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Correr na Cidade

Race Report: Monte da Lua 26K

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Por Luis Moura :

 

Confesso que o Monte da Lua no ano passado não me entusiasmou e apenas compareci na prova para apoiar a Liliana que fez o seu primeiro trail oficial na edição de 2014. Este ano, apareceu a oportunidade de fazer a prova e fazer um treino rápido no mesmo espaço físico e temporal e aproveitei. Tudo começou com o tempo muito similar entre o ano passado e este... e as semelhanças ficam por ai...

 

Viagem e preparação

No início da semana, no treino das Escadinhas do João Campos tive a confirmação dolorosa do que estava a sentir há uns dias, estava com a forma muito em baixo. Desde o OMD que tenho estado muito relaxado nos treinos e isso nota-se.

 

Depois do wake up call do treino de terça-feira, decidi fazer um treino "longo" na quinta e depois uma incursão em trilhos no Sábado ou Domingo de maneira a ajudar a preparar os 56K de Óbidos no primeiro fim-de-semana de Agosto. Quinta fiz um treino rápido pelo meio de Lisboa ás 17:30 com quase 19km em 1:32h, e senti-me óptimo depois deste puxão de orelhas que dei a mim mesmo. E de seguida consegui conciliar espaço temporal na família com um dorsal fresco para ir aos 25K do Monte da Lua e não pensei duas vezes. Se no ano passado tinha ficado curioso com a prova devido aos relatos que me tinham feito dela e sabendo eu uma boa parte por onde passaram os participantes dos +50K, eis que cai nos joelhos a oportunidade de ir correr lá. Optei por ir fazer um "treino" rápido na prova dos +20K ( que foram 27km ) em vez de massacrar as pernas no evento dos 50Km. O Tiago foi fazer a versão longa e vai fazer o seu race report da prova que passa por sítios lindíssimos no centro de Sintra.

 

Saí de casa às 7 da manhã com estimativa de chegar à praia das maças por volta das 8, com 45min para levantar dorsal, vestir e aquecer com tempo. Mal passo as portagens da Vasco da Gama, trânsito quase parado!!!! PÂNICO!!! Que é que se passa aqui a esta hora?!?!?

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Podem ver na foto o aspecto da VDG às 7:15 da manha !!!


Com isto perdi 15min em cima da ponte devido a "manobras de treino" da GNR que tinham 2 motas a percorrer a ponte a 15km/h desde a GALP até quase a EXPO... Depois foi acelerar um pouco o passo e tentar não perder mais tempo. Chegada à praia e procurar estacionamento no meio das centenas de carros que já lá estavam por esta hora. Por volta das 08:20 já vestido desci para levantar o dorsal e ir até à partida cumprimentar os amigos que iam participar nos +50KM.

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Saida +50K. Cheguei mesmo em cima da hora e só consegui falar com 2 ou 3...


Prova
A partir das 08:40 o Paulo Garcia esteve uns minutos a falar sobre a prova, percurso, dificuldades, abastecimentos, etc. Problema é que os atletas que estavam na partida mesmo junto ao pórtico não conseguiam ouvir. O som das colunas estava baixo e o burburinho constante da malta a falar na partida fez com que não se ouvisse nada. "5...4...3..." what?!? era a contagem para a saída e fomos quase todos apanhados desprevenidos.

 

Arranquei uns 3 metros atrás do pórtico o que fez com que umas dezenas largas de atletas ficassem na minha frente naqueles quase 200metros iniciais na areia da praia. A experiência do que tinha visto no ano passado dizia-me para saltar logo para a frente da prova e foi o que fiz. Andei a fazer slalom na areia e todo o terreno depois de passar o riacho, enquanto a malta fazia fila para não molhar os pés.

 

Mal acabamos a subida os primeiros seguiram em frente e pensei "bem, este ano fizeram pequena alteração ao traçado e não viramos logo á esquerda". e seguimos... ao fim de 200 metros comecei a achar estranho seguirmos tantas fitas para sul e até que chego junto de um Salamandreco e começamos a falar... "Estamos a ir mal!!!".

 

Quando chegamos ao entroncamento mais à frente onde estávamos no alcatrão, uns 500m depois da partida, decidimos parar e virar à esquerda para regressar ao trajecto "planeado"... alguns que estavam connosco diziam "mas as fitas estão a seguir por ali"... e nós respondemos "é por ali!!!". começamos a correr e descemos a encosta pelo meio dos arbustos até que vimos as fitas de saída correctas.

 

Por esta altura apanhei-me sem querer em primeiro lugar da prova já que os 10 primeiros seguiam uns dezenas de metros à nossa frente quando decidimos mudar de rumo. Pensei para mim "deixa seguir e ver quanto tempo aguento". Não fui muito, foram apenas 2km e tal na frente do pelotão mas deu para me divertir imenso sozinho com o número um escrito na testa enquanto passava por algumas pessoas a ver a prova :) achei divertido a situação. Por esta altura estávamos a passar o km3 e a fazermos médias de 4:50/4:55 no sobe e descer rápido.

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Na subida inicial fresquíssimos


No km4 já estava em 9º do pelotão e mais um km á frente já rolava em 12º. O início da prova estava muito forte com 4 corredores lá na frente a imprimir um ritmo alto e a desaparecerem rapidamente da vista. E com isto apanhamos os últimos atletas da ultra antes de chegar ao km5 e antes de chegarmos ao sexto já tínhamos vários atletas da ultra para trás. Isto antes de entrarmos na serra e nas subidas a sério!


Chegamos ao 1º abastecimento por volta do km 8 onde existia a separação das duas provas e estava uma pequena confusão, mas "gerível". Meti água nos dois bidões que estavam quase vazios devido ao bafo constante que a prova estava a ter, sem sol mas com um bafo quente e muito húmido ao mesmo tempo. Sensivelmente 43min aos 8km era o ritmo a que íamos até aqui.


Começamos a primeira subida e o ritmo diminui logo. Nesta altura comecei a sentir as pernas um pouco pesadas e abrandei. Fui por lá acima pela pista de BTT sem stress e tranquilo. Cerca de 3km quase sempre a subir e depois 2km muito rápidos a descer quase metade da altimétrica ganha antes. Perto do km 15 cheguei ao abastecimento dos sólidos depois de 2km a subir calmamente e sem stress. Nesta zona da serra com poucas árvores e com o muito nevoeiro que estava dificultou a progressão devido aos óculos completamente embaciados e cheios de . Tive que andar uns bons 3km gotículas sem eles para ver melhor. Pedaço de banana e tomate com sal, água nos bidões e siga para bingo.

 

Entramos numa das zonas mais lindas da serra, com uma descida pouco superior a 1km no meio de arvores e flora verde incrível. Piso muito escorregadio devido à lama e à caruma, mas fantástico para descer até à N247 onde entramos num estradão descendente para as falésias. Só com fotos conseguimos descrever o que se consegue ver ali...

 

Sobe e Desce

Depois de passar a famosa N247, foi pouco mais de 1km com inclinação razoável até entrarmos no inicio das arribas. Quando cheguei lá ia um pouco cansado mas quando me apercebi que o terreno estava extremamente seco e escorregadio, deixei-me sossegado e fui devagar no sobe e desce até ao Cabo da Roca. Foram 2km tranquilos a ritmo calmo e sereno onde deu para apreciar algumas paisagens por onde íamos passando. Quando íamos a subir a encosta que desembocava no Cabo da Roca os turistas a passear e tirar fotos olhavam para as nossas figuras sujas e muitos não conseguiam impedir de fazer um sorriso maroto de gozo ou de entretimento.

 

Chegamos ao abastecimento de líquidos por volta dos 20km na saída do Cabo e estavam lá alguns Salamandrecos conhecidos. Depois de encher os dois bidões e perder uns segundos na conversa, foi altura de continuar o passeio nas arribas.

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Abastecimento dos 20km. Muito abafado aqui a prova

 

Quase 3km de sobe e desce onde passou por mim a primeira classificada feminina que estava a fazer o primeiro trilho dela!


Ainda lhe dei uma força numa das subidas e quando chegamos ao topo eu retomei o meu passo calmo de passeio e ela começou a correr por lá fora. O meu objectivo principal era fazer os primeiros 15km rapidamente como treino e depois tudo o que viesse era extra. As arribas estavam bastante perigosas e achei melhor nestes km não abusar nas subidas e descidas e segui tranquilo.


Pouco depois do km23 entramos na estrada que ia para a praia da Adraga e quando chegamos ao estacionamento da mesma, fitas apontavam para uma subida à direita íngreme em areia... Não sei porquê, comecei a subir  e quando cheguei lá acima, comecei a correr. Estava bem, descansado dos últimos km a ritmo muito ligeiro e fui. Foram quase 2km rápido a percorrer a parte superior da praia, ora alternando com areia dura ora com areia mole. Deu para rolar pouco acima dos 6/km incluindo um troço de areia mais mole que fiz a passo.


Pouco depois cheguei aos famosos degraus do dinossauros e percorri os degraus todos até lá abaixo ao inicio da praia grande sempre a correr. Tirando a parte do ser doido, subir e descer escadas é uma coisa que fazemos agora todas as semanas e por isso estamos à vontade neste terreno. Por esta altura já tinha ultrapassado 3 dos atletas que me tinham passado quando ia a passo nas arribas e apanhei mais 2 quando entrei no areal. Chamei-os para junto de mim já com um claro indicador de estarem cansados e lá fomos os 3 quase 1km pela praia até ao Hotel e a sua fantástica piscina que quase nos convencia a ficar ali a molhar as pernas!


Depois de sairmos da areia ainda tentei colocar os meus 2 novos companheiros de aventura a correr mas disseram que estavam bem assim e arranquei. Fiz o últimos km e meio a bom ritmo pela encosta e depois na areia da praia. Estavam algumas pessoas a assistir junto à meta das quais algumas tartarugas saltitantes bem solidárias e passei a meta tranquilamente. Tinha a roupa completamente encharcada desde o meio de Sintra e assim ficou até bem depois de passar a meta. Aquela humidade é diabólica.

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Chegada tranquila na meta


No final deu 3:46h de prova e um 47º lugar da geral. Para mim foi um bom treino rápido, onde estive 9 dos 27km abaixo dos 5/km e 11 acima dos 10/km. Tranquilo e teste feito para aferir de alguns pormenores a treinar estes próximos dias com vista os 56K de Óbidos.
Se fosse em modo competição dava perfeitamente para retirar 30/40min ao tempo final, mas não era essa a guerra do fim-de-semana.

 

Horizontes


Depois da brutal prova que foi o Oh Meu Deus em Seia, esperava que com o feedback do ano anterior, a edição deste ano do Monte da Lua melhorasse na qualidade geral da prova, que já tinha sido bastante interessante.


Do que eu vi e pude comprovar durante a prova curta e andando no primeiro sexto do pelotão, corrigiram alguns erros do passado mas apanharam outros novos este ano.


O percurso tem de tudo. Desde estradões, até subidas de pistas de BTT, passagem por locais históricos, bosques lindos e trilhos altamente técnicos e de difícil progressão. É de facto uma montra viva do que se pode encontrar na maior parte dos trails em Portugal. Sol e nevoeiro. Deserto e água abundante. Uns gostam mais de umas zonas do que outras, mas dá para tudo e no geral fica com uma dificuldade interessante.

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As marcações este ano estiveram perto do óptimo, mas pelo que já pude ler na "radio facebook" terá existido algumas sabotagens bem conseguidas em alguns pontos estratégicos e isso cria sempre alguns problemas ás organizações. Alguns atletas a serem perturbados com isso mas começa quase a ser "moda" existirem estes problemas em várias provas. Teremos todos que reflectir sobre vários aspectos que originam estes actos.

 

Os abastecimentos, esse monstro de duas cabeças, nunca vai reunir consenso. O que é expectável é que apresente sempre pelo menos o mínimo indispensável a que todos os atletas consigam progredir na prova. Agua e algo sólido para ajudar na progressão nos locais onde é suposto lá estar. Pelo que ouvi de outros atletas, em alguns pontos os abastecimentos foram curtos para os últimos participantes que quando chegaram lá já não haveria mais. Assunto que novamente tem que ser discutido e verificado o porque de acontecer e prever que não se repita em outras edições. Quando cheguei ao abastecimento de sólidos da prova curta não faltava fruta diversas e comida sólida. Se bem que nunca é fácil prever ao milímetro as quantidade a colocar em cada ponto, devemos sempre tentar que não aconteça.

 

Não sei quantos atletas efectivamente arrancaram no total das provas, mas pareceu-me que na prova dos +20km estava muita gente na partida. Quando cheguei ao topo da primeira subida ao fim de 1 minuto e pouco de corrida, ainda havia malta a andar depois do pórtico de partida...  Para  bem da prova e da serra, reduzir os inscritos pode ser benéfico. Mais fácil de gerir as pessoas na serra, os abastecimentos e os impactos que se deixa pelo caminho tal como tinham anunciado e bem no site da prova.


No geral gostei imenso da prova. Achei muito interessante o mix entre a serra e as arribas. O "frio" mais carregado no meio da Serra e o calor abafado em algumas encostas. As imagens fantásticas das escarpas a pique ao lado de onde passamos.
O tempo poderia estar um pouco mais aberto para nos apercebermos melhor dos sítios por onde iamos passando, mas se calhar também foi por isso que a prova não foi muito mais difícil de fazer. E aparentemente esteve quase igualzinho ao do ano passado. Coincidências :)

 

No próximo ano talvez volte para fazer a prova completa e passar pela Quinta da Regaleira que é fantástico.

 

O meu obrigado à Horizontes pela fantástica manhã que nos presenteou. Mais pancada/menos pancada, o resultado é muito positivo e um trilho a recomendar com dificuldade média. Não é para iniciar no trail :)

O meu muito obrigado também aos diversos fotógrafos que fomos encontrando pelo caminho e que foram tirando milhares de fotos nestas paisagens magnificas.

 

Até Óbidos e bons treinos para todos :)

 

Turismo a correr e correr com receitas deliciosas

Por Filipe Gil:

E este fim-de-semana começou “oficialmente” a silly season. Muita gente entra de férias, e mesmo aqueles que ainda não estão a descansar começam a abrandar o ritmo. Contudo esse não é o caso de dois dos nossos elementos, a Bo Irik e a Natália Costa. Têm dois projetos muito interessantes, ligados à corrida, cultura, saúde e nutrição que é "obrigatório" dar-vos conta. 

 

RUN IN PORTUGAL

O projeto da Bo Irik, lançado oficialmente na sexta-feira, mas é um trabalho que há muito que a nossa holandesa está a trabalhar. E o que é o Run in Portugal? Mais uma running crew? Mais um grupo de corrida? Um spin off do Correr na Cidade? Nada disso! O Run In Portugal é um novo serviço turístico que alia a corrida (estrada ou trail) e a cultura . O Run In Portugal é um serviço para estrangeiros que queiram vir correr a Portugal, sobretudo na cidade de Lisboa ou que queiram vir a provas, de estrada ou trail, em Portugal. A Bo e a sua equipa organizam tudo, e com um grande sorriso na cara. Recomendem o serviço aos vossos amigos estrangeiros ou, se quiserem experimentar, falem com a Bo através do site do Run In Portugal

 

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EM FORMA

O outro projeto é da Natália Cavaleiro Costa, uma das nossas nutricionistas que temos na crew - sim, somos uns sortudos. Um livro, lançado pela Natália sob a chancela das Edições Plural e da "mítica" revista Teleculinária (que faz parte do universo da cozinha de várias gerações e que hoje está mais moderna e atual). O livro estará à venda a partir do dia 22 de julho (esta quarta-feira) nas principais livrarias do país. E nele podem encontrar inumeras receitas para refeições pré-treino ou pós treino ou mesmo para o dia-a-dia, de uma forma equilibrada, saudável e a pensar em quem gosta de fazer exercício. Receitas essas com dicas especiais da "nossa" nutricionista. Imperdível!

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 Boas corridas!

Um batido pós treino simples e nutritivo

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Por Ana Sofia Guerra:

 

Segue a receita de um batido delicioso indicado para aqueles que (por exemplo) treinam tarde, depois do trabalho, e que querem substituir o jantar. 

  

Ingredientes:

 

- 125ml de “leite” de soja (sem açúcar)

- 125ml de iogurte de soja natural

- 20 mirtilos (frescos ou congelados)

- 1 c. sobremesa de sementes de linhaça moída

- 1 c. chá de mel

 

Preparação:

 

- Colocar todos os ingredientes no liquidificador e misturar tudo durante cerca de 15-30 segundos.

- Sirva num copo alto e beba devagar.

  

Dica:

 

O iogurte e o “leite” de soja devem estar bem frescos, para que tenha uma ação mais refrescante.

Ainda pode acrescentar 1 ou 2 c. chá de sementes de chia no final.

Se for adepto da proteína Whey, pode acrescentar uma medida "scoop" antes de misturar na liquidificadora.

 

Bom apetite e bons treinos!

Palmilhas à medida

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Por Stefan Pequito:

 

Há algum tempo que ando para fazer umas palmilhas à medida pois sentia que precisava de algum apoio na minha corrida.

 

Durante bastante tempo usei umas da marca Ironman que gosto, mas também sentia que não eram para mim pois havia um pé que tinha mais apoio do que o outro, o que me provocou algum desconforto. Claro que agora vão dizer que podia ter optado por usar sapatilhas para pronador, é verdade, mas não acredito muito nisso. No meu ver essas palmilhas para pronador têm o mesmo problema de serem palmilhas standard, com o mesmo apoio para os dois pés, que são diferentes, e também causam problemas pela distribuição do peso – para além do preço.

 

Há cerca de um mês recebi o convite da Mycinetics Oficina de Ortopedia para usar e testar umas palmilhas fabricadas por eles. E aceitei o convite e descrevo aqui como foi:

 

1º - O processo de avaliação é feito com recurso a uma plataforma podobarométrica, para melhor perceber a postura e configuração da pegada. Onde foi detectado que eu sou mesmo Pronador.

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Estas palmilhas são feitas por medida (executadas a partir de molde gessado dos pés) e personalizadas às necessidades de cada corredor (através do desenho das resinas confere-se mais resistência ou flexibilidade em zonas específica da palmilha, indicou-me a Mycinetics.

 

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  - As palmilhas são constituídas por três camadas: 1- Uma  base em resina para a estabilidade e suporte; 2- Um material intermédio que confere conforto e propulsão; 3- Um forro em neoprene para absorção de impacto.

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Depois comecei com corridas mais leves, onde me senti sempre confortável. Atualmente, já ando a treinar mais “duro” e não tenho nada a apontar. Sinto o apoio confortável, e aquelas pequenas dores que usualmente se tem nos joelhos desapareceram por completo. Até agora a única coisa que tenho a apontar e que podiam ser um pouco mais refrigeradas. Isto é algo que irei falar com a Mycinetics para a ver se é possível fazer isso, esta é a outra vantagem que há em fazer palmilhas a medida pois podemos falar com a oficina e melhorar a nossa medida. Claro com isto tudo a um preço, mais concretamente 90,30€. Mas penso que vale a pena. No fundo é o preço de um par de sapatilhas e duram muito. Daqui a uns meses voltarei a falar delas pois agora falta ver a durabilidade em trail onde entra água e areias que as podem danificar .

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Se necessitarem de mais informações, consultem o site da MyCinetics ou na sua página de facebook.

Boas corridas.

 

 

Entrevista Paulo Garcia - Director Prova Monte da Lua em Sintra

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   ( Foto : Manuel Antonio )

 

Por Tiago Portugal

 

No próximo sábado vai-se realizar a Quarta edição do Trail Monte da Lua em Sintra, na praia das Maçãs.Fomos entrevistar o director geral da Horizontes para saber mais detalhes sobre o evento e o que os atletas podem esperar para 2015.

 

A edição deste ano do Ultra Trail de Sintra Monte da Lua terá alguma novidade  relativamente ao ano passado?

Tem. Não o conseguiremos sempre em futuras edições, mas a de 2015 ainda conseguimos introduzir algo de novo. A grande novidade este ano é a passagem por mais uma emblemática quinta em Sintra, a do Relógio. Isto para a distância maior. A mais pequena terá sempre as limitações da distância. Para conseguirmos ir mais longe, com 25/26 km teríamos de ter um percurso com inicio e fim em locais diferentes e isso não é nada fácil quando os apoios da Câmara se limitam à isenção das taxas de licenciamento.
 
Porque o nome Monte da Lua ?

Sempre desejámos um nome que nos transportasse para a história do local, e Sintra, na antiguidade, era conhecida por Promontorium Lunae ou Monte da Lua. Depois há todo aquele misticismo em volta de Sintra que não queríamos deixar de incluir na marca.
 
Qual a diferença entre esta prova e a outras que já existem ? O fato de ser perto de Lisboa é uma mais-valia ?

A grande diferença são os locais de passagem. Não conhecemos nenhuma prova em todo o mundo que comece na praia, que passe por vários monumentos históricos e património da Humanidade, no meio ainda visite o farol no extremo mais Ocidental da Europa, Cabo da Roca.  É realmente único correr por locais com a História da Quinta da Regaleira ou Castelo dos Mouros (Este passamos uma tangente às muralhas, não vamos propriamente dentro do Castelo).
A aproximação a Lisboa, a grande metrópole portuguesa traz mais participações e faz o evento maior. Há outra festa e alegria quando muita gente saudável se junta para praticar o que gostam. Este pode ser o evento de Trail Running de referencia na chamada grande Lisboa. Este ano serão mais de 600 pessoas de todo o país e estrangeiro. Temos alguns estrangeiros, por exemplo da Finlândia, que vêm a Portugal de propósito para a corrida. Naturalmente que após a mesma farão outros roteiros. Este trabalho ainda não foi suficientemente valorizado pelo município e Turismo de Lisboa.
 
O que podem os atletas esperar desta prova ? Como é o percurso (altimetria, locais emblemáticos) ?

Podem esperar diversão, deslumbre, história e evasão. Os menos preparados terão à sua espera desespero e um desgaste físico enorme. As distâncias finais serão dadas em primeira mão, através do guia do participante, aos participantes. No entanto elas não são muito diferentes a 2014. Temos uma distância acima dos 52km e pouco mais de 2000D+, e a distância mais curta com um D+ de 1000 metros e 26,5km.


A Serra de Sintra é um local muito popular entre os amantes de trail. Existe algum momento da prova que se destaque ? E quais são as principais dificuldades desta prova ?

Bem, teremos momentos diferentes dependendo da forma como se vem para esta prova. Quem vier à procura de grandes subidas e trilhos mais técnicos terá o Parque das Merendas, alguns trilhos no interior da Serra e as Arribas, até e depois, do Cabo da Roca. Aqueles que trazem o espírito de "Maraturista" terão espaços únicos de passagem. O Poço iniciático, na belíssima Quinta da Regaleira, é um bom exemplo disso. Mas não se esgota aí, até porque as maravilhosas vistas das Arribas para a Praia da Ursa e Adraga são momentos únicos para os menos ligados a motivos mais místicos e históricos.
 Para os 50 km o Parque das Merendas, logo à saída da Regaleira, alguns trilhos na floresta e as Arribas são grandes dificuldades. Para o K20 a zona das arribas. As arribas, até e depois, do Cabo da Roca exigem ainda cuidados especiais. O declive é acentuado e o piso escorregadio.
 

Nos últimos tempos temos assistido a um aumento da oferta de provas de trail. O mercado já está saturado ou ainda pode crescer mais ?

O mercado de corredores já estagnou. Só que estagnou em alta. O mercado de organização de provas continua a crescer de forma desmesurada sem perceber que não existem tantos corredores para essa oferta. Este ano já nos apercebemos das dificuldades de algumas organizações em juntarem um leque de participantes que justifique os custos de produção. Anúncios a alargar os prazos de registo, o baixar preços das inscrições, provas anuladas são sinais evidentes de que o mercado não está a crescer. Quando o mercado cresce são as organizações que procuram os patrocínios, quando começa a entrar em retrocesso são as marcas que procuram as organizações. Isso é um facto e que constatamos desde 2005 com o grande boom do BTT.
 

Como explicam a adesão a este tipo de provas por parte dos portugueses ?

Esta é uma tendência mundial. As grandes marcas de artigos desportivos de há uns 10/15 anos para cá focaram-se no grande publico. Trabalhar só com atletas de elite deixou de ser rentável e não vendia por si só. Precisaram de encontrar novos mercados. É aí que aparece a aposta no grande palco desportivo: a natureza.
O único local onde a prática desportiva tem custos muito baixos e está aberto a todos. Em Portugal estamos na onda. Aconteceu com o BTT desde finais dos anos 90 até 2007/8, está a acontecer com o trail e de seguida vem o triatlo e as corridas de aventura. Serão sempre em menor numero os praticantes mas é para aí que caminham.
 

Como organizadores de várias provas quais as maiores dificuldades que enfrentam ?

As regras da concorrência entre empresas e associações. Temos uma diferença enorme de custos entre um estatuto e outro: 23% IVA. Uns são isentos, nós não. Este é apenas uma das dificuldades, existem muitos outras.
A outra é não sermos vistos, os promotores de eventos,  ainda como enormes máquinas de produtos turísticos para o mercado interno e externo.
 

Estes eventos podem ajudar a economia local ? Será que poderemos pensar em conjugar a corrida e o desporto ao crescimento económico de uma região ?

Somos, falo em nome de todos os organizadores, sem qualquer exclusão, dos maiores promotores das economias locais. Temos eventos que num só dia levam mais pessoas a determinados locais que num ano inteiro. Temos um projecto que nos primeiro quatro meses do ano, inverno portanto, levou mais de 1000 pessoas ao interior centro de Portugal.
A corrida, o desporto, podem e devem, ser alavancas para o crescimento económico da região. Não podem, as corridas e o desporto, dissociarem-se da história, património e cultura de uma região. Se não tiverem isso não têm graça nenhuma. O desporto é cada vez mais turismo. Ou o turismo é cada vez mais desporto. Nós somos Horizontes, Turismo desportivo e "Maraturismo".
 

Quantos participantes esperam receber na Serra de Sintra para o Monte da Lua ? E se esta prova provoca algum impacto ambiental na serra ?

600 participantes é o nosso máximo. Não podemos receber mais exactamente pelo impacto que trazem ao Parque Natural de Sintra Cascais. Este é o nosso compromisso com eles.Qualquer passagem tem impacto. Por isso pedimos consciência aos corredores para evitarem deixar o que quer que seja no trajecto até final da prova.

 
Que conselhos dão aos participantes, para todas as distâncias ? (Calçado, tipo de material obrigatório, roupa)

O grande concelho é que não tenham pressa de chegar ao fim. Desfrutem do espaço ao máximo. Corram quando puderem, andem quando não conseguirem correr, não desesperem nas dificuldades e sejam sensatos na análise dos perigos. Oiçam, cheirem e toquem no que vos rodeia. Escutem e observem os sinais do vosso corpo. Tudo isto "bem feitinho" e têm um dia fantástico.

 

Boa prova a todos e divirtam-se :)

A nova coleção da Reebok, só para elas!

Por Liliana Moreira:

 

O Correr na Cidade foi convidado a conhecer em primeira mão a nova colecção Reebok Outono Inverno 2015 no showroom da marca na passada semana. Confesso que fiquei bastante satisfeita com o crescimento substancial de têxtil, sapatilhas e acessórios na área do Running. Acho que finalmente perceberam o potencial do mercado nacional e sem dar “graxa” nenhuma julgo que poderão aumentar exponencialmente a sua expressividade junto dos corredores portugueses, mas sobretudo das corredoras!

 

É inegável que a estética é um elemento diferenciador nas sucessivas coleções, possivelmente potenciadas pela forte ligação da marca com o Fitness ou com o muito motivacional Crossfit, pondo completamente de lado o conceito de “corredora-matrafona”. Temos o direito de ser vaidosas, de nos sentirmos diferentes e únicas também na prática desportiva, temos o direito de nos sentirmos hiper femininas até mesmo quando estamos a treinar que nem uns autênticos animais (mas fofinhos claro!).

 

A qualidade do têxtil mais uma vez não falha, e digo por experiência própria que é muito confortável e tem uma resistência e durabilidade bastante aceitável! Com base no que conheço, o principal tendão de aquiles da Reebok está ao nível das sapatilhas de corrida, com muito “sex appeal” mas tipicamente orientadas para um público alvo mais iniciado ou que simplesmente não gosta de se aventurar em distâncias superiores aos 10K. Mas na visita ao showroom o facto verificado é que, com a crescente importância do sector do Running para a Reebok, conseguimos nesta coleção encontrar alterações e melhorias significativas também nas sapatilhas.

 

Fiquei particularmente entusiasmada com as Terrain, para trail, que passam a ter uma forma mais resistente e estruturada na lateral do pé, com uma biqueira mais reforçada (ainda que disfarçada, lá está a estética ao vir ao de cima…) oferecendo maior apoio e proteção à corredora mais afoita nos trilhos, sem comprometer no peso final do produto. Sem entrar em muitos mais detalhes deixo para as meninas entusiastas da moda um vislumbre muito redutor daquilo que a Reebok tem para oferecer para a próxima estação.

 

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Ainda que o foco ainda não seja a corrida e seja inegável que os produtos Crossfit sejam visualmente mais arrojados, mas a qualidade da marca permite-nos ir buscar muitas peças a outras áreas que não a do Running. Produtos associados as Spartan Races têm decerto uma durabilidade interessante de ser utilizada na corrida, sobretudo em trilhos. Deixo a sugestão de verem in loco estes, e mais produtos, na loja Yellow Adventure em Lisboa.

 

Bons treinos suas vaidosonas!! :)

Sal: porque é que é tão importante para um corredor?

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Por Ana Sofia Guerra:

 

Quando se fala em sal, a maior parte das pessoas fica assustada com esta palavra. Este condimento tem provocado algum “pânico”, pois está associado à hipertensão (aumento da tensão arterial). Mas uma correta ingestão de sal é fundamental para o bom funcionamento do nosso organismo, principalmente na regulação do equilíbrio eletrolítico (relação água e sais minerais) e é necessário para a contração muscular e condução dos impulsos nervosos. Por outras palavras, uma insuficiente ingestão de sal reduz a força e eficácia muscular.

 

O sal está naturalmente presente em alguns alimentos, como a carne ou o peixe, mas também pode ser adicionado aos alimentos como fazemos na nossa cozinha. É formado por dois elementos: o cloro e o sódio (1g de sal contém, em média, 400mg de sódio) e o consumo de sal para uma pessoa saudável não deve ultrapassar as 5g diárias. Contudo, esta quantidade tem de ser aumentada quando um atleta enfrenta uma prova longa e com muito calor ou humidade. Em provas mais pequenas, não há a necessidade de reposição de sódio, a não ser que o atleta não ingira água suficiente.

 

Alguma vez reparou nas marcas de suor no corpo de um corredor no final de uma prova? O nosso organismo perde cerca de 0,5 a 2,9g de sal por cada litro de suor, que é nada mais, nada menos, que água salgada. No que respeita à desidratação, alguns estudos apontam para uma redução de 30% do rendimento físico quando há uma desidratação de 3%. Esta redução faz com que o atleta se sinta muito mais cansado numa prova com muito calor e, por vezes, associado a este sintoma surge a hiponatremia (redução drástica dos níveis de sódio no sangue).

 

A hiponatremia no atleta acontece devido ao excesso de água no sangue, porque o atleta (principalmente o que corre distâncias mais longas e durante mais tempo) costuma beber muito mais água do que os que percorrem curtas distâncias. Os sintomas da hiponatremia costumam ser muito parecidos com os sintomas da hipoglicemia: náusea, mal-estar, desorientação, vómito, fadiga, distensão abdominal e, em casos mais graves, dificuldade em respirar, coma, morte. Alguns estudos sugerem uma relação entre os níveis de sódio no sangue e a resistência à insulina (um bom tema para um próximo artigo).

 

A gestão do equilíbrio eletrolítico pode ser feita pela ingestão de bebidas isotónicas ou outros suplementos com sais minerais durante a prova ou treino, com cerca de 0,5 a 0,7g de sódio por litro. Para ter uma noção, um grama de sal marinho que se costumamos usar na nossa cozinha possui cerca de 0,4g de sódio. Agora imagine um corredor que gasta cerca de 2L de água através do suor (acredite que este valor fica abaixo do normal para um atleta de fundo), as perdas de sódio rondam as 3g.

 

Posto isto, as necessidades de sal podem ser ajustadas através de: um plano de treinos adequado para que possa conhecer os limites do seu corpo e como é que reage em condições atmosféricas diferentes; uma correta hidratação, através da ingestão de água e bebidas isotónicas com uma quantidade de sódio adequada e, também, alguma quantidade de glicose (açúcar); e uma redobrada atenção ao seu corpo quando está numa prova longa, para que detete os sintomas antes que eles se tornem mais graves e difíceis de controlar.

 

Boas corridas!

Dicas para comprar as sapatilhas certas

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 Por: Tiago Portugal

 

Uma das formas de nos tornarmos melhores corredores é aumentar a quantidade de tempo a correr ou por outro lado a qualidade das nossas corridas/treinos. Mais fácil dizer do que fazer. Muitas vezes ficamos limitados pelo aparecimento de dores ou lesões que nos limitam ou em última instância nos impedem de correr.

 

As 3 causas mais comuns do surgimento de dor ou lesões entre corredores são: aumento excessivo da carga e intensidade dos treinos; falta ou alongamentos incorretos; uso de calçado desadequado.

 

Ao eliminar um dos fatores da equação estamos a diminuir o risco do aparecimento de dor ou lesões, e nesse sentido a escolha acertada de uma sapatilha de corrida apropriada é essencial.

 

Essa escolha deve ser um processo individual, somos todos distintos e o que serve para o nosso amigo poderá não ser o mais correto para nós. A ter em consideração é igualmente o uso que queremos dar ao calçado: estrada, trail ou misto, treinos longos ou curtos, rápidos ou lentos.

 

Com o mercado em crescimento as opções para o consumidor aumentam o que pode gerar alguma confusão na hora de escolher o calçado mais apropriado.

 

Para encontrar o parceiro de corrida ideal é preciso considerar qual o tipo de corrida, estrada ou trail, curtas ou longas distâncias, tamanho, forma e características do nosso pé.

 

Algumas dicas:

 

  • Experimente e sinta se o modelo está ajustado ao seu pé e se se sente confortável. Se a resposta for não, opte por outro modelo;

 

  • Tenha a certeza que os sapatos estão confortáveis desde o 1.º momento e não o magoam em lado nenhum;

 

  • Dê espaço suficiente para que os dedos do pé se mexam à vontade. Não compre sapatilhas apertadas, o normal é elas não alargarem com o uso;

 

  • Não compre as sapatilhas com pressa, é preciso tempo para experimentar vários modelos. Calce as sapatilhas na loja e veja como se sente;

 

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  • Procure ajuda de alguém especializado e com experiência, se levar um amigo corredor ainda melhor;

 

  • Antes de sair de casa veja os seus sapatos velhos para analisar quais as zonas mais gastas;

 

  • Se usar palmilhas ou algum tipo específico de meias leve-as consigo para experimentar com as sapatilhas;

 

  • Experimente várias marcas e modelos. Existem cada vez mais opções no nosso mercado;

 

  • Os pés aumentam com a idade, por isso meça o seu pé antes de comprar um novo par de sapatos. Deve medir os 2 pés, visto que os tamanhos podem ser ligeiramente distintos. Compre sempre modelos de acordo com o tamanho do seu maior pé;

 

  • Experimente e compre os sapatos de desporto de tarde, por norma os pés estão um pouco inchados, o mesmo acontece quando corre;

 

  • O tamanho difere entre fabricantes e marcas, por isso o tamanho pode não ser o mesmo em todas as marcas, tenha isso em atenção;

 

  • O calcanhar deve estar bem ajustado e não deve andar solto;

 

  • Esteja preparado para investir, as sapatilhas de corrida não são eternas e devem ser substituídas. Por vezes o barato sai caro. A durabilidade dos modelos varia entre os 500 e os 800km.

 

Dicas específicas para sapatilhas de Trail

 

  • O modelo deve proporcionar um bom ajuste na zona média do pé e devemos sentir que a zona do calcanhar está bem pressa para evitar que em terrenos acidentados ou desnivelados o pé não se levante ou mexa para os lados;

 

  • Deixe espaço suficiente na frente das sapatilhas, tenha por referência o espaço de um dedo entre os vossos dedos e a ponta das sapatilhas;

 

  • O amortecimento deve ter em consideração a proteção que pretendemos e a sensação de contato ao chão. Um modelo com menos amortecimento permite uma sensação de maior contato com o chão;

 

  • Tenha em consideração a tipologia do terreno, alguns modelos são mais específicos para trilhos técnicos outros para terra batida, pedra ou mesmo lama. Pode analisar os tacos da sola do modelo;

 

  • Por norma as sapatilhas de trail tem um desgaste maior do que as sapatilhas de estrada.

 

Nova coleção Adidas para homem para o Outono/Inverno 2015

 

Por FIlipe Gil:

 

Gostamos de coisas bonitas. E como tívemos o privilégio de ver em primeira mão a coleção da Adidas para o Outono/Inverno 2015,há uns dias atrás, queremos partilhar algumas das peças convosco. Escolhi as minhas peças preferidas, assim em mode de "e se eu escrevesse num blogue de moda". Atenção, esta é a parte masculina da coleção, em breve uma das meninas do Correr na Cidade irá apresentar a escolha dela desta nova coleção da Adidas. Por ora, é só para homens!

 

CALÇADO:

Ultra Boost

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Adizero Boston Boost:

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Energy Boost:

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Response Boost

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 Supernova Glide Boost

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TÊXTIL:

Coleção Supernova

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Coleção Aktiv:

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Coleção Adizero

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 Coleção Adistar

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UTDP - Paulo Tavares um atleta do Norte! pois claro...

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O Ultra Trail Douro e Paiva decorre este fim-de-semana e com mais de 1000 atletas inscritos promete ser mais um grande evento de trail.

 

Desta vez fomos conhecer o Paulo Tavares, 5º classificado na edição do ano passado e padrinho da prova deste ano. Dotado de um afinado humor, de um grande companheirismo e treinado pelo Paulo Pires (treinador da Armada Portuguesa do Trail) é sem dúvida um atleta do Norte!! 

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Quem é o Paulo Tavares?

Sou natural de Matosinhos mas actualmente a viver em Braga, tenho 38 anos, casado com a Ana e neste momento sou supervisor na empresa de elevadores, tendo como hobbies o BTT, ciclismo e o ócio preferencialmente em frente ao mar. Sendo no Trail Runnig que está a minha paixão é onde realmente vou buscar a minha paz e equilíbrio.

 

Como começaste a correr? 

O meu interesse pelo desporto começou a + ou - há 8 anos comecei por brincadeira com um grupo de amigos que praticavam BTT na altura ainda não tinha bicicleta e todos os fins-de-semana alugava uma para poder ir com eles, até que no natal desse ano a Patrícia, a minha esposa, ofereceu-me um cheque bicicleta... pouco tempo depois comecei a participar em provas ganhando o gosto pela modalidade e nesse mesmo ano abri uma associação, criei uma equipa e federei-me, nessa altura decidi também deixar de fumar que foi uma das melhores decisões que tomei até hoje. Andei neste desporto durante 4 anos em que a prova que mais me marcou foi o Brasil Raid por ser uma prova em duplas, por etapas e rodeado de magnificas paisagens da Chapada Diamantina, um dia vou lá voltar mas desta vez não levo a bicicleta mas sim as sapatilhas

A corrida apareceu após uma lesão que me impedia de andar de bicicleta, foi ai que comecei a dar umas corridas para não perder a forma e quando alguns amigos me convidaram para ir fazer uma prova de Trail Runnig fiquei completamente apaixonado pela modalidade, fez-me lembrar os tempos de miúdo em que brincava na mata perto de casa, relembrando-me da sensação de correr pelo meio da vegetação transpondo os obstáculos que vão aparecendo voltando a despertando a criança que tenho em mim. Estes sentimentos que muitas vezes nem sei explicar, são o que me faz calçar as sapatilhas e sair mesmo quando a vontade não é nenhuma.

 

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Desde que corres qual foi até hoje o ponto mais alto?

Ao longo do meu percurso nesta modalidade já tive a oportunidade de percorrer trilhos de vários pontos de Portugal e também de outros países, sendo que a experiencia que mais me marcou foi a ida a Chamonix onde participei no TDS uma prova que tem tanto de dura como de magnifica vivida num ambiente extraordinário.

 

O que representa para ti o Trail Running?

O Trail para mim representa uma superação constante dos meus limites, encaro as provas sempre como uma competição pessoal, onde tento superar sempre as minhas capacidades físicas e mentais, sou bastante exigente comigo próprio, pois só assim é que consigo evoluir. Esta forma de encarar a modalidade fez que ao fim de pouco tempo arrisca-se em provas de três dígitos

 

Quem são os seus atletas de referência?

Os meus atletas de referência são Armando Teixeira, a quem deixo um especial agradecimento pelo apoio e motivação que me tem dado, o Carlos Sá, Nuno Silva, Ester Alves e a Lucinda ..... todos eles com percursos respeitáveis e a acima de tudo têm sido responsáveis pela divulgação e crescimento da modalidade em Portugal.

 

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Como vês o movimento do Trail em Portugal, com o número de provas a aumentar exponencialmente? o que podemos esperar do futuro? Diferenças em Relação ao passado?

O Trail em Portugal está numa fase de crescimento com o número de atletas a aumentar de dia para dia é importante passar a mensagem e o espírito desta modalidade, não deixando que a competição e o negócio se sobreponham.

 

Lesões, já passaste por esse calvário?

Infelizmente já sofri algumas lesões sendo a mais grave uma entorse com rotura parcial dos ligamentos que me obrigou a uma longa paragem de 4 meses, as lesões são o maior inimigo do atleta é preciso muita capacidade para lidar com a frustração de não puder treinar e aceitar que não se vão atingir os objectivos a que se propõem, a impotência e frustração são os piores sentimentos que se podem sentir.

 

O que podem os atletas esperar desta prova?

O UTDP vai ser uma prova com um grau de dificuldade elevado, que percorrerá os lindíssimos trilhos de Cinfães do Douro, Sugiro que tenham em atenção a hidratação, beber muita água, levar protector solar e o equipamento adequado. Nunca esquecendo a velha máxima beber antes de sentir sede e comer antes de sentir a fome, para mim são os cuidados mais importantes a ter.


Estudar a prova é fundamental, saber os pontos de abastecimento, saber onde estão concentradas as maiores dificuldades da prova, bem como as características do terreno, com este conhecimento é possível efectuar um planeamento mais exacto da prova de forma atingir o nosso objectivo

 

Uma dica rápida?

A minha mensagem para quem está a começar a modalidade é que respeitem a Natureza sejam companheiros e altruístas com os outros atletas, mantendo assim o espírito do Trail.

 

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