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Correr na Cidade

Um treino duro, mas essencial!

 


Por Filipe Gil:

 

Ontem, domingo, pelas 8h30 da manhã, eu o Nuno Malcata, Nuno Espadinha, a Bo Irik e Tiago Portugal encontramo-nos no Parque de Estacionamento da Estrada do Penedo, em Monsanto para um treino especial de trail. Fomos, quase todos, equipados como se estivéssemos a iniciar a prova do dia 21 de junho na Lousã que iremos fazer, com exceção do Tiago.

Quem nos visse, de camelbaks às costas, bidões de água ao peito, pernetes e calções de compressão, headbands ou lenços na cabeça pensaria que estaríamos, certamente, loucos ou “armados” em trail runners.

 

 

Mas o aparato serviu para experimentarmos o material antes dos 33K da Louzan no próximo sábado. Serviu para ajustar as camelbaks, percebemos o chocalhar dos bidões, como o suor passa ou não pela malha da mochila. Do que precisamos de água para beber, do tipo de suplementos alimentares que devemos levar e quando os devemos tomar. De como a compressão dos pernetes ajudou ou não.

 

Tenho a certeza que se não fizesse o treino de ontem estaria muito menos preparado para o que me espera no dia 21 de junho. O treino, preparado em conjunto pelo Nuno Malcata (que já fez a maratona) e pelo Tiago Portugal (que já tem ultras maratonas nas pernas) foi duro. Muito.

 

Corremos quase 18K por Monsanto, em 2h30m, com muitas, muitas subidas e com algum calor. Deu para perceber que tenho mesmo de ter alguma tática para a Louzan para não desistir a meio. 33K é muita “fruta” e apesar de não ir com ideias de fazer tempo, gostava de acabar, e para isso vou precisar de gerir bem o esforço. Andar muito nas subidas, para depois acelerar mais nas descidas e nas retas.

 

O material ficou todo bem testado, dos ténis à camelbak, das marmeladas à bebida isotónica.

 

Percebi ontem que vou ter uma prova muito exigente quer do ponto de vista físico quer mental. Percebi também, nos 18K, que tenho que levar as coisas com muita calma, sobretudo na subida da Louzan, para ter umas segunda parte menos penosa.

 

E fiquei a perceber que tenho que ir humildemente para lá. Se não der para fazer os 33K não dá, ficou-me por um dos pontos de abastecimento. Mas tenho a certeza que, com calma, sem pressas, tanto eu como o resto da crew menos habituada a estas andanças vai conseguir superar-se e fazer a prova. A superação mental vai ser brutal. 

 

Agora, o resto da semana é para dormir bem durante a semana (dentro daquilo que e as crias lá de casa deixarem) comer bem (estou com 70,9kg, mais 900 gramas do que previa, mas suficiente para estar leve q.b. na prova). Apenas irei treinar na quarta-feira, novamente em Monsanto, mas mais para rolar do que para fazer grandes esforços.