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Correr na Cidade

1ª Impressão: Merrell Bare Access 3

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Por Carmo Moser

 

Já há algum tempo que tinha curiosidade em experimentar umas sapatilhas que proporcionassem uma passada mais natural. Até aqui, a minha única experiência “barefoot” resumia-se a uns poucos quilómetros “palmilhados” descalça na praia, experiência essa que não voltei a repetir. Por isso mesmo, foi com satisfação que aceitei o convite da Merrell para experimentar as Barefoot Run Bare Access 3.
 
Já com alguns quilómetros corridos em trilhos, em estrada e até mesmo em ginásio, ainda estou a “aprender e compreender” como correr com sapatilhas mais minimalistas. As primeiras impressões com que fiquei foram as seguintes:
 
AMORTECIMENTO E ESTABILIDADE: com um drop (diferença entre a altura do calcanhar e a altura da frente do pé) de 0mm e 8mm de espessura de cushioning, as Barefoot Run Bare Access 3 são bastante diferentes das sapatilhas que estou habituada a usar. Até aqui tenho sido utilizadora fiel de modelos com bastante amortecimento e estabilidade, como os Asics Nimbus, os Adidas Supernova ou os Salomon Speedcross. Na verdade, gosto de sentir o conforto e a protecção que estes ténis proporcionam. Por isso mesmo, estava com grande expectativas quanto à adaptação a um tipo de sapatilha como esta.
 
ADAPTAÇÃO: Correr com uns Barefoot Run Bare Access 3 é completamente diferente de correr com sapatilhas “tradicionais”. A sensação ao calçá-las pela primeira vez foi de estranheza. Senti a falta do conforto e do “aconchego” dos meus ténis habituais. De facto a adaptação não foi de todo imediata, mas tem sido gradual e lenta. Desde logo percebi que numa fase inicial teria de correr distâncias MUITO mais curtas, a um ritmo MUITO mais lento. Para fazer esta transição de uma forma “tranquila”, tenho usado as sapatilhas não só nos treinos de corrida, mas também para fazer caminhadas e para ir ao ginásio. O drop zero “obriga” a uma postura e a uma passada completamente diferentes daquela a que estava habituada. O ataque ao solo acaba por ser feito pela parte dianteira e do meio do pé e não pela zona do calcanhar e a passada torna-se bastante mais curta.
 
TOE BOX: a parte da frente é bastante larga, permitindo que os dedos fiquem acomodados sem sentir qualquer aperto. Uma das grandes vantagens que tenho vindo a sentir é a diminuição dos problemas que sempre tive com as unhas dos pés.

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ADERÊNCIA: a sola exterior VIBRAM® apresenta uma óptima capacidade de aderência em praticamente todos os tipos de piso, com excepção de pisos molhados, onde senti que estava a “patinar”. Tenho tido alguma dificuldade em utilizá-las em trilhos mais agressivos. Também aqui tenho notado que a adaptação tem de ser gradual, pois a sensação de contacto com o solo é muito maior do que com as sapatilhas convencionais; sentindo qualquer irregularidade. Por enquanto tenho procurado treinar em trilhos mais suaves e menos técnicos, sendo que o piso em terra batida é onde me sinto mais à vontade para correr.

 
FLEXIBILIDADE: a sola das Barefoot Run Bare Access 3 apresenta uma estrutura bastante flexível, sobretudo na zona frontal e na zona do dedo grande.
 
LEVEZA: esta é uma das características mais evidentes dos Barefoot Run Bare Access 3. São extremamente leves: pesam cerca de 200g.
 
VENTILAÇÃO: a parte exterior superior é feita de uma malha perfurada, com óptima capacidade de ventilação. Durante os treinos (inclusivamente em pleno verão) nunca senti os pés quentes ou transpirados. Para além de serem super arejadas e frescas, utilizam uma nova tecnologia da Merrell, a Mselect Fresh, que protege a sapatilha dos maus odores.
 
VISIBILIDADE: os detalhes reflectores na parte de trás e na frente são muito úteis em zonas de baixa luminosidade. RESISTÊNCIA: a zona dianteira é reforçada por uma tela bastante resistente. Os materiais usados são de óptima qualidade. Já com um bom par de quilómetros, as sapatilhas continuam como novas, apresentando um desgaste mínimo.
 
PALMILHA: outro pormenor importante, é a ausência de palmilha. Mesmo sem meias, a sensação de conforto é constante, não sentido as costuras e a transição de materiais.
 
AJUSTE: fáceis de ajustar, sendo que o único “senão” é o comprimento dos atacadores, sobretudo para quem utiliza a técnica de aperto das “orelhas” e do duplo laço.
 
OUTROS PORMENORES IMPORTANTES: bastante fáceis de levar, secam muito rapidamente devido ao tipo de malha utilizada. 
 
Quanto ao veredicto final, penso que ainda é muito cedo para chegar a uma conclusão. Por enquanto ainda estou numa fase de adaptação, mas espero que com treino venha a adoptar uma passada mais natural e consequentemente vir a beneficiar de todas as mais-valias que umas sapatilhas minimalista podem oferecer.
 
Brevemente darei novo feedback

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