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Correr na Cidade

Uma semana entre trilhos

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Por Filipe Gil

 

Esta é uma semana especial para mim. Estou entre duas provas de trilhos, a tipologia de corridas que mais gosto de fazer. E é algo que não acontece frequentemente. No passado domingo fiz os 16 quilómetros dos Trilhos de Casainhos. Uma prova quase doméstica, sem grandes patrocínios e investimentos, sem sequer cronometragem mas que, mesmo assim, leva muita gente (o número que a organização permite) a correr pelos montes da zona de Bucelas.

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E apesar de existirem críticas à organização, por locais mal assinalados, de as fitas serem pequenas, de na classificação final faltarem corredores, blá, blá, blá, é uma prova que dá prazer fazer e que (quase) toda a gente acaba com um sorriso na cara, mesmo quando nos enganamos no caminho (que não foi o meu caso, mas sim dos corredores mais rápidos da crew).

 

Esta prova é especial, talvez, digo eu, por isso mesmo, por ser “caseira”, porque, no fundo somos nós, corredores, em grupo ou individual e os trilhos. É quase “primitivo”. 

 

Este ano a crew do Correr na Cidade foi em peso, apenas nos faltou um dos elementos por estar lesionada (Força Carmo!). No ano passado fomos apenas 4 (vejam estes 4 no ano passado e agora este ano).

1508207_10152975487694050_3107474002946518047_n.jpA foto de 2013

 

IMG_6690.JPGA foto de 2014 

Trilhos de Casainhos feitos. (Quase) toda a gente contente. E mal acabei, minto, mal a minha mulher acabou a prova dela, poucos minutos depois de mim, e comecei logo a pensar nos próximos trilhos, que acontecem já este domingo na Arrábida, no Ultra da Arrábida. E não, não se pense que vou fazer os 80K (essa distância irá ser feita pelo Luís Moura), vou sim aos 23K. Eu e mais uns quantos, para além de ainda termos três runners (adoro usar expressões em língua inglesas!) a competir nos 14,5K.

 

Como já perceberam somos, com orgulho, media partners, ou parceiros de media, como preferirem, desta nova prova e iremos aqui, à posteriori, dar conta dos pontos positivos e negativos da mesma. 

 

Estou portanto numa semana em que os trilhos não me saem da cabeça (o que levar calçado, o que levar vestido, o que levar de suplementação alimentar, etc, etc, etc). Infelizmente, e devido à carga laboral não tive tempo de ir correr para a Serra de Monsanto, como gosto tanto de fazer, mas fiz dois treinos leves mas mais rápidos pela zona ribeirinha de Belém. E acho que estou preparado para uma prova feliz na Arrábida. 

 

E o que quero dizer com feliz? Sobretudo, que vou divertir-me, que vou desfrutar do contato com a natureza, que não me vou lesionar (todos a bater na madeira, já!!!) e que irei fazer um bom tempo - dentro das minhas limitações de corredor amador.

 

Faça chuva ou sol, é nos trilhos da Arrábida que vou andar no próximo domingo e depois disso, bem, depois disso começa a preparação mais à séria para o meu desafio dos...glup!....50K do Piódão. Aliás, sobre isso irei começar a fazer relatos da minha preparação/treino a partir do início de Janeiro. 

 

Boas corridas, de preferência em trilhos!

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 p.s.- Confesso que não me sai da cabeça o desaparecimento nas montanhas das Astúrias do trail runner João Marinho. Sobretudo porque é preciso ter muito cuidado em qualquer prova de trilho, desafiar os limites sim, mas com consciência. Que o João, que não conheço, apareça o mais brevemente possível e que não seja mais do que um grande susto.