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Correr na Cidade

Race Report – IV Ultra Trilhos dos Abutres (Parte I)

fotografia 4Por Pedro Tomás Luiz:(na foto, da esquerda para a direita: Pedro Tomás Luiz, Tiago Portugal e Stefan Pequito, membros do Correr Na Cidade Running Crew)Começo este post com um apelo à comunidade do running: “No dia 24 janeiro, desapareceu de sua “casa”, parte de uma alma, vestia uma sweat cinzenta, calças pretas e boné preto. Foi vista pela última vez calcorreando ribeiros de lama na Serra da Lousã. Todas as informações pertinentes devem ser dadas para o e-mail deste blog.”Não fosse a “fantástica” organização do Trail de Montejunto, que decidiu, no dia da prova (vá-se lá saber porquê) cortar 4km ao percurso original e teria eu no dia 6 dezembro do ano passado, ultrapassado a mítica marca dos 42,195 km. Ou seja já seria um “ultra runner” (as aspas são efetivamente propositadas). Assim, perante a frustração de Montejunto e a incerteza clara de que conseguiria fazer a Ultra dos Abutres, inscrevi-me bem mais por arrasto do Stefan Pequito, do que propriamente por uma convicta certeza de que conseguiria ultrapassar não só a marca da maratona, mas fazer mais 5km. Tudo isto em janeiro e num local facílimo para correr chamado… Serra da Lousã.Convicto de que ia ser duro, fiz a preparação que consegui, com alguns estágios na Serra da Lousã e com um acumulado de D+ ao qual, sem dúvida, estava pouco acostumado.fotografia 2 Véspera da ProvaEu, o Stefan e o Tiago Portugal rumamos à Lousã onde ficamos "lordemente" instalados nos meus aposentos. Tínhamos combinado ir mais cedo para podermos tranquilamente preparar o material, levantar os dorsais, assistir ao breafing e dar uma vista de olhos na feira abutrica. E assim foi.Cerca das 21h rumamos ao pavilhão. Com uma simpática e extremamente bem oleada organização e passados não mais de 10 minutos já tínhamos levantado os dorsais e os respetivos brindes (garrafa de vinho e bolo típico ali da zona).fotografia 5Rondamos a feira, encontramos pessoal que não estávamos à espera de encontrar e fizemos um mini encontro de crews com o Montanha Clube da Lousã. Borrifamo-nos para o breafing (já eram 22h) pois já só queríamos  era ir dormir.Dia da ProvaO despertar foi às 5:45, calmamente fomos chegando à cozinha e tenho sido dos nervos ou não, "verborreicamente" conversamos até às 07h, sem que por isso tivéssemos dado conta. Assim, ala que se fazia tarde, e corremos para os quartos para nos equipar pegar na mochila e zarpar rumo a Miranda do Corvo.Chegados a Miranda,e a pacata Vila já fervilhava com imensos corredores, a aquecer, a estacionar o carro ou calmamente a conversar. Seguimos até ao pavilhão, onde encontramos mais malta conhecida (que nem sabíamos que lá estava) e fila do “check-in” (claramente acelerado pela organização dado que o tempo urgia e ainda havia muitos atletas antes do pórtico de passagem).Perguntam vocês… meu ávidos leitores “Oh Pedro, coiso e tal… e então qual foi a vossa estratégia para a corrida”. Bom! Respondo eu, foi bem simples. O Stefan como corre que se farta despediu-se de nós e seguiu à frente da corrida, eu e o Tiago cientes das nossas reais capacidades deixamo-nos ficar cá para trás para não empatarmos ninguém.Fiz a corrida com o Nuno Braga do Montanha Clube da Lousã e o Tiago fez a corrida com uma aquisição de ultima hora que tinha surgido.Eis que senão quando o pessoal desata a correr, ao que pensei “mas não ouvi nenhum tiro de partida”. Lá fomos… rumo ao infinito e mais além… :)(amanhã continua...)