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Correr na Cidade

A revolução das bicicletas em Lisboa! (não é, mas até podíamos começar o movimento!)

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Hannover Neues Rathaus / Copyright: HMTG/Martin Kirchner

 

Por motivo de trabalho, tenho estado deslocada em Hanôver, na Alemanha, há quase 1 mês.

Hanôver é a cidade mais verde da Alemanha, com 200km2, tem o dobro do tamanho da cidade de Lisboa, e o mesmo número de habitantes. "Eilenriede" é a floresta "encantada" da cidade e o lago "Maschsee" está localizado mesmo no centro da cidade, com 2,5 km de comprimento. Não há desculpas para não praticar desporto: caminhar, correr, patinar, andar de bicicleta, vela e natação, é só escolher.

 

E por muito que me custe admitir, há uma coisa que vou sentir falta: as bicicletas!

Não é só em Amesterdão que elas são rainha, toda a cidade de Hanôver está preparada para elas.

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 Hannover Radfahren in den Herrenhäuser Gärten / Copyright: HMTG/Martin Kirchner

 

Para ir para o escritório, tenho o privilégio de estar hospedada a cerca de 700m, e faço duas caminhadas (pelo menos), por dia, e por isso não precisei de alugar uma, mas fiquei com pena.

 

Do hotel ao escritório passo por duas escolas, e pasmem-se: não há filas de transito à porta das escolas para deixarem os meninos e meninas. Pelo contrário, vejo mães, pais, filhos, nas suas bicicletas, a deixar os mais novos na escolinha: a mãe na bicicleta da frente, leva a filha mais nova atrás, e numa correria, em modo de contra-relógio, vem o filho mais velho (com alguns 5 anitos) na bicicleta mais pequenina, devidamente identificada com uma bandeira, para que os outros (os condutores) os possam ver.

Dá-me um gozo enorme estas imagens matinais. Inspiram-me a uma vida mais saudável, e a acreditar que ainda podemos fazer alguma coisa pelo nosso planeta.

 

Esta cidade é um exemplo: existem jardins, parques, vias exclusivas para as bicicletas e para peões. Verde, muito verde, e durante todo o dia, ouvem-se corvos, pardais, andorinhas, campainhas de bicicletas, e uma ou outra buzinadela de algum carro com mais pressa.

 

E porque as nossas cidades não podiam apostar mais nos transportes alternativos, e consequentemente, ajudarem o nosso planeta?

Eu sei que Lisboa tem as suas sete colina altaneiras, mas os transportes públicos também ainda não se adaptaram convenientemente para transportarem as bicicletas. Por exemplo: podem ser transportadas, mas em horários específicos e se não perturbarem o normal funcionamento, etc, etc… enfim, não estão adaptadas!

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Imagem Ana Walls | Vista para o Castelo de São Jorge, Lisboa

 

Ciclovias: começa-se a ver qualquer coisa, pelo menos por Lisboa, mas em circuitos muitos restritos e não por toda a cidade.

 

Parques de estacionamento para bicicletas. Desculpem-me, mas não conheço nenhum, e pode ser desconhecimento meu. Penso que quem as tem, tem de as prender aos postes, sinais, ou aos separadores dos lugares das motas.

 

Empresas: nem vou comentar! Quantas é que incentivam os seus funcionários a utilizarem transportes alternativos? Ou mesmo os públicos!

 

Sei que nada ou pouco posso fazer para modificar o nosso comportamento pouco ecológico, mas que dá gosto ver e ouvir as campainhas das bicicletas de manhã, dá!

 

 

Boas pedaladas!

 

 

p.s. Ah! E isto não é só em Lisboa, cidades de Portugal, mexam-se, pelo nosso planeta!

Vem aí a primeira beer mile portuguesa

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Cerveja e corrida? Sim! Já vos falamos dos benefícios da cerveja para corredores e talvez já tenham ouvido falar da “Beer Mile”. A “Beer Mile” é uma corrida que envolve beber cerveja. Esta corrida é muito popular nos EUA e chega, agora, a Portugal.

 

De 18 a 25 deste mês irá decorrer a Lisbon Beer Week, uma iniciativa inédita no nosso país que pretende replicar o sucesso obtido na Europa. A 1ª edição deste festival internacional que agora chega ao nosso país espera reunir um total de 25 mil participantes e será composto por três eventos: a Rota das Cervejas, o Festival da Cerveja e claro, a Beer Mile.

 

Será então no dia 25 de setembro que vai acontecer a primeira “Beer Mile” portuguesa. O local exato ainda está por desvendar, mas será no centro da cidade.

 

Os participantes terão que percorrer a distância de 1 milha (cerca de 1,6 km), ao longo da qual irão beber 0,25 litros de cerveja artesanal em cada um dos quatro pontos de abastecimento. Nestes quatro beer points, cada atleta, para poder dar continuidade à sua prova, terá de beber 1 copo de cerveja artesanal.

 

Segundo Gonçalo Sant’Ana, organizador da Lisbon Beer Week, “este é um evento que pretende reunir pessoas que gostam de correr, mas que também apreciam uma boa cerveja. Não queremos atletas, até porque o objetivo não é competitivo. Só queremos que as pessoas se divirtam e convivam – a correr ou a andar”.

 

O valor da inscrição são 13€ e inclui 4 paragens para beber cerveja e um copo alusivo ao evento. Para mais informação e inscrições, podem consultar o site da Xistarca.

O tempo de estarmos de férias a descansar, infelizmente terminou. Chega o momento de reorganizar vidas profissionais, familiares e claro tentar encaixar os treinos que muitos de nós suspendem nestes meses mais quentes.

Com o mês de Setembro regressam provas de running que já são um clássico, por exemplo a Corrida do Tejo, daqui a quinze dias ou no inicio do mês de Outubro Maratona e Meia Maratona Rock ‘n’ Roll.

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A vontade pode ser mais que muita, mas e o treino? Conseguiste seguir o plano a que te proposeste com o rigor necessário? Estás a menos de um mês do teu desafio, sentes que a “máquina” está bem afinada? Ou no teu caso andaste na balda e agora queres que o corpo faça o impossível?

 

Tentamos ajudar…

 

1. Milagres não existem, se tinhas uma rotina de treino e essa foi quebrada pelas férias, é mais que normal que não comeces a correr com o mesmo pace de quando treinavas.

 

2. Planeia com mais atenção os teus treinos, o ideal era estarem sobre três princípios:

Sobrecarga: todos os treinos devem ter um ritmo ligeiramente superior ao que suportamos com facilidade, guarda os treinos que suportas com facilidade para as recuperações ativas.

Continuidade: mantém os treinos regulares sem falhas.

Progressão: a carga deve ir aumentando progressivamente de treino em treino.

 

3. Está na altura de rever objetivos de tempo, não penses em deixares de fazer a prova, mas reduz o tempo que tinhas inicialmente planeado.

 

4. Respeita o teu corpo e o descanso que ele precisa.

 

5. Aumenta a ingestão de água.

 

6. Procura um profissional que possa fazer massagem desportiva, é importante garantir que o corpo está apto ao esforço que estás a impor.

 

Bons Treinos...

 

Correr nas férias ?

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Para a maior parte das pessoas, férias é apanhar sol, comer e serem directores na empresa Dolce Fare niente.
Para outros, é uma oportunidade de conhecer sitios maravilhosos que temos por este pais fora.

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Na semana do feriado de 15 de Agosto eu e a Liliana fomos passar 4 dias junto à barragem do Cabril em Pedrogão Pequeno e dar umas pequenas voltinhas matinais pelos arredores do Hotel.
Ficamos hospedados no HOTEL DA MONTANHA e aqui ficam algumas fotos das nossas voltas.

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Levantavamo-nos pelas 8 da manha ( estavamos de férias e nada de treinos ás 6 !!! ), iamos tomar o pequeno-almoço e pouco depois das 9 arrancavamos para uma voltinha de 9 a 11km pelos arredores.

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Depois do treino, uma horinha de piscina ( interior e/ou exterior ) para recuperar antes do almoço.

 

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Depois passeio da parte da tarde pelas praias fluviais e algumas aldeias de Xisto.

 

 

 

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É uma maneira de fazer férias, aproveitando algum descanso e ao mesmo tempo corremos por sitios que não conhecemos.

 

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Agora precisamos de umas férias das férias :) :) :)

Os benefícios do treino funcional acompanhado

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Foi no início deste ano que comecei os meus treinos funcionais acompanhados. Foi com o objetivo de querer melhorar o meu desempenho na corrida. Tinha várias provas grandes por fazer: os 42km do Columbus Trail na Ilha de Santa Maria, Açores, e a Maratona de Barcelona em março. Embora sem grandes ambições em termos de tempos nestas provas, ambicionava sim, cruzar a meta a sentir-me bem e forte.

 

Assim, para além das aulas de RPM no ginásio e do Yoga, tive a oportunidade de treinar com uma Personal Trainer, a Natacha Barata. A Natacha tem enriquecido o seu conhecimento ao nível do treino funcional, através da exploração do treino de barefoot, técnicas correctivas do movimento, e utilização de materiais de treino funcionais como o TRX e VIPR. A boa compreensão da postura e do movimento funcional da pessoa permite estruturar o treino de forma a melhorar a performance na corrida diminuindo o risco de lesões. Para definir um treino adaptado às minhas necessidades, começámos por fazer uma Avaliação Funcional do Movimento, utilizando a metodologia Functional Movement Screen (FMS).

 

Durante meses, todas as quartas-feiras de manhã, estava no Jazzy Health Club em Benfica a treinar com a Natacha. Sabia-me sempre bem e os resultados rapidamente apareceram. Acredito que, acima de tudo, foi o aumento da minha consciência corporal que me trouxe benefícios muito grandes. Os resultados na corrida surgiram, com PBTs, provas a sentir-me forte e nada de lesões. O objetivo foi atingido.

 

Entretanto chegou o verão e, por motivos profissionais e de saúde (anemia), abrandei nos treinos. Foi marcante que, depois de meio mês sem treinar com a Natacha, voltei a treinar e, no dia seguinte, quando fui correr, senti imediatamente os benefícios do treino. Os treinos acompanhados fazem-me ter mais cuidado com a minha postura, seja a correr, seja nas tarefas do quotidiano.

 

Escrevo este post porque sempre achei que um Personal Trainer (PT) seria algo supérfluo. No entanto, com esta experiência, esta perspetiva mudou. Passo então a enumerar alguns dos benefícios do treinos funcional acompanhado vs. Treino não acompanhado.

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Algumas vantagens do treino com Personal Trainer são:

 

- O treino personalizado: o PT com, uma avaliação, como por exemplo a Functional Movement Screen (FMS), e tendo em conta os teus objetivos pessoais (sejam melhoria da postura, evitar lesões ou perda de peso, etc) consegue definir um plano ajustado e 100% personalizado.

 

- A companhia resulta em motivação: ter companhia para treinar, num local fixo, num horário fixo, cria rotina e compromisso. O teu PT conta contigo, tornando-se mais difícil, “baldar-nos”.

 

- O acompanhamento profissional: quando estamos a seguir um plano de treinos com determinados exercícios, muitas vezes a execução dos mesmos pode não ser perfeita. Na companhia de um PT, estamos sempre a ser apoiados para que a realização dos exercícios seja feito da forma mais correta. Com efeito, assim, o nosso treino é muito mais eficaz e evitamos lesões.

 

- O acompanhamento na evolução: tenho em conta os nossos objetivos e fazendo avaliações intermédias, conseguimos ver se estamos no caminho certo para atingir os objetivos ou se o plano de treinos deve ser ajustado.

 

- A versatilidade: a Natacha, por exemplo, é qualificada em termos de treino acompanhado, mas também em termos de osteopatia. Ou seja, num dia em que vinha treinar toda “partida” de uma prova grande, é claro que não treinávamos. Nesses dias, deitava-me sobre a marquesa e a Natacha fazia-me um tratamento de libertação miofascial com as mãos. Saía de lá “novinha”!

 

- A concentração: tu só te preocupes com a correta realização dos exercícios. Não precisas de te preocupar com o número de repetições – o PT conta. Também não precisas de te preocupar com o exercício que vem à seguir – o PT explica. Esta é para mim das maiores vantagens. Nos treinos com a Natcha, quase que entrava numa espécie de meditação, onde o mundo podia acabar a minha volta, mas eu apenas estava preocupada com aquele exercício, aquele momento. 

 

- O espaço: acho que o espaço onde se realiza o treino é muito importante para a sua eficácia. Normalmente, os PTs trabalham em ginásios, espaços muito propícios e motivantes para a prática de exercício.

 

- O acesso a materiais e máquinas: no espaço onde o PT nos acompanha, normalmente, há à nossa disposição uma série de materiais que em casa não temos, por exemplo, o rolo de libertação miofascial, kettlebells, bosu, vipr, etc. Além disso, no caso da Jazzy Health club, ainda tínhamos à nossa disposição toda a sala de máquinas para musculação e treino de cardio.

 

E acreditem, há mais benefícios. Acho que o melhor é experimentarem e sentirem a diferença. Depois contam como foi! Há uma nota final que gostaria de partilhar: tenham cuidado na escolha do PT. Tem que haver um match de personalidade, de metodologia e o PT tem que concordar com os teus objetivos. Com a Natacha, este alinhamento foi perfeito e daí os resultados. Mas na ausência deste match, acredito que se perdem algumas das vantagens mencionadas acima. Bons treinos!

UTMB - TDS :: Uma aventura e tanto

Não sei bem ao certo como isto começou, após o ano passado ter concluído os 80 km do Reccua Douro Trail e de ter chegado ao fim com a sensação que fazia mais uns quantos quilómetros se fosse preciso, comecei a pensar que deveria tentar uma prova de três dígitos.

Levado pelo sonho de um dia ir a Chamonix e participar numa das provas do UTMB, conjuntamente com os relatos, videos e fotografias de colegas que lá tiveram, pensei que este era o local ideal para me estrear na distancia...

 

Se estás nestas condições e a pensar em ir, fica o aviso que não aconselho que o TDS seja a tua primeira prova de 3 dígitos, nem a tua primeira prova nos Alpes, é de loucos acredita.

 

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 O TDS é considerado por muitos "A" prova, pela sua natureza selvagem, com um piso demolidor ao longo dos seus 119km e 7.250m de desnível positivo. É verdade, não tem a distância do UTMB, nem vira duas noites, mas tem as subidas e descidas mais agressivas, uma distancia entre abastecimentos que ronda os 15k a 20k que podem corresponder a mais de 5 horas de prova dependendo do ritmo de cada um e uma sensação de arrebatadora de isolamento na segunda metade da prova. 

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A chegada a Meca...

 

A chegada a Chamonix foi fantástica, eu e Sara parecíamos dois miúdos numa loja de doces, o ambiente que vive e respira ali é brutal, toda a vila é virada para a montanha e para os desportos que a montanha oferece, trail, alpinismo, btt, treking, canoagem, ski, etc...

A sensação de pequenez aqui é enorme, tudo há volta à gigante e imenso, sentimos que não nossos nada e que somos realmente abençoados em estarmos vivos para sentir e viver estas experiências.

 

Num primeiro passeio pelas ruas frenéticas de pessoas, lá está ele - O portico dos sonhos - a linha de chegada, ao fim de tanto tempo, tantas fotos e tantos videos em que o vi pelo ecrã, lá está ele aqui ao pé de mim, ao vivo de cores - Penso que é aqui que quero chegar, o meu objectivo está ali, passar por debaixo dele com a nossa bandeira levantada bem alto.

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Acreditem que queria descrever mais a atmosfera que se vive aqui, as ruas, as pessoas, mas falta-me as palavras, mas acreditem que não é à toa que este é considerado um dos mais conceituados eventos de trail a nível mundial... façam as malas e vejam por vocês mesmo e depois digam se ficam ou não ficam também sem palavras.

 

 

A entrega dos dorsais e a organização

 

Desde cedo que sentimos que estamos numa prova diferente e que a organização evento é fantástica e enorme, tudo muito bem organizado, com pessoas extremamente simpáticas que fazem isto por gosto e amor à montanha. A entrega dos dorsais parece um terminal do aeroporto, com controles e vários check points até ao tão esperado dorsal, todos os atletas são controlados na lista de material obrigatório através de um sistema aleatório, a mim calhou-me a manta de sobrevivência, reserva de alimentar, os dois frontais e baterias de substituição e telemóvel, após esta etapa, segue-se então da chipagem da mochila, colocação da pulseira e dorsal e por fim a validação dos tickets para os autocarros. 

 

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O Dia D

 

O dia ou melhor, a noite D... O TDS começa às 6h em Courmayer no lado Italiano no Monte Branco, para lá chegar é necessário apanhar um autocarro da organização... O meu era 4.30 da manhã, o que fez que tivesse de acordar às 3h depois de um par de horas mal dormidas devido aos nervos - ainda alguém acredita que o TDS não vira 2 noites!! Ao chegar a Courmayer ainda meio a dormir, levo uma chapada na cara de trail runners, caras de todas as nacionalidades, felizes, nervosos, uns despedem-se de familiares como se fossem para a guerra, beijos, abraços, fotos... Sorrisos que disfarçam o medo do que vão encontrar.

 

Sim, eu também estava assim... 

 

Em Chamonix tinha ficado a Sara, ela iria acompanhar-me durante o percurso, através do serviço de acompanhamento da organização e tendo o dorsal de minha assistente podia dar-me apoio directo mais adiante em dois pontos de abastecimento, mas aqui era tempo de eu estar sozinho comigo, com os meus demónios e preparar-me para me deixar ir.

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O UTMB é um espectáculo em todos os aspectos e as partidas especialmente são pensadas para serem vibrantes para os que partem e para os que assistem... São quase 6 horas e nas colunas de som bem alto começa-se a ouvir o Heart of Courage e as ouve-se as palavras do speaker:

 

"This his your moment, you have been training...now it's your time... The time your dreams came true..." 

 

Tentem visualizar o momento e não digam que não é emocionante.

 

E é assim que partimos, neste momento sinto-me um guerreiro espartano pronto para a combate, o inicio da prova é feito pelas ruas de Courmayer, cheias de cheias a aplaudir e com chocalhos nas mãos a dar força a quem parte - São 6 da manhã o que esta gente faz aqui... Fantástico - e da mesma forma que partimos no meio daquela euforia, rapidamente nos afastamos para meio do silencio da montanha e nos remetemos ao silencio e à nossa pequenez.

 

Objectivos iniciais

 

Primeiro objectivo - Terminar a prova
Segundo objectivo - Chegar à base de vida (66km) com luz do dia, de forma que tenha feito a descida de Passeur du Pralognan com luz natural.

Deixo um video de uma edição anterior do TDS que mostra bem a minha vontade de fazer a descida do Passeur du Pralognan de dia - vejam por favor no 1m20s e 3m40s - uma maluqueira de descida certo!!

 

Terceiro objectivo - Fazer a prova a rondar as 30h

 

A prova... 

 

O como já referi o TDS tem tanto de bruta como de sexy, ela leva-nos por paisagens brutais mas faz-nos pagar e pagar bem caro para lá chegar. Abandonamos rapidamente a vila de Courmayer e começamos a primeira grande ascensão até Aréte du Mont-Fravre uma subida de quase 1500D+ logo ao 2km de prova. Esta subida é feita por estradão largo ao longo de uma pista de sky, o que é bom pois os atletas ainda vão muito em plutão e assim é possivel ter um inicio sem grandes atropelos o que permite às pessoas ganharem o seu espaço ao longo do cordão de atletas. Chegando ao primeiro abastecimento liquido, uma descida rápida já em single track com paisagens de cortar as respiração, passando por alguns riachos resultantes do degelo e zonas mais técnicas de pedra que nos leva um planalto e ao segundo abastecimento, este já solido.

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Os abastecimentos são fabulosos, queijos de vários tipos, sopas de massa, chouriços, pão, barras e tudo o que esperamos encontrar num abastecimento. Encho os bidons, como uma sopa com massa e uma fatia de pão e sigo caminho, não quero perder muito tempo, quero me distanciar dos cortes de tempo rapidamente. Pelo caminho vou actualizando a Sara e também o Nuno Malcata com fotos e mensagens de como me ia sentindo, incrivelmente tive sempre rede ao percurso.

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A subida ao Col Chavannes, um dos pontos mais altos da prova, é fantástica com passagens perigosas, em que escorregar não é opção mas sempre com o bonus de ter uma vista fantástica para o vale de La Seigne.

Vencido o Col sento-me um pouco, retempero energias com meia barra energética e agradeço o poder de estar aqui para ver isto á minha volta.

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Esticar as pernas

 

A seguir ao Col, segue-se um vale imenso e uma descida ao longo da montanha em estradão, ora de terra, ora calçada romana, a descida é longa e suave, daquelas que dá para deixar o corpo ir sem stress e rolar a boa velocidade.

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Rapidamente me apercebo que um dos inimigos do dia vai ser o calor, o sol ainda não vai alto e já se faz sentir. O estradão é ladeado por muitos ribeiros que os atletas usam para se refrescar e encher os bidons... Resisto à tentação de beber aquela água fresca com o receio que não me fizesse bem, apenas encharco vezes sem conta o buff que levo na cabeça e sigo para Alpetta, uma passagem após uma descida mais bruta por cima de rio.

 

Aqui centenas de pessoas esperam por atletas, é um local muito simpatico com relva, rio e pois... vacas... sim é muitas mas muitas vacas por aqui...

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Após esta descida é hora de começar a ganhar altitude novamente até ao Col du Petit St. Bernard, cuja a ultima subida é fud$%&... uma rampa saída do nada até ao abastecimento, no meio de uns arbustos que se agarram às pernas. No final na subida oiço os primeiros gritos "Portugal" e sinto um animo enorme, mais ainda quando vejo a Sara, que me esperava já neste abastecimento, tínhamos combinado apenas ela estar no Bourg Saint-Maurice, e foi perfeito vê-la mais cedo.

 

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 Foto do Miro Cerqueira

 

É hora de passar a fronteira...

 

Hidrato-me, como e sigo caminho e passo a fronteira - Estou no volta a França! - dias antes da partida tinha conversado com o António Vale que fez o TDS o ano passado e me tinha tido para gerir bem esta descida enorme de cerca 1400D- pois ia fazer moça... Assim fiz, desci devagar q.b, o ultimo troço é feito numa floresta tipo "Sintra" que me lembrou um bocadinho de casa e me deu alento.

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O calor era horrível, os donos das casas que íamos passando já na fase final da descida, tinham as mangueiras abertas para nos dar banho e nos refrescar... Impecável mesmo!!...  E sem dar conta chego ao abastecimento de Bourg Saint-Maurice, aqui a Sara podia dar-me assistência directa e entra comigo no abastecimento.

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Há nossa volta, atletas no chão em sofrimento, pessoas em desidratação, a tenda das desistências está apinhada, a montanha começa a ceifar atletas. Encontro um espaço nas mesas para me sentar, alimento-me bem e descanso um pouco, enquanto a Sara me drena as coxas e os gémeos, infelizmente ela tem de ir antes de eu sair do abastecimento, pois o próximo autocarro ia sair e o próximo só era daqui a umas horas.

 

Aproveito para encher os bidons com calma pois sabia que iria entrar no segmento mais selvagem do TDS e os próximos 50km iriam ser diferentes BEM diferentes destes primeiros. Ao sair ainda fui ao controlo de material obrigatório e faço-me à subida, literalmente são 2km verticais debaixo de um calor abrasador... UFA!!!

 

 

Mas isto não pára de subir...

 

Começa a subida, pé ante pé, devagar... Com calma tudo se faz, rapidamente começo a ver atletas a descansar a cada pedra, a cada sombra, vejo outros a descer. Pergunto porque estão a descer, respondem que vão desistir!!

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 Os primeiros quilómetros são feitos dentro de um bosque que rapidamente desaparece e ficamos à mercê do sol, descanso sento-me um pouco à saída do bosque para aproveitar a sombra, ao meu lado um italiano pega no telefone, liga para organização e diz que vai desistir - A montanha continua a engolir pessoas... Saio do bosque e a coisa fica a pique, a cada curva no serpentar do trilho, a cada sombra existem pessoas deitadas no chão a descansar, faço o mesmo e lentamente chego ao Fort de La Platte, aqui existe uma torneira de agua gelada - E é o céu na Terra.

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Depois a inclinação acalma até voltar a ficar muito a pique - Cá está... são os últimos 300m verticais, o cume está ali... Descanso antes de subir este ultimo segmento - Não há ninguém que suba de penalti isto

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Yeahhhh Alcanço o Passeur du Pralognan, tiro mais umas fotos, actualizo a minha equipa de suporte e saio dali, ainda é de dia - Consegui!! A seguir uma descida muito muito técnica a pique cheia de pedra, cair aqui é sinonimo de ser a ultima descida da vida e consigo alcançar o sopé e um estradão que me leva à base de vida no limite da luz solar.

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Base de vida e o meu erro...

 

Na base de vida o ambiente é frenético, na entrada há balcão de levantamento dos sacos de apoio onde me dirijo em primeiro lugar, do outro lado o balcão gigante de comidas e bebidas e ao fundo num canto, a zona de comidas quentes, sopas e massas cozinhadas. Encontro um lugar sossegado no meio das mesas, coloco o relógio e o telemóvel a carregar e vou buscar comida mais solida, dou preferência às massas com queijos, um sandes de salami e barras energéticas.

 

Após a refeição é hora de cuidar de mim, descalço-me e tiro as meias sujas e avalio o pés - Estão OK! Limpo os pés com toalhetes de limpeza que tinha no saco de apoio e coloca creme anti fricções e... Coloco o meu erro no pés...

 

Dias antes na expo, num dos stands encontro à venda meias da Injinji, iguais aquelas que estou habituado a usar e o rapaz do stand diz que essas não tem, mas que tem de umas outra gama da Injinji que são iguais e só mudava a cor.

Sim o meu erro foi calçar estas meias, quilómetros mais à frente demonstraram que não eram nada iguais, mas já lá vamos...

 

Embora tenha uma muda completa do saco de vida, sapatilhas incluídas, mantenho o mesmo equipamento que vinha comigo deste o inicio, apenas coloco um par de manguitos nos braços, visto o impermeável, coloco um buff da WONG bem quente no pescoço e uma fita grossa na cabeça.

 

É hora de me fazer à noite...

 

Após uns minutos de descanso, saio da base de vida sozinho, cá fora sente-se o frio gelo, da noite - tenho que correr para aquecer - o piso não é fácil, ao início um estradão fácil seguido de um trilho no meio de um terreno escorregadio e cheio de lama, mas com calma foi progredindo até ao Col de lá Sauce, nesta subida, encontro vários "corpos" deitados no meio do trilhos, caídos de exaustão - Sim, são pessoas, atletas que o cansaço venceu!!

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Atingindo o topo é hora de fazer uma das parte que mais queria, a descida até La Gitte, um trilho escavado no meio da rocha ao lado um em precipício e bem lá em baixo um barulho ensurdecedor de água - Brutal e assustador ao mesmo tempo! - Mas o que é bom acaba depressa e logo de seguida vem mais uma ascensão lenta e penosa até ao Col Est de La Gitte, faço-a de forma lenta mas constante o que me permitiu ultrapassar muita gente nesta subida.

 

 

Pedra e mais pedra...

 

Daqui até ao próximo abastecimento no Col do Jolie, veio a parte mais penosa para mim, um trilho de pedra e mais pedra, ora solta, ora rocha firme, sinto que os meus pés criaram bolhas nos dedos grandes e principalmente nos calcanhares que estava a comprometer o meu andamento em termos de ritmo principalmente e zonas de descidas onde podia correr.

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O Col de Jolie é o abastecimento mais animado, é uma tenda cheia de música e cor no meio do nada, cujo o som se ouve a quilometros de distância, aqui só existem estrelas e vacas mutantes que dormem no meio do trilho que se mostram indiferentes à nossa passagem - Passa por cima se quiseres!!!

 

Chego ao abastecimento e como pão e salami e resolvo descansar um pouco, despertador para tocar em 10 m e deito-me e dormo um soneca.

 

Trimmmm é hora de acordar...

 

Acordei, sabia que que tinha uma descida valente e isso preocupava-me devido à bolha no meu calcanhar, portanto tinha que me render às evidências e por de lado o meu objectivo de tempo e ir tranquilo, sabia que tinha já ganho tempo suficiente face aos cortes para chegar até ao final, portanto era gerir.

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Feita a descida, ora pelo estradão de uma pista de sky, ora pelo bosque, chego ao abastecimento de Contamines. A Sara entra comigo drena-me de novo as pernas enquanto preparo o equipamento para a ultima subida, o dia está a nascer e é hora de ficar mais fresco, tiro tudo e volto à tshirt da WAA e à pala na cabeça...

 

Despeço-me da Sara que vai directamente para Chamonix... Até já meu anjo...

 

Chamonix?

 

Chamonix? Pergunta o voluntário que indicava o caminho, para o ultimo segmento... Respondo: Lets Go!!!

Esta ultima ascensão são cerca de 1500d+ em 8k e outros tantos no sentido descendente até ao último abastecimento.

A primeira metade é feita quase sempre em estradão por meio de um bosque lindo, ia ganhando de novo posições a subir pois estava com força ainda, o meu mal era as descidas e rapidamente chego a Chalets du Truc.

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O último petisco...

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Após a passagem por este ponto, eis que chego à subida ao Col du Tricot, a última grande subida que acho que resume o TDS: bruta, vertical, pedra, aguenta e não chora... Uma pendente vertical que mete medo só fé olhar de baixo, sentimo-nos minúsculos aqui... Toda a gente grita de alegria ao chegar ao cimo, incrível o esforço para chegar aqui... Subo, grito e sento-me para contemplar esta maravilha da natureza... Obrigado!!!

 

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Agora é a descer... Sempre... Autchhh...

 

Sabia que ia ser massacrante descer isto para os meus pés, mas tinha de ser - Aguenta!!!

Sou ultrapassado por muita gente na descida, sabia que ia ser assim mas não fico chateado, fico irritado, só porque a descida é linda e eu adoro descer - Adorava ir a acelerar por ali abaixo! - a meio já não aguento, descalço-me e faço um curativo aos pés e sigo até Les Houches, onde somos recebidos em apoteose, já como finishers... Encho os bidons e vamos lá acabar isto.

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Chamonix 8k 150D+ 150D-

 

É o que diz a placa à saída do abastecimento - Pu#$ que pariu está quase - O ultimo segmento é feito junto ao rio, dentro de bosque, cada vez correr e mesmo andar é mais difícil, começo a ficar super chateado, tanta vez imaginei a chegada a Chamonix e não acreditava que não iria correr na meta FDX!!!

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Na entrada de Chamonix perto das paredes de escalada, encontro a Sara que me devolve alguma energia, falo com ela e digo-lhe que vou frustrado por não conseguir correr agora no final devido às bolhas e sigo a passo com ela.

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A cada passo que dou são mais as pessoas a apoiar, entro na rua cortada ao trânsito e estava à pinha de gente aos gritos... Que loucura é esta!!! Tiro a bandeira - Portugal!!! Ouve-se aqui e ali!!! A sensação é incrível!!

 

Não tens como não correr, esquece as dores e vamos a isto!!!

 

Toda a gente grita, as crianças pedem para que lhes batemos nas mãos, só mais curva e lá está ele... o Pórtico dos Sonhos!!! A partir daqui foi tudo câmara lenta na minha cabeça, bandeira bem alto... Portugal, Portugal! e passo meta - Lindo!!

 

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Virei o TDS

 

A chegada falo com a Pedro Portugal que me pergunta sobre calor e sobre a prova e me encaminha para os coletes de finishers... Obrigado Pedro pelas informações que dás à malta Lusa que vai aí. Procuro a Sara, já de colete na mão - Não vou largar isto mais - Sigo para o abastecimento final, sabia que eles tinham latas de cerveja e eu marecia uma!!!

 

O TDS é uma prova incrível, muito difícil, técnica, com piso demolidor, não é com toda a certeza a prova fazer pela primeira vez os Alpes, nem a primeira de 3 dígitos (129km contou o meu gps)... Mas é sem dúvida "A" aventura.

 

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Obrigado a todos os que me apoiaram, a minha crew, Correr na Cidade, em especial ao Luís Moura, Liliana, Tiago Portugal que me acompanharam mais de perto na preparação, ao Nuno Malcata que praticamente não dormiu e me acompanhou online sempre com mensagens de incentivo, ao Marcelo das Salamandras que me acompanhou em alguns treinos e que orgulhosamente tive o prazer de ver partir e chegar no UTMB.

Obrigado à minha família e muito mas muito obrigado à Sara que me acompanhou sempre ao longo na prova, fisicamente e no coração e que aturou o meu feitio ruim no pré prova e me deu força para chegar ao fim... Obrigado meu anjo.

 

Obrigado Monte Branco.
Obrigado Chamonix.
Sei que nos vamos voltar a encontrar


Até breve.

Parabéns Sapo!

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O Sapo faz hoje 21 anos! PARABÉNS SAPO!

 

Nascido na Universidade de Aveiro em 1995, praticamente nos primórdios da internet em Portugal, o Sapo evoluiu em várias áreas sendo hoje uma referência nas plataformas digitais nacionais contando atualmente com mais de 1 milhão de visitas diárias. 

 

O Sapo tem sido a "casa" do nosso blog há mais de 2 anos e desde Março deste ano o Correr na Cidade é orgulhosamente um dos blogs oficiais do Sapo Lifestyle, e único blog de grupo desta fantástica equipa.

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Para celebrar este aniversário, o Sapo tem um passatempo, onde está a oferecer conjuntos de prémios bem simpáticos, com o mote:

"21 anos SAPO. Muitos cliques de vida, muitos prémios para ti!"

 

Para participar vão a buzz.sapo.pt, registem-se e partilhem conteúdos do Sapo nas redes sociais (facebook, instagram e twitter) com a #SAPO21anos.

 

Os prémios são:

 

1º Lugar

Peluche

Auscultadores

Power bank

Caderno_argolas

Bola futebol

Rato otico

Caneta

Aquecedor de chavenas

Fita de pescoço

Lancheira

Bolsa para tablet

T-shirt sapo (tarzan)

 

2º Lugar

Peluche

Power bank

Caderno_argolas

Bola futebol

Caneta

Aquecedor de chavenas

Fita de pescoço

Lancheira

Bolsa para tablet

T-shirt sapo (tarzan)

 

3º Lugar

Auscultadores

Caderno_argolas

Bola futebol

Caneta

Aquecedor de chavenas

Fita de pescoço

Lancheira

Bolsa para tablet

T-shirt sapo (tarzan)

 

Manter a corrida interessante

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Correr pode tornar-se, por vezes, monótono. Eu próprio já passei por isso. Foram tantas as vezes que treinei no paredão de cascais que conheço o percurso de quase de cor, as passadeiras, os sinais, os cheiros, as vistas e ao fim de algum tempo até os restantes corredores se fundem na nossas rotina, deixa de ser novidade. É mais seguro, mas também menos interessante e estimulante. De forma manter a nossa corrida rotineira interessante podemos utilizar alguns destes truques/dicas:

 

1. Experimente um treino “Fartlek”. Palavra derivada do Sueco, desenvolvida nos anos 30 e que significa ‘Speed Play’ (Fart=speed and lek=play). O uso do “fartlek” veio fornecer um método menos estruturado do que o treino intervalado. Consiste numa corrida por um determinado tempo, 30 segundo de sprint seguidos de 5m de corrida suave, durante o tempo do seu treino para permitir a recuperação antes do esforço seguinte. Ele aumenta a intensidade das passadas e o desgaste muscular, gerando o ganho de força e resistência. Além disso, faz com que você saia da rotina de treino, melhora o sistema cardiovascular além de ensinar o organismo a lidar com picos de esforço;

 

2. Vá para os trilhos. Se está habituado a correr na cidade aproveite os parques pertos de sua casa para variar os percursos e explorar novas rotas, além de que a superfície mais macia exige menos das suas articulações e ossos. Pessoalmente tento incorporar 1km do parque pedaços em Cascais ou vou a correr até ao Parque Marechal Carmona;

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3. Arranje companhia. O mesmo percurso se feito com um amigo ganha um novo significado, seja pelo simples facto de ter companhia ou por querer motivar o seu amigo a correr e conhecer o “seu” quintal;

 

4. Descubra novos percursos. Não tenha medo de sair da sua zona de conforto e descobrir novos trilhos. Existem muitas aplicações onde corredores partilham os seus treinos, porque não dar uma espreitadela e ver onde os seus vizinhos correm. Pode ser que se surpreenda com um percurso perto de sua casa que nunca pensou existir;

 

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5. Faça o mesmo treino de sempre mas desta vez tente bater o seu recorde dos 5k ou 10k. Da próxima vez que não lhe apetecer correr ou estiver a ficar aborrecido a meio do seu treino pare 30segundos, programe o seu relógio e dê corda aos sapatos durante o resto do percurso. Talvez se surpreenda e estabelece um novo PR;

 

6. Se começar a ficar aborrecido com a corrida e os treinos, não se preocupe que acontece a todos, inscreva-se numa corrida. Nada melhor para motivas do que estabelecer objetivos a curto e médio prazo.

 

Já tem algumas ferramentas para combater o tédio. Não se preocupe em demasia que todos os corredores em determinada altura passaram pelo mesmo que você, o importante é não desistir e correr feliz.

 

Run Happy

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Depois de um período de férias, porque nós também merecemos, está na hora de regressarmos ao trabalho... e estamos de volta com os nossos treinos semanais! Esporadicamente também iremos lançar os nossos treinos pop-up, ou seja não vão estar definidos em calendário e serão comunicados no nosso facebook com um dia ou dois de antecedência... portanto está atento às nossas publicações diárias!

Aproveitamos para lançar-vos o desafio de partilharem connosco os vossos treinos, conquistas e rotas... faz parte do Clube do CnC no Strava, tembém por aqui iremos partilhar os nossos eventos e queremos que este seja um local de partilha de informação: truques, dúvidas ou dicas! Começa já a contar... 

 

 

JAMOR IS MY BACKYARD - BEGGINER'S LUCK SPECIAL EDITION

Data: 08 Setembro (5ª feira)

Ponto de Encontro: Frente ao Café Canoagem - Complexo Desportivo Jamor

Hora de Encontro / Partida: 19h20 /  19h30

Distância / Duração (aprox.): 60 min

Grau Dificuldade: Ninguém fica para trás!

Tipologia de treino: ritmo lento para iniciados (ou que regressam aos treinos no pós-férias)

Não esquecer: hidratação

Guias do Correr na Cidade: Nuno Malcata e Liliana Moreira

Confirma a tua presença no Facebook!

 

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SOFT TRAILS 4 HARD RUNNERS

Data: 15 Setembro (5ª feira)

Ponto de Encontro: Parque de estacionamento do Penedo @ Monsanto, LX

Hora de Encontro / Partida: 19h15 /  19h30

Distância / Duração (aprox.): circuito de 11k

Grau Dificuldade: o elemento mais "lento" marca o ritmo, quem quiser espera ou faz piscinas!

Tipologia de treino: trilhos rolantes, com uma ou outra "surpresa"

Não esquecer: hidratação, sapatilhas de trail, roupa clara

Guias do Correr na Cidade: Liliana Moreira e Sara Dias

Confirma a tua presença no Facebook!

 

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GET BACK ON TRACK

Data: 27 Setembro (3ª feira)

Ponto de Encontro: INATEL - Parque de Jogos 1º de Maio (Av. Rio de Janeiro)

Hora de Encontro / Partida: 19h15 / 19h30

Distância / Duração (aprox.): 60 min

Grau Dificuldade: adaptável mas exigente

Tipologia de treino: velocidade e/ou técnica de corrida em pista

Não esquecer: hidratação

Guias Correr na Cidade: Liliana Moreira, Luís Moura e Pedro Tomás Luiz

Confirma a tua presença no Facebook!

 

 

Relembramos que os nossos treinos são guiados e não organizados, ou seja, sem seguro colectivo, pelo que cada participante é responsável por si próprio. São treinos grátis em que a boa disposição e a vontade de correr são os únicos pré-requisitos que exigimos!

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