Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Correr na Cidade

Sem desculpas e para todos os gostos... os treinos mensais do Correr na Cidade não param! 

Relembramos apenas que os mesmos são guiados e não organizados, sem seguro colectivo, pelo que cada participante é responsável por si próprio. E são "grátes"... basta aparecer! Vem connosco... e traz um amig@!

 

 

 

PIMP YOUR MUSCLES
Data: 4 de Fevereiro, quinta-feira
Ponto de Encontro: à porta do Fórum Lisboa (Av. de Roma)
Hora de Encontro / Partida: 19h15 / 19h30
Distância / Duração (aprox.): 60 min
Tipologia de treino: funcional para corredores
Não esquecer: hidratação
Guias Correr na Cidade: João Gonçalves, Liliana Moreira e Bo Irik
Confirma no Facebook a tua presença!

 

 

 

 

SUBIDAS DO RESTELO
Data: 12 de Fevereiro, sexta-feira
Ponto de Encontro: Estação CP Algés (lado terra)
Hora de Encontro / Partida: 19h30 / 19h45
Distância / Duração (aprox.): 7km / 60 min
Tipologia de treino: treino de subidas em modo city trail
Não esquecer: hidratação
Guias Correr na Cidade: Natália Costa, Bo Irik, Sara Dias e Rui Pinto
Confirma no Facebook a tua presença!

 

 

 

 

DON'T STOP TILL YOU DROP
Data: 20 de Fevereiro, sábado
Ponto de Encontro: Estação CP Algés (lado terra)
Hora de Encontro / Partida: 9h15 / 9h30m
Distância / Duração (aprox.): 20km / 2h30 (máx)
Tipologia de treino: estrada
Não esquecer: trazer uma barrita ou gel energético
Guias Correr na Cidade: Luís Moura e Filipe Gil
Confirma no Facebook a tua presença!

 

 

 

 

GET BACK ON TRACK
Data: 23 de Fevereiro, terça-feira
Ponto de Encontro: INATEL - Parque de Jogos 1º de Maio (Av. Rio de Janeiro)
Hora de Encontro / Partida: 19h15 / 19h30
Distância / Duração (aprox.): 60 min
Tipologia de treino: velocidade e/ou técnica de corrida em pista
Não esquecer: hidratação
Guias Correr na Cidade: Liliana Moreira, Luís Moura e Pedro Tomás Luiz
Confirma no Facebook a tua presença!

 

 

 

 

INTO THE WILD
Data: 27 de Fevereiro, sábado
Ponto de encontro: Parque de estacionamento do Parque do Penedo
Hora de Encontro / Partida: 9h45 / 10h00
Duração (aprox): 60 min
Tipologia de treino: trail
Não esquecer: sapatilhas de trail (obrigatório), hidratação e telemóvel
Guias Correr na Cidade: Nuno Malcata, Luis Moura e Filipe Gil
Confirma no Facebook a tua presença!

"Toda a gente tem medo dos Abutres!"

Trilhos-Abutres-2015_9.jpg

 (foto retirada do site da prova)

 

Tem hoje lugar, em Miranda do Corvo (perto de Coimbra) a Edição de 2016 dos Trilhos dos Abutres, umas das provas mais "temidas"  e mais emblemáticas em território nacional. Reconhecida pela sua dureza, pelos trilhos técnicos e pela abudância de água e lama (a que muitos corredores chamam carinhosamente de "Nutella"), é uma das provas que todos os corredores têm curiosidade. Mesmo aqueles que acham os "Abutres" são mais uma prova de sobrevivência e dureza do que uma prova de corrida. Críticas à parte, ninguém fica indiferente a isto. Aliás, foi o mote de um artigo sobre trail running que escrevi para a Notícias Magazine, faz agora precisamente um ano (podem ler ou voltar a reler e opinar sobre o mesmo).

 

Pessoalmente, nunca a fiz. E apesar de não se enquadrar no tipo de provas que gosto de fazer, sei que mais ano menos ano vou lá parar (apesar de olhar para o gráfico e sentir uns calafrios). Seja para a prova mais curta (25K) ou para os 50K. Gosto muito da Serra da Lousã, se bem que a quantidade de água e trilhos técnicos fazem-me engolir em seco. Mas, quase como está estipulado na "cena" do trail running nacional: trailer que não faz Abutres, não é trailer. Passe o exagero. 

12620540_10153917590886639_743588722_o.jpg

Uma das coisas boas desta prova é que, segundo tenho tomado nota, de ano para ano a organização está mais profissional e é, sem dúvida, uma das mais bem organizadas em Portugal. Este ano decidiram transmitir em direto a prova, via Internet, via You Tube. A partir das 7 da manhã deste sábado podem ligar-se. Isto, é de facto, com diz a organização, elevar as provas de trail running a outro nível. 

 

Para nós, CNC, vai ser interessante seguir a prova, ver os nossos amigos dos trilhos e claro, seguir as passadas rápidas dos quatro elementos da crew que irão estar presentes: a Bo Irik, a Sara Dias, o João Gonçalves e o Tiago Portugal. Todos estreantes, excepto o Tiago que participa pela 3ª vez consecutiva. Perguntei-lhe quais as expetativas para a prova de hoje.

 

Bo Irik: "Lembro-me bem de um treino em Fevereiro de 2014 com o Pedro Tomás Luis. Ele tinha acabado de chegar dos 50km da prova dos Abutres. Para já, o mundo das ultra-maratonas ainda era desconhecido para mim, e achei incrível uma pessoa percorrer 50 e tal km na serra, sem parar. Estava fascinada! As descrições sobre a beleza e agressividade da Serra da Lousã impressionaram-me. Desconhecia esta forma de superação física e mental tão íntima com a natureza. Foi então que ganhei um enorme respeito e curiosidade pelos trilhos dos Abutres. No ano seguinte ainda não me atrevi a inscrever-me. Assustava-me a ideia da prova ser em janeiro quando as condições climatéricas na Serra poderiam (e foram) ser muito severas. Foi em outubro do ano passado, quando fui a Miranda do Corvo participar nos 25km do AX Trail, que decidi inscrever-me nos Abutres. Estava apaixonada pela Serra e confirmou-se que gosto muito de trilhos difíceis e técnicos.É então este ano que irei participar nos Abutres, na prova dos 25 (ou 27) km. Em termos de expectativas, só tenho uma: desfrutar da viagem. Não quero preocupar-me com o tempo ou com TOP 10’s. Quero sentir e viver a Serra". 

 

João Gonçalves: “Toda a gente tem medo dos Abutres” – é esta a frase que todas as pessoas que andam neste mundo do trail como eu, já ouviu… E como toda as pessoas, eu também tenho medo dos Abutres! Não sei qual a razão dos outros. Eu tenho as minhas, tenho medo por ser a primeira vez que vou fazer esta prova, tenho medo pela exigência da mesma e sim tenho medo por aquilo que se lê e ouve sobre esta prova e a dureza e dificuldade da mesma. Tudo isto são fantasmas. Fantasmas que os vou levar comigo até ao tiro de partida e que os transformarei em apenas em respeito pela prova ao iniciar os 50km desta aventura. Com o objetivo de prova de chegar “Bem” ao fim, sendo que “Bem”, é primeiro que tudo, chegar e depois, chegar de sorriso na cara e sem problemas físicos a lamentar. Até lá vou-me concentrando em questões como: O que vou levar calçado? Levo bastões ou não levo? Como estarão as condições meteorológicas? E a procura da resposta a estas questões leva-me afastar os pensamentos e receios, aqueles que levam as pessoas a dizer - “Toda a gente tem medo dos Abutres”.

 

ASara Dias, que irá fazer a primeira prova como membro do Correr na Cidade, disse que "o Trail dos Abutres é aquela prova mítica que todos querem fazer, apesar de todos de uma maneira ou outra saberem que é caracterizada pela dureza da mesma. Inicialmente inscrevi-me e quis o destino que não fosse selecionada, por um lado fiquei desiludida mas tenho de confessar que respirei de alivio, não sabia se estaria preparada para aqueles 25K de aventura. Alguns elementos da Crew foram selecionados, estava combinado que iria com eles para apoiar. A duas semana da prova, encontro quem me vende um dorsal para a prova, sem pensar muito, compro. Afinal de contas, esperar por quem está a fazer uma prova desta envergadura também não é nada fácil, pelo menos para o meu sistema nervoso.Para mim o nervoso miudinho começa logo na preparação logística para a prova, que sem conseguir controlar aumenta até ao tiro de partida.

 

Não posso negar, vou para Miranda do Corvo com algum receio, para mim é totalmente desconhecido baseio-me apenas naquilo que vou ouvindo daqueles que já lá vão por diversas vezes. O certo é que na preparação penso no frio que posso passar, na lama, no material que não me posso esquecer e levar a mais não faz mal nenhum. Quero desfrutar desta prova e divertir-me, anseio pela chegada á meta sem lesões e orgulhosa pelo meu feito, apta para receber com um grande sorriso e abraço os que cumprem os 50K".

16567027_ZtRyA.jpeg

 Aqui o Tiago Portugal com o Pedro Tomás Luiz e o Stefan Pequito depois de terminarem a prova em 2014


E por fim, mas não menos importante, o Tiago, que irá fazer a prova pela 3ª vez consecutiva. Indica que: "Foi em 2014 a minha 1.ª Ultra, fui com o Stefan Pequito e Pedro Tomás Luis, custou-me muito. O meu primeiro "abre olhos" para o que eram as Ultras e a dureza disto. Conheci amigos que ficaram e com os quais irei participar pela 3ª vez na prova. O ano passado não me correu bem e lesionei-me cerca do km 25. Não acabando a prova. Este ano, vou sem grandes expectativas, apenas superar-me e saber se ainda sou capaz, depois de nos últimos meses ter tido dificuldades e constrangimentos nas provas em que entrei.

 
Quero acabar, sem lesões, saber que ainda sou capaz e dar o meu melhor, gritar de alegria e raiva no final. Gosto, mas uma prova desta natureza custa acabar, e em determinadas alturas custa mesmo muito. As forças acabam e só nos resta confiar em nós e seguir em frente, um passo de cada vez. Estou se calhar mais nervoso hoje do que da 1ª vez, isto porque já sei ao que vou e não será fácil. Custa mais sabendo as dificuldades que poderei encontar".
 
A estes 4 corredores e a todos os outros que o dia de hoje seja de glória e que se divirtam muito a fazer os kms dos Abutres.

Território CC: o circuito do centro do país

 percurso_03Decorreu no passado dia 16 Janeiro a primeira etapa da terceira edição do Território - Circuito Centro, um conjunto de quatro provas organizadas pela Horizontes e que nos leva a percorrer várias zonas fantásticas do centro do país.A primeira etapa decorreu em Proença-a-Nova e com um tempo brutal para a pratica do trail dada a altura do ano, o feedback foi fantástico.


Na prova maior o vencedor foi o Luís Mota com o tempo de 3.49h para percorrer os 49km da prova e na versão mais curta de +20km o vencedor foi o António Silvino com o tempo de 2:12h.

vencedor_longo_01

vencedor_curto_01


De referir que o António Silvino ganhou as ultimas nove etapas consecutivamente do Circuito Centro, demonstrando uma vitalidade, velocidade e gosto por este tipo de provas acima da média. No setor feminino, a vencedora foi a Sónia Tubal com 4.49h e 10º da geral absoluta, e na versão curta a vencedora foi a Anabela Duque com 2:35h, 9º da geral absoluta.

podio_homens_longo

podio_homens_curto

Para sabermos melhor como foi esta etapa, fomos fazer algumas perguntas a Rui Pires, atleta regular nos treinos Hora do Esquilo em Lisboa e que normalmente corre pela sua equipa oficial em provas, os Georunners. rui_05

Luís Moura - O que te levou a ires correr a Proença-a-Nova e também na próxima etapa ?
Rui Pires - Estou inscrito nas quatro provas do circuito para fazer kms em prova como preparação para o MIUT (Madeira Island Ultra Trail)


LM- Qual o teu feedback da organização ? o que achas que correu bem no evento ?
RP- Achei que a prova tinha globalmente uma boa organização, no entanto tenho três reparos a fazer:  a quilometragem não estava correcta (n.r. - esta queixa é geral), incluindo o local dos abastecimentos, algumas marcações não estavam suficientemente claras e posicionadas e o banho gelado nas instalações sanitárias

rui_04

LM - Como foi regressar a provas depois de vários meses de recuperação de uma lesão prolongada?
RP - É sempre uma óptima sensação participar em provas, mesmo sendo encaradas como treino existe sempre aquela adrenalina própria de uma competição e toda a envolvente.

rui_03

LM - Algum feedback de melhorias que queiras deixar para a Horizontes ?
RP- Penso que resolvidas as questões acima indicadas, que penalizam sempre uma organização, nada de especial tenho apontar.

rui_02

Podem consultar mais informação da prova em Territoriocc. A segunda etapa realiza-se já no dia 6 de Fevereiro em Vila Velha de Rodão. Podem consultar aqui o mapa das restantes 3 provas do circuito :


06 Fev - 2 etapa : Vila Velha do Rodão
12 Mar - 3 etapa : VILA DE REI 
09 Abril - 4 etapa : Castelo Branco 

percurso_01

Abastecimento TCC etapa 40 Km. Associação da Aldeia dos Cunqueiros:

tubal_01

Caldo Verde, filhós, broas de Mel, água, fruta, refrigerantes, vinho e aguardente de Medronho para combater o frio.abastecimento_02

 Fotos tiradas durante o percurso. Portugal nesta altura é fantástico de se percorrer.

percurso_08

percurso_07

percurso_06

percurso_04

percurso_02

 Embora lá percorrer estas serras maravilhosas de Portugal!

Review: Skechers GOrun Strada

IMG_8214.JPG

Por Bruno Andrade:

 

Terreno: Estrada
Passada:  Neutra
Peso: 289g
Preço (estimado) : 130 Euros
Drop: 8 mm

 

Nestas semanas de treino deu para confirmar duas das palavras que poderiam bem resumir este modelo: Amortecimento e Estabilidade.

 

AMORTECIMENTO:

A combinação das duas tecnologias, já antes faladas na 1ª impressão, faz com que, independentemente do tipo de terreno, a mudança não seja muito sentida devido ao amortecimento que apresentam. No entanto, realço que este modelo foi pensado para estrada.O apoio de calcanhar de 8mm dão um elevado amortecimento, traduzido numa excelente absorção do impacto durante a corrida.

 

Mas vamos por partes: 

Sola: a sola é feita com materiais duráveis.  É muito resistente e mantém o sapato mais leve. A borracha de alta densidade reforça a sola de modo a que ela vai ser mais resistente ao desgaste. A tecnologia M-Strike promove um impacto que está focada na área do meio da planta do pé (mid-foot). A tecnologia GO impulse Sensors, enviam um feedback para o cérebro, o que leva a uma reação imediata a quaisquer mudanças no terreno. Ela também ajuda na manutenção da estabilidade e postura correta do corredor .

Entressola: A entressola tem realmente grandes sistemas de amortecimento que vão assegurar bem o pé e proporcionar conforto. O Resalyte é a mistura de borracha e composto de EVA que compõe a maior parte do único material. Controle de tração Resagrip está lá para assegurar ao corredor um poder bem regulado de transição.

Parte superior:  Malha e sintético compõem a maior parte da construção da Skechers Gorun Strada. O design da parte superior proporciona estabilidade e apoio substancial para a pé.

IMG_8219.JPG

 

ESTABILIDADE:

As características de estabilidade destas sapatilhas realmente ajudam na regulação do pé para a postura mais natural. É uma ajuda bastante útil, especialmente para aqueles que são  pronadores. Os módulos de estabilização ajudam a fixar o pé no lugar, e não compromete a liberdade de circulação e a respirabilidade geral do sapato.


Em relação à aderência em piso molhado, não sendo claramente a sua vocação, não me fez perder a confiança, e mostrou não ficar atrás de modelos pensados para esse fim.

IMG_8220.JPG

DESIGN:

Em relação ao seu design tem cores bastante apelativas como já é apanágio da Skechers.Relativamente aos refletores, estas sapatilhas estão muito bem servidas, a elevada quantidade de refletores, tanto na parte da frente da sapatilha como na parte de trás permitem uma maior visibilidade do corredor contribuindo assim para uma maior segurança.

IMG_8223.JPG

Avaliação Final

Conforto: 16/20
Design/Construção: 18/20
Estabilidade/Aderência: 19/20 
Amortecimento: 19/20
Preço: 17/20

Total 89/100

 

Conclusão: Os Skechers Gorun Strada são uma grande atualização. É um sapato neutro que fornece tanto desempenho como qualidade. Para um treino diário é muito eficaz,e  para provas também cumpre o que promete. São muito confortáveis e resistentes, ao mesmo tempo.

IMG_8225.JPG

 

A crew cresceu! Conheçam o novo elemento do CNC!

A crew do Correr na Cidade tem mais um elemento. Uma mulher! Mas a história da ligação desta corredora com a crew já é antiga. E partilho aqui convosco.

Em finais de 2012 tive a minha primeira lesão mais séria. Até lá, na minha "adolescência" como corredor não sabia o que era lesões. Ora, em outubro comecei a ter uma grande dor no pé direito, depois do Trail de Casaínhos. Pensei que seria osso, que teria batido num pedra. E, para me tratar logo, comecei uma ronda por podologistas, por ortopedistas, etc, sem resultado. Foi a primeira vez que fiquei sem saber o que fazer. Descobri que era uma fascite plantar (nunca me tinha cruzado com tal expressão).

Até que um dia, com as minhas crónicas quase diárias sobre a lesão no blogue, recebo a mensagem de uma naturopata (outra expressão nova para mim até então) a indicar que se comprometia a curar a minha maleita, ou melhor, que tudo faria para curar a minha lesão. Confesso que desconfiei. Mas, depois de me aconselhar com alguns amigos, lá fui a Oeiras ao Espaço Saúde de Corpo e Alma, onde fui muito bem recebido. 

E lá, a tal naturopata confirmou que era mesmo uma fascite plantar. Colocou os seus nós dos dedos na minha planta do pé (o que doeu muito) fez muita massagem aplicou Moxa e, logo da primeira vez saí de lá com o pé com menos aderências. Mais quatro ou cinco sessões e já estava a correr sem dor. Esta naturopata safou-me de mais semanas parado!

No início de fevereiro a naturopata disse-me: estás curado! Fomos falando amiúde sobre o meu pé e a sua evolução. Foi nesta altura que a crew cresceu ainda mais. E a cada lesão ou início de lesão, mandava-os para a tal naturopata. E os meus amigos vinham de lá satisfeitos. 

E a amizade com outros membros da crew foi crescendo. À dor mais incómoda a frase que saltava das nossas bocas era (e ainda é): vai falar com a Sara. Exato, já adivinharam, estou a escrever estas linhas sobre a Sara Dias, a naturopata que agora, após o nosso convite, se junta à crew.12583790_1104632316213734_346828612_n.jpg

Fazendo fast forward de fevereiro de 2013 até à data de hoje, quase três anos depois, muita coisa se passou e a Sara começou a correr connosco assiduamente e começou a ser presença na casa de alguns de nós, etc. Para além da simpatia, sentido de humor, a Sara gosta de fazer desporto e gosta de correr. E é muito competitiva!

Ora, de um momento para o outro, um dos membros da crew partilhou o que já parecia uma coisa assumida: bora lá convidar a Sara. E bingo! Convite feito, convite aceite, e cá está a Sara, que a partir das próximas semanas irá começar a correr de CNC ao peito. E nós estamos muito contentes com isso!

Somos agora 18 - conheçam-nos melhor aqui! E, somos, como gostamos de nos auto intitular, uma verdadeira família com todas as virtudes e defeitos. Bem-vinda à família, Sara!

 

 

 

 

CrossFit Endurance para melhorar a corrida

Games09_CentralRun.jpg

2015 foi em termos desportivos um ano agridoce. Se por um lado corri em sítios lindos, participei em provas fantásticas e atingi um dos meus objetivos, baixar dos 45m aos 10k, por outro lado não fui capaz, por diversos motivos, de “sequer” tentar alcançar a marca dos 100km+.

 

No entanto, mesmo antes dessa frustração, já me estava a sentir um pouco “cansado” e “desanimado” de tanta corrida e em finais de novembro resolvi experimentar uma aula de CrossFit. Fui a uma, duas, três e fiquei completamente "apanhado". Tenho a sorte de pertencer a uma Box fantástica, a Box 2750 em Cascais. Ambiente cinco estrelas e treinadores capazes de tirar o melhor de nós e nos levar a ir mais além.

 

Comecei a ler um pouco sobre esta modalidade e descobri o CrossFit Endurance, uma variante dedicada aos atletas de resistência e ultramaratonistas.

 

Por norma, os treinos para quem quer correr ultramaratonas consistem em muitos quilómetros, treinos específicos e algum trabalho de reforço muscular. Tantos treinos de corrida começaram a tirar-me a alegria que ir correr livremente me dá. Cansado desta sensação de insatisfação comecei a procurar algum tipo de desporto que pudesse complementar com a  corrida ao mesmo tempo que fortalecia o corpo. Fui parar ao CrossFit. 

IMG_2967.JPG
Os exercícios do Crossfit implicam o uso dos sistemas tanto aeróbicos como anaeróbicos, ao invés o da corrida usa maioritariamente o aeróbico. Outro dos benefícios é proporcionar uma variedade de movimentos funcionais que melhoram a velocidade, coordenação e força.

 

Ao invés, a corrida envolve o movimento das penas e braços num único plano, movimento dos membros para a frente e para trás. No CrossFit (CF) são precisos movimentos laterais e de rotação. O resultado é a aquisição de força em áreas que habitualmente são menos trabalhadas.

 

A descoberta do CrossFiT Endurance (CFE) surgiu através de um livro “UnbreakableRunner” de Brian MacKenzie.

 

Brian MacKenzie é o criador do CrossFit Endurance, uma abordagem baseada nos treinos de CrossFit mas direcionado para atletas de endurance. Sendo ele próprio um atleta de resistência, MacKenzie trabalha arduamente para superar os pressupostos que algumas pessoas fazem sobre CrossFit Endurance – nomeadamente comparando-a com uma rotina de musculação, ou alegando que é perigoso. Ou dissipando as dúvidas relativamente às diferenças entre CFE e CF.

 

O meu principal objetivo é neste momento adquirir algumas bases de crossfit para tentar iniciar-me no CFE de forma a ajudar-me na minha paixão, ultramaratonas. Em Portugal não conheço, neste momento, nenhuma box em que seja utilizada esta metodologia. Se existir algum pioneiro, ofereço-me desde já como cobaia. São todos testemunhas.

 

Mas afinal no que consiste o CrossFit Endurance?

 

crossfit-endurance-triangle.jpgCrossFit é um programa de força e condicionamento criado por Greg Glassman . Conforme definido por Glassman no Jornal CrossFit, consiste em "movimentos funcionais constantemente variados e executados em alta intensidade ao longo do tempo amplo e domínios modais." Considere a pessoa que vai para ao ginásio três vezes por semana e executa o mesmo circuito de 25 minutos de máquinas que isolam os grupos musculares específicos, completando 2 séries de 10 repetições para cada exercício. Pausas para descanso ocorrem entre cada exercício e série, tornando o exercício baixo em termos de intensidade. Executar este circuito semanalmente, ano após ano, usando as mesmas máquinas e sempre na mesma ordem.

 

CrossFit é o oposto. Ao invés de usar máquinas que isolam um músculo, utiliza exercícios funcionais compostos, como burpees , que recrutam uma faixa de grupos musculares. Os exercícios variam constantemente: O que se faz nesta terça-feira vai ser diferente do que o que você fez na terça-feira anterior.

Os tempos de treino variam de um par de minutos para 7-20 minutos; só raramente é que duram 20 minutos ou mais. Não há pausas para descanso. Se é um treino de 10 minutos que consiste em flexões, intervalos de execução e potência limpa, vamos de exercício em exercício o mais rapidamente possível . Esta mistura de movimentos compostos com pouco ou nenhum descanso aumenta a intensidade. Juntamente com o enfoque na alimentação saudável (a área onde mais falho), é o programa básico de CrossFit. A coisa mais importante a saber sobre CrossFit é que ele tem a intenção de desenvolver altos níveis de saúde e fitness e um tudo- em torno de atletismo. Não é específico de uma modalidade.

 

CrossFit Endurance, contudo, é específico para uma modalidade, neste caso corrida. Um programa CFE em execução, como Brian MacKenzie desenvolveu, prepara um atleta para a corrida através da combinação de exercícios específicos de funcionamento, com exercícios de força e exercícios Crossfit de condicionamento metabólico. Como MacKenzie afirma, o uso de exercícios de CrossFit permite a um corredor obter iguais desempenhos se não melhores resultados enquanto diminui simultaneamente a hipótese de contrair uma lesão.

 

Screen-Shot-2015-01-04-at-9_38_35-PM-640x375.png

Que resultados podemos esperar com o CF e CFE?

  • Melhorias do desempenho e performance enquanto se corre menos km;
  • Redução do risco de lesões contraídas com os “junk miles” que são substituídos por exercícios funcionais que treinam os mesmos sistemas de energia;
  • Aumento da força explosiva e velocidade;
  • Menos danos à mobilidade e aumento da amplitude de movimento através da incorporação de exercícios que melhoram a amplitude de movimento nas articulações e tecidos musculares;
  • Melhoria da coordenação dos grupos musculares;
  • Melhor desempenho de corrida através de uma maior força.

 

Eu comecei pelo CF por não ter bases nenhumas e saber que apesar de treinar muita corrida tinha fracos indices de força e coordenação. Nada como experimentar uma aula de CrossFit. Se forem da zona de Cascais pode ser que nos vejamos na Box 2750.

 

Se esta pequena leitura vos cativou recomendo a leitura do livro Unbreakable Runner, onde podem inclusivé encontrar planos de treinos para correr 5km ou ultramaratonas.

 

Bons treinos!

 

Review: Salomon S-LAB Wings SoftGround

review_00

Dois meses e 206 km depois, aqui vai o que eu acho destas sapatilhas da Salomon.


Intro
Os Salomon S-Lab Wings são uma (RE)evolução completa da antiga linha SLAB XT Wings. Percorri serras e estradões perfazendo mais de 800 km com os SLAB XT 4 e 5, sendo que depois não fiz o salto para os 6 no início de 2015 pois pareciam mais do mesmo. As alteração eram ligeiras entre cada refresh de modelo, mantendo as características base muito semelhantes, sendo umas sapatilhas muito equilibradas para fazer km's, mostrando-se estáveis, duráveis (dentro do que a Salomon nos habituou), leves e muito protectoras em pisos mais agressivos. A concorrência era muito menos agressiva e elas reinavam como expoente máximo de corrida. Pena o preço e a parte superior do chassis que partia muito rápidamente.

Confesso que me senti bastante animado e ansioso quando vi a que Salomon decidiu alterar a filosofia da linha Wings, seguindo numa nova direcção daquela que vinha a fazer. É perfeitamente notório que o "velho" conceito e alma das SLAB XT estão presentes, mas com o objectivo de produzir umas sapatilhas mais leves e fáceis de usar, mas é visível o desvio de filosofia e incorporação do que é usado nas SENSE ULTRA. Isto é, sapatilhas de topo para corrida leves e rápidas, sem chegar ao extremo das SENSE ULTRA. Tão simples como isso. O melhor dos dois mundos.

review_02

Chassi superior

Este modelo usa têxtil sintético super leve e respirável para construir a parte superior, que se adapta muito bem ao pé. Inclusive é de destacar que devido a este mesh usado, é possível usar meias finas ou até mesmo correr sem meias, como acontece com alguns atletas, devido à superior robustez e leveza do têxtil. Para fortalecer a estrutura e robustez da parte superior, o sapato usa a tecnologia Sensi-Fit, comum a outros modelos da gama SLAB, que através de segmentos vulcanizados, permite aumentar consideravelmente a robustez do conjunto contra impactos e mudanças de direção rápidas, permitindo manter o peso baixo. Dá uma estabilidade em andamentos rápidos e mudanças de direção fantástica.

review_08


Na parte frontal encontramos um reforço grande que permite atacar tudo o que nos aparece pela frente sem medo de nos aleijarmos. Até à data protegeu-me o pé de todos os impactos com rocha e árvores nos encontros de primeiro grau que tive. A qualidade e o tamanho da proteção são muito bons.


Um pequeno detalhe que podem verificar nas fotos, é que a largura da sapatilha na parte mais frontal é ligeiramente mais reduzida do que o normal, o que pode provocar algum desconforto a quem gosta de correr com os pés mais soltos e não tão apertados.

review_07


No meu caso em particular que costumo correr com Salomon nos modelos 42 2/3 ou 43 1/3, os 42 2/3 que recebi ficam um bocado apertados e isso sente-se. Ao percorrer a Internet apercebemos-nos que muita gente se está a queixar do mesmo e neste modelo convém usar meio número acima porque a forma está ligeiramente mais pequena.

Uma das novas features que este modelo trás face ao modelo anterior e que realmente aporta grandes benefícios, é o sistema ENDO-FIT, ou a pseudo meia-elástica que rodeia todo o pé na parte superior, logo debaixo do cordão atacador e que faz com que o pé se encaixe de uma maneira mais natural, segura e cómoda dentro da sapatilha. É quase como se a sapatilha passa-se a ser uma extensão do pé. Senti este benefício quando comecei a usar as SENSE ULTRA 3 e gostei bastante. Aqui não é diferente. Sente-se mesmo uma evolução enorme no conforto e segurança face aos anteriores Wings.

review_10

Chassi central


O meio da sapatilha foi onde se efectuaram as alterações mais radicais. Vem dai a maior redução de peso, ao trocar a antiga estrutura mais rígida e pesada para usar agora uma espuma consistente e leve, tal como nas SENSE. De acordo com a Salomon é responsável pela redução de 40% do peso e do aumento do conforto no geral. Também tornou a sapatilha mais flexível e menos rígida na torção, muito útil em grandes declives ou mudanças de direcção muito rápidas, como acontece em zonas técnicas, tornando a sapatilha mais confortável e ágil nessas situações.
O drop da sapatilha é de 9 mm, ligeiramente acima da tendência do mercado de se concentrar agora entre o 6 e 8 mm. Não senti qualquer problema com isso.


Desapareceu também a famosa curva da sola que caracterizava o modelo SLAB Wings na parte anterior e que muita gente não gostava, sendo agora muito mais directo.

review_03

Sola


Foi completamente redesenhada em termos de materiais e desenho tridimensional das gomas de borracha.
Na versão que estou a testar (SoftGround) as gomas são maiores e mais profundas para garantir uma maior aderência em terrenos mais húmidos e/ou enlameados, mas também existe a versão "normal", onde as gomas são um pouco mais curtas, permitindo obter uma maior tracção em terrenos mais rápidos e técnicos, assim como uma ligeira redução no peso total.
É usado também a tecnologia PRO-FEEL na sola, uma proteção extra contra rochas ou outros objectos mais pontiagudos que se pode encontrar no terreno. É uma espécie de película que se demonstra flexível e muito resistente de maneira a absorver os impactos mais fortes que ás vezes acontece, principalmente a descer.


Conforto


Muitas pessoas sentem-se muito à vontade a usar Salomon. Outros, devido ao formato e forma como as sapatilhas encaixam nos seus pés, não se conseguem habituar à rigidez que elas evidenciam. Eu adoro Salomon, já vou no meu 6º par e consigo correr perfeitamente com elas em qualquer piso, dando-me um conforto acima da média e uma segurança para atacar as subidas e descidas sem medo. Sem medo não é desrespeitar a serra/montanha, mas sim enfrentar com confiança e saber até onde podemos ir quando puxamos por nós e pelo material.
Em termos de conforto geral, está muito acima dos modelos antigos das SLAB XT e um pouco acima das SENSE ULTRA. Evolução muito boa.


Um pormenor que já é comum a vários modelos da Salomon, é que é necessário alguns km's iniciais para nos habituarmos a este tipo de estrutura. Algumas pessoas tem dado um feedback negativo das "antigas" XT Wings precisamente por terem uma curva grande até nos sentirmos confortáveis nelas. Enquanto que por exemplo nas SENSE aos fim de 3 ou 4km já sentia que elas se encaixavam bem nos meus pés, as Wings anteriores demoravam uns 30/40km até termos essa sensação. Estas Wings por serem um pouco mais flexíveis e leves que as anteriores, ao fim do primeiro treino de 8km já me sentia extremamente confortável e moldada ao meu pé. Já estavam "partidas" :)

review_05

Design/Construção


Em termos de design e construção, a Salomon está sempre na vanguarda da tecnologia e aparência. Tem uma equipa de desenvolvimento grande, polivalente e com muita experiencia e isso nota-se no desenho das mesmas. Neste modelo em particular, sendo na sua grande maioria em preto, quase não se consegue notar muitos dos pequenos detalhes, mas eles estão lá.


Em termos de qualidade de construção, são sem dúvida as melhores e mais robustas Salomon que já testei. A qualidade dos materiais está muito acima do que eles faziam. Parece-me que aqui houve uma necessidade de se (re)-afirmarem já que a concorrência vinha nos últimos tempos a colocar no mercado boas sapatilhas a preços mais acessíveis. E foi com este estrondo que a Salomon bateu o pé e afirmaram "ainda estamos aqui no topo da pirâmide"!



Estabilidade/Aderência


Estabilidade sempre foi um dos apanágios destes modelos e agora continua bem acima da média. Neste modelo especifico SG para lama e piso molhado, é impressionante a aderência que tenho tido em subidas e descidas ingremes onde maior parte das pessoas começa a fazer ski ou sku, e consigo manter uma aderência super elevada. As SENSE ULTRA 3 que tenho já tinham mostrado isso em piso seco e diversificado, mas estas conseguem-no fazer em todo o lado.


Num aspecto menos positivo, mas não pode ser encarado como um ponto negativo devido à sua natureza, as gomas a serem mais altas e "moles" para ter grande aderência, fazem com que as passagens por alcatrão ou estradão mais duro seja um pouco menos confortável. Nunca chega a ser desconfortável, mas é um mal-menor para ter as características demonstradas no molhado.

review_01

Amortecimento


Não são as sapatilhas mais confortáveis do mundo, nunca foram, pois foram feitas para serem rápidas e eficazes. Mas nota-se que neste momento com a troca do esqueleto antigo 3D em plástico por esta espuma EVA muito mais leve e fofa, ganhou-se um bocado no amortecimento geral da sapatilha. Já não é tão bruta a transmitir todos os detalhes do terreno, fazendo uma maior filtragem para o que passa para o pé.


Acho que está muito perto do ideal que encontrei nas SENSE ULTRA, onde o feedback que recebemos do terreno é quase perfeito, mas aqui com um pouco mais de conforto perde um pouco essa sensação, no entanto, ganha-se em conforto e permite fazer grandes extensões de prova seguidas. Daqui a 2 semanas tenho 50km e vamos ver como se comportam a levar pancada forte durante tanto tempo.

review_06

Preço


Tal como outras características a que a Salomon já nos habituou, a etiqueta de topo de gama trás um grande peso que é transposto para o PVP. 170€ é um valor elevado para se pagar por umas sapatilhas mas desde 2015 que se observa uma competição feroz entre diversas empresas que comercializam sapatilhas e assim temos uma boa parte do ano em promoção. E é ai que aconselho sempre as pessoas as fazer as suas compras. Daqui a 1 ou 2 meses já deverão aparecer promoções que devem fazer descer o preço para os 110/120€, e aí penso que são de longe a melhor opção para se correr em trail hoje em dia.


Conclusão


Foram várias as introduções feitas nas SLAB Wings, fazendo com que a mini-revolução da sapatilha a torne diferente do que as pessoas estavam habituadas nas antigas SLAB XT Wings, e diferenciando-se das primas WINGS PRO que saíram em 2015.


De facto nota-se que existiu aqui um casamento entre as antigas SLAB XT Wings e as SENSE ULTRA. Parece que foram buscar o melhor dos dois mundo e saíram as SLAB WINGS.


Ficou com uma forma similar ás XT, mas com uma filosofica de peso e materiais muito mais aproximado das SENSE ULTRA. Quem ganha são os corredores, que agora tem uma sapatilha que é leve, ágil, com imensa tracção e duráveis (para os standards da Salomon). Neste momento ficam entre as SENSE ULTRA e as PRO a nivel de posicionamento de mercado.


Dentro de uns dias vou fazer a minha review das SENSE ULTRA 3 que tem quase 170km, mas como podem ver pelas fotos, estas Wings SG com 206km, na sua maioria em Sintra, tem um desgaste muito pouco notório. Diria que temos uma sapatilhas com algum volume e resistentes, com a filosofia peso light das SENSE. Dos 206km, maior parte foi em terrenos enlameados ou muito húmidos devido à altura do ano e as sapatilhas raramente perdem aderência, seja em que piso for, a subir ou descer.

review_09


Resumo

Pontos positivos
- peso oficial de 290 gramas ( acima das 240gr das sense 4 ) mas bem abaixo dos 345gr das XT Wings PRO.
- durabilidade bastante melhorada.
- transmitem segurança e permitem andar rápido em todos os pisos.
- sistema de encaixe do pé com o sistema ENDOFIT é fantastico e funciona muito bem.
- sistema de quicklace para apertar o pé que a concorrência tenta imitar mas só a Salomon consegue fazer com que funcionem correctamente.

Ponto negativos
- palmilha muito fina e leve. tem tendência para sair ás vezes do sitio, principalmente quando estão ensopadas da passagem em rios.
- biqueira mais estreita que obriga a comprar numero acima do habitual na Salomon para manter conforto.
- preço elevado.


Conforto 18/20
Design/Construção 20/20
Estabilidade/Aderência 20/20
Amortecimento 19/20
Preço 16/20

Total 93/100

review_04

Podem consultar o preview aqui. Bons treinos para todos :)

A nova coleção de sapatilhas de corrida da Reebok

Gostamos de partilhar coisas bonitas convosco. E hoje partilhamos os novos modelos de sapatilhas da Reebok que estão prestes a chegar às lojas e aos pés dos portugueses. Sapatilhas para trail e corridas de obstáculos, para pronadores e para neutros. Digam de vossa justiça. 

V67989_Bty_eCom.tif

V67990_Bty_eCom.tif

 

V67992_BT_eCom.tif

 

V68147_Bty_eCom.tif

V68148_Bty_eCom.tif 

V71976_Bty_eCom.tif 

V72129_Bty_eCom.tif

V72395_Bty_eCom.tif

V72616_Bty_eCom.tif

 

Review: Puma Faas 500 TR v2 . Finalmente!!!

 

17930744_i3FFQ.jpeg

 

Aqui no blogue, de vez em quando, acontece. Andarmos a remoer uma review semanas atrás de semanas. Umas vezes por falta de tempo, outras vezes por alguma preguiça - é sempre mais fácil correr do que escrever - ou então porque aquele modelo ficou marcado com algo de bom ou mau que se passou.


E foi o meu caso com estes Puma Faas 500 TR V2. Esta review devia ter sido feita em finais de março, início de abril do ano passado. Precisamente, depois do Ultra do Piódão que fiz com eles - distância e prova mais do que suficientes para vos dar feedback. Mas não. Foram ficando ali no canto da casa onde arrumo as sapatilhas. Olhava para eles constantemente mas como não podia correr em trilhos e as memórias das dores do Ultra ainda estão bem presentes, nunca mais consegui escrever sobre as sapatilhas. A culpa não é delas, claro, é minha. Mas a relação com este modelo é diferente. E explico melhor.

 

Durante os nove meses lesionado dei a maioria das sapatilhas que tinha em casa para os restantes membros da crew. Fiquei reduzido a 2 pares para trail e outros tantos para estrada. Eu sei, é um exagero e queixo-me de abundância, mas ao invés de ficar com todos os que nos fazem chegar para testar, preferi dar.

Não sei porquê, mas nunca consegui dar estes Puma. Era uma espécie de vingança, olhava para eles e pensava: “se eu não corro, vocês também não”. Ao mesmo tempo, e apesar da Ultra me ter ficado "atravessada", foi com eles (e com o Tiago Portugal) que percorri aqueles montes e vales. Hoje em dia essa prova é algo de que não me orgulho – aliás, desfiz-me de qualquer recordação da prova (tshirts, medalha, dorsal) – mas continuei a olhar para eles com algum “carinho” e a serem a única recordação da Ultra presente - isso e a memória das dores no joelho. 

Assim, nove meses depois treinei com eles, várias vezes, uma das quais pelos trilhos da Guarda. Fiz as pazes com ele, e agora, finalmente, escrevo esta review.

 

17930764_fCT2U.jpeg

 

CONFORTO

São confortáveis q.b.! Nada de exageros, mas também não são minimalistas. A sola é dura mas protege. Aliás, no modelo anterior, a versão 1, que tem praticamente a mesma sola, enfiei um prego e não chegou ao pé. A palmilha original é bem confortável. A única queixa que tenho foi ter perdido uma unha do pé e a culpa foi minha, ao fim de 53 kms os pés crescem mesmo e devia ter usado umas sapatilhas meio tamanho acima. Para quem faz isto “das ultras” sabe que uma única unha perdida não é nada, por isso, não posso penalizar as sapatilhas por isso. De resto, nada de bolhas, nada de desconfortos. Tantos nesses 53 km, como nos 30km em Sintra ou nos últimos 15km feitos no final de dezembro ou já este ano, por Monsanto, sempre me senti muito bem com eles. E tenho para mim que sapatilhas que não se sentem e não clamam a atenção do corredor, são as sapatilhas ideais.

 

17930748_43v6G.jpeg

 

DESIGN/CONSTRUÇÃO

Adoro o design das sapatilhas. Acho que são das mais bonitas que andam por aí nos trilhos. Na cor que tenho, em encarnado e azul, são mesmo muito bonitas. Sei que a marca continua com o mesmo modelo nas próximas coleções, mas em cores diferentes. Este, a versão 2, é muito bem construído - apesar do upper – parte de cima da sapatilha – ser construída numa espécie de malha mas que nada tem a ver com os knit da Nike, Adidas e até de modelos da Puma. Apesar dessa construção nunca senti os pés mais molhados que em outros modelos, quando passei riachos ou quando chovia. A secagem, por causa do mesmo tecido, é relativamente rápida. Ao fim destes quilómetros todos ainda estão pouco deformados, mas sim, deformam um pouco, sobretudo na frente. Claro que há ali um apontamento ou outro de design que mudava. Mas quando encontrar as sapatilhas de trail perfeitas em termos de design, juro que aviso. Até lá, estas andam muito próximo disso.

 

ESTABILIDADE E ADERÊNCIA

Esta são duas das características mais importantes para as corridas em trilhos. Apesar de achar que este modelo é melhor para provas não muito técnicas, nunca me deixaram ficar mal. Tanto podem ser usadas em trilhos de terra batida ou daquelas descidas/subidas de pedra solta. O piso onde me parecem mais voláteis são nas pedras, sobretudo molhadas. Mas mesmo essa impressão desaparece quando a sola se gasta mais um pouco. Mesmo assim, confesso que umas escorregadelas iniciais fizeram-me ter algum medo. Tudo o resto, é sempre a abrir que esta sola, como já disse, não é para brincadeiras e leva tudo à frente. Em termos de estabilidade, são ténis de passada neutra e não comprometem nada, mesmo para pronadores como eu.

 

AMORTECIMENTO

Dentro destes parâmetros que avaliamos as sapatilhas, talvez seja a característica mais fraca deste modelo da Puma. São ténis duros, mas não incomodam pela sua rigidez.  Penso que são mais simpáticos para corredores leves, em forma e que não tenham grandes problemas com os joelhos. Alguém com excesso de peso pode sentir um pouco a dureza da sola que muitas das vezes é compensada pela excelente palmilha. Mesmo assim, sou da opinião, que corredores em inicio de aventuras no mundo da corrida podem usar este modelo experimentando-os aos poucos, até se habituarem. E dou-me a mim como exemplo, época festiva, uns 2 quilos a mais, ainda alguns problemas no joelho e fiz recentemente um trilho em que desci, desci, desci cerca de 1 hora – depois de ter passado hora e meia sempre a subir. E não senti nada de anormal com estes sapatilhas.

 

PREÇO:

Como indiquei anteriormente não existem nas lojas em Portugal. Mas podem ser compradas na loja online da Puma. No dia em que escrevi este texto, na primeira semana de janeiro, o modelo de inverno, que deve divergir um pouco do modelo primaveril que testei, estava a 65€ + portes. Uma pechincha. São sapatilhas muito boas e com este preço ficam quase irresistíveis, digo eu.

 

AVALIAÇÃO FINAL:

Em suma, são um dos grandes segredos em matéria de sapatilhas de trail. Poucos conhecem este modelo e mesmo a marca Puma não faz grande alarido à volta deles. Mas devia. São das melhores ofertas para fazer distâncias até 53 km (a distância que conheço) e tendo em conta preço/qualidade deviam ser vistos mais nos pés dos trail runners nacionais. Caso para dizer que a marca devia “acordar” para o excelente material que proporciona e que não dá a conhecer. Há vida para lá dos Ignite, ok?

 

Conforto 17/20

Design/Construção 19/20

Estabilidade/Aderência 17/20 

Amortecimento 17/20

Preço: 20/20

Total 90/100

 

E este é o aspeto das sapatilhas após mais de 160 kms:

faastr.jpg

faastr2.jpg

 

 

 

 

Pág. 1/4