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Correr na Cidade

Report: Quinta do Gradil Wine Trail Run

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Por: Andreia Pereira
 
Foi com muito gosto que eu e o meu irmão, Nuno Santiago, fomos participar na prova Quinta do Gradil Wine Trail, na distância dos 30 km, com dorsais oferecidos pelo Correr na Cidade! Depois de um Verão com treinos intensos e um mês de provas, estava a “descansar” há duas semanas. Mas uma oportunidade em conhecer uma prova diferente e daquelas que o meu irmão diz que têm paisagens fantásticas (Wine Trails) não podia ser posta de parte! 
 
Chega sábado e as previsões meteorológicas não eram de todo favoráveis. A depressão Beatriz ia fazer uma visita ao nosso país e iria trazer períodos de chuva e por vezes com grande intensidade. No domingo de manhã estava a chover a potes mas mesmo assim lá fomos nós! Havia sempre esperança das previsões serem excessivas. E mesmo que não fossem, quem anda nas lides das corridas de trilhos não se pode assustar com uma “chuvinha”! Vamos lá ser valentes! Ou não….

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Todas as provas começaram ao mesmo tempo e quando o sinal da partida foi dado a chuva era pouca. Parecia que íamos ter uma aberta e ter oportunidade de aproveitar aquela bonita paisagem! As videiras da Quinta do Gradil estavam com cores lindíssimas e os primeiros kms, apesar de alguma lama e poças, ainda eram corríveis. 
 
A chuva miudinha deu lugar a chuva torrencial que parecia não acabar. Não quero mentir, mas tive a sensação que tivemos a levar um valente banho durante alguns km! Haviam troços do percurso em que tínhamos autênticos rios de água e lama a passar. O primeiro abastecimento foi à volta dos 9 km e quando lá chegámos não havia grande oferta porque toda a fruta e bolachas já tinham sido dadas aos atletas mais rápidos. O meu irmão ainda conseguiu agarrar num saco que já estava aberto e deu-me uma maçã e duas bolachas. Mas para os outros atletas que vinham connosco e atrás de nós a falta de abastecimento era preocupante. O que vale é que a chuva era tanta que a prioridade era acabar a prova. A chuva não dava descanso e a lama e as poças eram tantas que já não dava para apreciar a paisagem. Por entre vinhas e trilhos lá fomos sempre a olhar para o chão para tentar descobrir o sítio mais seguro onde meter o pé.

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Aos ~13 km dava para perceber que estávamos muito perto da chegada e começámos a ponderar fazer a prova mais curta, dos 15 km. Quando chegámos ao “cruzamento das decisões”, (prova curta/prova longa) já muito perto da chegada, encontrámos o primeiro classificado da prova longa que nos disse que os 30 km afinal eram 23 km. Aquelas palavras foram música para os nossos ouvidos e lá fomos acabar os km que faltavam mais animados (cerca de 8km). Nesta altura a lama era tanta (a chuva era de tal forma constante que já nem era preocupação) que nem nas subidas conseguíamos manter o pé fixo para nos conseguirmos içar! Escorregávamos por todo o lado! Demos uns bate-cus numas descidas (que fizemos estilo escorrega) e naquela altura a frustração dava lugar a piadas para tentar aligeirar o ambiente. “Se soubesse tinha vindo de calções para ter direito a um spa de lama como deve ser… a minha pele iria agradecer!”

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O segundo abastecimento surgiu por volta dos 20 km, na última subida próxima da Serra de Montejunto, mas ainda dentro da Quinta do Gradil. Quase que nem nos apercebíamos porque por causa da chuva o rapaz estava dentro do seu carro à espera que surgissem atletas e o saco com os abastecimentos era pequeno (não haviam estruturas que indicassem que era um abastecimento). Ali podíamos escolher o que quiséssemos entre fruta, bolachas, chocolate, mas já era demasiado perto da chegada.

 

No final chegamos molhados, com a pele potencialmente mais saudável com tanta lama e satisfeitos por termos concluído mais uma prova! Infelizmente com tanta chuva não conseguimos tirar fotografias, mas o percurso era muito giro e aliciante para quem pensa começar a participar em provas de trilhos.
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O almoço foi excelente! Tivemos direito a sandochas (podíamos repetir), bebidas, sobremesa e café! As bebidas incluíam diversos vinhos da Quinta do Gradil da sua gama clássica, que também podiam ser experimentados à discrição. Quando saímos ainda tivemos direito a um saquinho com castanhas!

 

Concluindo, a prova é muito gira e para quem vive perto de Lisboa o local é bastante próximo (cerca de 50-60 min). Para quem se quer iniciar em corridas de trilhos é uma prova bastante acessível. Mesmo com um pouco de chuva, é uma prova acessível. O apoio ao longo da prova poderia ser melhor, mas era compreensível devido às condições meteorológicas extremas. O almoço e o ambiente no final valeu por toda a lama e chuva! No ano passado o dia estava espetacular com um grande sol e verão de São Martinho. Este ano as condições não eram as melhores tendo em conta o tipo de piso. Mas as corridas de trilhos são assim! Aventuras!

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