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Correr na Cidade

Reccua Douro Ultra Trail - Entrevista ao Diretor de Prova

Por: João Gonçalves

 

Após o período férias é altura para que calendário de provas de trail voltar a ficar bem preenchido e com ele os objetivos pessoais de cada um e nós não somos exceção.

 

No dia 3 de Outubro irá realizar-se a segunda edição do Reccua Douro Ultra Trail que irá contar com provas nas distâncias de 80, 45 e 15 km onde, segundo dizem “O percurso é a alma da prova.” e conta com a promessa de associar todos os componentes de uma prova de trail com a beleza das paisagens do Douro e do Marão, para além destes atrativos o DUT tem duas provas que garantem pontuação para o Ultra Trail of Mont Blanc (UTMB) - UltraTrail de 80Km garante 2 pontos e o Trail de 45Km garante 1 ponto – que é sempre uma mais valia e uma garantia de qualidade.

 

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Dado isto, não foi à toa que o João Gonçalves e Rui Pinto escolheram esta prova para definirem uma nova meta dos seus objetivos pessoais e assim participarem até à data no maior desafio desportivo das suas vidas, participando na prova de 80km, cuja aventura iremos partilhar convosco.

 

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João e Rui num dos treinos na Serra de Sintra rumo ao DUT acompanhados pelo Tiago Portugal

 

Para recolhermos um pouco mais de informação sobre a prova, fomos falar com o Diretor da Prova, cuja conversa transcrevermos abaixo.

 

O Réccua Douro Ultra Trail é organizado pela Nexplore. Quem é a Nexplore?

 

​A Nexplore é uma empresa que existe desde 2009, inicialmente dedicada à comercialização de produtos desportivos, mas que neste momento se dedica à realização de eventos desportivos, tais como o Mountain Quest, Douro Bike Race e Réccua Douro Ultra Trail. Para além de ser uma empresa, ela é composta por um grupo de amigos, que em torno de algo superior procurar-se constantemente superar-se.

 

 Como nasceu e porque decidiram criar esta prova?

 

​Em função do conhecimento que alguns elementos da organização têm da zona do Douro, inicialmente feito em percursos de BTT e posteriormente em corrida de montanha, decidiu-se dar a conhecer a região do Douro ao mundo, através de uma prova de Trail.

 

Qual a diferença entre esta prova e a outras que já existem?

 

​Privilegiamos sobretudo os atletas e o ambiente que rodeia todo o evento. Procuramos que os atletas não compitam entre si mas com eles mesmo​s, superando-se.

 

É a segunda edição deste evento. Como correu a primeira edição e o que esperam da segunda?

 

​O feedback que temos foi bastante positivo. Sabemos que nunca será igual à primeira edição mas esperamos que sobretudo os atletas gostem do evento, das paisagens, das gentes e da cultura do Douro.​

 

Que recomendações podem dar aos atletas que irão participar no DUT 80k?

 

​Venham preparados para ver paisagens de cortar a respiração, mas também com alguma preparação física mas sobretudo mental para se divertirem.​

 

O que podem os atletas esperar desta prova? Como é o percurso (altimetria, locais emblemáticos, etc.) e quais são os abastecimentos?

 

​Com o DUT, os atletas ficaram a conhecer um pouco da região do Douro, será um sobe e desce constante por entre vinhas, casas senhoriais, quintas, aldeias típicas, lugares com história.​ Poderemos passar por zonas onde haja vindimas. Nos abastecimentos privilegiamos sempre produtos locais adequados à prova.

 

 

Em relação ao equipamento o que considera essencial para esta prova?

 

​Varia consoante a distância que os atletas iram fazer, mas consta no regulamento.

 

Que conselhos podem dar a quem esta agora a iniciar-se no mundo do trail?

 

​Preparem-se para superarem-se.

 

Uma frase de incentivo aos atletas.

Nada é impossível, basta acreditar​.

 

 

Nós vamos estar lá! E tu ficaste com vontade? Em breve teremos mais novidades.

 

 

II Ultra Trilhos Rocha da Pena – Os trilhos mais quentes do ano

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 Por: Tiago Portugal

 

Começo com um mea culpa. Já deveria ter escrito sobre os Trilhos Rocha da Pena há mais de 1 semana, mas alguns acontecimentos são mais difíceis de digerir do que outros e ainda estou a curar as feridas emocionais. Não queria escrever sobre esta prova. Gostava de puder voltar atrás e mudar algumas opções que tomei mas isso não é possível. Ainda me tentei esconder ou arranjar subterfúgios para não escrever sobre o que me sucedeu nesta prova. Mas isso não mudaria nada e como li algures esta semana, tentar já é mais do que muita gente faz e isso ninguém me tira, tentei e resisti ao máximo, mas morri na praia, a sentir o cheiro a mar.

 

Foi mais uma dura aprendizagem, têm sido muitas ao longo deste.

 

Mas afinal o que correu mal? Estiquei demasiado a corda e ela…rebentou-me em cima.

 

Vamos por partes.

 

Capitulo I – A viagem

 

O algarve é para mim, como será para muitos portugueses, sinónimo de férias, descanso, praia, família, amigos, diversão. Muitas das minhas memórias mais felizes da juventude são do algarve e das férias em família.

 

Pois bem, desde o dia 15 de agosto de 2015 o Algarve passou a estar assombrado com alguns dos piores momentos que passei em provas de trail, mas estou seguro que voltarei para enfrentar estes fantasmas, ainda não sei é se será já no proximo ano.

 

A ida ao UTRP só foi decidida em cima do joelho, sexta-feira de manhã. Estive até ao último dia a refletir sobre a prova e se valeria a pena ir, mas tive um pequeno empurrão do meu irmão e na véspera, dia 14 de agosto, fiz os preparativos para a prova. Aproveitando o facto de a prova ser no Algarve decidimos passar o fim-de-semana lá por baixo. Assim, sábado às 03h estava eu, a minha mulher, irmã e irmão no carro a caminho de Salir. A viagem correu na perfeição e chegámos ao ponto de partida da prova um pouco depois das 06h00. Fomos ao secretariado, deu para perceber desde cedo a simpatia dos voluntários, levantar os dorsais e equiparmo-nos. Éramos cerca de 50 participantes, entre eles algumas caras conhecidas, que como eu tinham vindo de Lisboa para percorrer 60km de trilhos algarvios.  

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 A hora da partida, 07h00, estava a aproximar-se e os nervos a começar a aparecer, ainda por cima era a 1ª vez que a Filipa estava presente na linha de partida, a responsabilidade era ainda maior. Um último abraço e um beijo de boa sorte e lá me dirigi para o pórtico de saída. Cheio de confiança afirmei ao Frederico que fazíamos a prova em 8h-9h. Pensava eu.

 

Capitulo II – Começar

 

Às 07h00 em ponto arrancámos todos e mais uma vez decidi começar depressa, e se ainda consegui estar a poucos metros dos primeiros classificados durante 2-3km, rapidamente fiquei sozinho com o meu irmão. O início da prova tem um estradão de cerca de 1km antes de finalmente entrarmos em trilhos, nesta fase inicial era um sobe e desce constante em montes pequenos, que davam para fazer a correr sem parar. Terreno com muita pedra e duro, temi que a prova fosse toda assim o que não veio a suceder-se.

 

Estávamos a correr a bom ritmo, e seguimos só os dois até ao km 8, ao qual chegámos com 50minutos de prova. Nesta altura já o meu irmão me dizia que estávamos a correr depressa demais e que assim não durávamos a prova toda. Eu afirmei que não, o “ritmo está bom”, “estamos a ir bem”.

 

Por volta desta altura somos ultrapassados por um grupo de 3 corredores e 1 deles decide ficar connosco. Um triatleta francês de 50 anos que também gosta de trail e resolveu experimentar os trilhos algarvios. Seguimos juntos até ao km 22,5, altura da subida cronometrada da prova.

Uma breve nota: Ideia excelente.Uma subida cronometrada para todos os concorrentes, estilo prémio de montanha, disputado entre todos os participantes dos 60km e 25km.

 

O percurso até esta altura foi muito diversificado e tivemos um pouco de tudo, desde a trilhos mais fechados a um troço mais técnico com muita pedra, estradão de terra batida e as primeiras, de muitas, subidas a pique que a organização gentilmente preparou para nós.

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Seguia bem-disposto e tudo parecia correr conforme planeado.

 

De repente, tudo mudou. A tempestade veio e desta vez resolveu ficar.

 

Capítulo III - Ferver até rebentar

 

Chegados ao fim da subida cronometrada encontramos uma senhora muito simpática, tal como todos os voluntários da prova, com um borrifador para nos arrefecer um pouco. Apesar de toda a simpatia e das palavras de ânimo comecei nesta altura a sentir-me muito cansado. Resolvi comer um gel e continuar a correr. Nesta fase era um rol de subidas e descidas umas atrás das outras. Ao fim de uns 2km resolvi começar a andar porque não me estava a sentir bem e custava-me muito respirar. Doía-me o peito e não  conseguia inspirar fundo. Disse ao triatleta francês para continuar que eu tinha que abrandar o ritmo.

Comecei nesta altura também a ficar indisposto com dores abdominais. O que me valeu foi a companhia do meu irmão que ficou comigo. Resolvi abrandar ainda mais o passo para descansar um pouco. Senti umas ligeiras melhoras e recomecei a minha prova até ao abastecimento do km30.

 

Metade da prova já estava feita e apesar de todos estes contratempos estávamos ainda dentro do estipulado,  31km em 4h08.

 

Paramos cerca de 10minutos, o que deu para descansar. Tentei comer qualquer coisa mas nada me sabia bem e não tinha fome nenhuma, só pensar em comida agoniava-me. Nesta fase da prova estamos no meio do nada. O abastecimento era perto de uma casa que tinha o campo de ténis com a melhor vista que já vi.

 

Ainda com dores ao respirar decidi continuar a prova. Fomos, eu e o Frederico, a passo durante a subida posterior ao abastecimento. Durante algum tempo a prova fez-se em estradões sem grande dificuldades, o pior era o calor que estava a começar a apertar e queimar.

 

Disse ao meu irmão para seguir ao ritmo dele que eu ainda ia demorar a recuperar. Meti a muito custo um gel e ao fim de 5-10m comecei a sentir-me com um pouco mais de energia, aproveitei este ímpeto e recomecei a correr. Durante 40 minutos senti-me novamente bem. Com 40km marcados no relógio e o próximo abastecimento já à vista deu-me outra vez o badagaio, a energia foi-se toda e até andar me recomeçou a custar. A passo de caracol cheguei ao abastecimento e sentei-me, já a pensar em não me levantar. 

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Fiquei mais de 15minutos sentado a tentar recuperar. Apesar dos esforços de todos os que passavam por mim não conseguia arrebitar. Mais uma vez não consegui comer mas aproveitei e bebi uma coca-cola bem gelada. Ao dim deste tempo já estava pronto para mais uns quilómetros. Resolvi continuar.

 

Devagar, devagarinho continuei a prova. Um km de cada vez, sempre que me sentia um pouco melhor tentava correr. Nas subidas sentia o ritmo cardíaco a disparar e tinha que parar mesmo para descansar. 

 

Demorei 4h a fazer os primeiros 30km e 4h a fazer os 15km seguintes... 

 

Uma última grande subida, interminável, exposta ao sol, e chegámos a uma aldeia onde estava localizado o próximo abastecimento. Apesar de as marcações estarem excelentes os km da prova estavam mal marcados e nesta altura da prova todos os participantes já tinham 5km a mais. O abastecimento do km45,5 estava ao km50,5. Algo a melhorar. Com o cansaço tudo chateia e irrita e não terei sido o único a rogar pragas á organização. 

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 Capítulo IV - Esgotar

 

Doeu. Doeu muito.  

 

O Frederico resolveu esperar por mim no abastecimento. Assim que cheguei, sentei-me e pedi-lhe para continuar que eu ia desistir. Já não dava mais. Liguei à família e disse à organização que ia desistir. Tentei novamente comer, sem sucesso, não me apetecia nada daquilo. No entanto, havia uma barraca de gelados mesmo em frente e já que ia desistir ao menos comia um geladinho. Soube-me tão bem, tão bem, que comi 2. Estive cerca de 20m parado a deliciar-me com o gelado enquanto tentava dar forças aos restantes participantes. De repente perguntam-me: Afinal sempre vai desistir? Não sei o que me deu. Meti novamente o dorsal e disse que não. Ia tentar continuar. O milagre do gelado. 

 

Meti-me novamente a caminho e ainda consegui correr até chegarmos a um ribeiro seco. Muita pedra. Muito calor. E, sem avisar o martelo. Tinha esgotado todas as energias. Só andar doía-me tudo. Dor de burro, dor de cabeça, dor nas pernas, doía tudo mesmo. Fiquei tão mal disposto que vomitei. Pensei em parar mesmo alí no meio dos trilhos.Demorei 2h a fazer 8km. 

 

Cheguei finalmente ao abastecimento e estiquei-me no chão. informei que ia desistir. Não me importava que estivesse a 7km do fim, nem que fossem 2km. Acho que na altura nem 500m conseguia.

 

Atingi o limite. Esgotei-me.

 

Ainda estou a refletir sobre o que se passou e sobre várias opções erradas que tomei.

 

UTRP:A prova estava muito bem organizada, bem marcada, com abastecimentos nos sítios certos e com comida suficiente. Voluntários 5 estrelas. Vários fotógrafos. Tanques para arrefecer. Trilhos diversificados. Muitas, muitas subidas, daquelas mesmo a pique. Calor, demasiado. No fim da prova tivemos direito a 1 bebida e 2 bifanas. 

 

Devido ao fato de termos começado antes das provas de 25km e 15km e terminado muito depois, não vi mais ninguém além dos 50 "malucos" do ultra. Esta prova pareceu uma festa privada só para nós, deram-nos total atenção.

 

Em termos negativos tenho a apontar os erros nos km da prova, 65km não são 60km e com 10h de prova nas pernas todos os metros a mais custam.

 

Mas é uma prova que tem tudo para se afirmar no panorama nacional, pela localização, data e simpatia dos algarvios.

 

Certamente regressarei, só não sei quando.   

Passatempo: vem connosco correr na Linha!

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Dia 20 de setembro já tens planos? Nós já. Vamos correr na Linha! Vens connosco? 

 

Vamos oferecer 4 dorsais para a 8.ª edição da Corrida da Linha Cascais Médis powered by Destak. Esta é uma prova à medida de todos, na Marginal de Cascais, acompanhada de uma paisagem maravilhosa, tornando-se assim num agradável evento que visa promover a atividade física e uma vida saudável. 

 

Como participar:

 

Todos os participantes que responderem corretamente às 3 questões e tenham efetuado o passo 1 e 2 até às 23:59 de 2ª-feira dia 31/08/2015, ficam habilitados a entrar no sorteio dos quatro dorsais. No treino Correr na Cidade da primeira semana de setembro (data a anunciar) será feita a seleção dos vencedores, recorrendo à aplicação Random.org e os vencedores serão informados por email.

 

Questões que devem responder corretamente e enviar por email:

  1. A prova termina no Passeio D. Luís I em Cascais. Em que ano herdou D. Luís I de Portugal a coroa?
  2. A Corrida de 3km será acompanhada pelos heróis da Vila Moleza. Como se chama o protagonista deste programa?
  3. Quais são os destinos incluídos no passatempo “8ª EDIÇÃO – 8 VIAGENS – 8 DESTINOS”?

 

Pois é, o Destak organiza um passatempo “8ª EDIÇÃO – 8 VIAGENS – 8 DESTINOS”. Para se habilitarem a ganhar 1 das 8 viagens duplas que há para oferecer, basta escrever uma frase criativa sobre a 8ª edição da Corrida da Linha Médis powered by Destak, no formulário de inscrição online*. Os prémios serão atribuídos às 8 melhores frases, que serão reveladas no dia da corrida, no final do evento.

 

Boa sorte e toca a procurar :)

 

*os bilhetes atribuídos no âmbito de parcerias e permutas não participam do sorteio das 8 viagens.

Uma imagem que vale mil pensamentos

Por Filipe Gil:

 

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A imagem e o comentário acima dizem-me muito. Infelizmente. Preferia mil vezes estar aqui a escrever sobre os meus próximos desafios do que este muro de lamentações que tem sido os meus posts desde os finais de março (até eu já estou farto deles). Mas a vida é assim, e recuso-me a fraquejar. E um blogue é como um casamento. Para o bem e para o mal até que deixe de fazer sentido. Como acho que ainda faz, e muito (pelo menos da minha parte, já que é um blogue coletivo), espero voltar à escritas “gloriosas” em breve. Por ora, só notícias do “Dark Side”.

 

Na foto acima, retirada do Instagram do ultra maratonista Rob Krar, um dos mais talentosos corredores de longas distâncias (quem tiver curiosidade de ver os seus tempos em treinos, basta segui-lo na sua conta de Strava…e depois fechar a boca de espanto).

 

Nele, Rob Krar fala da difícil opção de não participar na edição deste ano do Ultra Trail do Mont Blanc (creio que seria a sua estreia em terras europeias). Com uma lesão, ou princípio dela, o atleta optou por não forçar o seu corpo e deitar um sonho por terra a bem do futuro próximo na modalidade). Ora, quando vi esta imagem, na velocidade frenética com que passamos o polegar pelo ecrã dos smartphones a consultar os Instagrams que seguimos, detive-me nesta imagem. E fez-me refletir.

 

Claro que qualquer comparação comigo e com o Rob Krar deve resumir-se ao facto de ambos respirarmos. Mais do que isso, não há.

 

Mas fez-me refletir no que foi a estupidez, (hoje em dia classifico assim) de não ter conseguido dizer que não a correr na Ultra do Piódão, em ter entrado em modo “avestruz” e colocar a cabeça na terra e achar que, com 8 dias de inatividade, a lesão passava. Fui parvo para quem já anda nisto há mais de três anos. E erro nº1 foi fazer a prova sem ter avaliado bem o joelho, mas essa até dou de barato porque o entusiasmo era grande, o planeamento de ir para o centro de Portugal já tinha meses e provavelmente, nem que fosse para aplaudir (o que me iria custar muito), iria ao Piódão com a minha crew. Vá, sendo sincero, talvez fosse mais esperto fazer a distância mais curta.

 

O erro nº2 foi não ter parado quando o joelho me começou a doer “mesmo” durante a prova. Não digo logo ao início, mas mais perto dos 20 kms onde andar já se tornava um suplício. Lembro-me, de pensar na altura que seria uma desilusão para a minha família, para os amigos, para aqueles a quem, publicamente no blogue, me foram seguido na preparação daquela aventura. E ainda mais o que seria acordar no dia seguinte em que todos se tinha tornado Ultra Maratonista e eu o único que ficara de fora. Devia ter dado ouvidos ao Tiago Portugal quando me aconselho a parar antes da subida do inferno (Quem foi ao Piódão sabe a qual me estou a referir).

 

Confesso que hoje em dia não sei se já estaria curado do joelho se não tivesse feito os tais 53km com dor intensa no joelho (ok, os primeiros 8/10 km não doeram). Mas provavelmente estava. Se calhar até já me teria inscrito num outro ultra trail e feito a prova sem grandes problemas e em boa forma. E tinha continuado a correr, e a treinar, e a divertir-me. E não a olhar a corrida e o correr como algo apenas disponíveis para os outros. Um prazer enorme a que estou vedado há demasiado tempo.

Resultado: ainda aqui estou de “joelho ao peito”. Não corro nada de nada desde o dia 1 de Agosto, em que parei ao fim de 1km porque a dor começou a chatear e aí decidi que as próximas 6/7 semanas iria parar de “tentar” correr. Parar mesmo!

Uns dias depois fui andar de bicicleta e também doeu, e há poucos dias, a nadar, ou melhor a brincar que nadava, o joelho disse “olá” da pior maneira possível. Basicamente, quando nadava de bruços. Acho que posso dedicar-me a jogar xadrez ou às cartas para que o joelho não doa.

 

Hoje em dia leio tudo sobre lesões, desde jogadores de futebol que estão a passar por martírios, a corredores ou tri atletas que passam pelo mesmo.Tudo para tentar perceber como se consegue estar afastado de uma grande paixão. Sobretudo, estar afastado sem data de regresso. Quem me dera que alguém me dissesse: Filipe, estás com problemas, mas fazendo X ou Y, voltas a correr dentro de 2 meses. É tudo o que gostava de ouvir para trabalhar na dita recuperação.

 

Resumo: sem querer dar lições de vida a não ser a mim mesmo, deixo no ar a todos os corredores que agora neste momento estão a braços (ou a pernas) com lesões e que têm a prova mais importante da sua vida em breve (que é sempre a próxima) e que estão a ponderar fazê-la mesmo com queixas e dores. Vejam a opção do Rob Krar de que vos falei acima. Vejam o que um campeão profissional optou por fazer. Ponderem bem a vossa decisão! Podem ter sorte e nada acontecer e podem ter azar e o vosso corpo reagir mal e passarem semanas ou meses a ver passar os outros correr.  

 

Será que uma próxima prova – onde colocamos muito do nosso esforço – vale a pena? Ou será que é alegria de podermos correr quando quisermos, de forma saudável, e o que nos faz mover e que torna a corrida tão especial? 

 

No meio disto tudo, e já vamos a caminho dos seis meses de lesão, não posso deixar de agradecer o incentivo para não baixar os braços da minha mulher, que tem sido incansável em puxar-me para cima e em acreditar em mim - mesmo quando eu estou à beira de desistir. Obrigado Natália.

 

Agradecer aos meus parceiros de crew também incansáveis no apoio e dos "prós" Hélder Ferreira e Katarina Larsson e Miguel Reis e Silva, que me têm tentado ajudar a encontrar soluções médicas para resolver esta estupida lesão. Ainda um agradecimento especial à Drª. Sara Dias e ao José Urbano que têm feito os possíveis e impossíveis para me ajudar a passar por isto.


As próximas semanas estarei parado sem qualquer atividade ligada à corrida, vou tentar continuar nadar, caminhar e fazer algum exercício de ginásio que não envolva pernas (uma seca, portanto). E depois disso irei avaliar a situação. Nem que tenho de fazer nova ressonância magnética, mais fisioterapia, mais ecografias, etc..Não vou desistir!!!


E com isto todas as provas que gostaria de fazer no 2º semestre, tais como a Corrida do Tejo, Meia Maratona do Porto, Corrida da Linha e Meia Maratona de Lisboa vão ser vistas do lado de fora. Para não falar dos inumeros trails ou, mais importante de tudo: correr com os meus amigos de crew. Custa muito, vocês nem imaginam (e ainda bem).

Mas se calhar devia ter-me lembrado disso quando fui teimoso em terminar 53km com dor.Uma lição para a vida. Pelo menos para mim.

Conheça a Wild Store

10947256_1073113439381055_238956663330073969_n.jpgPor: Tiago Portugal

 

Já sabem que gostamos de dar a conhecer aos nossos leitores projetos interessantes relacionados com o desporto, com particular incidência para a corrida. Por isso hoje apresentamos uma loja de desporto online, a Wildstore, inaugurada a 7 de novembro de 2012.

 

Fique a saber tudo o que precisa com esta entrevista a Claúdia Ramos, uma das fundadores da loja.

 

1. Qual o conceito da vossa loja?

 

A Wild é uma loja que comercializa material de desporto especializado.
Comercializamos marcas bastante técnicas e diferenciadoras e que normalmente não se encontram em grandes superfícies.

As bases do nosso negócio são bom aconselhamento, acompanhamento e disponibilização de produtos técnicos e inovadores.


2. Como nasceu a ideia deste projeto e quando foi lançado?

 

A paixão pelo desporto e a procura de um novo desafio profissional, levou-nos a pensar começar um novo projeto, uma loja online com produtos para vários desportos. A loja online inaugurou a 7 de novembro de 2012.


3. Por que razão optaram por se lançarem no e-commerce? Estão a pensar ter uma loja física?

 

É uma forma de poder chegar a todo o país e mesmo a todo o mundo. Nesta época em que a tecnologia faz parte do dia-a-dia, um negócio online foi o nosso 1º passo.

 

Neste momento temos já um showroom na Maia onde os clientes da zona ou que viajam até à Maia podem ver os produtos.

O futuro passará possivelmente por uma loja física tradicional de rua, mas ainda não temos data marcada para isso.

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 4. A vossa loja é enquadrada em várias modalidades ou está mais focada para a corrida? Qual a tipologia de produtos que vendem no vosso espaço?

 

Os nossos produtos chegam a várias modalidades, no entanto, neste momento a corrida, o trail e o triatlo são as modalidades com maior presença na nossa loja.

De uma forma muito geral vendemos: sapatilhas de estrada, sapatilhas de trail, mochilas de hidratação e acessórios para corrida, trail e triatlo como cordões, meias, copos,  soft flasks, e bolsas para o quadro das bicicletas.

O que tentamos fazer é sempre disponibilizar produtos inovadores e de qualidade, que já são um sucesso noutros países, e que ainda não tinham chegado a Portugal.


 5.  E que tipo de serviços disponibilizam aos vossos clientes?

 

Como já referi, tentamos sempre ter produtos inovadores. Para conseguir atingir esse objetivo fazemos muita pesquisa, de forma a ter uma oferta interessante e funcional que seja adequada às necessidades dos atletas.  Damos sempre um apoio personalizado aos nossos clientes nomeadamente através do aconselhamento por email, telemóvel, facebook e presencialmente no nosso showroom ou nos eventos aos quais nos deslocamos.


Às quartas-feiras às 20h realiza-se na Maia um treino que em média conta com 50 participantes e cujo espirito do grupo é “ ninguém ficar para trás”. É com grande satisfação que temos acompanhado atletas que começaram a treinar connosco há alguns meses para começarem a praticar desporto e agora já participam em provas de estrada e trail.  No treino participam ultramaratonistas, maratonistas, atletas de estrada, atletas de trail, alguns com diferentes ritmos mas que se ajudam mutuamente e por isso quer seja um atleta experiente ou alguém que está a dar os primeiros passos tem sempre lugar nestes treinos.

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 6.  Qual o vosso produto mais vendido junto da comunidade de corredores?

 

Sapatilhas, e todo o tipo de sistemas de hidratação são os produtos mais vendidos. É engraçado também perceber que certo tipo de acessórios como os cintos porta-dorsal e os softflasks são também muito procurados.


7. Quanto tempo demora uma entrega de um produto adquirido na vossa loja?  

 

Os nossos envios são rápidos e seguros, normalmente se o cliente faz a compra até às 15h conseguimos que a encomenda seja entregue no dia seguinte na morada escolhida.

Em compras superiores a 40€ os portes são oferecidos por nós sendo que a entrega é feita entre 24 a 72 horas, sendo que 90% das entregas são feitas em 24 horas.

 

8.  Conseguem perceber se o vosso cliente é mais corredor de estrada ou de trail?


A percentagem é muito equilibrada e depende muito dos eventos desportivos que se aproximam, por exemplo quando se aproximam as maratonas do Porto e de Lisboa as vendas nitidamente se direcionam mais para o corredor de estrada, quando se aproxima a data do Ultra Trail du Mont-Blanc as vendas dos produtos de trail têm uma percentagem maior em relação aos produtos mais relacionados com a corrida de estrada.
 
9. Que novidades de produtos/serviços irão ter em breve?


Quanto a produtos, brevemente começará a chegar a coleção de Outono/Inverno de muitas marcas, com novas cores e novas funcionalidades. Estamos também a prever alargar a nossa gama de produtos para que mais modalidades sejam abrangidas pela nossa oferta.

Quanto a iniciativas diferentes, fizemos o mês passado uma palestra sobre o Ultra Trail du Mont-Blanc, onde os oradores falaram sobre a sua experiência quer em modo de prova quer em modo de Tour (Tour de 4 dias). Abordaram diversas questões como o material adequado, treino e emoções sentidas. Esta será com certeza a primeira de muitas palestras que terão os mais variados temas na área de desporto e que são completamente gratuitas.

 

10. Como veem o crescimento da adesão dos portugueses à corrida?

 

Achamos que cada vez mais existe a consciência de que a prática de exercício físico é muito importante na prevenção de doenças e que está também cientificamente provado que aumenta os níveis de energia e boa disposição e é por isso que cada vez mais pessoas procuram esta modalidade.

Hoje em dia muitos trabalhos implicam estar muitas horas sentado ao computador, com prazos muito curtos para cumprir e que provocam grande stress, e os portugueses perceberam que se calçarem as sapatilhas e praticarem corrida ganham em qualidade de vida. Os treinos organizados são muitas vezes espaços de convívio e por isso é que o aumento do número de portugueses a correr é um crescimento sustentado e que irá sem dúvida durar muito tempo, sinceramente não achamos que seja simplesmente uma moda, a corrida já não é só competir, é um espaço de auto superação, convívio e aumento da qualidade de vida.

 

Queremos agradecer ao correr na cidade o convite para falar do nosso projeto e desejar a todos os leitores do blog bons treinos e boas provas!
 

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Se estiver pela Maia aproveite o convite e junte-se à Wild Run, todas as quartas-feiras às 20h00. E não perca a oportunidade de conhecer a Wild.

12.ª Edição dos 10 Km de Tagarro

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No Correr na Cidade gostamos da corrida e também gostava de divulgar muitas provas que temos a certeza que são festas certas. Com um percurso sinuoso pela aldeia, uma população activa a incentivar os atletas, um kit de participação enorme como já se ve pouco nas provas e no fim ainda temos direito a uma sande de porco no espeto. Tudo por um preço muito acessivel e com a premunição de ser uma festa enorme no inicio de Setembro a abrir a época de estrada.

 

A Madrinha vai ser a grande Maratonista Manuela Machado.

Nós vamos lá estar para participar na festa. E vocês ?

 

Consulte o site da prova para mais informações : www.10kmdetagarro.com/

Correr é liberdade (parte 2) - Complicar

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 Por: Tiago Portugal

 

Mas se correr é liberdade e se isso foi um dos fatores que me fizerem apaixonar por esta modalidade porque raio tive que complicar tudo?

 

Qual a razão para ter decidido que queria atingir novos objetivos, superar-me e conquistar novos desafios, sabendo que para isso teria que treinar, e muito?

 

Desconfiando que para isso o treino e a corrida deixariam de me dar tantas alegrias para começar a por à prova a fibra de que sou feito e a minha força.

 

A alegria e o prazer que tinha a correr sem "compromissos" não me chegavam? Keep it simple!  neste caso "Keep running simple."

 

O ser humano é um animal muito complexo e em muitas situações complica o que inicialmente é simples. Eu não fui exceção. Acredito que todos teremos razões intrínsecas para decidir se queremos ou não dar esse passo e o porquê.

 

Consigo apontar as 3 principais razões para ter decidido tomar esta decisão:

 

1.  O desafio de saber se conseguiria. De me testar e pôr à prova. Nunca fui um às em nenhum desporto, era competente em alguns mas em adolescente estava mais preocupado e ocupado com outros assuntos e nunca me quis dedicar de corpo e alma a nenhum desporto, o passo necessário se quisermos chegar ao topo.

 

Precisava de saber se com esforço e trabalho também eu conseguiria atingia as metas cada vez mais ambiciosas a que me propunha.

 

2. Influências exteriores. Verdade seja dita que também fui em parte um pouco inspirado pelo que acontecia ao meu redor. Pelos feitos de amigos e colegas. Pelas histórias maravilhosas de esforço, dedicação e superação que ouvia.

 

3. Mas acima de tudo queria e quero que correr se torne mais fácil.

 

Mas para cumprir com tudo isto era preciso sair da minha zona de conforto, para crescer era necessário, conscientemente, atrever-me a descobrir novos horizontes. À medida que vamos descobrindo que somos capazes de, muito, mais do que inicialmente imaginámos crescemos e a magia começa a acontecer.

 

Mas como em qualquer outro desporto para sair da nossa zona de conforto é preciso treino e disciplina.

 

É preciso treino se quisermos baixar da marca dos 40minutos aos 10km.

 

É preciso treinar se quisermos terminar uma maratona em 3h.

 

É preciso treino se quisermos ir correr um trail acima dos 25k.

 

É preciso muito treino se quisermos inscrever o nosso nome na lista de “finishers” de uma prova de 100km.

 

Eu queria e quero tudo isto.

 

Mas treinar e seguir um plano de treinos implica em parte deixar a liberdade que correr nos proporciona. Ao estipular escrupolosamente o que correr, quando correr e como o fazer estamos a retirar alguma da magia da corrida. Simplesmente já não posso fazer o que me apetece, tenho regras, planos e objetivos.

 

IMG_1908.JPGNos 60k do Ultra Rocha da Pena fui vencido

 

O ser humano é tão complicado. Não me bastava a alegria pura que sair de casa me proporcionava. Isso não me chegava? Será que realmente precisava de mais?

 

Valerá a pena abdicar, momentaneamente dessa liberdade, para me tornar um melhor corredor? Para mim a resposta é sim. A recompensa é maior do que esforço.

 

Mas a principal razão, é que genuinamente gosto de correr. E sei que treinando fica mais fácil. O desporto que tanto gosto de praticar custa-me menos. Quero puder ir correr para Sintra 2horas e saber que se me apetecer consigo correr mais 2h.

 

Não me quero arrastar nas provas, não quero sofrer para puder terminar um treino ou uma prova.

 

Quero conseguir desfrutar do que estou a fazer.

 

Claro que isto é pessoal, para alguns a parte do sofrimento e superação é o que os fascina na corrida.

 

Mas tudo isto não é fácil,  conciliar todos estes fatores é uma tarefa díficil. 

 

São raros os dias em que correr é fácil e sou eu que ganho a batalha.

 

Mas nesses poucos dias em que saio por cima, todo o esforço, suor e sacríficios valem a pena, nem que seja por breves momentos.

 

Christopher McDougall: Are we born to run? (Vídeo)

Por:Tiago Portugal

 

Este fim-de-semana, de 22 e 23 de agosto de 2015, invertemos a ordem normal e publicamos o vídeo já no sábado. 

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 Em 2011 numa TED Talk, Chistopher McDougall, jornalista americano e escritor do livro Born to Run, fala sobre os mistérios do ser humano e o seu desejo natural de correr e de que forma correr ajudou os humanos a sobreviver. Vale a pena ver.  

 

Um wearable muito interessante para lesionados

Por: Filipe Gil

 

Sempre tive algum desdém sobre os chamados wearables. Mesmo quando a Apple lançou o seu Watch não dei muita atenção à coisa - mesmo sendo eu um Apple freak assumido.

 

E quando a Garmin lançou o VivoFit 2 e me convidou a experimentar, recusei por falta de interesse neste tipo de aparelhos. Contudo, a procura de manutenção da forma física que todos os dias vai sendo pior graças à minha impossibilidade de correr, fez-me pesquisar melhor sobre este tipo de aparelho e fez-me pedir o mesmo para testar.

 

Mal o recebi, comecei a usar. E até hoje, que já passaram mais de cinco dias, a pulseira Vivofit não me sai do braço, nem sequer para dormir. 

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Mas nem sempre foi assim, isto porque uma das funções deste wearable é monotorizar o nosso sono. Tirando-a e colocando ao lado da cama diz-nos que dormimos que nem uns anjos num sono profundo. Mas sabemos que ninguém dorme assim. E na primeira noite que dormi com a pulseira colocada percebi, finalmente, o sono agitado que tenho.

 

Mas esta Vivofit 2 não serve só para isso, serve para medir as calorias que gastamos (as normais e diárias e as extra, fruto de alguma actividade física ou desporto). Mede-nos os passos e distância que andamos e coloca-nos desafios diários para nos mexermos mais e estarmos mais saudáveis.

 

Ainda a estou a testar, claro, e, posteriormente farei um post final, mas até ao momento parece-me ser um aparelho muito interessante para quem, ou está lesionado e pretende manter-se em forma, ou para pessoas que querem perder peso ou ainda para sedentários em vias de deixar de o ser.

 

Ver toda a nossa info numa app do smartphone, que nos diz, depois dos respetivos updates de dados (via bluetooth) entre aparelhos, toda a info relativa a calorias e passos e distancia caminhada, é importante para quem quer manter a forma. 

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Confesso que em minha opinião, para quem correr frequentemente terá menos utilidade, talvez, mas se estiverem a treinar para uma prova e quiserem controlar o peso para esse desafio poderá fazer algum sentido. 

 

Contudo, penso que é um aparelho ideal para quem quer perder peso monitorizando essa evolução. Excelente portanto para planos de ginásio, nutricionistas que queiram acompanhar os seus doentes,etc. Apenas lhe acrescentaria a medição cardíaca, que muita falta faz.

 

Confesso que nesta fase em que não estou a correr, saber que ainda me faltava 1,5km para atingir o meu objetivo diário, fez-me calçar as sapatilhas e sair de casa para fazer um "footing" pelo meu bairro. Apenas para manter a forma e não falhar o desafio da pulseira. 

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Em breve, lá para setembro, farei a review completa deste Vivofit 2 da Garmin, que tem mais a dizer do aquilo que escrevi neste post.

 

Vivam saudáveis!

 

 

 

 

 

PT 281+, a Ultramaratona Portuguesa

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Por: Tiago Portugal

 

O tiro de partida de uma das maiores ultra distâncias do mundo de corrida pedestre, o PT281+,  é dado às 00h00 do dia 21 de agosto.

 

Decorre nos dias 21 a 23 de Agosto de 2015, entre Belmonte e Proença-a-Nova, com passagens por Sabugal, Penamacor, Idanha-a-Nova, Castelo Branco e Vila Velha de Ródão, o PT281+, 281km para ligar estes concelhos num máximo de 66 horas.

 

A organização prevê que o primeiro classificado passe a linha de meta, no Parque Comendador João Martins em Proença-a-Nova, 36 horas após as 00.00 horas do dia 21 de Agosto.

 

Entre os verdadeiros aventureiros que irão desafiar esta prova o português João Oliveira destaca-se como principal candidato à vitória. Este atleta já venceu algumas das mais conceituadas ultramaratonas mundiais, Spartathlon, San Remo e a do deserto da Jordânia. Além dos portugueses presentes esta distância que não é para massas,  conseguiu na sua primeira edição chegar ao continente Americano, com as presenças confirmadas de quatro Brasileiros, um Americano e um Argentino.

 

A partida desta enorme epopeia, a PT281+, será dada em Belmonte, terra de Pedro Alvares Cabral, e o primeiro porto de abrigo de todos os participantes. Concelho com longa tradição histórica em Portugal e com marcas indeléveis no mundo tal como hoje o conhecemos.

 

O PT281+ tem nos descobrimentos portugueses muita da sua inspiração enquanto desenho de prova. Como Pedro Álvares Cabral, também os atletas partirão de Belmonte em busca de aventura e superação, numa epopeia única feita na medida dos tempos modernos.

 

É nessas viagens, no desenvolvimento e invenção de novos caminhos e ferramentas, na coragem, espirito de conquista e capacidade de superação que fundamentam os princípios do projeto Portugal 281+.

PT281.png Gráfico da prova

 

O "mais", sinal gráfico que pode ser associado às cruzadas Portuguesas, significa também a união entre os povos. Neste caso a interligação à BR135+ Ultramarathon. Este sinal é também o elo entre as duas organizações.

 

Com uma forte influência dos resultados do Carlos Sá na Badwater, o PT281+ inspirou-se nesse enorme desafio americano para desenvolver uma prova em condições climatéricas idênticas.

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 Podem seguir os corredores através do livetrack disponível em  http://lt.flymaster.net/bs.php?grp=647

 

Uma prova que não esta ao alcance de todos mas que promete dar que falar nos próximos anos.

 

Boa sorte a todos os participantes!

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