que ia ser especial, mas o treino de hoje organizado pelo Correr na Cidade com a Associação Jorge Pina, foi para mim uma experiência única.

Não me vou cansar de agradecer a todos por me terem proporcionado este momento de exercício físico, de partilha, de lição de vida, de força.

Foi inspirador conhecer uma força da natureza e um exemplo de atleta como o Jorge Pina e um privilégio poder estar ali naquela pista a receber a sua melhor energia, ensinamentos, determinação e boa disposição, sempre em grupo, sempre juntos como sempre acontece quando treino com a equipa "Correr na Cidade", ninguém fica para trás!

Chegámos mesmo a "sentir o que ele sente", ao correr sem ver, ao lado de um companheiro do grupo que nos guiava. Uma experiência para guardar para a vida e para lembrar em todas as corridas (e outras situações de vida) onde nos falham as forças, a motivação, as pernas ou a cabeça, porque "Onde há vontade, não há limitações!".

Obrigada."

 

 

“É uma sensação espetacular e assustadora ao mesmo tempo. A diferença é que eu consigo tirar a venda.” - palavras proferidas pelo Bruno Araújo-Gomes quando chegou da sua volta vendado.

 

Vejam o video que o CnC preparou para vocês.

 

 

 

Quero deixar um agradecimento especial à Associação Jorge Pina pela disponibilidade imediata em se juntarem a nós, ao Inatel pela cedência das suas instalações e sobretudo ao Jorge Pina pela sua gigantesca partilha de força, garra e motivação!

Muito obrigado a todos os que tiveram presentes.

Até para a semana  ;)

 

A suplementação à distância de um clique

1602193_649666978483529_5658984414628142285_o.jpg

Desde que a maioria da crew do Correr na Cidade começou a correr mais em trilhos - mas atenção, não deixámos a estrada e as cidades  - temos vários corredores que estão a levar "a coisa" mais a sério. Um deles é o Stefan Pequito (há outros, mas a seu tempo falaremos deles).

 

O Stefan está a apostar na sua primeira época a sério. E nós, o resto da crew, está cheia de orgulho no "nosso" atleta que, apesar de sermos suspeitos em escrevê-lo, é um dos atletas com maior margem de manobra de crescimento na modalidade que apareceu nos últimos anos (sem pressão, Stefan, sem pressão, ok?!)

 

E ficámos ainda mais contentes quando soubemos que a loja online Girassol vai apoiar o Stefan nas suas necessidades de suplementação ao longo deste ano. A partir de agora vão ver o Stefan a correr com o logo da Girassol na tshirt. Um orgulho.

 

Mas afinal quem é a Girassol, devem perguntar vocês? Leiam as linhas seguintes e fiquem a conhecer melhor a Girassol.

  

Entrevista feita ao responsável da Girassol, Marcos Torres.


Há quanto tempo existe a loja Girassol?
Apenas há 30 anos… :). Nascemos em 1984, na cidade de Aveiro, criados por António Gouveia Torres, que continuará certamente a iluminar tudo o que à Girassol diz respeito. Quanto ao site Girassol.com, fizemos o nosso primeiro aniversário em Outubro de 2014.

 fundador.png

Qual o conceito da loja e a sua diferenciação em relação a outras lojas?
Calunguembia significa “o homem que gostava de ver nascer o sol”, era assim que o nosso fundador era conhecido em Angola há mais de 30 anos… E foi esse mesmo sol que lhe deu força, quando lhe foi diagnosticado um cancro no cólon. Encontrou ajuda numa dieta à base de produtos naturais, compostos a partir de plantas que se alimentam do mesmo sol que lhe alimenta a alma. Recuperou a saúde e fundou uma loja para vender os produtos que o salvaram. Para além de toda a história que está na génese da Girassol, que acreditamos que seja por si só um grande elemento de diferenciação, o principal factor que nos tem destacado no mercado é a preocupação e cuidado com o nosso Sol: os nossos clientes. Acompanhamos efectivamente os seus caminhos e garantimos que ficam sempre satisfeitos, antecipando eventuais problemas que possam surgir. Os nossos preços muito competitivos são uma preciosa ajuda para nos dar a conhecer no mercado, mas acreditamos que é este centralizar de atenções no cliente que nos distingue da concorrência.


Porque razão optaram por se lançarem no e-commerce?
Com o evoluir da tecnologia, também a Girassol se tem vindo a modernizar nos últimos anos. Acompanhando essas tendências, em que o digital representa hoje um mercado muito promissor e com inúmeras e fascinantes possibilidades, lançámos a loja online, de forma a quebrar as barreiras espaciais de uma loja em Aveiro e permitindo-nos colocar a Girassol mais perto das pessoas.


Que tipo de oferta têm para corredores, a nível de produtos?
Felizmente a nossa oferta para desportistas é muito vasta e a resposta estará certamente incompleta mas, temos desde produtos energéticos, a outros para a recuperação muscular, proteínas, vitaminas… Visitem-nos em www.girassol.com.


Qual o vosso produto mais vendido junto da comunidade de corredores?
Depende um pouco do objectivo que cada consumidor pretende com a suplementação, mas, tentando responder mais objectivamente à questão, para quem, por exemplo, procura a recuperação muscular após o treino, temos tido sucesso com a linha Fast Recovery da GoldNutrition.

Têm produtos de marca própria?
Sim, temos dois produtos alimentares de marca própria de pequenos produtores locais, de alta qualidade e efectivamente bons: o sal e os flocos de Aveia.


Quanto tempo demora uma entrega de um produto adquirido na vossa loja?
Em Portugal Continental, as encomendas finalizadas até às 17h na nossa loja online são entregues até às 19h do dia útil seguinte. Para a Madeira e os Açores levam entre 2 a 5 dias a serem entregues.


Que conselhos dão, a nível de produtos, aos corredores iniciados e que estão agora a iniciar corridas mais longas e, consequentemente a necessitar de mais suplementos alimentares?
A suplementação é uma necessidade quando o volume de treino aumenta e não um “milagre” para se conseguir bons resultados sem um treino regular e específico.
Ao começar, antes de se preocupar com a suplementação, deverá definir um objectivo e programar os treinos de acordo com ele. Numa fase inicial é importante não esquecer a hidratação antes, durante e depois do exercício físico, podendo recorrer a uma bebida isotónica para além da água.Com o avançar do programa de treino, é natural que este se torne mais desgastante fisicamente e o organismo precise de uma ajuda para a recuperação, como o Fast Recovery.
Não esquecer que em qualquer programa de treino de corrida os dias de descanso são fundamentais.As articulações tendem a sofrer: treino funcional específico para reforço muscular e Cartilogen são duas opções sensatas.
Nos dias de treino com distância ou tempos longos, Pre-Workout Endurance é um bom suplemento. Durante estes treinos facilita bastante tomar um gel Extreme ou uma barra energética Extreme a cada hora.


Conseguem perceber se o vosso cliente é mais corredor de estrada ou de trail?
Se efectuarmos uma análise destes últimos meses, e tendo em conta o feedback que temos obtido por parte dos nossos Clientes, temos mais corredores de estrada do que de trail.


Que novidades de produtos/serviços irão ter em breve?
Temos tentado introduzir no site uma média de 100 produtos novos, todos os meses. Como comercializamos na nossa Loja física, em Aveiro, cerca de 3.700 produtos e ainda só temos cerca de 900 produtos no nosso site, nos próximos meses conseguirão sempre encontrar novos produtos…De qualquer forma, procuramos sempre acompanhar as últimas tendências do mercado. Quanto a serviços, iremos reforçar a nossa presença noutros meios digitais além do nosso website. Novidades para breve… 


Como veem o crescimento da adesão dos portugueses à corrida?
Com bons olhos, é claro. Não apenas por se tratar de uma oportunidade de negócio mas fundamentalmente pela mudança de mentalidades, pela adopção de um estilo de vida cada vez mais saudável e com consciência, esperamos nós, de que podemos superar uma grande quantidade de obstáculos de uma forma natural. 

1379403_587722277951334_405491103_n.jpg

 

Fortalecimento do Pé

Por Tiago Portugal:

 

Para melhorar a performance atlética e a forma é recomendável realizar um programa de reforço muscular, também apelidado de treino de força. Esta premissa também é válida para os corredores. A força muscular  para quem se dedica a distâncias mais longas pode ser definida como a abilidade de usar a energia armazenada nos músculos de forma mais eficiente, de criar poder de impulsão e propulsão e atingir uma eficaz estabilidade a nível corporal e dos movimentos.

 

É a capacidade de usar a energia disponível no nosso organismo para completar tarefas fisicamente exigentes durante um período longo de tempo. O objetivo enquanto corredores é percorrer distâncias, por vezes grandes, com a maior velocidade possível. Idealmente queremos nos cansar o menos possível e gradualmente ir aumentando a nossa resistência. De forma a alcançar melhores resultados é necessário ter ou aumentar a força muscular.

 

Paralelamente a esta componente é igualmente necessário ter equilíbrio. O corpo deve trabalhar como um todo. O equilíbrio muscular é nos programas de treino muitas vezes esquecido ou posto em 2.º plano. No entanto um aumento do mesmo promove movimentos mais eficazes, estabilidade, força e maior tolerância ao esforço. Apesar de ser um tópico cada vez mais abordado nas discussões entre corredores o fortalecimento dos músculos do pé ainda não tem a importancia devida. Além de que possivelmente irão diminuir a ocorrência de lesões a nível dos pés. 

 

Os ossos, ligamentos, tendões e músculos dos nossos pés são uma das chaves do sucesso para se alcançar e melhorar a forma e o equilíbrio. Para os corredores tudo começa nos pés, no primeiro contato com o chão e da maneira como o nosso corpo absorve o impato, reage ao estímulo e à energia dispendida em todos os movimentos necessários para dar o próximo passo.   

 

Da mesma forma que treinamos a região abdominal, o core, e os grandes músculos dos membros inferiores podemos e devemos treinar os músculos do pé. 

 

Existem vários exercícos que podem ser feitos em casa e que permitem um eficaz fortalecimento dos pés. Nas imagens que se seguem  estão exemplificados alguns, para os realizar só é necessário vontade, uma toalha e se tiverem uma fita elástica. Os exercícios deverão, preferencialmente, ser feitos 3 vezes por semana. 

4.jpg

1.jpg1.jpg

Além destes exercícios podem, através de uma simples pesquisa na Internet, encontrar uma grande variedade de outros. 

 

No entanto, existem outros métodos e exercícios de fortalecimento e equílibrio. Uma das formas de trabalhar a força do pé é através de uma tábua inclinada, apelidada em inglês de Slant Board. Em alternativa pode-se utilizar um disco de estabilidade. 

No livro do Eric Orton - The Cool Impossible podem ver alguns dos exercícios possíveis com a Slant Board.  

2.jpg1.jpg

 

Na imagem em baixo podemos observar 3 posições distintas do pé na Slant Board.

3.jpg

 Imagem retirada da internet e que faz parte do livro “The Cool Impossible” – Eric Orton

 

De seguida mostramos alguns dos exercícios recomendados pelo Eric Orton no seu livro.

Recomendações:

  • Efetuar os exercícios descalço e sem meias;
  • Preferencialmente utilizar o dedo grande do pé para a estabilidade;
  • Utilizar os bastões numa fase inicial para ajudar na estabilidade, o objetivo final é realizar os exercícios sem bastões;
  • Utilizar um espelho para ver se a posição corporal está a ser a correta.

pes1.jpg

pes3.jpg

pes3.jpg

Imagens retiradas do livro "The Cool Impossible" - Eric Orton

 

Se quiserem  podem aceder aqui a um post de como construir uma Slant Board em casa. 

Boas corridas a todos.

Crónica IV - A entrar nos eixos

Desafio 50K.jpg

Por Filipe Gil:

A semana de preparação, desde o meu último relato, começou bem com um treino INTO THE WILD, onde eu e o Tiago Portugal, e mais elementos do Correr na Cidade guiámos cerca de 17 pessoas pelos trilhos de Monsanto – que andámos a descobrir no dia anterior.

10945549_762947490453251_8475877256428294458_n.jpg

Curiosamente, e talvez porque as condições meteorológicas não estavam animadoras, a única mulher a aparecer no treino foi a Bo Irik - o que se passa convosco, mulheres?!!.
Um treino com muitas subidas, com frio e  muito boa disposição. Às tantas, e como tínhamos preparado o treino para corredores menos experientes , mudámos a rota e fomos fazer a subida do “Cozido”. Um extra que soube muito bem. Ainda vimos duas salamandras e tivemos mesmo a perceção que se consegue estar 100% no campo dentro da cidade. Ah, e muito importante, respeitar sempre a natureza.

 

Os dias seguintes foram de descanso. Nem exercícios de força nem alongamentos. Só no sábado consegui voltar a correr. Combinei como o amigo Nuno Espadinha, e aproveitando uma brecha na vida familiar, fomos fazer algumas subidas para Monsanto. Antes fiz um vídeo que publiquei no facebook do Correr na Cidade sobre o “material” que levei para o treino. Um pouco demais, talvez, mas não sabia se estava frio, se ia anoitecer antes de voltar, etc.

Confesso que é das coisas que mais dores de cabeça me dá em relação à corrida, o que levar. Aliás, mais o que a minha preparação, está a preocupar-me o que devo levar vestido para o Ultra do Piódão? Devo ir de calças? Devo ir de calções? Levo algo mais quente para vestir entre a t-shirt e o corta vento? Não sei.

 

Outra das minhas dúvidas são as meias de compressão. Confesso que ainda estou indeciso à sua utilização em provas, apesar de ter a perfeita certeza de que no pós prova são algo abençoado. Mas para 50 quilómetros devo levar? Se sim, quais? Umas de compressão mais forte ou de uma compressão mais leve? Ou não devo levar de todo? Alguém quer ajudar e opinar?

 

Já em relação à alimentação também tenho poucas certezas. Sei que não gosto de levar água nas costas, prefiro dois bidões na frente da mochila, um com água e outro com uma bebida isotónica. Levo sempre mel, frutos secos e um pacote de sal para as cãibras, e alguns géis, dos quais não sou muito adepto. Também costumo levar muita coisa, mas acho que utilizo 25% do que levo, mas pelo menos não stresso com falta de calorias. E vocês, o que aconselham?

 

Votando ao treino de sábado, eu e o Nuno fizemos cerca de 1h30m com uma subida da A5 e uma subida do “Cozido”. Ainda andámos por outros caminhos sempre a subir. Foi bom, deu para dar mais resistência, deu para colocar a conversa em dia, deu ainda para regar as plantas…
10945054_10153180234394050_4476831691752484271_n.j

O resto do fim-de-semana foi passado a descansar e, claro a ler a revista Notícias Magazine.Nesse domingo foi publicada um artigo/reportagem que fiz sobre trail running. Foi dos trabalhos mais gratificantes que já fiz como jornalista. Juntei, efetivamente duas paixões: a corrida em trilhos e a escrita. As conversas que tive com os entrevistados são memoráveis e já as ouvi várias vezes. Um trabalho que me tirou parte das férias de natal com muito gosto. Se ainda não tiveram oportunidade de ler, cliquem aqui e depois digam de vossa justiça.

17951038_Fm2WL.jpeg

 

Voltei a treinar na segunda-feira. Daqueles treinos que não me apetecia nada fazer, para o qual tive uma grande preguiça, mas que no final valeu muito a pena. Fiz um treino de velocidade. Comecei a correr normalmente, para aquecer, e depois passados 10 minutos fiz três séries de 10 minutos mais rápidos. Muito mais rápidos, com os batimentos a chegarem aos 175 bpm. Entre eles parei um pouco para voltar a um bpm cardíaco de 130, e depois regressei. Custou. Mas senti-me muito bem no final. Já não me esforçava tanto num treino em estrada fazia meses.

E por estar em estrada tentei algo que nunca tinha feito antes. Influenciado pelas mensagem do Sylvian, de que vos falei na crónica da semana passada (aqui) tenho estado a tentar, lentamente, mudar a postura e correr com os joelhos mais dobrados. Mas nesse dia de treino já perto do final, quando regressava para Algés, ali perto do Hotel Altis Belém decidi descalçar-me...e correr descalço.

 

Fui dali até ao final do edifício da Fundação Champalimaud, porque não queria abusar, mas devo dizer que fiquei surpreendido com a sensação. Sempre fui muito céptico em relação ao correr descalço - apesar de adorar andar descalço -, e não é minha intenção correr descalço algum dia. Mas aqueles breves minutos souberam muito bem. Senti melhor o meu corpo, os meus pés, mesmo quando doia, e senti-em em comunhão com aquilo que pisava (nesta altura já devem estar a pensar: pronto, pirou de vez...). Foi realmente uma sensação única. Percebi logo que a passada era diferente naquelas centenas de metros, e quando me calcei novamente continuei a pisar "bem", mesmo já cansado. Acho que vou repetir a experiência muito em breve.

 

A proxíma semana de relato, que hoje começa, irá levar-me no domingo a fazer os 27km do Trail de Bucelas. Será, certamente, uma excelente oportunidade para perceber como está a minha forma. Se é que ela existe...


Boas corridas.

 

Leia aqui a crónica III

Leia aqui a crónica II

Leia aqui a crónica I

 

 

 

 

Unboxing: La Sportiva Bushido

IMG_3903.JPG

Por Nuno Malcata

 

Nos próximos meses vários membros do Correr na Cidade vão ter grandes desafios em Trail, e eu não sou excepção. Já no próximo mês de Março terei a estreia oficial numa prova com distancia de Ultra no Piodão, e ter os ténis certos para a prova tem sido uma das preocupações. 

 
A La Sportiva teve a gentileza de nos enviar um dos seus modelos para trail, os Bushido, que vou testar nas próximas semanas e validar se vão ser os companheiros para os 50Km no Piodão.
 
Para já ficam as fotos do Unboxing. 

 

ub1.jpg

 IMG_3892.JPG

 IMG_3893.JPG

 

IMG_3898.JPG

IMG_3900.JPG

IMG_3901.JPG 

IMG_3902.JPG

Linhaça: será que é uma boa opção para o atleta?

IMG_1381.JPG

Por Ana Morais:

 

A ideia de escrever um artigo sobre a linhaça surgiu dum vídeo publicado pela Bo Irik acerca do seu pequeno-almoço antes de um treino longo e, do facto, de ainda existirem algumas dúvidas acerca das propriedades nutricionais deste alimento.

 

A linhaça (cujo nome científico é Linum usitatissimum) é uma planta que dá origem ao tão conhecido linho. Para além do linho, uma das partes mais comercializadas da planta são as suas sementes, cuja coloração depende da sua origem: as sementes de linhaça dourada crescem em climas mais frios (normalmente do Canadá) e apresentam uma casca mais fina ou suave; as sementes de linhaça castanha desenvolvem-se em climas mais quentes ou na região mediterrânea. Mas as suas propriedades nutricionais são semelhantes.

 

Uma das características nutricionais mais importantes é a sua composição em fibras solúveis e insolúveis. Estas fibras vão ajudar a regularizar o trânsito intestinal, a reduzir o colesterol total e a proteger a mucosa intestinal. Assim, também ajuda a manter o sistema imunitário mais saudável e é um dos grandes aliados na luta contra o excesso de peso.

 

Outra característica deste “super alimento” é o seu teor em ácidos gordos essenciais (aqueles que o organismo não consegue produzir e que só podem ser obtidos através dos alimentos), nomeadamente os Ómega 3 e 6. A estes elementos são atribuídas várias propriedades nutricionais: anti-inflamatórios, antioxidantes, redutores do colesterol e participam na renovação celular.

 

Para além disto, as sementes de linhaça ainda são ricas em minerais (Ferro, Fósforo, Cálcio, Magnésio e Potássio) e vitaminas (B1, B2, C e E). Também é importante referir que possuem uma substância chamada lignana (um fitoesterogéneo) que tem uma ação semelhante ao estrogénio e que está relacionado com a proteção contra o cancro da mama e a manutenção da massa óssea.

 

Desta forma, a importância do consumo de sementes de linhaça pelos atletas está mais do que comprovada:

- Melhora a contração muscular;

- Previne a dor nas articulações;

- Estimula o metabolismo a produzir mais energia;

- Diminui a fadiga muscular após o exercício;

- Auxilia na manutenção do ritmo cardíaco;

- Previne o aparecimento da obstipação;

- Reduz os sintomas relacionados com a tensão pré-menstrual;

- Previne o aparecimento de certos tumores, como o da mama, cólon, próstata e do pulmão.

 

As sementes de linhaça podem ser compradas nas ervanárias e em alguns supermercados, e encontram-se sob a forma de sementes inteiras ou trituradas. A melhor forma de as consumir é triturada junto com iogurtes, batidos, sopas, saladas ou bolos. Mas, se a comprar já triturada, deve guardá-la num recipiente fechado, guardado num local seco e longe da luz solar (também pode guardar no frigorífico).

 

Em relação às contraindicações, as sementes de linhaça devem ser evitadas em indivíduos que sofram de oclusão intestinal, diverticulite ou irritação intestinal. Se forem consumidas inteiras, as sementes podem causar algumas cólicas ou flatulência.

 

Boas corridas!

Race Review: Grande Prémio Fim da Europa

10941040_768097469951192_2032054591942271004_n.jpg

Por Bo Irik:

O ano passado, quando escrevi sobre a minha participação no Grande Prémio Fim da Europa, caracterizei-a como uma prova para PBJ – “Personal Best Joy”, por ser uma prova que dá muito prazer.

 

Este ano, a minha segunda participação, foi mais uma festa, mas não tão intensa como a ano anterior. Na verdade, já estou habituada a treinar na zona de Sintra e esta zona, maravilhosa, já não é nenhuma novidade, pelo que já não impressiona tanto quanto foi o ano passado. De facto, cada vez mais, prefiro trilhos a estrada, e a zona de Sintra é, para mim, um verdadeiro paraíso de trail running.

 

Voltando à prova, fui de comboio com o amigo João Gonçalves, uma viagem muito agradável que deu para pôr a conversa em dia. Depois de me encontrar com a Carmo no "Café Saudade" para ela me dar o meu dorsal, e desfrutar de uma carioca de limão e scone, dirigimo-nos às carrinhas para largar os nossos sacos que seriam levados até a meta. Esta prova, com início em Sintra e fim no Cabo da Roca, não é circular, antes pelo contrário, afastamo-nos da partida 17km, e por isso envolve alguma logística, tanto no transporte dos sacos como dos atletas.

 

10151954_10204617396809231_3713262910981596706_n.j

 

O percurso é fantástico e por isso, como a procura é tanta, a organização decidiu aumentar mais vagas este ano, foram três mil! Aumentar o número de participantes envolveu haver duas vagas de partida, uma primeira às 10h00 e uma segunda às 10h15. Quem se atrevia a “mudar” de vaga, seria desclassificado, pois, os chips estavam programados de acordo com a partida. Penso que esta medida funcionou muito bem e permitiu evitar engarrafamentos na parte inicial da prova, onde passamos pelas ruas estreitas de Sintra. Parabéns à organização.

 

Em termos de altimetria, esta prova é muito desafiante. Em algumas subidas caminhei, pois, achava que o esforço de correr não compensava tendo em conta a reduzida diferença no ritmo, e com um treino de 16km em trilhos feito no dia anterior, tinha as pernas algo cansadas.

 

O percurso é lindo e como estava um dia solarengo, as vistas estavam fantásticas, mesmo!

 

A última parte do percurso é sempre a descer e contamos com o apoio simpático dos Azoíenses e ainda de alguns atletas, principalmente as simpáticas Tartarugas Solidárias, que dedicaram a sua manhã de domingo ao “cheering” daqueles que iam à conquista do Fim da Europa. Muito obrigada às Tartarugas, que espírito fantástico. 10947257_951243561554805_7998202393438216364_n.jpg

 

A meu ver, a organização da prova esteve muito bem. Houve críticas à logística dos autocarros, mas no meu caso tudo fluiu. Outra crítica foi a falta da medalha, “principalmente por ter sido a 25ª edição” da prova. Na minha opinião, e tendo em conta a bonita camisola que recebemos de recordação, a medalha foi perfeitamente dispensável. Enfim, são opiniões. Gostaria de enfatizar o excelente lanche que recebemos na meta – pãozinho misto, napolitana de chocolate, chá e isotónico – e os dois abastecimentos de água ao longo do percurso, bem localizados e funcionais.

 

No que toca ao meu desempenho, embora não tenho nos meus objetivos melhorar o meu desempenho em estrada, em termos de tempo, fiquei feliz ao saber que tirei 3 minutos ao tempo do ano passado e que fiquei em 13º do meu escalão.

 

Para o ano, sem dúvida farei por estar presente nesta prova, que é das minhas preferidas em estrada, tanto pelo desafio, como pelo percurso e ambiente.

5 Dicas para fazer ultra trails

Pedimos ao corredor David Faustino que, com a sua experiência nas corridas (quer em estrada quer nos trilhos) nos desse algumas dicas para quem se quer iniciar nas longas distâncias, nos chamados ultra trail – ou trail ultra, para sermos mais corretos. Estas são as dicas de um dos portugueses com mais quilómetros nas pernas da atualidade.

daf_omd.jpg

Por David Faustino:

 

Após algum tempo a correr, é natural querermos alcançar novos objetivos. Na estrada trata-se quase sempre de querer melhorar tempos numa determinada distância e no trail quase sempre de aumentar a distância percorrida.

 

Assim, a primeira ambição séria dum corredor de trail é passar a ser um "ultra corredor", ou seja correr pelo menos 43 Kms.Ficam aqui 5 dicas para quem pretende dar esse passo, de forma a que a experiência decorra da melhor forma:

 

Definir um objetivo realista - pensar iniciar-se nas ultras numa prova de 100Kms é possível, mas será seguramente uma experiência dolorosa, mesmo que bem sucedida. Escolher uma primeira prova moderada em distância (50 Kms p.e.) e com um acumulado positivo confortável. Preferir uma altura do ano sem temperaturas extremas, nem num local de características geográficas que dificultem a progressão ou que exponham em demasia aos elementos (vento, neve, sol,etc).

 

Ter a preparação de base necessária - se não se está à vontade com distâncias até 75% da prova alvo, deverá ser reavaliado o objectivo.

 

Treinar em condições de prova - isso é com o material a usar, nas horas em que a prova irá decorrer, em condições climatéricas parecidas com as esperadas no dia da prova. Se possível, reconhecer o percurso em duas ou três etapas, nos últimos treinos antes da prova.

 

Treinar a parte mental - numa ultra o tempo de prova não se mede em minutos, mas sim em horas. Assim haverá que preparar-se para a ansiedade pré-prova, a euforia da partida, as dúvidas do meio da prova, o desânimo dos dois terços da distância, em que até a alma nos doí, e a sensação absolutamente única (e como tal, própria a cada corredor) de atravessar a meta. Essa montanha russa emocional deve ser do conhecimento do atleta, de forma a que a mente possa manter sempre o controlo sobre o corpo.

 

Ser Positivo - Ninguém tem de ser um ultracorredor, é uma vontade própria e não uma obrigação. Assim, em todos as fases anteriores, devemos pensar na sorte que temos em passarmos tempo a fazer aquilo de que gostamos, em estarmos em locais únicos e vê-los como poucos o conseguem fazer. Quer o objectivo final seja alcançado, quer algo imprevisto tenha adiado o sonho, devemos manter a postura inicial que nos levou a querer tentar e repetir todo o processo, sabendo que agora estamos mais fortes e mais preparados.

DF_Guara.png

 

Pág. 1/5