1ª Impressão: Adidas Riot 6
Por Tiago Portugal
Quando a Adidas me ligou a dizer que os novíssimos Adidas Riot 6, uma das novidades da coleção outuno-inverno, já tinham chegado, não escondi o entusiamo e não vi a hora de os ir buscar e por à prova.
Como qualquer amante da corrida sou maluco por experimentar sapatos novos e analisar as diferenças entre cada um deles. Sendo um modelo recente, na internet ainda não existe muita informação sobre os novos Adidas Riot 6, foi um pouco às escuras que os fui buscar.
Diz-se que a 1ª impressão é a mais importante na forma como avaliamos e julgamos, pois bem assim que os vi fiquei encantado.
Nunca experimentei qualquer modelo desta gama não tenho por isso grandes dados de comparação em relação aos modelos anteriores.
Em termos de características apresentam um drop de 9-11m, sola Continental, tecnologia ADIWEAR™, TRAXION™ e novos materiais de construção.
A parte de cima foi reforçada para garantir maior proteção e é composta por materiais termo-selados para permitir um maior conforto ao pé. O ligeiro controlo de pronação que existia anteriormente foi retirado e em substituição foi introduzido material EVA ao longo de toda a superfície da sola para uma maior estabilidade.
A sola foi o que mais me chamou a atenção, tacões mais agressivos com a tecnologia TRAXION, perfeitos para todo o tipo de terreno, sola microperfurada que permite uma maior flexibilidade e borracha continental, que como comprovei dá muita segurança em todo o tipo de terreno.
O período de retiro demorou dois dias no armário lá de casa. Sábado não aguentei mais e levei os Adidas Riot 6 para o primeiro teste pelos trilhos de Monsanto, cerca de 12km em ritmo moderado. A sensação de conforto foi imediata, parece que o sapato abraça o pé e o envolve todo, transmitindo uma boa sensação. Ao correr sentimos o sapato a trabalhar, a sola absorve o impacto, sem no entanto retirar todas as sensações de quem gosta de sentir o chão.
Apesar de ser o mesmo tamanho que os meus outros ténis da Adidas, os Kanadia 6, inicialmente senti-os um pouco grandes para mim. O calcanhar andava meio solto e parecia que a qualquer momento o sapato iria voar. Apertei mais os atacadores e o assunto ficou resolvido, não senti mais essa sensação de perda. É importante ter os sapatos bem apertados ao nosso pé, até para evitar lesões.
Ao fim de 12km estava muito satisfeito e quase rendido, faltavam no entanto mais alguns, nomeadamente em terrenos mais acidentados.
Assim, no domingo, levei-os ao treino em Sintra para os testar quase ao limite. 5h15 de carrocel a subir e descer nos mais diversos tipos de piso.
Não me desiludiram. A segurança que dão é extraordinária, mesmo em descidas técnicas de pedra com areia solta. Neste aspeto nota máxima, falta testar a tração em terreno molhado mas por enquanto isso é difícil.
Já não os senti grandes e estão perfeitamente adaptados à forma do meu pé. Muito confortáveis, ao fim de alguns minutos já não damos por eles e parece que somos velhos amigos. Não me fizeram nenhuma bolha, o que para mim é importante.
Não serão certamente os sapatos de trail mais ligeiros do mercado, mas com cerca de 305g, cada sapato, acho um bom compromisso entre peso-conforto.
Falta testar a respirabilidade dos Riot 6 e os por à prova em piso molhado.
Com mais de 50km feitos não podia estar mais satisfeito em termos de conforto, parecem-me indicados para correr grandes distâncias, proteção e estabilidade. São sem dúvida alguma a minha escolha n.º 1 para tênis de trail e os companheiros das minhas próximas aventuras.