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Correr na Cidade

O Mais e o Menos da corrida

Desde que este blogue está nesta plataforma, em meados de janeiro de 2012, que muita coisa aconteceu. Em espécie de balanço – isto porque tenho a estranha mania de que, para mim, os anos acabam em Agosto e recomeçam em Setembro – fruto de tantos anos a estudar – que faço aqui um balanço das melhores e piores coisas que aconteceram entretanto:As 4 piores coisas:#Marcas a esquecerem-se do mercado portuguêsHá certas marcas que mais parece que se esqueceram do mercado português, e estão a perder terreno para outras mais ativas. Todos sabemos que o mercado nacional não movimento os milhares que um mercado com mais gente a correr e mais população movimento, mas daí até não comunicarem com os runners?#Eventos que nada têm a ver com a corridaPseudo-corridas proliferam por aí. São as de pijama, as que nos pintam tudo e mais alguma coisa e o que mais se irá inventar. Aliás, já estou à espera – como comentou um leitor na nossa página de Facebook – da corrida onde não se corre. Sabemos todos que a corrida está na ordem do dia, mas é irritante, para quem pratica, ver usurpado o nome de “corrida” para eventos que nada têm a ver com a prática saudável e moderada do desporto/corrida. Deem-lhe outro nome, chamem-lhes eventos, ponto.#Provas muito carasHá cada vez mais corrida. E pela lei da concorrência estas deviam disputar os corredores entre si, para além dos bons percursos das provas, um dos fatores que os organizadores deviam ter em conta são os preços. Pagar mais de 10€ por uma prova (diurna ou noturna) de 10K é um completo exagero. Tendo em conta a capacidade económico e financeira dos portugueses, alguns fazem verdadeiros esforços para poderem pagar certas provas.As 4 melhores coisas:#Ascensão mediática da corridaNão se fala noutra coisa. É quase impossível passar uma semana em que não se fale de corrida amadora na televisão, ou pela cobertura de provas ou por artigos de fundo sobre o que motiva tanta gente a começar a correr. Desde a moda às tendências fala-se de corrida em todo o lado. O que é bom, porque haverá mais gente com curiosidade em experimentar a corrida e gente a ficar “viciada”. Claro que a moda vai terminar, mas tenho quase a certeza que irá demorar muito a “sair de cena” e quando isso acontecer nada será como antes. Foi o que se passou – e passa – noutros países.#Novas marcas de running atentas ao mercado portuguêsSkechers, Under Armour, Compressport, Salming (a chegar em 2014), Newton Running (embora esta com uma estratégia de comunicação estranha), são algumas das “novas” marcas que estão a apostar no mercado nacional, e ainda bem. Além disso há que assinalar a ascenção da portuguesa Berg, que se quiser, poderá tornar-se um grande player do running e do trail. Ainda faltam umas quantas (Brooks, Inov-8, por exemplo), mas cada vez mais se veem diferentes marcas nos pés dos corredores. É bom porque há mais oferta, mais concorrência e mais escolha.#Carlos SáEste super atleta português fez mais pela corrida e pela trail que muitas campanhas de publicidade juntas. Infelizmente os media desportivos ainda não perceberam o fenómeno e continuam a fazer capas apenas com futebol. E se os jornais precisam de vender…#Secret RunTive a felicidade de ser das primeiras pessoas a saber de alguns dos pormenores da ideia das Secret Run. O casal Bruno e Sandra Claro – dos quais me tornei amigo por causa das corridas –  já tinham surpreendido os runners mais assíduos com a criação da primeira rede social dedicada à corrida, o Correr Lisboa. Mas se já isso era inovador, a criação do conceito Secret Run é ainda melhor. Ter uma corrida – porque é uma corrida e não um evento – em que se alia o secretismo, o adivinhar de enigmas é uma grande ideia. Mente sã em corpo são, podia ser o tag line das Secret Run – que fazem em conjunto com a Sport Zone (que assim também demonstra estar muito atenta às tendências da corrida).