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Correr na Cidade

Vem correr connosco em março!

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Março, mês da chegada da primavera, da mudança para o horário de verão, da Meia Maratona de Lisboa e do Ultra Trail do Piódão. E também o mês onde muita, mas muita gente começa a correr.

Em março teremos dois treinos "fechados" organizados pelo Correr na Cidade: o Just Girls (já esgotado) e o THE PACK. E no dia 4 de março juntamo-nos ao treino do PR Gang, pois será um treino especial.


Mas há mais, muito mais, e podem ver já nas linhas seguintes. Venham daí. 

Observações: E porque gostamos de salientar que os elementos do Correr na Cidade apenas guiam quem aparecem nos treinos, e que estes são feitos em total autonomia, sem quaisquer tipos de seguros. 


O Correr na Cidade não se responsabiliza por eventuais danos que os participantes possam sofrer. Apelamos ao bom senso dos participantes para que nunca coloquem a vossa integridade física em risco, devendo respeitar o código da estrada e ter cuidado com os veículos motorizados.

 

Estamos no Inverno, e apesar dos dias começarem a ficar maiores,  ainda escurece cedo, por isso pedimos que nos nossos treinos ao final da tarde utilizem sempre material refletor. Nos treinos em que indicamos que o uso do frontal é obrigatório, será mesmo obrigatório usar. O mesmo com hidratação – no caso de serem treinos mais longos (+12km).

 

O calendário deste mês é o seguinte:

FREE RUNNING - AÇORES TRAIL RUN
Data: 1 de março de 2015 (domingo)
Ponto de Encontro: FIL-BTL (Parque das Nações)
Hora da partida: 11h00
Distância (aprox.): 10km/ 1 hora
Tipologia de treino: Treino guiado por elementos do Correr na Cidade. É uma corrida livre, treino guiado, não tem dorsal e não tem seguro.  
Guias do Correr na Cidade: Bo Irik + Nuno Malcata
Confirmem a vossa presença

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CORRER NA CIDADE COM O GANG PR
Data: 4 de março (4ª quarta-feira)
Hora da partida: 19h15
Duração apróximada: 1 hora
Local: Estação Fluvial de Belém.
Mais info no facebook do Gang

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JUST GIRLS
Data: 8 de março 2015 (Domingo)
Ponto de encontro: Algés, junto à Estação da CP - lado rio
Hora do encontro: 9h45m
Hora da partida: 10h00m
Distância (aprox.): Caminhada de 5km, Corrida de 5km e Corrida de 10km
Grau de Dificuldade:  Niguém fica para trás, em qualquer das tipologias
Tipologia de treino: Corrida pela zona ribeirinha de Lisboa (a começar em Algés) só para mulheres, mediante inscrição gratuita.
Observações importantes: Respeitar as regras de trânsito. É um treino guiado, sem seguros. 
Guias do Correr na Cidade: Meninas da crew do Correr na Cidade
INSCRIÇÕES ESGOTADAS

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THE PACK em MONSANTO
Data: 12 de março 2015 (5ª feira)
Ponto de encontro: Parque de Estacionamento da Estrada do Penedo (Monsanto)
Hora do encontro: Secreto
Hora da partida: Secreto
Distância (aprox.): informação secreta
Grau de Dificuldade:  Não é para meninos!
Tipologia de treino: Trail difícil e só para homens. 
Observações importantes:  É um treino guiado, sem seguros, em autonomia. Obrigatório o uso de sapatilhas de trail, frontal e telemóvel. 
Guias: Pedro Conceição + João Campos + Nuno Malcata + Tiago Portugal + Filipe Gil
INSCRIÇÕES ABREM EM BREVE. FIQUEM ATENTOS AO BLOG

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INTO THE WILD - UP,UP & AWAY
Data: 18 de março de 2015 (4ª feira)
Ponto de encontro: Parque de estacionamento do Bairro da Serafina
Hora do encontro: 19h15
Hora da partida: 19h30
Duração (aprox.): 90 minutos
Grau de Dificuldade:300 de D+
Tipologia de treino: Trail. Treino de subidas por Monsanto: subida do cozido e da A5 
Observações importantes: Uso obrigatório de sapatilhas de trail, de frontal e de telemóvel. Usem roupa refletora e levem hidratação extra.
Guias do Correr na Cidade: Filipe Gil +Nuno Malcata
Confirmem a vossa presença.

 

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JAMOR IS MY BACKYARD
Data: 24 de março (3ª feira)
Ponto de encontro: Em frente ao café da canoagem - Complexo Desportivo Jamor
Hora do encontro: 19h20
Hora da partida: 19h30m
Duração(aprox.): 1 hora
Grau de Dificuldade: Niguém fica para trás. 
Tipologia de treino: Rolante
Observações importantes: Uso de material refletor e frontal obrigatório.
Guias do Correr na Cidade: Nuno Malcata + Tiago Portugal
Confirmem a vossa presença

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THE SPRING HAS SPRUNG
Data: 31 de março de 2015 (3ª feira)
Ponto de encontro: Parque Eduardo VII - Junto estacionamento dos BUS turísticos
Hora do encontro: 19h30
Hora da partida: 19h45
Duração (aprox.): 90 minutos
Grau de Dificuldade: Rolante mas ninguém fica para trás.
Tipologia de treino: City Trail e Trail. Percurso do corredor verde do Marquês de Pombal a Monsanto e regresso.
Observações importantes: Uso obrigatório de frontal. Usem roupa refletora. 
Guias do Correr na Cidade: Tiago Portugal + Luís Moura
Confirmem a vossa presença.  

 

Unboxing: Midnight Glow by Outpace

IMG_20150225_204151.jpgO Tiago e a Bo, que fazem grande parte dos seus treinos à noite pela cidade, foram convidados pela SportZone a testar a nova linha da Outpace – Midnight Glow.

 

Ainda não ouviram falar desta linha? Pois, é possível! Só será comercializada a partir de meados de Março. Concebida para garantir que os atletas sejam bem visíveis à noite, a linha Midnight Glow tem vários elementos refletores e cores néon.

 

A linha é composta por calções, corsários, calças, t-shirt e casaco impermeável e existe uma gama de homem e uma de mulher.

 

Para já, segue o “Unboxing” dos produtos cedidos para vos abrir o apetite. Durante a próxima semana a Bo e o Tiago darão o seu feedback, aqui no blogue, e entretanto sigam a Bo e o Tiago no Instagram! Estejam atentos.

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 E tu, costumas ter cuidado com a tua visibilidade quando corres à noite?

 

A B R I U U U - J U S T G I R L S

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E estão abertas as inscrições gratuitas para o próximo treino Just Girls que desta vez vai levar as meninas a correrem por Algés e Belém. Iremos ter caminhada de 5Km, corrida de 5 Km e corrida de 10 Km. Tal como nos outros treinos a diversão e boa disposição são garantidas. E, claro, o acompanhamento personalizada da crew do Correr na Cidade para ajudar as menos experientes. E sim, há uns gifts no final do treino, mas isso é o menos importante, o que interessa mesmo é a correr neste treino dedicado só às mulheres. 

 
Abaixo o link para efectuarem a inscrição, onde devem mencionar qual o percurso que desejam fazer e se pretendem experimentar as perneiras da Compressport.
Inscrevam-se e até domingo, dia 08 de março, às 9.45h.

 

 

Primeira edição do Trail de Almeirim

É já no próximo dia 22 Março que a A20KM Trail Running Team, Secção de Atletismo da Associação 20 km de Almeirim vai realizar a primeira edição do Trail de Almeirim.
Há uns dias entrevistamos um dos responsaveis da organização e mentor do projecto, o Omar Garcia ( podem ver a entrevista aqui ) e agora vamos dar mais detalhes sobre o evento.

 

 

Segundo palavras da organização :
"Com base na cidade de Almeirim e passagem por várias freguesias do concelho, vais ficar muito surpreendido com o percurso que preparámos para ti. Vais ter as tuas subidas exasperantes, as descidas agressivas, mas principalmente muitos e bons single tracks rápidos e técnicos que, te vão provocar um arrepio na nuca e colar um sorriso nos lábios!"


O evento será composto por um Trail Longo (+/-30 km), um Trail Curto (+/-17 km), um Trail Júnior (+/- 4 km) e uma Caminhada (+/- 8 km).

 

Trail Longo: O Percurso principal terá a distância aproximada de +/- 30 km, partindo da Freguesia de Fazendas de Almeirim às 9 horas, com direcção à Freguesia da Raposa, atravessando a ponte do parque de merendas (Ribeira de Muge) entrando na Freguesia da Raposa. Segue em direcção ao Vale de Inferno, atravessando novamente a Ribeira de Muge em direcção aos Paços Negros. Regressa em direcção à Freguesia de Fazendas de Almeirim, voltando ao ponto de partida.

 

08h40– Entrada para parque fechado (controle zero) (30 Kms)

08h45 – Briefing da Prova de Trail Longo (30 Kms)

09h00 – Partida da Prova de Trail Longo (30 Kms)

 

Locais dos abastecimentos: 5 PA: 3 no percurso, +/- de 7 em 7 km e 1 no final.

Valores da inscrição: 22,5€ (de 01 de Fevereiro a 15 de Março, inclusivé)       

 


Trail Curto: O Percurso secundário terá a distância aproximada de +/- 17 km, partindo da Freguesia de Fazendas de Almeirim às 9h30, com direcção à Freguesia da Raposa, voltando ao ponto de partida.

 

09h10– Entrada para parque fechado (controle zero) (17 kms)

09h15 – Briefing da Prova de Trail Curto (17 kms)

09h30 – Partida da Prova de Trail Curto (17 kms)

 

Locais dos abastecimentos: 2 PA: 2 no percurso, +/- de 7 em 7 km e 1 no final.

Valores da inscrição: 20€ (de 01 de Fevereiro a 15 de Março, inclusivé)

 


Trail Júnior: O Percurso terá a distância aproximada de +/- 4 km. A partida será concretizada no vulgo “Pinhal do Caroça” às 10h30, com chegada à meta no Centro Cultural das Fazendas de Almeirim.

 

10h15 – Briefing da Prova de Trail Júnior

10h30 – Partida do Trail Júnior (2 e 4 Kms)

 

Locais dos abastecimentos: 1 PA no percurso e 1 PA no final

Valores da inscrição: Gratuito (até 15 de Março, inclusivé)

 


Caminhada: A Caminhada terá a distância aproximada de 8 km e terá início às 10 horas na Freguesia de Fazendas de Almeirim, passando pelo “Pinhal do Caroça”, com retorno ao mesmo local da partida.

 

09h45 – Briefing da Caminhada

10h00 – Partida da Caminhada (8 Kms)

 

Locais dos abastecimentos: 1 PA aos 4km e 1 PA no final

Valores da inscrição: 13€ (de 01 de Fevereiro a 15 de Março, inclusivé)

 

 

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Postos de controlo / Tempo limite / Cronometragem:

  1. Haverá Postos de Controlo (PC) de passagem dos atletas em lugares não revelados.
    Os atletas que falharem qualquer um dos PC serão desclassificados.
  2. Haverá um controlo intermédio de tempo, na prova de Trail 30 Km, +/- aos 15 kms, sendo impedido de continuar a corrida todo o atleta que ultrapasse as 3:00 horas neste local.
  3. Os “Corredores Vassoura” ou o responsável de cada controle terão poder para retirar da prova qualquer corredor se o seu tempo na corrida esteja ultrapassado, ou o seu estado de saúde assim aconselhar.
  4. O corredor que se retirar deverá avisar a organização (secretariado) do seu abandono, comunicando à mesma o seu nº de dorsal, através dos contactos fornecidos no dorsal.
  5. A cronometragem será feita através de chip electrónico/pulseira (OFFcrono). A não entrega e/ou perda de um chip/pulseira à organização é da exclusiva responsabilidade do participante.
  6. Ficarão a cargo dos participantes todos os custos associados à sua reposição (15€+iva)


Os abastecimentos serão todos de sólidos e líquidos. Para além destes PA, dependendo das condições climatéricas, poderão existir postos suplementares de reforço líquido.


Aconselham-se os atletas a transportar consigo o seguinte material:

  1. Telemóvel;
  2. Um sistema próprio para o transporte de água (porta-bidon, camelback ou outros);
  3. Equipamento adequado as condições da prova.

 

Aviso de Segurança:

  1. O percurso poderá atravessar vias rodoviárias onde o trânsito não será cortado sendo o atleta responsável por tomar as devidas precauções na passagem de estradas (iremos ter entidades a controlar as mesmas).
  2. Ao longo de todo o percurso, nas partes mais técnicas e cruzamentos, estarão membros da organização, para garantir a segurança de todos os participantes.
  3. No dorsal do atleta, serão indicados três números de telefone a serem usados em caso necessário (Bombeiros, GNR e Organização).

 


Penalizações/ desclassificações

  1. O atleta compromete-se a respeitar as indicações dos membros da Organização colocados na zona de partida e ao longo do percurso.
  2. Será desclassificado todo o concorrente que não cumpra o presente regulamento, não complete o percurso segundo o indicado, deteriore ou suje o meio ambiente, não leve o dorsal bem visível e não respeite as indicações da organização.
  3.  Todo o atleta que utilize meios ilícitos para obter vantagem em relação a outros, será automaticamente desclassificado.
  4. O atleta é o único responsável pelo transporte de todos os invólucros e resíduos naturais (mesmo que biodegradáveis), ou não naturais, provenientes de géis, barras e/ou outros. Deverá depositar os resíduos no abastecimento mais próximo, ou transportá-lo até à linha da meta, sob pena de poder vir a ser desclassificado, caso não cumpra estas regras.

 

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O valor da participação dá direito a:

  • Participação na prova
  • Prémio alusivo à Prova
  • Seguro desportivo para a prova
  • Abastecimentos
  • Dorsal personalizado
  • T-shirt alusiva à prova
  • Prémio Finisher
  • Brindes que a organização venha a angariar
  • Almoço
  • Banhos
  • Massagens


Secretariado da prova/ horários e locais

O Secretariado funcionará das 16h às 22h de Sábado dia 21 de Março de 2015 e das 06h às 8.30h de Domingo dia 22 de Março de 2015, no secretariado junto à partida das Provas, no Centro Cultural das Fazendas de Almeirim.
Os dorsais dos atletas serão entregues mediante a apresentação de documento comprovativo da inscrição.


 As inscrições devem ser efetuadas online até ao dia 15 de março de 2015. As inscrições são limitadas a 300 participantes para o Trail 30 km, 300 para o Mini-Trail 17 km, 50 para o Trail Júnior e 150 para a Caminhada 10 km.

 

 

Podem obter informação mais detalhada nos seguintes endereços :

Facebook do evento

Site oficial

Local para inscrever para o evento

 

Boa prova para todos os que forem :)

Viver uma Maratona - o relato da Bo em Sevilha

Por Bo Irik:

 

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 Foto por Ana Morais - ainda fresquinhos

 

Tal como muito de vocês já devem saber, o fim de semana passado foi um fim de semana de estreias. Estreias na distância mítica da Maratona. Como o Tiago já fez um excelente enquadramento e relato da sua experiência, vou tentar não “esticar” muito e tentarei dar-vos algumas dicas para provas deste género com base na minha experiência.

 

  1. Garante que queres

Um ingrediente essencial para que a tua participação em provas grandes corra bem prende-se com a tua motivação. Queres mesmo correr uma (Meia) Maratona? Queres mesmo? Queres mesmo sacrificar manhãs quando podias dormir até tarde para ires treinar? Queres mesmo deixar de comer doces e beber bebidas alcoólicas para adaptares uma alimentação saudável? Eu queria e fiz. Correr uma (Meia) Maratona exige um grande compromisso e este deve ser levado a serio, pois a participação neste tipo de provas exige muito do nosso corpo.

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  Foto por Ana Morais - las chicas da estreia

 

  1. Prepara consoante o teu objetivo

Quando tens a certeza que queres assumir o compromisso com a (Meia) Maratona, chega o momento de treinar. Não vou falar em detalhe sobre planos de treinos ou de alimentação porque acredito que cada caso é um caso e a preparação depende muito dos nossos objetivos. No meu caso, o meu objetivo era viver a estreia na Maratona de forma positiva, com um sorriso na cara e sentir-me bem do início ao fim. Tal como muitos de vocês já sabem, ligo pouco aos tempos e muito mais à vivência da viagem em si.

 

Enquanto corredora frequente e tendo também já o habito de praticar exercício durante algum tempo seguido (particularmente nos trilhos), senti que a única coisa que precisava de treinar mesmo seria resistência em estrada. Desta forma, mantive o meu ritmo de treinos normal (quem quiser, pode seguir-me no Strava) e fiz apenas três treinos específicos a pensar na Maratona: três treinos em estrada, entre Lisboa e Cascais, de, pelo menos 30kms. De resto, reforcei o reforço muscular e nas semanas antes da maratona evitei os trilhos, para evitar o risco de lesão. Em termos de alimentação, nas duas semanas antes da prova tive particular cuidado para evitar gorduras e bebidas alcoólicas e nos três ou quatro dias antes da prova, carreguei nos hidratos de carbono (quinoa é o meu cereal de eleição).

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 Foto por Ana Morais - "Yes, I can"

 

  1. Sente-te preparado/a

Penso que sentires-te bem preparado para enfrentar a (Meia) Maratona é meio caminho andado para o teu sucesso. Prepara-te bem, com a devida antecedência e evitas muito stress! Nas semanas antes da prova em Sevilla, as pessoas à minha volta pareciam estar mais ansiosas pela minha estreia do que eu! Sabia que estava bem preparada e sabia que iria conseguir.

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 Foto por Miguel Pinhal - Superação em equipa

 

  1. DO IT!

No dia da prova, é só fazê-la! Fácil! Sabendo que estás preparado/a, relaxa, desfruta. No meu caso decidi não fazer a prova sozinha. Pedi ao Nuno Malcata para “não me largar” e assim foi. Mais uma vez, cada caso é um caso e correr sozinho ou a pares/grupo tem as suas vantagens e desvantagens. Eu preferi juntar-me ao Malcata. Sabia que ele iria ajudar-me a controlar o ritmo e não acelerar demasiado com o meu entusiasmo e que iria ajudar-me a superar eventuais quebras. Apostei no “sozinho vais rápido, juntos vais longe” e foi uma boa aposta! Sem pressões de tempo e apontando para um ritmo de cerca de 6min/km, lá fomos nós nesta aventura de 42,195km em estrada.

 

A minha viagem, tal como é visível no registo no Strava, foi muito estável até o km 35 onde começaram os desafios psicológicos e o “diabinho mau ao meu ombro” obrigou-me a caminhar várias vezes. Sinceramente, para mim, correr uma maratona foi mais difícil do que pensava. Porquê? Por motivos psicológicos, tal como nas meias maratonas. Senti dores estranhas, em sítios onde nunca tive dores, sofri, muito… Não dúvido de que esses desafios e sofrimentos valeram claramente a pena pelos pontos altos que vivi ao longo da viagem. O povo Sevilhano e os tugas que nos acompanharam nesta aventura, em particular a Ana, a Joana e a crew de apoio do Tiago, fizeram-me sentir a Rainha do mundo. Sim, senti-me mega forte, uma verdadeira campeona! Sevilha é a prova ideal para a estreia nesta distância, sem dúvida alguma. Afirmo que, para mim, o apoio e o percurso são MUITO importantes em (Meia) Maratonas e acho que passo a Maratona do Porto e de Lisboa este ano, Barcelona 2016 já posso considerar :p

 IMG_4086.JPG Foto por Nuno Alves - DONE!

  1. Afterglow and relax

Os momentos e dias após a grande vitória são fantásticos. O afterglow da Maratona é muito intenso. Os níveis de endorfina e orgulho mantêm-se, até hoje, quinta-feira, elevados. Estou extremamente bem disposta e relembro os vários momentos da prova, bem como do pré e after, com muito gosto. Em termos de recuperação: no dia da prova foram muitas cañas e tapas e um passeio de cerca de meia hora para esticar as pernas e comer um gelado. Dormir bem é essencial, embora para mim não tenha sido fácil, continuava muito excitada. Nos dias seguintes, comer bem, carregar na hidratação, magnésio e vitaminas para ajudar a recuperação corpo enfraquecido.

 

Na 3ª feira de manhã, antes de voltar a trabalhar, fiz uma massagem. A massagem foi essencial para a minha recuperação. No domingo, após a prova nem conseguia dobrar bem os joelhos e tinha um alto no quadricepede direito. Estava mega dorida, no corpo quase todo, sim todo, costas, braços… curiosamente os pezinhos estavam ótimos, “gotta love Salming”! A massagem desportiva imediatamente após a prova, fornecida pela organização da mesma, não ajudou a mitigar as dores intensas nos quadricepedes e fiquei preocupada com o Piódão, no fim de Março. Felizmente, a massagem na 3ª e o creme Diclofenac fizeram efeito e sinto-me já pronta para outra! Embora me sinta tão bem, vou controlar-me e esta semana evitar o impacto com o solo para dar algum tempo de recuperação aos músculos, indo à piscina e mantendo apenas as caminhadas de meia hora de e para o trabalho.

 

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Foto por Ana Morais - a equipa de vencedores (faltam o Tiago e o Roberto que tiveram que ir fazer o check-out)

 

Num momento histórico na minha vida (sim, completar a maratona é histórico para mim), resta-me agradecer àqueles que me ajudaram a realizá-lo. Não vou enumerar nomes porque já agradeci pessoalmente a cada uma das pessoas que me ajudaram a concretizar este desafio.

 

A cereja no topo do bolo foi chegar a casa e ver o episódio do RTP Running com a minha participação que deu na TV no sábado dia 21 mas como estava em Sevilha não tinha tido oportunidade de ver. Mais gratificante do que o episódio em si foi o vosso maravilhoso feedback. Obrigada. Sinto-me mega feliz.

Saucony Hurricane ISO

Hoje apresentámos mais uma novidade da marca Americana Saucony, os HURRICANE ISO com ajuste dinâmico ISOFIT e mais 20% de amortecimento devido ao novo sistema POWERGRID+

Hurricane_ISO_04_Men.jpgDe acordo com o press release da marca, o modelo Hurricane ISO, tal como o novo Triumph ISO chega com força e pretende passar a ser um modelo próprio da casa. É uma sapatilha de máximo amortecimento, destinada a corredores de peso médio-alto com tendência para a pronação. Este novo modelo sofreu muitas mudanças que certamente permitirão aos corredores uma nova experiência e a sentir o conforto do maior amortecimento de sempre.

 

As principais novidades são o ISOFIT e o PWRGRID+: com o revolucionário sistema de ajuste ISOFIT na parte superior. Estas alterações permitem experimentar uma sensação semelhante ao da sentida ao calçar uma meia, permitindo um conforto elevado e uma harmonia perfeita com o pé.

HurricaneOutsoleM_web.jpgNa meia sola, o PWRGRID+ acrescenta mais 20% de amortecimento do que a versão anterior, através da qual se sente mais amortecimento e durabilidade em comparação com as solas convencionais, enquanto mantem a fluidez na transição da passada.

 

Esta sapatilha tem um peso de 315 gramas e um drop de 8 mm, sendo que a segurança não foi descartada devido ao sistema reflector que envolve este modelo.

 

As HURRICANE ISO fazem parte das ISO.SERIES, um conjunto de três modelos que junta as transformadas Triumph ISO e Hurricane, e a novidade Zealot.

 

Este modelo estará brevemente disponível em Portugal. 

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 Boas corridas.

 

 

Crónica VIII -Perguntas & Respostas a um candidato a Ultra Maratonista

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Por Filipe Gil

 

Juro que estou a tentar fazer tudo para que vos consiga "agarrar" a estas crónicas semanais. Pelo que vejo nas visitas ao site e nos cliques dos post que escrevo sobre a minha preparação para o Piódão, está a correr bem e estão a gostar. Mas isso não basta. Criatividade acima de tudo!!!.

Por isso mesmo, decidi inovar e fiz uma espécie de entrevista a mim mesmo, giro não? Algumas perguntas inventei, outras são fruto de dúvidas que algumas pessoas vão tendo quando falam comigo sobre o assunto. O resultado destas Perguntas & Respostas sobre a minha preparação para os 50Km do Ultra Trail do Piódão é este:

 

Há quanto tempo corres nos trilhos?

A minha primeira experiência foi nos trilhos de Casaínhos em 2013. Foram apenas 15 quilómetros, mas deu para perceber se gostava ou não. Aliás, até esse momento sempre achei "tolo" correr no meio da lama e das serras e nunca percebi muito bem a "onda" do trial. Foi castigo! Fiquei apaixonado e não quero outra coisa. Até ao momento, a minha prova mais a sério foi a dos 33km do Louzan Trail, em Junho de 2014. Desde então tenho feito várias provas e treinos abaixo dos 30 kms.

 

Porque vais fazer uma ultra?

É uma boa pergunta (LOL). Porque decidi que era hora de me propôr um desafio, e porque quero ostentar a palavra ultra no meu curriculum. Já encomendei uns autocolantes para colocar no carro a dizer: "Quando não estou a conduzir, estou a correr ultras", brincadeira. Respondendo mais a sério, porque tenho o maior respeito pelos meus colegas de crew, melhor dizendo, amigos de crew, que já fizeram ultras distâncias e gostava de me juntar ao "clube". E porque achei que seria finalmente a altura de me propor um desafio para o qual vou ter que descobrir coisas novas e que vou estar na dúvida se o vou conseguir até pisar a meta.

 

Porque razão tens o apoio da Puma?

Vou confessar que sempre gostei da marca. Quem me conhece bem sabe que há uns 10 anos atrás, tinha muita coisa desta marca, sobretudo na área do lifestyle. E porque sou um pedaço "cagão" e gosto de usar coisas que as "massas" não usam. Aqueles modelos mais exclusivos, aqueles ténis que poucos ou ninguém ainda tem. Podia ter-me dado para outra coisa, mas sou assim. E a Puma apesar de ser uma marca das mais conhecidas no mundo não é tão mainstream do meu ponto de vista. Quando descobri que estavam a apostar na corrida, decidi enviar-lhes um e-mail a perguntar se me apoiavam nesta aventura. E, como são loucos, disseram que sim. Atenção, o apoio é meramente de equipamento e sapatilhas, o que já é muito. Mas aumenta ainda mais a minha responsabilidade de fazer uma boa prova, até porque, quer eles queiram ou não, não vou devolver o material (outro LOL). Tenho uma relação muito descontraída com eles, o que é excelente. E apesar do foco da Puma ser a corrida de estrada, o material que têm é excelente para correr,seja nos trilhos ou no alcatrão.

 

Que música ouves quando treinas?

Não oiço. Deixei de ouvir música à medida que me fui apercebendo que levava headphones mas não prestava atenção nenhuma ao que estava a dar. E descobri também que isso me atrapalhava a ouvir quer o ambiente que me rodeia quer a minha respiração enquanto corro.

 

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Que provas (de ultras) gostavas de fazer?
Em Portugal gostava de fazer umas quantas,  São Mamede, Serra D’Arga, UTAX e Arrábida. Mas não penso muito nisso. A maioria das provas em que me inscrevi foi por impulso. Este ano ainda gostava de voltar ao Louzan Trail, de fazer uma corrida noturna em Óbidos e a Scalabis Night Race. Para o resto não tenho planos. 

 

Vais continuar a fazer ultras nos próximos anos?

Provavelmente não! O meu plano é concentrar-me em provas até 30 quilómetros nos próximos dois anos. Porquê? Por várias razões, mas sobretudo porque não tenho muito tempo disponível para treinar como deve ser. E isto é tudo muito bonito, mas não gosto fazer más figuras, e a minha vida profissional e familiar não me permite grandes tempos para treinos - pelo menos os que são necessários para fazer ultras várias vezes ao ano. O que estou a fazer para o Piódão já é um grande sacríficio familiar, e não fosse a minha mulher, mãe e sogra, era impossível ter 3 a 4 horas ao fim-de-semana para ir para o mato treinar.Acho, e sublinho, acho, que me vou concentrar em provas de trail mais curtas. Mas depende muito do que acontecer no Piódão. 

 

Qual o teu modelo de sapatilhas preferidos para correr nos trilhos?

Tenho vários. Para além dos Faas 500 TR da Puma que tenho estado a usar nesta preparação e com as quais vou correr o Piódão, estou apaixonado pelos New Balance Leadville 1210v2. Já corri com umas Adidas Riot 5 e com um modelo da Reebok, os All Terrain Trail também gostei muito. 

 

Aconselhas o uso de meias de compressão para ultras?

É uma questão pessoal. Eu prefiro usar para a recuperação posterior. Nas provas não vejo muita utilidade. Mas, tal como indiquei anteriormente, é mesmo uma questão pessoal. De qualquer forma, se querem mesmo saber, vou levar meias de compressão na mochila aquando da prova de Ultra Trail do Piódão, não vá necessitar de ajuda a meio da prova. A partir dos 33 kms será tudo desconhecido...

 

O que vais levar de alimentação e hidratação para a prova do Piódão?´

Há muito que é das coisas que já tenho tratado. Levo 1 bidão de água, 1 bidão com isotónico (Isostar com sabor a Coca Cola) - e espero que chegue entre abastecimentos; 4 géis da Power Gel; 4 sacos de mel; 2 barras de gel da Aptonia; dois pacotes com sal grosso; e alguns frutos secos e talvez gomas. Levo ainda mais cápsulas do isotónico do Isostar para fazer nos postos de abastecimento.

 

O que vais levar na mochila?

Para além do que é obrigatório (telemóvel, apito, manta térmica), vou levar um kit primeiros socorros, vou levar uma faca/canivete; meias compressoras; e levo ou uma agasalho térmico ou, se estiver frio e tempo seco, levo o impermeável na mochila. Levarei o meu frontal – espero acabar de dia, mas isto nunca se sabe.

 

O que te preocupa mais na prova que vais fazer no Piódão?

Preocupa-me conseguir chegar aos postos de abastecimento dentro do tempo estabelecido pela organização da corrida. Também me preocupam mais duas coisas: não me lesionar (sobretudo não ter caibras e problemas nos joelhos nas descidas) e não atrasar os meus companheiros de crew.

 

E é isto. Numa semana em que treinei durante 3 horas e picos em Monsanto, onde eu e o amigo Rui Alves Pinto fizemos 25 quilómetros e qualquer coisas com 600 de D+ e onde acabei de rastos. Mesmo de rastos. Mais cansado do que em provas de trail que tenho feito ultimamente.

Com este treino entrei em três semanas de treinos mais puxados, para depois "descansar" mais perto da data.  Ontem, terça, fiz um treino curto, só por 35 minutos, mas foi muito bom porque os kms foram rápidos, e percebi que a minha zona de conforto está agora nos 5:10/km quando há cerca de um mês era de 5:40/km. Isto de fazer subidas faz maravilhas!

 

p.s. - hoje, às 19h15, há um treino do Correr na Cidade guiado por um gentleman dos trilhos: David Faustino. Se puderem, não faltem, é sempre uma lição de como correr melhor em trilhos.

Boas corridas.

 

Sevilha e um fim-de-semana com direito a tudo

 

 

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Por: Tiago Portugal

Família, amigos, muita diversão, viagem, cultura, comida e bebida com fartura (talvez mais do que o desejável) e para terminar uma maratona. Posso resumir nestas palavras este fim-de-semana alargado, meti férias na sexta-feira, e não podia pedir mais. Simplesmente fantástico, do primeiro ao último minuto. Conciliei pela primeira vez férias familiares com eventos desportivos e fiquei fã, com o bónus de ter tido um apoio especial ao longo da prova.

 

Mas voltando um pouco atrás, porquê correr uma maratona e qual a razão de ter escolhido Sevilha? Fácil de explicar. Todos os anos dia 1 de janeiro escrevo alguns objetivos que espero alcançar nesses 365 dias, sendo que para alguns estabeleço prazos mais alargados. Em 2013, escrevi que antes dos 35 anos teria que concluir uma maratona, não importasse qual. O tempo foi passando e a maratona foi ficando em banho-maria. Em setembro do ano passado enquanto limpava a carteira encontrei por acaso o papel que escrevi no dia 1 de janeiro de 2013. Reli e vi que tinha alcançado quase tudo a que me propûs. Correr uma maratona estava entre os objetivos por realizar e com o prazo a acabar as alternativas começavam a escassear. Uma conversa rápida com o Nuno Malcata e decidi que Sevilha 2015 seria a melhor hipótese e a última, pois 2 dias depois  da prova o prazo estabelecido expirava. Ficou logo decidido, seria em Sevilha a minha estreia na maratona, ainda para mais com membros da crew do CnC a acompanhar-me nesta aventura.

IMG_0684.JPGUm mês depois da inscrição, num jantar de família o assunto maratona foi naturalmente discutido e o meu cunhado, ainda virgem nesta distância, inscreveu-se também ele na maratona de Sevilha. Foi o passo que faltava para que a maratona se transformasse numas miniférias familiares e aproveitar para irmos, todos, passear até Sevilha.  

 

O fato de ter ido com a família e com amigos fez com que não pensasse tanto nos 42km da maratona e permitiu-me estar menos ansioso. Tirando sexta à tarde e sábado à noite mal pensei na tarefa hercúlea a que me tinha proposto, a falta de treino também me estava a assustar. Devia ter treinado muito mais? Sem dúvida que sim, no mínimo uns 2 treinos longos em estrada.

IMG_0587.JPGChegados a sevilha e já instalados decidimos ir diretamente à Expo levantar os dorsais e passear pelos expositores. Foi uma boa decisão pois estava pouca gente, conseguimos levantar o Kit do atleta bastante depressa e ainda deu para passear, ver e comprar alguns produtos que dificilmente se encontram em Portugal (Injinji, X-Socks, modelos da Scott e da INOV-8). Sendo a New Balance o patrocinador oficial da prova estava muito bem representada na feira, com a nova coleção toda exposta sendo que a edição especial do modelo Fresh Foam Zante maratona de sevilha era o maior destaque.

 

Depois da feira foi altura de aproveitar e ir beber umas cañas e comer tapas. Sábado foi dia de conhecer a fantástica cidade, aproveitámos o dia maravilhoso e passeamos pela cidade. Ao fim da tarde encontrei-me com o resto do grupo do CnC e amigos que tinham chegado nesse dia. Pusemos a conversa em dia, combinámos o encontro no dia seguinte e já com os nervos a aparecer fomos para casa jantar. Seguindo os conselhos da Ana Sofia Guerra preparámos uma massa com atum.

 

Após uma noite mal dormida às 7h00 estávamos, eu e o meu cunhado Roberto, a tomar o pequeno-almoço. Apesar de estarmos com aquele nervoso miudinho lá nos despachamos a horas e saímos porta fora, convictos de que no regresso seriámos maratonistas. Às 08h00 reunimos-mos todos e partimos em direção à zona da partida. A conversa fluía naturalmente, sentia-se a ansiedade no ar, mas estávamos todos otimistas.

IMG_1596.JPGCuriosidade, na zona da partida além do speaker espanhol, estava um speaker português o que mostra a aderência dos corredores nacionais a esta prova, pelo que ouvi cerca de 850 portugueses estavam na linha da partida. A euforia era muita. Uma grande festa! Minutos antes da prova estivemos à conversa com um espanhol de 70 anos que ia fazer a sua estreia na maratona, mais uma prova de que a idade não é obstáculo. O que nos disse foi que acima de tudo nos divertíssemos. O objetivo final deve ser esse, correr sim, mas acima de tudo temos que gostar do que estamos a fazer e tentar nos divertir ao longo dos 42km. Falhei neste aspeto, a partir do 27km não me diverti nada.  

 

5,4,3,2,1 e começou! Desejei boa sorte a todos e arranquei com o Roberto. Devido à minha falta de treino e do peso adquirido nos últimos 2 meses, 4kg, decidi que ia correr a um ritmo confortável de 5m40s o km, se conseguisse acelerava um pouco no fim. Devia estar excessivamente confiante para pensar que após 35km ia conseguir acelerar, foi mais o inverso, desacelerei.

 

Decidi que ia tentar seguir o meu plano original, afinal o objetivo era acabar, se conseguisse em menos de 4h era a cereja no topo do bolo. Durante os primeiros 15km eu e o meu cunhado parecíamos relógios Suíços, sempre ao mesmo ritmo e com o balão das 4h a poucos metros de distância.

 

Tínhamos combinado que ao 7,5km íamos ter o primeiro apoio da nossa comitiva, mas passando no ponto estipulado além de muitos espanhóis, não estava lá quem nos mais queríamos. Ainda rogamos algumas pragas, se calhar adormeceram ou foram às compras pensamos nós e seguimos em frente, sempre confortáveis e à conversa.

 

A partir do 5km a prova tem abastecimento de 2,5km em 2,5km, o que é muito bom. Sempre que passávamos por um aproveitava e bebia água ou isotónico, claro que metade ia para fora e ficava a escorrer para os lados ou ia para a t’shirt, isto de beber a correr é uma arte difícil de dominar.

17,5 km 1ª grande surpresa afinal as meninas estavam lá para nos apoiar. Foi uma festa quando as vimos. Que alegria. Os próximos 5 km passaram a voar.

 

Após o abastecimento dos 21km tive que parar por motivos fisiológicos e separei-me do meu companheiro de prova. Tentei acelerar um pouco até ao apanhar mas rapidamente comecei a ficar ofegante e decidi acalmar o ritmo e seguir sozinho. Por enquanto estava bem, a divertir-me e o balão das 4h estava mesmo à minha frente.

Afinal isto não custa muito pensei eu. Falei cedo demais.

post1.jpgAo km 27km nova surpresa, novamente a família e os amigos a apoiar, até parei para dar um beijo emocionado.

 

Depois de este breve momento de felicidade, subitamente começa-me a custar tudo. Os joelhos começam a doer, sempre que meto o pé no chão sinto uma dor na planta do pé, começo a ficar desanimado e os próximos 10km custam-me muito a correr. Apesar de o percurso ser interessante houve duas retas intermináveis, em que pela primeira vez tive que correr a olhar para baixo de forma a não ver o que ainda faltava.

 

Ao longo da prova falei com alguns participantes, sendo que um espanhol avisou que a partir do 35km entrávamos na parte mais bonita do percurso.

 

A partir desta altura a maratona a passar nos locais mais bonitos de Sevilha, o apoio nas ruas começa a ser cada vez maior e a partir do Parque Maria Luísa muita gente a incentivar, ruas cheias de gente a apoiar-nos. Na Serra Nevada já tinha sentido este apoio dos espanhóis e aqui ainda foi mais notório, pena que em Portugal sejam poucas as corrida em que isto aconteça.  

 

Damos uma volta na Praça de Espanha e entramos na zona mais central da cidade, tanta gente nas esplanadas, bandas a tocar música, crianças a esticar os braços, todos a bater palmas e gritar "Animo! Animo!”

Apesar de todo este apoio as forças já faltavam e nos abastecimentos já bebia água parado, sendo que recomeçava a correr logo a seguir.

 

O balão das 4horas já tinha fugido há algum tempo e era agora uma miragem ao fundo. Olhei para o relógio para saber se ainda conseguia acabar a prova abaixo das 4h. Tinha que me esforçar muito, descartei esse objetivo, o importante era mesmo acabar.  

 

A entrada no estádio foi fenomenal, a meta já ali, consegui, o tempo já pouco interessava. Não há palavras suficientes para descrever a sensação de terminar uma maratona. Consegui gritei. Chorei de emoção, de alegria, de dor…

 

Segundos após chegar encontrei o António Vale, fresco que nem uma alface, parecia que tinha acabado uma corrida de 5km por Lisboa, e eu ofegante a falar com ele. Disse-me que o meu cunhado já tinha terminado e estava na zona da chegada pelo que fui tentar encontrá-lo.

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Infelizmente não pude esperar pelos membros da Crew, Nuno Malcata e Bo Irik, mas encontrei a Joana Malcata e a Ana Morais e soube que estavam bem e que acabaram a prova radiantes. Mais um motivo de felicidade a juntar a tantos outros.

 

Resumindo em poucas palavras, foram 42,195m, o meu relógio marcou mais 300m, emocionantes, uma verdadeira montanha-russa. Da ansiedade inicial à euforia dos primeiros minutos, a alegria dos km 17,5 e 27, o excesso de confiança sentido a meio da prova, as dores entre o 27 e o 37km, a energia do público, o esforço dos últimos 3km, as dores e no fim lágrimas de pura alegria, por ter terminado, por ter conseguido.  

 

Sevilha recomenda-se e para quem está a pensar estrear-se na maratona é uma boa aposta, o percurso é bonito, o tempo estava espetacular, fica perto de Lisboa e o apoio do público é ótimo.

 

Quero agradecer à New Balance por me ter fornecido o seu novo modelo 890v5 com os quais corri a maratona, a review final será feita na próxima semana.

 

Muito obrigado à Filipa, isto contigo a meu lado torna-se mais fácil, á minha irmã Inês e á Marta por todo o apoio e diversão durante estes 3 dias.   

 

Para terminar, que isto já vai longo, dar os parabéns a todos os que completaram a prova, especialmente ao meu cunhado, Roberto, companheiro durante estes dias e que me aturou durante 22km, à Bo e ao Nuno Malcata, amigos do CnC, Patrícia Mar, Nuno Alves e António Vale pela estreia na maratona, e à Joana Malcata, que muito bem ainda correu 17km e Ana Morais pelo apoio.

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Boas corridas a todos, 

 

Desidratação: sabe como prevenir?

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 Por Ana Sofia Guerra

 

Água! Esse alimento tão indispensável na nossa alimentação e, por vezes, tão esquecido. O nosso corpo perde água pela transpiração, respiração, urina e fezes. Como mecanismo de sobrevivência, o nosso organismo desenvolveu um sintoma denominado por SEDE. Quando temos sede, o nosso instinto é logo ir à procura de água. Contudo, dependendo de cada organismo, nem todos sentimos a sede da mesma maneira. E, quando estamos a correr, as sensações são tantas que não nos apercebemos quando é que temos sede. Não sabia disto? Então passo a explicar.

 

Quando se fala na importância de hidratar bem antes duma prova, muitos são aqueles que só pensam em beber água antes da competição. Mas esta atitude não é a mais correta. A ingestão de água deve ser diária e superior a 1,0L, dependendo do tipo de pessoa, patologias associadas, temperatura ambiente e exercício físico. Um corredor deve estar sempre bem hidratado e esse cuidado deve ser redobrado nos dias antes da prova.

 

Quando a quantidade de água não é suficiente para que o organismo realize as suas funções normais, o volume de sangue diminui e isto faz com que o coração se esforce para bater mais rápido. Se a necessidade de água não for satisfeita rapidamente, aparecerem os primeiros sinais de desidratação: boca seca, fadiga, náuseas, vómitos, tonturas, cãibras, confusão mental, alterações auditivas e visuais, aumento da temperatura corporal.

 

A melhor forma de prevenir a desidratação é ter alguns cuidados uns 2 dias antes da prova: aumentar o consumo de água; colocar um pouco de sal (de preferência flor de sal) dentro da água; evitar as bebidas alcoólicas; evitar bebidas gaseificadas, chá, café e refrigerantes; descansar bem e ter uma alimentação ainda mais equilibrada.

 

Durante a corrida, a ingestão de água deve ser antecedida da sensação de sede e deve fazer-se lentamente e em pequenas quantidades. Isto evita a sensação de estômago cheio de água e os vómitos. Aproveite todos os abastecimentos para beber um pouco de água, mesmo que não sinta sede. É importante não beber só água: a ingestão de água com um pouco de sal retarda o aparecimento dos sintomas de desidratação, principalmente as cãibras. As bebidas isotónicas podem ser uma opção, quer seja industrializada ou caseira. Eis uma receita simples duma bebida isotónica caseira:

 

1 Litro de água

1 Colher de sopa de mel

1 Colher de chá de flor de sal

 

Boas corridas!

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