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Correr na Cidade

5 estratégias para treinar nas férias, para quem tem um recém nascido (lindo) em casa

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Por Rui Pinto

 

Estou de férias no Algarve e, para além do resto, tenho um recém nascido em casa. O Vicente fez agora três meses e, embora seja a coisa mais fofa do mundo, requer algumas alterações à rotina anteriormente estabelecida, no que ao treino regular diz respeito. Assim, e na tentativa de ser criativo, deixo-vos algumas estratégias que tenho utilizado nestas férias, para conseguir manter-me minimamente activo:

 

  1. Ir ao pão à mercearia mais longe de casa

A rotina de ir buscar pão fresco, todas as manhãs, é um clássico das minhas férias de Verão, no Algarve. Normalmente, antes de mais alguém acordar, meto-me a caminho. Este ano, com uma alteração: escolho a mercearia ou minimercado mais distante de casa, calço as sapatilhas de corrida e aí vou eu. Parecendo que não, ao fim de duas semanas, estes ‘poucos’ quilómetros diários tornam-se num total minimamente respeitável, no final das férias. Grão a grão, enche a galinha o papo!

 

  1. Ir de bicicleta para a praia

Como há males que vêm por bem, e aproveitando uma avaria no meu carro, tornei as minhas idas e voltas à praia em mais uma forma de fazer alguma actividade física, nestas férias. Assim, todos os dias, religiosamente, vou de bicicleta para a praia. A bicicleta de estrada querida do avô da minha mulher tornou-se na minha hippie cool vintage companheira de alguns – valentes – quilómetros de estradas algarvias. (Não se preocupem, o resto da família não alterou a sua rotina e continua a ir, comodamente, de carro, para a nossa praia de eleição!)

 

  1. Correr a horas estapafúrdias

No caso de querer fazer um treino mais formal de corrida, aí então é que a coisa se torna um pouco mais complicada. Não sendo eu adepto de correr debaixo de um calor intenso, e estando os finais do dia reservados para rotinas familiares imprescindíveis nas férias de verão, opto por correr a horas consideradas menos próprias, para a maioria das pessoas – não corredores, claro está! A madrugada/início da manhã, cedinho ou o final de noite, já bem depois da hora de jantar, passam a ser os horários preferidos para esta tarefa. Muitas vezes, quer seja devido à satisfação por, finalmente, poder arejar a cabeça, ou a quietude do tempo em que quase ouvimos os nossos próprios pensamentos em voz alta, nem noto a falta de pessoas na rua ou a iluminação artificial dos candeeiros de rua, a altas horas da noite.

 

  1. Aproveitar os banhos de mar para nadar

Adoro banhos de mar e essa é uma das coisas que mais saudades tenho, durante o inverno. Tenho a sorte de ter uma praia maravilhosa em que, na maioria dos dias, poder-se-ia estar dentro de água, durante uma hora, sem grandes sacrifícios. Assim, aproveitando esta dádiva da Mãe Natureza, agarro nos óculos de natação e saio para umas braçadas, qual Phelps dominando o oceano Atlântico. (Ou quase, vá…). A verdade é que sempre dá para aperfeiçoar a técnica e abrir a caixa…

 

  1. Rentabilizar as sestas do Vicente e reforçar o Core

Todos sabemos as rotinas limitadas de um recém nascido: passa algum tempo acordado durante o dia – e durante a noite também, infelizmente! –, alimenta-se, faz as suas necessidades (profusamente!) e dorme. Não podendo ir para a praia, tento aproveitar as suas sestas da tarde, para fazer algum trabalho de força específico. E como o trabalho de Core é tantas vezes negligenciado pelos corredores – eu incluído! – tento policiar-me para que este não seja o caso. Portanto, lá trouxe eu o meu colchão e o meu papelinho contendo as rotinas de trabalho específico, com o meu quinhão de pranchas, flexões de braços e crunches. Naturalmente que não trabalho a parede abdominal todos os dias – e nota-se! – pelo que alterno o trabalho abdominal e lombar com os tão necessários alongamentos.

 

Para o ano, acrescentarei uma outra estratégia a este rol: vou chatear tanto, mas tanto, o senhor do aluguer dos padle surfs lá da praia, que ele há-de fazer-me um ‘granda’ preço para alugar uma prancha de padle, durante toda a temporada de veraneio. (Isto se, entretanto, não convencer a Patroa a deixar-me comprar a minha própria, claro está… Já esteve mais longe!

 

E pronto, estas são as minhas estratégias. Quais são as vossas? Partilhem connosco, queremos saber. O importante é que não deixem o vosso contexto familiar mais ou menos atarefado atrapalhar a prática regular de actividade física. Sejam criativos e treinem. (Assim não ficam tão culpados por beberem aquelas deliciosas caipirinhas no bar de praia lá da zona!).

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