Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Correr na Cidade

Crónica II – Um período atípico

Desafio 50K.jpg

 

Por Filipe Gil:

 

Tem sido uma semana atípica. Muito, muito trabalho, muitos projetos, filhos doentes e pouco tempo para dormir, de tal forma que o prometido não é devido, uma vez que anunciei publicar as minhas crónicas de preparação para os 50K do Piódão às quartas, e ontem não consegui.

 

Penso que, por um lado, ainda bem que ando muito ocupado, faz-me pensar pouco no desafio de Piódão e nos seus 50 km, o meu primeiro ultra trail...

Aliás, quando penso nisso, sou atravessado por um arrepio seguido do pensamento: “em que raio me fui meter”. A culpa é do amigo Pedro Luíz que me disse “é mais fácil que o Louzan Trail, menos técnico”. Contudo já ouvi várias versões desta comparação e parece que a coisa não é bem assim. A ver vamos, mas uma coisa e certa vou acabar, nem que me leves às costas, Pedro!

 

Falando nos treinos propriamente ditos, e desde a minha crónica da semana passada (aqui) corri duas vezes. A loucura, novamente.

unnamed-3.jpg

Na quarta-feira, dia 7, com um frio de rachar, (lembram-se?) fiz-me à estrada e às rampas. Como sabia que ia para as ruas escuras do Restelo, vesti-me de pirilampo com os equipamentos fornecidos pela Puma. E, uma coisa foi certa, não passei despercebido - sobretudo com o LED nas sapatilhas. Ouvi algumas bocas, mas corri em segurança. Foi um treino ligeiro mas que me deu muito prazer. 

unnamed-2.jpg

De 7 a 11 nada fiz, a não ser duas sessões de exercícios de fortalecimento com a ajuda/perplexidade dos meus filhos que não perceberam a razão do pai se agachar para de seguida tentar tocar no teto. São “burpees”, expliquei, mas ficaram na mesma, com o mais novo a querer vir para as minhas costas.

 

No domingo, aí sim, foi dia de um treino mais sério. O objetivo era correr cerca de 2h30m nos trilhos de Monsanto e colocar o máximo de desnível positivo possível. Dito e feito. Encontrei-me como Bruno Andrade, Nuno Espadinha, João Gonçalves e Rui Alves Pinto às 8h30m da manhã e lá fomos para Monsanto. O sono já andava atrasado mas não fez muita mossa nesta sessão. I’ll sleep when I’m dead, diz uma música foleira dos anos 80.

unnamed.jpg

No total fizemos quase 21 quilómetros nessas duas horas e meia, encontramos muitas caras conhecidas ali para o lado da bifurcação entre a subida da A5 e o Cozido. Como o Dirtbag runner, João Campos.

10906548_10206043569994066_5247001011131260722_n.jFoto descaradamente "roubada" do facebook do João. 

 

Nesse treino levei os Puma Faas 500 TR, sapatilhas de trail que em breve terão a sua review final aqui no blogue. São bonitos e têm uma sola muito, muito interessante (mas ainda não as experimentei com chuva). Apesar de serem para passada neutra, uso-os com as minhas palmilhas de estimação da Iron Man. E portaram-se bem.

 

09-pool-green-turbulence-silver-metallic-304596-pu

 

Confesso que nos últimos dois quilómetros a falta de horas de sono fizeram-se sentir, o corpo começou a reclamar e os pés gritaram por um pouco mais de comodidade. Acho que no próximo treino longo – e espero fazer um grande por semana – vou colocar as minhas palmilhas, que são duras, em cima das palmilhas de origem da Puma. Preocupa-me um pouco o fazer 50 quilómetros com algum possível desconforto, vou precisar de um pouco mais do conforto que as palmilhas da Iron Man me dão.

 

Mas a preparação para uma prova é isto mesmo, experimentar, solucionar problemas, verificar aquilo que nos serve melhor. Aliás, nesse treino experimentei uma barra energética da GoldNutrition e a bebida isotónica da mesma marca. E gostei. Mas o que gosto mesmo é dos saquinhos de mel que levo comigo. Dão-me vida! Acabei o treino com uma pequena impressão na coxa direita, mas nada de especial.

 

Era para ter treinado esta segunda-feira, dia 12, para “estender” um pouco as pernas do treino do dia anterior, mas afazeres familiares e também profissionais não o permitiram e, até hoje quinta-feira, não voltei a calçar sapatilhas de running, o que me deixa preocupado, e parece-me que só o voltarei a fazer no domingo. Até lá vou fazer exercícios de reforço muscular e deixar os meus filhos e mulher de boca aberta com a mancha de suor que deixo no chão.

 

 

A ver vamos se estas semanas atípicas acalmam um pouco, porque só faltam 71 dias para percorrer o caminho dos 50 km.

Boas corridas.


Leia aqui a crónica I

5 comentários

Comentar post