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Correr na Cidade

Crónica VI: Vamos lá então falar do Piódão.

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Por Filipe Gil:

Esta semana de preparação começou na passada quarta-feira, dia 4 de feveirero, com um belo treino com o Nuno Malcata. Fizemos cerca de 14km com 336 de Desnível positivo em cerca de 1h30m nos trilhos (molhados) de Monsanto. Deu para subir, subir, subir (e também descer) e para esticar as pernas em algumas partes na estrada.

Senti-me muito bem. Às vezes sentia-me a "morrer" a subir, mas depressa rejuvenescia quando o nível ficava plano. Foi daqueles treinos que nos animam o dia, que nos fazem acreditar que vale a pena a preparação para o trail dos 50 quilómetros, que nos faz voltar a acreditar que somos capazes, apesar de não termos tempo para treinar como gostaríamos.

 

Depois disso, treinei no sábado como o amigo Rui Alves Pinto. Tive algumas indecisões tendo em conta o equipamento, a escolha entre dois tipos de calções ou que tipo de tshirt. Mariquices!!! Mas quem, do mundo da corida, nunca as teve atire a primeira pedra. Mas ainda dentro das dúvidas estou mesmo indeciso se levo calças ou calções para o Piódão. Não gosto de correr nos trilhos de calças, mas por outro lado tenho receio de ter algum frio. Se é que alguma vez tive frio nas pernas...alguém quer ajudar nesta "especificidade"?

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Voltando ao treino, correr em Monsanto pelas 15h de um sábado, aproveitando o único tempo livre no fim-de-semana que não prejudique a família é bom. Porque não há muita gente – apenas alguns namorados a passearem com os seus cães – (eu e os cães enquanto corro. Um dia faço um post só sobre isto). Foi 1h30m bem passada a por a conversa em dia, nas descidas, claro!

 

Mas agora falando do Piódão, porque já só faltam 6 semanas... Não sei se fico tenso do tanto que tenho de fazer no trabalho até essa data ou se é mesmo da prova em si. O que me preocupa não são umas subidas em particular, não é o tempo se estará frio ou chuva, se tenho de levar calças ou calções, nada disso, o que me preocupa MESMO é saber que tenho balizas de temo para cumprir. Que tenho de passar nos postos de abastecimento e controlo dentro do tempo, senão serei desclassificado e vou mais cedo para o hotel. Vejam o que tenho de cumprir:

 

CONTROLO - HORA LIMITE DE CHEGADA

MALHADA CHÁ - 16 KM            12 H

COVANCA - 25 KM                   14 H

PENEDOS ALTOS - 36 KM       17 H

COLCURINHO - 41 KM             19 H

FOZ DE ÉGUA - 47 KM             20 H

 

Pode parecer fácil, mas não é! Não é para quem só tem tempo para treinar duas a três vezes por semana, e não muito tempo neses treinos. É a vida. Mas foi sabendo isso que me propus a este desafio. Para tentar inspirar pessoas como eu, que não têm todo o tempo do mundo para correr, que tem profissões intensas, que mesmo assim tem os seus projetos pessoais e dedicam-se à família. É fácil gerir a corrida nestes moldes, não tão fácil ir fazer um prova como o Piódão. Mas, confesso, se fosse fácil não me metia no desafio. É isto que dá sal à vida. 

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O último treino desta 6ª semana de crónica foi na segunda-feira. Saí a tempo e horas do emprego, voei para apanhar os transportes públicos. Cheguei a casa e troquei para a roupa desportiva enquanto sorvia uma banana, escolhi uns ténis de estrada os Faas 500 S, com suporte para pronadores, e fiz-me às subidas.

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Corri da a subida que vai da rotunda de Algés até ao Hospital São Francisco Xavier. E depois desci. E voltei a subir, desci novamente. Repeti o processo 4 vezes. Não, não vim até à rotunda novamente, mas fiquei a meio do caminho. No total, e a brincar às subidas foram 11 quilómetros a subir e a descer. Podem ver o meu treino na imagem acima. Aliás, se alguém tiver interesse em seguir o meu treino errático, podem fazê-lo através do Strava (basta procurarem pelo meu nome). É lá que publico os meus treinos, depois de feitos no fantástico e muito em conta relógio GPS A-Rival. 

 

Sinto que é agora que tenho de apertar mais com os treinos. Nem sempre é fácil. Vontade não falta, mas talvez falte um pouco de sacrifício para ir treinar de manhã cedo. De qualquer forma é colocar carga, fazer exercícios de força e de alongamento em casa e encher-me de coragem e ver muitos vídeos de trail que me inspiram muito. Como este que aqui vos deixo da minha prova de sonhos (que dificilmente irei fazer, mas o sonho comanda a vida, não é? Se me dissessem há quatro anos que iria estar a preparar-me para uma prova de 50 quilómetros achava que tinha insandecido): 

 

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