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Correr na Cidade

Race Report - 2ª Corrida Volkswagen

20130603-224754.jpgPor Filipe GilFoi a minha primeira participação na corrida da Volkswagen. Dois dos elementos do Correr Na Cidade (eu e o Nuno Espadinha) juntaram-se aos amigos do Correr Lisboa/Porto/Aveiro/Santarém, o Bruno e Sandra, para correr os 10K da Autoeuropa.Pessoalmente, fui para a prova com alguma expetativa, não é muito usual correr dentro de uma fábrica e li excelentes críticas na 1ª edição.Apesar de termos chegado quase 1 hora antes da prova o tempo a conversar passou depressa e entre a recolha dos dorsais, colocação dos chips e a já “tradicional” ida ao WC, quase que partimos atrasados.A corrida começou, o Bruno Claro (Correr Lisboa) foi logo a um ritmo elevado enquanto eu e o Nuno Espadinha ficamos para trás, um pouco mais lentos. Os primeiros três quilómetros passaram depressa. Fui distraído a tirar algumas fotos e a tentar perceber o percurso e a experimentar o Nike + Sportwatch (sobre o qual farei uma review daqui a semanas). Uma coisa foi logo certa, o calor que se fazia era bastante (cerca de 23 graus) e em menos de nada senti o suor a escorrer para os olhos - e arder muito. Confesso que me assustei com o calor e ao 4º quilómetro, já depois de ter aceite a garrafa de água do primeiro abastecimento (coisa que raramente faço em provas de 10K), comecei a sentir algum cansaço (não de pernas nem de respiração, mas sim puramente psicológico), e decidi abrandar. Estava a ficar irritado com o tira e põe óculos de sol à medida que entravamos e saímos das zonas exteriores e interiores da fábrica. Estava a entrar na “zona” em que qualquer detalhe nos irrita.Com isso o Nuno continuou no seu ritmo normal e afastou-se, apesar de o ter “debaixo de olho” a distância chegou a ser de cerca de 800 metros. Na rotunda exterior antes do segundo abastecimento vi ainda passar, em sentido contrário, o Bruno Claro que levava uns bons 3 a 4 minutos de vantagem.Depois de passada a parte mais chata do circuito (zigue zague entre os carros estacionados) comecei a renascer e a ganhar forças, vindas não sei de onde.E junto dos comboios carregados de modelos da Volkswagen prontos a partir da Autoeuropa vi o Pedro Moita, dos Pernas de Gafanhoto, a correr ao meu lado. Aproveitei a oportunidade para me apresentar - já falamos há muito tempo pelas redes sociais, mas nunca pessoalmente.Qual a melhor altura que debaixo de um sol infernal à beira dos 8Km’s, cansado e com sede, para meter conversa? Depois de uma breve troca de impressões, o Pedro segui. Mas com a distracção arrebitei, e passados uns bons metros foi apanhar o Nuno Espadinha que abrandou e sofria com o calor. Devíamos, ambos, ter ficado com a última garrafa de água.A partir daí foi um “vou parar e desistir” para no segundo seguinte pensar “vou chegar ao fim, estou quase a acabar”. Curva aqui, curva ali contava os metros que faltavam, procurei a sombra e até pisei a única poça de água que existia em todo o circuito. A partir daí ainda tentei acenar alguma coisa ao Nuno, que entretanto ficara mesmo atrás de mim, mas nem consegui balbuciar uma palavra. Depois, foi o costume: mal vi o sinal da Meta, renasci e dei por mim quase a sprintar, como se tivesse começado a correr à 30 segundos. Fiz, tempo de chip, 00:51:36. Ou seja, a 00:01:46 do meu recorde pessoal dos 10K . Foi uma prova dura pelo calor, pelo percurso ser plano (um dia explico esta) e pela fraqueza psicológica que se apoderou de mim pelo 4º quilómetro. Mas, em suma, é uma excelente prova.

Pontos positivos:

Parque de estacionamento

Organização e zona de descanso

Animação à volta do evento

Correr pela linha de montagem da Autoeuropa

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Pontos negativos:

Hora da partida (poderia ser 30 minutos mais cedo)

Abastecimentos muito próximos (o 1º podia ter sido ao quilómetro 4 e o segundo ao quilómetro 8)

Passagem do circuito por entre os automóveis estacionados

25% de crianças com 1 ano bebem refrigerantes

bebeA notícia foi publicada no jornal Público este sábado, dia Mundial da Criança e  não podia deixar passar uma informação tão preocupante. Diz então a notícia que um estudo sobre o padrão alimentar indica que apesar das crianças com apenas um ano de vida comerem muita fruta e vegetais provam doces e refrigerantes muito cedo, aliás, 25% provam sumos sem gás aos 12 meses.A idade média para a introdução dos refrigerantes com e sem gás nas crianças é os 18 meses, sendo que 25% começam aos 12 meses (no caso dos refrigerantes sem gás) e 25% provam sumos com gás aos 15 meses. O estudo indica outros dados como as sobremesas e doces. Na mesma notícia a pediatra e mentora do estudo, Carla Rêgo, indica:  "a forma como se come nos primeiros anos de vida é determinante para o risco de obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, etc." Carla Rêgo também esclarece que o "treino do paladar" é algo que não se faz de um dia para o outro. Por vezes, é preciso dar o mesmo alimento dez vezes a uma criança para ela "aprender" a gostar.Ora este assunto devia estar na cabeça de todos nós, pais, irmãos, tios, padrinhos. E com maior responsabilidade para os que correm. Não basta calçar os ténis de corrida e ir embora durante 1 ou 2 horas para ficarmos em forma. É muito importante que a boa forma, que a o espírito da corrida e do esforço físico seja reflectido às nossas mesas. Como corredores temos a obrigação de dar o exemplo de vida saudável, sobretudo junto dos mais novos.