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Correr na Cidade

Porque corremos ?!?

Por Luís Moura:

A apenas 2 semanas dos 80km do Ultra Trail da Arrábida, quase todo o planeamento dos treinos estão feitos e agora é altura de começar a cortar na carga e deixar o corpo relaxar.


Este fim-de-semana que passou era para ir ter feito um treino de 30/35km na Arrábida, para me habituar a correr nos estradões e descidas técnicas que vamos encontrar, mas um encontro de terceiro grau das minhas costelas flutuantes do lado esquerdo com um joelho perdido no meio do espaço, obrigou-me a reconsiderar o plano para o fim-de-semana inteiro. Sábado em casa sem mexer e domingo sem mexer em casa...


Fui trabalhar com o corpo completamente mole e sem energia. Faltava-lhe algo.Durante a tarde o tempo foi-se arranjando. Surgiram umas nuvens simpáticas e o ar frio apareceu de soslaio para nos cumprimentar.


Quando saí às 18h, o tempo estava a ficar estrondoso... pequenas gotas de chuva iam alegrando o regresso e as malditas das costelas flutuantes a melgar-me a cabeça com as suas constantes dores a afirmarem a sua presença.

Chegado a casa pelas 18:25, ensopado da cabeça aos pés, foi altura de retirar a roupa molhada, colocar calções, tshirt técnica de trail, luvas, mochila às costas para me habituar ao peso para a prova, frontal na cabeça, Adidas Raven 3 nos pés e toca a sair. Afinal de contas "apenas" chovia a potes e fazia um vento enorme lá fora. 


Saio de casa e sou logo brindado com um refresco na cara e umas gotas gigantes a cair pelo corpo todo... GAME ON !

2km para chegar de casa à Serafina e embrenhar em Monsanto. Subir o "Cozido" ligeiramente mais lento que o normal e chegada antes da hora ao ponto de encontro com o gang que costuma aparecer em Monsanto às 2ª feiras pelas 19h30. Por esta altura e graças aos químicos, já as costelas estavam sossegadinhas.

Inicio do treino com pouca chuva

 


A primeira parte do treino foi feita com o gang completo.  São feitos, quase sempre, 5 a 6km em 60min, a um ritmo que dá para toda a gente. Nessa volta, na parte mais oeste de Monsanto abrigados pelas árvores não se apanhou muita chuva - e ainda houve tempo para observar 7 ou 8 salamandras a saltitar à nossa frente. 


Na segunda volta começou a "festa". O grupo dividiu-se e enquanto metade se foi  embora para o quentinho de casa, os outros, cerca de 12 "malucos" ficarm. E aí começa a chover torrencialmente!!
Cerca das 20:30 da noite, quase sem carros a passar e um grupo de malucos com luzinhas de mineiros na cabeça a abrir caminho por Monsanto. Quando iniciamos a descida da A5 até lá abaixo, começou a chover mesmo muito... tive imensas dificuldades em ver mais do que 3 metros à minha frente, mesmo com tantos frontais a abrir caminho no meio de tanta escuridão. A humidade quente da minha respiração também não ajudava para os oculos ficarem limpos.


Depois de descer o percurso, subimos até a Rua da Bela Vista e até chegarmos  ao cruzamento com a Av. Tenente Martins caiu uma chuvada,  só visto!!! A rua tinha água de pelo menos 1 ou 2cm de altura tal a falta de escoamento. Chovia tanto que não ficamos com 1cm de corpo seco...foi fantástico. Mas o grupo não desarmou. Descemos a rua, no meio de dois riachos de água da chuva. Por esta altura as Raven pesavam mais de meio quilo cada... 


Chegados ao final da segunda volta, tivemos o brinde da torta maravilhosa que o Daniel levou para nos deleitar depois daquele banho todo. Comi 2 fatias. E como não estava a sentir nada das costelas, tomei a decisão de voltar a descer até casa a correr. Já há quase três semanas que não descia Monsanto às 21h da noite. Mas nada iria estragar o momento. Nada melhor que aproveitar este tempo fabuloso.

 

Torta foi toda


Depois de vestir a luvas, lá me meti a caminho. Voltei a descer "o cozido", desta vez sozinho e um pouco mais rápido. Fantástico!.A chuva era pouca e parecia que me estava a abraçar por me estar a divertir tanto no meio daquela lama toda. Só conseguia ouvir pequenos barulhos de aves pequenas a descolar dos galhos, pequenos rastejantes a fugir da luz debaixo dos arbustos à medida que eu passava. Incrivel a paz interior no meio da natureza.

Sem me aperceber já estava no fim da descida, virei para a estrada da Bela Vista, sempre a subir, e nesse instante passam por mim 2 carros nos quais os passageiros olharam para mim como se fosse um alien.
Àquela hora e com aquele tempo a correr naquele sitio sozinho... Nem sabem o que perdem !


Descer Serafina até parque estacionamento, atravessar viaduto até Sete Rios e apontar rota para casa. Ruas desertas, com 3 ou 4 pessoas na rua e alguns carros.

Chegar a casa a escorrer agua com a roupa e as sapatilhas todas húmidas, retirar tudo, tomar um banho de água quente, vestir pijama e beber um chá quentinho para retemperar as 2.120 calorias gastas durante a volta de 24km em 2:30h. Sem objectivo de tempos e apenas para me divertir e  estar de bem  comigo mesmo.


E no fim, porque corremos?
Nunca vou conseguir colocar em palavras tudo aquilo que sentimos enquanto corremos. Só vivendo !!!

Saiam à rua e divirtam-se a fazer aquilo que gostam.

 

A essência de uma running crew

Por Filipe Gil:

 

Muitas vezes perguntam-me o que é uma "running crew"? O que a diferencia de um grupo ou um clube de corrida ? Para responder a essas questões podia muito bem acabar este post escrevendo apenas: venham ao próximo treino do Correr na Cidade Running Crew e ficam a saber!!



Mas não. Não é justo. Quem tem curiosidade por nós merece mais. As running crews, como o Correr na Cidade, e outras noutras cidade do mundo, são diferentes. Reúnem pessoas diferentes mas com uma paixão pela inovação, pela criatividade e, sobretudo, pela corrida e pelo coletivo. Achamos que somos diferentes. Nem melhores nem piores. Mas se ainda continuam com curiosidade e querem saber mesmo a diferença, a nossa diferença, apareçam nos nossos treinos! 

 

Este pequeno documentário que vos deixo transmite um pouco aquilo que nós somos e o que nos inspira:

1ª Impressão: Reebok All Terrain Trail

 

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Por Nuno Espadinha:

 

No passado dia 16 de Outubro tive finalmente a oportunidade de testar e sujar estes Reebok All Terrain Trail na mata de Monsanto no treino da Crew INTO THE WILD VI: Premium Edition que efectuámos com o David Faustino a acompanhar os homens e a Isabel Moleiro, sua mulher, a acompanhar as mulheres.

 
A primeira sensação que tive quando os calçei é que são algo duros e que muito provavelmente iria precisar de uns kms para os "partir", de resto o pé encaixa bem e adapta-se perfeitamente lá dentro.
 
Quanto a correr com eles parecem-me ser extraordinariamente bons em todo o tipo de terra e lama! As pedras é que não querem nada com eles, mas poderá ser um defeito de "juventude" que com alguns kms mais em cima venha a ser debelado ou talvez não, mas disso darei conta na review final! 
 
 

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“Vais-te constipar!!”

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Por João Filipe Figueiredo

Esta é a típica frase que ouvimos quando vamos correr e lá fora chove que Deus a dá!. Vamos mesmo constipar-nos por correr à chuva ou podemos arriscar sem nenhuma reserva?

 

Deixo-vos aqui o meu testemunho:

 

Não me lembro da última vez que estive constipado ou com febre e de cama. Nunca consegui gozar uma baixa médica no trabalho, nem me lembro de ter faltado às aulas, quando estudava, por motivos de gripe ou coisa parecida. Sou o terror para a indústria farmacêutica.

 

Quando comecei a correr, quase diariamente, há quatro anos, tinha alguma reserva em correr nos dias de chuva. No entanto, rapidamente esse problema foi resolvido. Nessa altura, estar mais de 2 dias sem correr era incomportável para o meu sistema nervoso e não conseguia dormir à noite, pelo que tive de me fazer aos treinos mesmo com chuva.

 

E…não é tão mau como parece…

 

Há no mercado uma parafernália de mercadoria para evitar a chuva: desde o tradicional impermeável até ao guarda-chuva XpTo a jato de ar. Se estarmos molhados até aos ossos fosse uma ameaça, o ser humano já estava extinto há milénios. Levar com água da chuva no frontispício nunca matou ninguém.

 

Os truques para mantermos o termómetro médico lá de casa em estado de “Nunca utilizado” são simples e de senso comum: Nunca permitir que o corpo arrefeça depois de correr! Para isso: Após o treino ou corrida, devemos tirar logo a camisola/calções molhados e vestir roupa seca; Devemos secar a cabeça com uma toalha; Se formos para o carro, devemos ajustar a temperatura no interior para o “quentinho”; Se formos para os transportes públicos, devemos vestir uma camisola de mangas compridas e mais grossa; E, devemos minimizar o tempo até chegarmos ao (delicioso) duche quente.

 

Correr à chuva não deve ser visto como algo muito complicado. Pode ser usado como uma experiência de sacrifício/superação e, … no fim sentirmo-nos triunfantes. Não se esqueçam que com a chuva a piso fica muitíssimo mais escorregadio, tenham por isso muito cuidado para evitar “mergulhos” nas poças de água e na lama.

 

Adaptem-se, improvisem, “toquem Jazz” com a vossa passada por qualquer piso por onde corram.As outras pessoas irão olhar-vos com admiração pelo prazer que lhes estão a transmitir.

 

Correr à chuva é fabuloso!

Unboxing: Puma Faas 600 v2 Nightcat (vídeo)

Por Tiago Portugal

 

Estreamos neste post os nossos vídeos de teste do material que recebemos. Iremos continuar a publicar em texto e fotos a maioria dos nossos unboxings, 1as impressões e reviews finais, mas, ao mesmo tempo, vamos apostar no formato de vídeo, e evoluir na sua edição quer a nível estético e técnico. 

 

Este vídeo é o Unboxing dos novos Puma Faas 600 v2 Nightcat especialmente pensados para a segurança do corredor nos dias de Outono e Inverno em que há menos luz natural.

Mas, melhor que as palavras, vejam as imagens: 

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