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Correr na Cidade

Homenagem

fotografiaDesde que me dedico com mais seriedade às corridas que o meu pai me perguntava se estava apto para tal, e me dizia para ter "cuidado" com a "máquina" (coração), para não abusar.Infelizmente escrevo o verbo no passado, porque o inesperado aconteceu. E aquele que se preocupava tanto com os outros sofreu um ataque cardíaco fulminante na madrugada de domingo. Depois de ter estado a dançar, como tão bem fazia e tanto gostava, nas festas dos Santos da sua querida cidade, sofreu um ataque fatal. Era hipertenso, andava com umas "dorzitas" no peito, que só poucos sabiam, mas de resto tinha tudo controlado. Preocupava-se tanto com os outros mas não ligava nenhuma aos sinais que o corpo lhe ia dando. De um momento para o outro tudo terminou na flôr dos seus 68 anos. Muito, muito novo. Demasiado cedo para ele e para nós, família e amigos.Desde então a minha vida e dos meus próximos mudou radicalmente. E por isso a vontade de aqui escrever tem sido quase nula, aliás, nem correr me tem apetecido, e desde sábado que não calço os ténis para me fazer à estrada.Contudo, aos poucos voltaremos à normalidade na vida, uma normalidade diferente daquela que anteriormente existia.Com toda esta fatalidade decidi, por mim e pelos meus, fazer um teste de esforço cardíaco. Pedi auxílio a outros corredores através das Redes Sociais e tenho informação suficiente para escolher um bom local. Irei fazê-lo o mais cedo possível. Quero ter muitos anos de vida para passar aos meus filhos o legado de bondade, de cultura e de retidão que o meu pai me transmitiu. Porque nessa transmissão de valores o meu pai estará sempre presente nas nossas vidas, todos os dias.Permitam-me os desabafos e a partilha deste momento difícil. A ilustrar este momento coloco a foto que mais tenho olhado nestes últimos dias. Eu, com meses de idade, rodeado pela minha mãe e pelo meu pai, que na altura tinham vinte e poucos anos.Que este post sirva para todos aqueles que o leem influenciarem os seus amigos e familiares para uma vida saudável, com boa alimentação e desporto (corrida ou outros) e rastreios de saúde frequentes. Que sirva para influenciar aqueles que sentem aquela dor no peito e não lhe digam nenhuma.Os ataques cardíacos fulminantes são mais frequentes do que se possam imaginar e, na maioria das vezes, os avisos prévios são ténues. Estejam atentos, por vocês e por aqueles que amam.

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