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Correr na Cidade

Race Report - London Marathon powered by Endeavor (Parte 2)

Para quem leu o meu último post, sabe que estive no passado Domingo a correr a Maratona de Londres, a convite da Endeavor Travels aqui fica a continuação…

 

A minha Maratona de Londres:

 

Comecei a corrida, como uma criança que entra numa loja de brinquedos. Tudo era novo, tudo era diferente e nunca tinha visto um público tão excitado por ver passar uma corrida.

 

Ainda só com 3,5 km nas pernas, tive fazer o meu primeiro e único pit stop. Apesar de ter ido ao WC antes de começar a prova, comecei quase à “rasquinha para fazer um chichi”. O chá que bebi estava a fazer os seus efeitos.

 

Ultrapassadas as questões fisiológicas, meti um ritmo bastante confortável, em torno dos 6m/km e o qual eu tinha certeza que me daria para correr até ao infinito. Além disso, mesmo que quisesse correr mais rápido, não teria conseguido, o facto de ter partido muito de trás, obrigava a um ziguezaguear constante e consequentemente a um esforço adicional. Mesmo assim eu e o meu companheiro Manuel Barros (clube do Stress) lá fomos progredindo por entre a multidão.

 

O percurso passa por muitos lugares emblemáticos da cidade de Londres, sendo que por volta dos 10km surge o grandioso Cutty Sark (o barco e não a bebida), numa curva bem apertada contornámos este magistral barco.

 

IMG 1632 from Correr na Cidade on Vimeo.

 

Mais à frente, por volta do km 20, no dobrar de uma esquina surge de surpresa a Tower Bridge. Aqui, fosse pela energia do público, fosse pela paisagem, senti aquele arrepio no estômago e uma emoção quase transcendental.

 

 

 

 

 

IMG 1639 from Correr na Cidade on Vimeo.

 

Passada à ponte pude ver a Tower of London, onde estarão depositadas as jóias da coroa. A partir daqui o percurso abre para ruas mais largas e entra-se numa zona em que é possível ver passar os atletas que já estão a passar o pórtico dos 35km.

 

A passagem da meia maratona marca uma mudança na minha prova de duas formas. Em primeiro lugar, foi aqui que deixei o meu companheiro Manuel Barros, que apesar de se estar a sentir bem quis abrandar e em segundo lugar, com as pernas já a acusarem um bocadinho o esforço, decidi que era tempo de arrumar o telemóvel e concentrar-me na prova.

 

Daqui para a frente a prova teve pouca “ciência”, o meu ritmo estava bom e confortável, não sentia qualquer dor, a estratégia de toma de geles estava a funcionar (1º aos 15km, 2º aos 22km, 3º aos 30km e 4º aos 40km) e acima de tudo sentia-me incrivelmente feliz por estar ali a viver aquele momento.

 

Por volta do km 33, passo pela claque da crew Londrina (Run Dem Crew) e sou brindado com um ruidoso apoio (não diretamente para mim, mas para um corredor desta crew que estava bem pertinho de mim). Ia na expectativa de poder tirar uma foto com eles, mas o facto da estrada ser estreita e de eles já terem ocupado uma parte da estrada, fez-me optar por seguir caminho (digamos que aquele local estava bem ao estilo de um Tour de France).

 

Houve ainda tempo de passar pelas famílias do clube do stress, que com uma bela bandeira portuguesa me cumprimentaram e apoiaram, bem como por duas caras conhecidas que brilhantemente iam no seu ritmo.

Ao km 35 grande parte dos corredores já iam mais a andar do que a correr, havia muitos corredores a ser assistidos pelos paramédicos, outros a parar para alongar e uma impressionante senhora, que apesar coberta de diarreia nas pernas, continuava determinantemente a correr em direção à meta.

 

Entrado em Victoria Embankement o pórtico das 25 milhas sorria para mim, pensei “Está  feito” voltei a relaxar a sacar do telemóvel para poder gravar os momentos finais. Passagem pelo Big Ben, pela Abadia de Westminster, entrada no St. James Park, passagem pelo Buckingham Palace e… aquela maravilhosa visão… a meta…

 

 

 

Ao som do Happy, lá fui eu a dançar em direção à meta. E o que é que se faz quando se corre em direção a uma meta?.... Faz-se uma paragem para última selfie da prova.

 

 

 

Dados da Prova:

  • Tempo de chip: 04:17:15
  • Média de 6,6 m/km;
  • Classificação: Lugar 15787;
  • Classificação por escalão (18-39): Lugar 6119;
  • Ultrapassei  1619 corredores;
  • Fui ultrapassado por 15 corredores.

Paris City Trail

Quem nos segue sabe que somos fãs do City Trail, e que estamos a preparar umas novidades sobre esta vertente do running, por isso cada vez que vemos algo interessante sobre "trailar na cidade" gostamos de partilhar. Sobretudo quando são os fantásticos vídeos da Salomon. Deixamos mais um episódio (o 7º) da Salomon TV dedicado ao City Trail em Paris.

Conheces a Two Oceans Marathon?

 

 

Por Bo Irik:

 

Conheces a Two Oceans Marathon? Não? Bem me parecia. 



Pelo Facebook oficial desta maratona sul-africana concluí que não tem muitos adeptos portugueses (ainda). Eu própria tomei conhecimento desta prova através blogue, que sigo com muito entusiasmo, de duas corredoras de Amesterdão (http://www.girlslove2run.com/), pois a Francien, de apenas 27 anos, vai aventurar-se na versão ultra desta prova e a Fieke vai fazer a Meia. Ficam aqui os meus votos de boa sorte às duas: Toi toi toi @GIRLSLOVETORUN! ("Toi, toi, toi" é uma forma de os holandeses desejarem força ou boa sorte, por isso já sabes o que gritar ao encontrar-me numa prova ;) 

 

Em relação à prova em si, a Two Oceans Marathon (site oficial aqui) patrocinada pela Old Mutual, tem vindo a consolidar a sua reputação enquanto a maratona mais bela do mundo, desde 1970, quando contou com apenas 26 atletas para enfrentar o desafio desconhecido. Desde então, o conceito tornou-se uma instituição nacional e um favorito entre atletas nacionais e internacionais.

 

Os participantes podem escolher entre uma grande variedade de provas/distâncias - a emblemática ulta-maratona de 56km, a Meia Maratona, 5km ou 2,5km de pura diversão e até provas de Trail (8 ou 18km). Anualmente o evento atrai cerca de 26 000 participantes no total, tendo-se tornado um sinónimo do fim-de-semana de Páscoa na em Cape Town, com atividades para toda a família durante vários dias.

 

A Two Oceans Marathon associa-se, tal como muitos eventos desportivos, a uma boa causa, a Two Oceans Marathon Initiative (TOMI), lançada em 2012, para angariar fundos para determinadas  instituições de caridade relacionadas com a educação, nomeadamente a educação física e ambiental.

 

Segue um vídeo irresistível. South Africa – o teu desafio para 2015? Who knows!