Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Correr na Cidade

Vamos correr o Trail das Bruxas?!!

18727627_cmAJZ.jpeg

 Por Filipe Gil

 

O Bucelas Aventura, que todos os anos nos tem dado o excelente Trail de Bucelas (que costuma realizar-se em finais de janeiro, início de fevereiro) lança-nos o desafio, a todos os corredores que gostam de correr nos trilhos, a corrermos o Trail das Bruxas. Um trilho de 15 quilómetros à noite em plena noite de Halloween! Têm coragem? Falamos com a Maria José Couceiro, Carlos Soares e Paulo Fialho, da organização que nos explicaram melhor esta prova "assustadora". Leiam até ao fim, porque o final vai interessar-vos. E muito. 

 

O que vai ser o Trail das Bruxas? 
Vai ser um evento de cariz solidário em que os fundos angariados revertem a favor das camadas jovem do clube de futebol "Os Bucelenses". Terá a distância  de 15 km no Trail e 8 Km na Caminhada. O TRAIL NOCTURNO DAS BRUXAS - BUCELAS será cronometrado e vai ter medalhas/lembranças para os 5 primeiros classificados (femininos e masculinos) da geral.

 

Será parecido com o Trail de Bucelas (que customam organizar em Fevereiro) ou é algo completamente diferente?
É completamente diferente. O de de fevereiro é de dia e este é à noite.....(risos).Em fevereiro existem duas distâncias e neste só uma, além de que neste há caminhada. Algo que estamos a considerar fazer também no de Fevereiro. A partida e a chegada serão no Pavilhão Leonel Pires e não no Largo de Bucelas.Quem já é habitual nos nossos eventos conhece bem o pavilhão pois é onde decorrem todos os banhos das edições do trail de Fevereiro. Outra diferença é que, uma vez que TODOS os incritos têm direito à Refeição (Sopa, Bifana e Bebida) no final e  termos tudo concentrado no pavilhão, penso que promoverá um maior convivio entre todos, tornando a “festa” bastante mais participativa. Quem quiser vir a acompanhar também estará bastante mais confortavel, independentemente das condições climatéricas

 


Porque razão decidiram escolher esta data para a prova?
Já há 3 anos que faziamos a caminhada de Halloween e este ano resolvemos melhorar e dar mais enfase à data.Convidamos os participantes a virem mascarados e teremos prémios para as 3 mascaras mais originais

 

Como vai ser o percurso?
Espectacular... devido a ser de noite tentámos não delinear um percurso muito técnico em que a unica dificuldade será a altimetria e não o tipo de terreno para minimizar a possibilidade de lesões. Tentámos arranjar pontos altos e estratégicos para se ver a nossa vila iluminada e se estiver o céu limpo conseguiremos ver parte de Lisboa.Penso que o que vai marcar mais a diferença deste trail nocturno em relação a outros será a forma de marcação. Além do habitual, fitas de marcação e fitas reflectoras, iremos marcar o percurso com leds. Serão cerca de 400 LEDS, de 50 em 50 metros para marcar bem o percurso para que ninguém se perca e para colorir as nossas serras. Achamos que o efeito será realmente espectacular.

IMG_20150911_234407.jpg

Será uma prova exigente ou qualquer pessoa familiarizada com o trail pode fazê-lo?
Sim, o nosso objectivo é sempre fazer provas com percursos acessiveis a todos. Qualquer pessoa pode fazer este trail, o tempo que o demora a fazer é que poderá ser diferente para cada um, dependendo da preparação que tenha. Nos nossos eventos tentamos sempre criar percursos que possam ser trilhados por todos, daí as diferentes distâncias.

  

Que conselhos dão a quem nunca fez um trail à noite?
Uma boa luz é muito importante. Ter sempre presente que correr ou andar à noite requer o triplo da atenção. No caso de não estar bem preparado ou confortável em andar na serra à noite, tentar não ir sozinho Seguir sempre as indicações dos membros da organização e claro,teremos os cerca 400 leds de 50 em 50 metros para marcar bem o percurso.

 

Quantas pessoas esperam para esta edição?
Cerca de 400 , 250 no trail e 150 na caminhada

 

Quantos abastecimentos vão ter?
Serão entregue ao caminhantes 1 garrafa de água e fruta  e haverá um abastecimento de solidos e liquidos sensivelmente a meio do percurso para os atletas do trail. No final haverá uma refeição ligueira composta por sopa, bifana e bebida para todos.

 

Sendo um trail a decorrer numa noite tão especial como a noite das Bruxas, vão haver surpresas para os participantes ou será um trail “normal”?
Vão haver surpresas e mais não posso dizer....preparem-se...Podemos é adiantar que iremos ter prémio para as 3 máscaras mais originais.Quem nos tem acompanhado nas caminhadas de halloween nos anos anteriores sabe que temos alguns elementos que têm umas ideias malucas.... mas não se assustem pois até à data todos se divertiram imenso nessas caminhadas

 

Têm coragem de vir correr connosco? Fiquem atentos à página de Facebook do Correr na Cidade porque vamos lançar um passatempo para oferecer dois dorsais para esta prova "assustadora"!

 

IMG_20150926_092913.jpg

 

A corrida de estrada onde fui mais feliz!

Por Natália Costa

 

Eram 8 horas da manhã e estava a chegar ao Hotel Dom Pedro, hotel oficial da Rock’n’Roll Maratona de Lisboa e Meia Maratona, de onde iria partir pelas 8h30, num autocarro para a zona da partida na Ponte Vasco da Gama. Apesar de nos oferecerem o pequeno-almoço, eu preferi tomar o meu em casa, mas mesmo assim ainda tive tempo para beber um café e apreciar o ambiente à minha volta. Devo confessar que estava calma, os nervos foram no dia anterior, a única coisa que me preocupava era a chuva. Mas São Pedro foi um tipo "fixe", e deu uma pausa no mau tempo, fazendo desta prova, a prova de estrada onde fui mais FELIZ!

 

12167246_10208052193165290_1934908414_n.jpg

 

Chegados ao local da partida, eram 9h30, deu tempo para as habituais fotos, ver e rever amigos, fazer o aquecimento e comer a dita banana. Tive umas companhias bem especiais: o meu marido e o meu filho mais velho, que se estreou nestas andanças com dorsal ao peito para fazer a Mini Maratona. E não é que ele se portou muito bem? Fez os seus 5,5 km com apenas três paragens, sempre a correr! Que orgulho!

 

1.jpg

2.jpg

 

O ambiente estava fantástico, como sempre. E às 10h30 foi dado o tiro da partida! Ai fomos nós, tudo a dar à perna com os 21.097 metros na cabeça. Confesso que aqueles km´s iniciais são sempre os que faço mais rápido, fico doida com aquela gente toda que corre muito mais que eu, e contagiada pelo ritmo acabo sempre por esticar um pouco a passada, mas ao quilómetro 5 volto ao meu registo, precisamente o local onde se faz a separação entre a Mini e a Meia no Parque das Nações.

12167398_10208052193125289_1430846239_n.jpg

Era muito o público no Parque das Nações, mas o português ainda tem aquela coisa tímida de ficar a olhar impávido e sereno... Eu em "modo Bo Irik", comecei a pôr os braços no ar a pedir palmas e a gritar palavras de apoio, ao que alguns reagiam e outros ficavam pasmos, do género “Esta passou-se”!
Ia sozinha, tinha que me ir distraindo...


Nunca tinha feito uma prova com tantos abastecimentos de água e ainda bem. Isto de ir fazendo contas de cabeça e gerindo quantos kms faltam para o próximo abastecimento é uma grande chatice.


Ao km 6 vejo o nosso colega Tiago Portugal e durante algum tempo foi a minha lebre. Queria tanto apanhá-lo, mas ainda não tenho pernas para isso. Vai chegar o dia podem ter a certeza!!! Ao 8º Km, fiz o meu primeiro abastecimento sólido, umas daquelas gomas energéticas, e fui prego a fundo até nos cruzarmos os dois pelo km 12, já ia ele de regresso ao Parque das Nações.

Deu-se a volta de regresso, misturo-me com os maratonistas que vinham de Cascais, e é ai que há a diferença nesta Meia: temos logo ali bananas, laranjas e géis energéticos. Pode-se perfeitamente não ter que levar nada connosco para a corrida, porque ao longo da prova vai sendo fornecido tudo o que precisamos.

Chegada ao quilómetro 16, o meu segundo abastecimento, era agora o tudo por tudo! Eu tinha que acabar abaixo das duas horas. Foram dois meses de treinos, de sacrifício pessoal e familiar para dar o meu melhor nesta que foi a minha segunda Meia Maratona. A primeira foi há um ano com 2horas e 30 minutos.

 

Música a abrir, escolhi uma mulher com um porte atlético à minha frente e pensei "vais ser a minha lebre!" E assim foi, confesso que os dois últimos kms foram já em sacrifício, estava quase a acabar e queria dar o meu melhor! Só pensava no meu marido e no meu filho na chegada, assim como alguns amigos. Queria cumprir aquilo a que me tinha prosposto. E apesar de não ouvir os apoiantes nos metros finais, a música ia demasiado alta para isso, os sorrisos deles davam-me alento, as palmas marcavam a passada!

Às 1h e 55 minutos passo a meta da Meia Maratona Rock´n´Roll Vodafone, onde estavam os meus homens, a Ana Guerra e o Tiago Portugal.

12166027_10208052196405371_264186404_n.jpg

Sei que muitos de vós podem achar ridículo o meu tempo, mas sabem que mais? Estou super orgulhosa, porque ser mãe de dois, mulher e profissional sempre com novos desafios, este foi um grande feito!

12165713_10208052193085288_203501253_n.jpg

Mas fica já feita a promessa, para a próxima vai ser melhor!

Quero deixar um agradecimento especial ao meu marido, que sempre me deu força, e ficava com os miúdos para eu ir treinar a altas horas da noite. Às minhas amigas corredoras que, por vezes, me acompanhavam nos treinos, e às não corredoras por me aturarem com as conversas entusiastas das corridas, que apesar de não entenderem, sempre me deram o maior apoio!

3.jpg

E claro está, à organização pelo convite, que me deixou viver esta experiência em pleno, desde as apresentações das provas, dos atletas, pelo transporte e por conhecer algumas velhas glorias do atletismo!

12170354_10208052196365370_378569240_n.jpg

Para o ano há mais!

 

Como se devem recordar na passada semana lançamos o passatempo "Mulheres que Correm" oferecendo dois exemplares do livro escrito pela nossa amiga Cristina Mitre a quem, no instagram, publicasse uma fotografia que melhor captasse a essência do que é uma mulher que corre, ficando ao encargo do Correr na Cidade e da Cristina a selecção das publicações mais criativas.

E porque o que é prometido é devido, está na altura de revelarmos as participações vencedoras.

 

 

@bunny_eve

 @bunny_eve

 

 

 

@so.claudia

@so.claudia

 

 

Parabéns! :)

Para receberem o vosso exemplar solicitamos que nos enviem um email para run@corrernacidade.com com o vosso nome e morada para que o vosso prémio vos seja enviado por correio. Se preferirem também podemos entregar em mãos durante um treino do CnC ;)  Em todo o caso contactem-nos a confirmar os vossos dados e a indicar o modo de entrega preferido.

 

  

Gostaríamos de agradecer a todas as participantes e desejar-vos boas corridas!

Sejam sempre #mulheresquecorrem :D

Race Report: AX Trail 2015

12045309_844572139002305_3277111482632189848_o.jpg

Por Bo Irik:

 

Sobre o AX Trail:

Em 2014 alguns elementos da crew do Correr na Cidade deslocaram-se à Serra da Lousã para correr nos seus belos trilhos numa prova organizada pelo AX Trail – Go Outdoor. Na altura, entrevistámos o diretor da prova para conhecer um pouco melhor do conceito do AX Trail.

 

Em 2014, adorámos a experiência, e por isso a Bo, este ano voltou a inscrever-se. Este ano, na quarta edição do UTAX (Ultra Trail das Aldeias do Xisto), a base de operações foi Miranda do Corvo, garantindo assim a continuidade do evento e o princípio da rotatividade entre os vários Municípios da Serra da Lousã. O programa incluiu três provas de carácter competivo - UTAX (112km), TSL (51km) e TX (22km) -, uma prova de iniciação ao Trail - o Mini Trail do Xisto (10km), uma caminhada, dois eventos de carácter social (AXtrail Kids e AXtrail da Inclusão) e ainda uma Feira de Equipamento Técnico, Artesanato e Produtos Regionais.

 

51km ou 22km?

O ano passado, participei no TSL que teve uma distância de 43km. Foi uma verdadeira viagem de superação. Adorei. Adorei a Serra e a organização da prova e não tinha dúvidas que voltaria no ano seguinte.

 

Assim, este ano inscrevi-me novamente na prova TSL, que seria de 52km, pois os cento-e-tal para mim estão fora de questão. Na sequência de um primeiro semestre de 2015 muito intenso em termos de provas de longa distância - em fevereiro a Maratona de Sevilla, em março o Ultra-Trail de Piódão, em abril o Gerês Trail Adventure e agora no final de maio o Azores Trail Run (ATR) -pareceu-me que em outubro poderia voltar a carregar nas distâncias.

 

Duas semanas antes da prova que decidi pedir à organização da mesma que alterassem a minha inscrição dos 51 para os 22km. Foi uma decisão nada fácil mas a mais acertada (também agora, olhando para trás). Na verdade, no final de junho despedi-me do meu trabalho estável e a tempo inteiro para me lançar numa aventura profissional no mundo das startups. Estou mega contente com esta decisão, sinto-me muito mais feliz, mas também trouxe consigo alguns desafios. Um dos maiores desafios é questão da gestão do tempo, pois, quando estamos a trabalhar num projeto nosso torna-se mais fácil tornarmo-nos “workaholics” e ao final do dia, em vez de ir treinar, continuar a trabalhar mais um pouco. Foi isso que aconteceu. Agora já consigo lidar melhor com isso mas houve meses em que, também devido às tentações do verão (copos e festas), treinava muito pouco. Assim, o tempo de treino para o AX Trail foi se encurtando e nada de treinos longos ou treinos de trilhos com um bom D+.

 

Deste modo, e uma vez que senti que com apenas treinos de 10km (embora vários por semana e também treinos no ginásio), não seria uma boa ideia jogar-me aos 52km. O meu corpo não merecia. Segui o conselho do Luís Moura e decidi mudar a inscrição para os 22km e assim desfrutar da Serra sem abusar do meu físico. Foi uma decisão difícil porque no ano passado, depois dos 43km na Serra, senti vontade que queria fazer mais e sabia que os 22km não satisfariam. Por outro lado, tinha combinado fazer a prova com a Rute, a minha amiga e companheira na aventura ao longo dos 53km do Piódão. Sabia que ela iria ficar desiludida comigo mas também que respeitaria a minha decisão.

 

E foi isso que que em vez de evoluir do TSL em 2014 para o UTAX em 2015, que para alguns seria uma evolução lógica, “retrocedi” e inscrevi-me no TX.

 

A minha vivência do AX Trail 2015

12107829_895178310563501_7403987686260079938_n.jpg

Este ano fui a única do Correr na Cidade a participar no AX Trail. Houve alguns elementos da crew que quereriam ir mas que por vários motivos não puderam. Felizmente a minha companheira dos trilhos, a Rute, ia e assim juntámo-nos a mais dois amigos e viemos juntos, de Lisboa a Miranda do Corvo, onde ficámos hospedados numa pensão.

 

A Joana Sofia que veio connosco aventurou-se, pela primeira vez, numa prova de três dígitos. Foi emocionante acompanhar toda a preparação pré-prova e a partida da Joana. A prova rainha do AX Trail, o UTAX de 112km partiu à meia-noite de sexta para sábado. Foi realmente um momento muito emocionante ver tantos amigos e amigas partirem para uma aventura tão grande pela Serra àquela hora e ainda por cima tendo em conta as condições atmosféricas que se previam. 

 

Na manhã de sábado, a Rute partiu para a prova dos 51km duas horas antes da minha, pelas 8h30 da manhã. Às 10h30 deu-se a partida do TX, parti entre caras conhecidas do mundo dos trilhos – a Romina, Kikas, Eugénia e Manuel – e reinava um ambiente de festa. Quando se deu o tiro da partida só pensei: meu deus, a Joana já vai com dez horas e meia de prova e correu pela noite fora.

 

Estava uma temperatura bastante agradável, algo abafado até, e nos primeiros quilómetros da prova tive algumas dificuldades em “entrar” no ritmo respiratório certo e também algumas dores nos gémeos. É comum ter um arranque algo enferrujado, mas também sei, que depois de 4 ou 5km, normalmente melhoro. Assim abrandei e fui ficando um pouco para trás. Foi bom, ia com calma, estava sol e desfrutei muito da paisagem, até fui tirando fotos e conhecendo pessoal ao longo do trilho.

 

Quando já me sentia melhor, senti vontade de acelerar um bocado. Infelizmente tal foi difícil, pois estávamos num single track maravilhoso, mas difícil para se ultrapassar e eu também não gosto nada de pedir licença para ultrapassar. Foi depois do primeiro abastecimento, onde estive muito pouco tempo, que consegui carregar no acelerador. Estávamos no ponto mais alto da prova e a partir daí seria mais a descer do que a subir.

12166043_10203342917613492_1824065327_n.jpg

 

 

Foi aí, do km 10 ao 12, que tive o que tanto queria: “Eu e o trilho”. Até vai ao encontro do slogan da prova, “És tu e o trilho”. Sonhara em correr sozinha na linda Serra da Lousã, sem ver ninguém à minha frente nem atrás de mim. Soube tão bem. Chovia torrencialmente e estava muito vento, mas tal, apenas intensificou o momento de puro prazer. Trilhos estreitos lindos. Técnicos, mas que permitiam correr. Infelizmente o momento não durou muito. Ao km 13 encontrei um engarrafamento, pois, havia uma descida íngreme e difícil onde só passava uma pessoa de casa vez.

 

Foi daí até ao segundo abastecimento que fomos em fila indiana num ziguezague de trilhos extremamente técnicos e cheios de lama, com raízes e pedras a descer. Eu adoro esses trilhos assim. Ainda bem que tinha os bastões comigo. Ajudaram muito. Fiz esse troço com o senhor António de 64 anos e que já corre em trilhos há 40. Que conversa tão inspiradora. Ainda posso correr 40 anos nos trilhos, pelo menos! :D O último km antes do abastecimento foi ótimo para acelerar sem pensar, foi só seguir os passos do António.

 

A partir do segundo abastecimento, perdi o António, mas encontrei outras caras conhecidas. Abasteci rapidamente o soft flask (adorei a experiência com este tipo de depósitos, são mega eficientes e rápidos) e peguei nuns amendoins para não perder o ritmo e rapidamente continuar. Mais trilhos mágicos por pinhais e florestas de eucalipto seguiam. Apanhei a Romina e seguimos juntas até a meta. Puxámos uma pela outra e posso dizer que os últimos quilómetros foram feitos a um bom ritmo. Ultrapassámos algumas pessoas mas, em simultâneo, desfrutámos da natureza.

 

Os últimos 500m antes da meta foram percorridos numa ponte pedonal em madeira, muito gira, já em Miranda do Corvo. Passei a meta na companhia da Romina. Se foi emocionante? Foi. Se gostei? Sim. Mas preferia ter corrido mais uns quilómetros :)

 

Terminada a prova, fui ao hotel, que ficava a 10min a andar, tomar banho (se bem, que a chuva torrencial me tinha já deixado bem limpinha), para depois voltar à zona da meta para receber e apoiar os restantes atletas. A meta estava instalada numa zona muito simpática da vila, rodeada de cafés, tornando a “espera” mais agradável para quem esperava os atletas. Fiquei na zona da meta à espera da Rute. Estava preocupada, pois as condições atmosféricas na Serra estavam muito adversas. Quando a Rute chegou fizemos uma verdadeira festa. Que alívio e que orgulho! Este ano o TSL foi muito mais duro que o ano passado e a Rute está de parabéns. Durante a espera pela Rute fomos recebendo vários atletas dos 50 e 100km. Foi ótimo apoiar estes campeões nos seus últimos metros e dar-lhes os parabéns.

 

Material usado:

- mochila: colete Raidlight Gilet (Adorei. Acho que finalmente encontrei “a” mochila para mim - review em breve);

- bastões: Karimor

- calçadoMerrell All Out Peak

 

12170273_10203342917253483_1444637584_n.jpg

Pontos positivos:

  • Partida / Meta: muito bem preparado logisticamente, com cafés e esplanadas, casas de banho, feira de artesanato e material técnico. O evento contou com um comentador que animava as partidas e parabenizava os “finishers”.
  • Excelente organização e comunicação (secretariado).
  • Senha para uma refeição num dos três restaurantes aderentes com um menu completos válido durante o sábado e domingo.
  • Na prova Trail do Xisto, o percurso foi muito bem desenhado, passando por muitos single tracks e poucos estradões e ainda menos asfalto (mas ouvi dizer que o UTAX passou por mais estradões).

 

Pontos a melhorar:

  • Abastecimentos: embora muito completos, em termos de comida e bebida (havia vários com sopas e sandes), tendo em conta as condições extremamente adversas, poderia ter havido mais abastecimentos. Nas provas TSL e UTAX houve espaços com mais de 15km entre abastecimentos que tendo em conta as condições do tempo e dificuldade do trilho, a meu ver, é demasiado. Na prova TX, dois abastecimentos foi o suficiente.
  • Suporte: mais uma vez, devido às condições climatéricas extremas, penso que poderia ter havido mais suporte (bombeiros ou voluntários) nos troços mais perigosos das provas.
  • Dificuldade extrema no troço final do TSL e UTAX: foram vários atletas que participaram nestas provas que demonstraram alguma insatisfação no que toca ao nível extremos de dificuldade nos últimos 10km de prova. De facto, este troço era comum às três provas, sendo que a maioria dos atletas, passaram neste troço quando este já tinha sido “desbravado” por centenas de atletas que por aí já tinham passado, piorando o seu estado. Havia muita lama.
  • Prémio de finisher: havia prémios para os finishers das provas TSL e UTAX mas não para a prova TX enquanto esta é igualmente considerada "competitiva" no regulamento da prova. No entanto, acho um ponto positivo os prémios serem vestuário (t-shirt técnicas e camisola) e não medalhas.

 

Em suma, sou fã da Serra da Lousã e sou fã do AX Trail. Em 2016, pelo terceiro ano consecutivo, conto voltar. Mas antes disso, gostaria de voltar à minha Serra preferida. Abutres, a prova pequena, talvez, ou então em junho no Louzan Trail.

 

Nota: a primeira foto é da autoria do Miro Cerqueira e as duas últimas fotos são da autoria do Narciso Neves.

Coleção Outono/Inverno 2015 - Têxtil New Balance

Por: Tiago Portugal

 

 

Em primeira mão, mostramos alguns dos elementos da coleção de têxtil, homem e mulher, para a temporada Outuno/Inverno 2015 da marca americana New Balance. Estes foram os que nos pareceram mais interessantes. Cores fortes e aguerridas e alguns padrões, muitos vermelhos e azuis.

Homem

1.png11.png2.png10.png

3.png4.png

6.pngmt53060fhb_40.png

7.pngmp53063tfl_40.png

 

Mulher

 

6.png7.png

1.png5.png

 

 

3.pngwp53115mpmi_40.png

wt53225whl_40.pngwt53225whl_40.png

 

O que comer antes de uma Meia Maratona – Pequeno-almoço

17262804_Lq9k7.jpeg

 

Por Ana Sofia Guerra - Nutricionista

 

Uma das perguntas mais frequentes dos meus pacientes corredores é: “Qual a melhor opção de pequeno-almoço antes de uma meia maratona?”. E a resposta é: depende!

 

O pequeno-almoço ideal vai depender muito do gosto pessoal e do que está habituado a comer antes dos treinos. É que também o pequeno-almoço (ou refeição antes da prova) deve ser testado nos treinos, mesmo que no dia anterior tenha ouvido falar duma sugestão fantástica para este tipo de refeição. Os nossos gostos e necessidades são diferentes dos das outras pessoas.

 

No passado mês de fevereiro acompanhei alguns elementos da CnC Crew e amigos na viagem a Sevilha para participarem na Maratona. O objetivo da minha viagem era muito diferente: analisar as escolhas alimentares deles no que toca a opções de pequeno-almoço (a refeição maior antes da prova). E fiquei muito surpreendida, pois cada elemento escolheu um pequeno-almoço diferente: batido com banana, cereais com iogurte, batido com reforço proteico e (espantem-se) Aletria! Isso mesmo, aletria.

18457060_e4grQ.jpeg

 

Eu não vou comentar se as opções foram as mais corretas ou não, mas fica aqui a ideia de que todos eles testaram as suas opções noutras alturas e ficaram a saber se eram opções viáveis ou não.

Tal como já referi noutras ocasiões, a preparação para a prova começa vários dias antes. Nesses dias, a alimentação tem de ser reforçada em hidratos de carbono para haver um bom armazenamento de glicogénio a nível muscular. A batata-doce, a mandioca, o inhame, a massa e o arroz são boas opções. A fruta assume um papel muito importante para fornecer vitaminas e minerais com propriedades antioxidantes (não se esqueçam que há mais fruta para além da banana).

 

Quanto ao pequeno-almoço antes da prova, o ideal seria que fosse feito cerca de 2 horas antes da prova. Deve ser composto por alimentos ricos em hidratos de carbono complexos como, por exemplo, pão de centeio, batata-doce, massa, mandioca ou aveia. Podem optar por uma fonte proteica de fácil digestão: uma fatia de fiambre de aves ou duas claras de ovo mexidas sem gordura ou com muito pouca gordura. E ainda podem acrescentar uma peça de fruta (pêra, banana, framboesas, mirtilos, morangos, maçã) e meia dúzia de oleaginosas (amêndoas, nozes ou avelãs).

 

Esta refeição, tal como as outras, deve ser feita com calma e bem mastigada. Nem que para tal seja necessário acordarem mais cedo.

 

Boas corridas!

A importância da hidratação antes de uma Meia Maratona

18035945_1Vtip.jpeg

 

Por Ana Sofia Guerra - Nutricionista

 

O título pode parecer uma repetição do texto que escrevi no ano passado mas a área da nutrição está em constante atualização e todos os dias são publicados novos artigos científicos e novas teorias. E a nutrição no desporto é um bom exemplo disso. Como no próximo domingo se realiza o evento Rock 'n' Roll Meia Maratona Vodafone RTP, nada melhor que relembrar algumas sugestões para que não lhe falte energia nem motivação para terminar a prova.

 

Tal como referi no artigo anterior, independentemente do seu objetivo, a preparação para um evento desta envergadura começa várias semanas antes. Nesta fase há que fazer um plano de treinos, comprar equipamento novo (se necessário), testar o novo equipamento e experimentar algumas dicas nutricionais para garantir um bom aporte de nutrientes durante a prova.

 

Um dos primeiros pontos essenciais é estar motivado. Este tipo de provas são sempre muito animadas, com milhares de pessoas que também gostam de praticar exercício físico e que o objetivo principal é a diversão! E para se sentir mais motivado, nada como experimentar correr acompanhado: com amigos, colegas de trabalho, vizinhos, com a Crew CnC, não importa. Se preferir correr sozinho, escolha locais que lhe sejam agradáveis e que sejam frequentados por outros corredores.

Hidratação.jpg

Outro ponto importante e que deve estar muito atento é à hidratação! E não é só durante a prova! Durante a preparação deve ter muita atenção à quantidade de água que ingere e como o faz. Deve garantir pelo menos 1,5L de água por dia e que esta quantidade deve ser aumentada nos dias em que treina e dependendo da temperatura ambiente. Nas minhas consultas costumo dizer que “a água também se mastiga”. Não deve beber uma grande quantidade de água de uma só vez, mas sim beber em pequenas porções. Se estiver muito calor durante a prova ou treino, reserve um pouco de água para molhar a cara, braços e pernas.

 

04590f3bdeebf3659f9840339a2503e5.jpg

 

Mas em questões de hidratação, não basta só falar da água. Há um mineral muito importante que contribui e muito para o bom funcionamento muscular e que, por vezes, é negligenciado – o sódio. Também já escrevi sobre este tema mas deixo aqui algumas dicas:

- Durante uma prova ou treino é muito importante ingerir alimentos com um teor mais elevado de sódio para evitar o aparecimento de cãibras e a desidratação rápida e melhorar a contração muscular.

- Pode levar consigo para a prova géis, bebidas isotónicas ou pastilhas para garantir um aporte de sódio mais fácil e rápido. Outra das opções (e que é muito utilizada nos abastecimentos) é a coca-cola. Sim, eu sei que não devia aconselhar, mas nestes casos ajuda com um pouco de açúcar, cafeína e sódio.

- Para aqueles que preferem alimentos sólidos, podem optar por bolachas de água e sal, batatas-fritas ou frutos secos salgados.

- Qualquer uma destas opções anteriores deve ser testada antes da prova!

- Durante a prova evite beber alguma bebida isotónica que nunca tenha experimentado, pois pode provocar alguns distúrbios gastrointestinais e força-lo a desistir. Em grande parte das provas é fácil obter informações acerca da marca e tipo de bebida isotónica que vai ser servida na prova.

 

Fique atento ao próximo artigo sobre alguns exemplos de pequenos-almoços que pode começar a testar.

 

Boas corridas!

Meo Urban Trail Sintra - E tu, vais ficar em casa ?

logo

 

Por Luís Moura:

O MEO URBAN TRAIL vai até Sintra no próximo dia 24 Outubro, sendo a ultima etapa do ano 2015.

 

Prova

Na Corrida deste ano vamos passar pelo Palácio Nacional de Sintra, Câmara Municipal, Caminhos Castanheiros, Quinta Regaleira, Fonte Sabuga, Subida escadas Muralha exterior Mouros, Estrada da Pena, Monte Sereno, São Pedro Sintra, Jardim Vigia, Murtas, Escadinhas Amarais, etc...estejam preparados, vão ter cerca de 600m D+ em cerca de 12 kms.

Na Caminhada vão ser 5 kms e vão passar pela fantástica Quinta da Regaleira. Vão à fonte Sabuga, Igreja Santa Maria, Murtas, Parque Liberdade.

 

  

Esta edição normalmente esgota por isso convém fazer a inscrição o quanto antes em www.meourbantrail.pt
 
Na inscrição está incluido uma tshirt, uma luz frontal*, um dorsal, saco costas."
*opçao

Aproveitem que até dia 18 Outubro o preço é mais acessivel sendo depois dessa data mais caro. 

 

 

Inscrições


Para quem pretende participar na experiência que alia a história ao desporto, ainda pode inscrever-se de forma individual ou em equipa, através do website http://www.meourbantrail.pt/. Quem quiser fazer um registo presencial pode faze-lo na próxima sexta-feira, dia 23 de Outubro, das 15 até às 20h00 e no próprio dia da prova das 10 às 20h30 na Largo Rainha Dona Amélia.


A concentração e início do alinhamento do evento começa a partir das 20 horas e é importante seguirem as indicações que se encontram no site para entrarem pelos corredores corretos antes da partida. A corrida está marcada para as 21h00 e a caminhada às 21h10. Podem encontrar mais informações disponíveis no website. Podem também consultar o Guia do evento com muita informação importante.

 

 

partida.png

 

Levantamento dorsais


O levantamento dos dorsais e respectivo Kit Participação vai ser feito no Largo Rainha Dona Amélia onde vão estar as tendas de suporte ao evento, nos seguintes dias:
- Sexta feira  = Das 15h até às 20h
- Sábado  = Das 10h até às 20:30h

 

Treino reconhecimento percurso

Este ano e num fim-de-semana muito concorrido a nivel de provas, vamos fazer um treino conjunto com a organização do MUT Sintra e no próximo Sabado ás 9 da manha vamos fazer uma volta por parte do percurso que vai ser usado na corrida de 2015.

No final do treino vamos sortear 2 convites para a prova oferecidos pela organização.

Deem um salto ao evento no Facebook e inscrevam-se no treino aqui.

 

 

No ano passado a crew do Corrida na Cidade foi lá e divertiu-se imenso.

Este ano estamos lá novamente e vai ser uma festa.

 

Bons treinos até lá.

 

Race Report - Reccua Douro Ultra Trail (Parte 1)

Os nossos Rui Pinto e João Gonçalves participaram do passado dia 3 de Outubro na prova de 80km do Reccua Douro Ultra Trail, este foi até à data o maior desafio desportivo das suas vidas. Alguns meses de preparação culminaram numa maravilhosa chegada ao Museu do Douro no Peso da Régua com uma magnifica vista sobre o Rio Douro e toda sua majestosa envolvência.
 
Nesta primeira parte o João contamos a sua visão da prova e como a viveu deste o quilometro zero.
 
 
Por: João Gonçalves 
 
A vontade é tanta de contar esta aventura, que leva-me a começar pelo fim... Dito isto o Reccua Douro Ultra Trail foi provavelmente uma das provas mais bonitas e mais bem organizadas em que já participei, foi de facto um prazer em participar nesta prova que se arrisca a marcar o panorama nacional de eventos de Trail Running em Portugal, como uma das melhores, na minha opinião.
 

12112272_786629411459136_7654492190892340365_n.jpg

Subida da Diana
 
 
Organização e Comunicação
 
Um staff muito simpático e acima de tudo muito disponível, sempre pronto a dar as indicações necessárias para o bem estar das várias centenas dos atletas presentes na prova, em termos de comunicação e da qualidade de informação disponibilizada, tanto na pagina do evento como nas redes sociais, foram muitos precisas com uma elevada atenção ao detalhe o que demonstra um enorme profissionalismo de toda a organização.
No que toca aos gráficos de altimetria e da indicação dos quilometros e abastecimentos dos mesmo, foi como se quer numa prova de trail - abastecimentos, pontos de água, apoio médico, etc, estavam no sitio certo no quilometro marcado - apenas existiu uma pequena gafe no briefing, pois anunciado que a prova teria menos 3k do que os 80k anunciados, mas no final e contar com o meu equipamento, isto não aconteceu pois a distancia de 80k foi apresentada no meu visor, mas nada de mais.
 

FB_IMG_1442577946194.jpg

Gráfico de altimetria dos 80k

 

Marcações e Segurança
 
O percurso estava muito bem marcado com recurso a fitas brancas de tamanho bem generoso que facilita a visibilidade das mesmas, num ambiente onde onde os tons de verde e castanho imperam, a distancia entre as marcações foi mais que adequada e não deram lugar a duvidas ou aquele pensamento "Será que estou no caminho certo?", estas também tinham embutido material reflector na parte e inicial e final do percurso, pois a partida foi dada ainda de noite e muitos dos atletas também já chegaram sub a luz da lua e do "frontal".
 
Em termos dos meios de segurança presentes no percurso, foi certamente a melhor prova onde já participei, deste elementos da GNR nos cruzamentos de estradas, bombeiros e ambulâncias em pontos chaves, estiveram presentes várias equipas do GOBS - Grupo Operacional de Busca e Salvamento nos locais mais perigosos, onde o risco dos atletas terem algum problema mais sério era mais evidente, para além destas equipas fixas, estiveram também várias equipas moveis desta força, a correr e a caminhar ao longo do percurso, aumentando assim a segurança dos participantes, para finalizar estiveram presentes no percurso elementos em motas de cross que "patrulharam" o percurso de forma a garantir que tudo estava ok para a passagem dos participantes.
 

12079597_786642774791133_3944592759084112714_n.jpg

Uma das equipas do GOBS
 
 
Deixo também aqui um "Muito Obrigado" aos bombeiros, pois durante o prova existiu um fogo, que por razões de segurança atrasou um pouco a partida das provas e estes tudo fizeram para que no local onde existia a passagem dos participantes não existisse qualquer problema.
 

IMG_1116.png

Combate às chamas
 
Gift Bag e Abastecimentos
 
O Gift Bag da prova da distancia em participei era composto por: uma tshirt técnica de excelente qualidade da Cofides, uma marca nacional com quase de 40 anos de experiência especializada na confecção de equipamentos desportivos de ciclismo, triatlo e atletismo, e na minha opinião uma das tshirts de prova mais bonitas, existinto na versão masculina e feminina; uma garrafa de Vinho do Porto - Réccua Douro que também dá o seu próprio nome à prova, uma maça de Armamar; um pacote de maça desidratada; uma revista da modalidade; vários folhetos publicitários; um guia de recomendações aos atletas, que relata temas de medidas individuais de prevenção sobre exaustão, cãibras, vestuário, exercícios de recuperação e a "Sensação de Dor de Muscular Retardada" - Uma excelente ideia!!; e o dorsal em si, aqui tenho um ponto de melhoria para as próximas edições, o dorsal da prova não contem chip electrónico o que levou a um controlo manual das passagens, que na opinião hoje em dia já não faz não faz muito sentido e pode levar a erros.
 

10405388_746363912152353_7424297255138080080_n.jpg

Tshirt da Prova - LINDA!!

 

Quando aos abastecimentos, muito completos: água, isotónico, Coca-Cola da verdadeira, batatas fritas, frutos secos, tomate com sal, fruta, croissants, chouriço, marmelada e vários doces, complementados com sopa e ovos cozidos na base de vida do k57.
 

12105877_839028592889993_109480952891047979_n.jpg

 
Prova e Percurso
 
Com partida marcada para as 6 horas da madrugada o dia começou bem cedo, acordar depois de uma noite quase em branco devido à ansiedade da prova, tomar um banho equipar, fazer um ultimo check para garantir que nada falha e ir até ao Museu do Douro iniciar a prova, à chegada a azafama normal de dia de prova, encontro o Rui Pinto também claramente ansioso, conversamos um pouco sobre a prova... 
 

12065982_889316637816335_8646615147492131559_n.jpg

 Eu e o Rui Pinto antes do controlo zero

 

Ok é hora de ir para o controlo zero, ultimas despedidas de quem fica à nossa espera, algumas fotos e estamos prontos, até que se ouve o Speaker do evento a anunciar um atraso de meia hora na partida devido a incêndio num dos pontos do percurso e haver o risco de inalação de fumo, neste ponto à sempre um desanimo pois estamos naquele pico de euforia e depois Ups! Calma que ainda não é agora... a seguir a este, mais outro atraso de 20m até que foi anunciada a partida para 7 horas da manhã... Frontal ligado, contagem decrescente e aí vamos nós, começou, neste momento surgem aqueles pensamentos "Meu Deus! Só vou voltar aqui a horas de jantar! Que Loucura!", faço os primeiros km em ritmo calmo na companhia do Rui, por dentro de um casario e entre muros muito típicos desta zona da régua, até que nos começamos a afastar um do outro, pois a ideia era fazer a prova cada um a seu ritmo.
 
Sabia que antes das subida principal ao topo da Serra do Marão tínhamos duas pequenas subidas e descidas iniciais, que depressa deu para verificar que "as pequenas subidas" não eram tão pequenas assim e as descidas eram duras e violentas "Uiii! que isto vai ser bruto!" foi este o pensamento ao terminar este primeiro segmento que deu para redefinir o ritmo da prova.
 

1443859038323.jpg

 Inicio da subida principal, bem junto ao Douro

 

Após uma zona rolante junto ao Douro, das raras do percurso, o inicio da subida principal, cerca de 19 quilómetros e 2000 metros de desnível positivo de uma assentada, a subida foi feito ao ritmo do terreno, ou seja, correr quando era possível e a passo rápido a maior parte do tempo, auxiliado pelos abençoados bastões emprestados pelo Nuno Malcata (Obrigado amigo!) sobe e volta a subir, até que cheguei ao inicio da "subida da Diana" e se dava o inicio do "King Of the Mountain", o que é isto? É uma prova dentro da prova, é uma espécie de prémio da montanha, um segmento de cerca de 1k com uma elevação danada onde o ritmo andou bem acima dos 20m/k (Quase a andar para traz!), finalizada a subida, a chegada a um parque éolico que dava acesso à Srª da Serra (o ponto mais alto da Serra do Marão!) onde foi possível, vislumbrar um paisagem de cortar a respiração, aqui descansei um pouco sem pressa, antes de iniciar a vertiginosa descida.

 

12122949_786629398125804_7041436796012439276_n.jpg

UFA!! - Etapa do KOM
 
Confesso de subestimei esta descida, sou uma pessoa que adora descer e descer rápido, mas esta descida foi longa e muito dura e que deixou-me marcas em cima nos pés e nas coxas, o que fez com o que o segmento entre os abastecimentos Soutelo (45k) e Fontes (57k Base de Vida) foi um martírio, cada passo era um inferno sentia o pisar do solo nas minhas pernas como de fossem "marteladas", mas sabia que quando chegasse à base de vida tinha umas sapatilhas com mais amortecimento (Hooka Mafate Speed) no meu saco que me iriam ajudar em muito na ultima parte do percurso, portando foi enfiar os olhos no chão, aguentar a dor e seguir em frente.
 

12080954_10153685744101639_561143340_n.jpg

 

Chegada à base de vida

Alcançada a base de vida (Ufa!!) descalcei-me logo, troquei de meias e sapatilhas, comi bem, hidratei e descansei, foram cerca de 20 minutos de paragem para retemperar forças e quando me senti preparado iniciei os últimos 23km até ao Peso da Régua, sabia que tinha mais duas subidas grandes pela frente, mas eram as ultimas e isto com a sensação de quase fim e um maior conforto nos pés deram muito animo para chegar ao fim e passar a linha da meta.
 

12081387_10153685971626639_204239902_n (1).jpg

Ultimo segmento do percurso

 

O percurso em termos de paisagem é lindo, super variado, é um mistura de Serra de Sintra, Lousã, Estrela e vinhedos, tudo num só, a paisagem vai mudando como se fossem postais e nunca nos fartamos do que nos rodeia, as pessoas das aldeias por onde passamos são muito simpáticas e tem sempre uma palavra de apoio para nos dar.
 
 
Equipamento e Nutrição
 
Equipamento base
Mochila: Salomon advanced skin s-lab hydro 12l
Tshirt: Waa Ultra Carrier
Calções: Berg Xtreme Series
Meias: Compressport Pro Racing Trail V2.1
Sapatilhas: Salomon s lab Sense e Hooka Mafate Speed
Frontal: Led Lenser h7.2
Bastões: Black Diamond Distance Carbon Z
Relógio GPS: Garmin Forerunner 310xt
 
Nutrição transportada
Geis: Zipvit
Barras: Cliff
Electrólitos: Pastilhas Isostar e Cápsulas de Sal Succeed S!caps
Vários: Marmelada e Gomas
 
 
Saco de base de vida:
Muda completa de roupa
Creme hidratante pés
Nutrição
Frontal de substituição
 
 
Agradecimentos
 
Antes de acabar quero deixar uma palavra de agradecimentos a todos os elementos da Crew “Correr na Cidade” pelas palavras de incentivo e pelas mensagens de apoio que fui recebendo ao longo da prova que me foram dando força para continuar, um agradecimento especial ao Tiago Portugal que foi uma espécie de mentor durante toda a fase de preparação, ao Nuno Malcata, pelo apoio fervoroso ao longo do dia e pelos bastões que foram uma espécie de segundas pernas, pois sem eles seria muito muito difícil, um agradecimento também muito grande a todos os quais eu “roubei” tempo durante toda a fase de preparação, ao Rui Pinto companheiro de luta nesta jornada.
Por ultimo quero agradecer a “ti” que estiveste sempre lá em todos os momentos e nunca me deixaste parar e sempre me deste força para continuar… Obrigado!!
 
 
Objetivos e Conclusões
 
Secretamente tinha o objetivo de chegar ainda de dia, desejo que foi desvanecendo a cada atraso na partida e confesso que quando parti nunca pensei regressar ainda com luz natural, mas felizmente tive força para o conseguir, consegui completar o percurso em 12h:10m (nada comparado com os 8h:40m do grande Rui Luz - WOW) conseguindo um honroso 26º lugar na geral e 14º no Escalão, o que me deixou muito orgulhoso de mim próprio e da crew que represento.
 

IMG_20151003_191922.jpg

 Está feito!!!!

 
 
Termino como acabei e com as mesmas palavras, “(…) o Reccua Douro Ultra Trail foi provavelmente uma das provas mais bonitas e mais bem organizadas em que já participei, foi de facto um prazer em participar nesta prova que se arrisca a marcar o panorama nacional de eventos de Trail Running em Portugal como uma das melhores, na minha opinião. (…)”.
 
Obrigado #DUT e até para o ano.
 
 
*Obrigado a todos os fotografos presentes do percurso que deram a conhecer por meio de imagens a beleza desta prova

Decathlon Innovation Awards 2015

decathlon-awards-innovation-702x249.jpg

 

Por Bo Irik:

 

Na Decathlon, a inovação não é apenas um slogan; é o próprio sentido de existência da empresa. É nesse sentido que a Decathlon organiza todos os anos as Innovation Awards. Em 2015, as Awards decorreram em Lille a 8 de Outubro. Em Portugal, os resultados foram apresentados ontem, em Lisboa. Tivemos a honra de estar presentes e de, em primeira mão, conhecer os vencedores deste ano.

 

Tal como devem saber, a Decathlon tem 20 «Marcas Paixão» próprias. As mais conhecidas, entre nós runners são a Aptonia, dedicada à nutrição e a Kalenji, dedicada ao running. Marcas como a Quechua (Desportos de Montanha) e Domyos (Fitness) também são muito conhecidas em Portugal. Na abertura do evento e ao longo do mesmo, sentiu-se de facto a paixão pela inovação que reina na Decathlon e que deu origem às Innovation Awards.

 

Todos os anos, a cerimónia dos Innovation Awards é uma oportunidade para colaboradores, clientes e parceiros encontrarem produtos inovadores em termos de utilização, conceito ou características técnicas. Mais importante ainda, é uma oportunidade para promover e partilhar toda a experiência dos nossos colaboradores e dar vida ao espírito de inovação que reside em todos nós, diariamente.

IMG_20151013_112516.jpg

Os vencedores de 2015 foram, em terceiro lugar os Óculos de Natação Selfit que permitem aos praticantes de natação adaptar os óculos num só clique consoante a luminosidade ou miopia de forma personalizada. Em segundo lugar ficou a tenda Fresh and Black. A tenda de 2 segundos da Quechua que a maioria dos amantes de campismo conhece bem foi o vencedor em 2005 e este ano, a sua versão Fresh and Black ficou em segundo lugar. Esta novidade permite reduzir o calor na tenda com a tecnologia Fresh e bloquear a passagem de luz com a tecnologia Black. A tecnologia vai estar disponível para toda a gama de tendas da Quechua a partir da primavera / verão 2016. Na minha opinião, esta tecnologia é de facto uma grande inovação: é simples e responde claramente a uma necessidade.

Bidon.png

 

Em primeiro lugar ficou o Bidon com Double Use System, claramente o meu favorito. O Bidon Double Use System da Aptonia permite mudar de bebida sem mudar de garrafa. Enquanto corredores, sabemos que durante a prática desportiva, as necessidades de hidratação podem variar. Por vezes é difícil decidir se é melhor optar por água ou bebida energética / isotónica. Com o Double Use System (patenteado), podemos escolher o que beber com um só gesto. Sem as mãos, apenas a boca, podemos alternar entre água e bebidas energéticas e graças aos três níveis de dosagem podemos facilmente gerir a intensidade da bebida energética. Um ponto muito positivo é que as cápsulas, para além de serem relativamente baratas e haver diferentes sabores e composições, podem ser recarregadas com uma bebida energética da nossa preferência (concentrado). A capacidade do bidon é de 600ml e custa 7,55€. As cápsulas existem, para já, nos sabores laranja e frutos vermelhos a 0,80€. Este produto será disponibilizado na primavera / verão 2016.

Kalenji.jpg

Para além dos três vencedores dos Awards, tivemos a oportunidade de conhecer os restantes sete projetos candidatos. Pessoalmente fiquei fã do novo produto da Domyos. Como na marca Domyos acreditam que o fitness é algo que deve ser experimentado, foram buscar inspiração ao coração dos ginásios de todo o mundo. Assim criaram a Domyos Live que permite desfrutar mos da experiência do fitness diretamente na nossa sala. A Domyos apresenta este produto gratuito, mas para já só disponível em francês, para acabar com as desculpas do tipo «A mensalidade do ginásio é cara...», «... Poupo tempo...», «Quero relaxar em casa, depois de um dia de trabalho...». Desta forma, o Domyos Live oferece-nos a possibilidade de praticar fitness onde quisermos e gratuitamente, graças às câmaras instaladas na sede da marca (no norte de França) que transmitem cerca de cinquenta aulas por semana, sete dias por semana. É como se estivéssemos a assistir a uma aula no ginásio, mas consoante os nossos próprios objetivos e disponibilidade e ainda sem custos. O Domyos Live é a solução ideal para perder peso, tonificar e relaxar sem sair de casa. Eu vou experimentar. Espero que os meus vizinhos não se importem :p  

 

Por fim, num blog de running, não poderia deixar de mencionar a t-shirt e sutien Cardio da Kalenji, marca inteiramente dedicada à corrida. Segundo a marca, a t-shirt e soutien Cardio permitem-nos correr sempre com o ritmo certo, e com todo o conforto. Pois, ouvir o seu coração... Uma das maneiras mais simples de encontrar o seu ritmo de corrida. O cardiofrequencímetro está incorporado na t-shirt e sutien e assim podemos medir a frequência cardíaca sem recorrer a uma banda (que por vezes causa desconforto). Os elétrodos embutidos na camisola e no soutien substituiem então a banda cardíaca e podem ser associados uma aplicação de running ou a um relógio, sendo compatível com Ant+ e BLE (Bluetooth Low Energie). As peças de roupa estão disponíveis em vários tamanhos e prometem aguentar mais que cem lavagens. Este produto está já à venda.